Bula do Lezepan
Princípio Ativo: Bromazepam
Classe Terapêutica: Tranquilizantes
Lezepan, para o que é indicado e para o que serve?
Ansiedade, tensão emocional excessiva e outras queixas somáticas ou psicológicas associadas à síndrome de ansiedade. Uso adjuvante no tratamento da ansiedade e agitação associadas a distúrbios psiquiátricos, como transtornos do humor e esquizofrenia.
Os benzodiazepínicos são indicados apenas quando o transtorno submeter o indivíduo a extremo desconforto, grave ou incapacitante.
Como o Lezepan funciona?
Lezepan® tem ação ansiolítica, anticonvulsivante, sedativa e miorrelaxante.
Quais as contraindicações do Lezepan?
Lezepan não deve ser usado por pacientes com história de: hipersensibilidade aos benzodiazepínicos, insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave (benzodiazepínicos não são indicados para tratar pacientes com insuficiência hepática grave, pelo risco de encefalopatia) ou síndrome da apnéia do sono. Contra-indicado em casos de Miastenia gravis, estados comatosos ou depressão severa do Sistema Nervoso Central (SNC). Gravidez e lactação.
Como usar o Lezepan?
Os comprimidos de Lezepan® devem ser ingeridos com pequena quantidade de líquido, após as refeições.
Posologia do Lezepan
Dose média para o tratamento de pacientes ambulatoriais
1,5mg a 3mg até 3 vezes ao dia.
Casos graves, especialmente em indivíduos hospitalizados
6mg a 12mg, 2 ou 3 vezes ao dia.
Estas são apenas recomendações gerais, sendo que a dose ideal deve ser estabelecida individualmente. O tratamento de pacientes ambulatoriais deve ser iniciado com doses baixas, aumentando-se gradualmente, até se atingir a dose ideal. Para minimizar o risco de dependência a duração do tratamento deve ser a mais breve possível. O paciente deve ser reavaliado regularmente e a necessidade de continuação do tratamento deve ser analisada periodicamente, especialmente se o paciente estiver assintomático.
O tratamento total geralmente não deve exceder ao período de 8 a 12 semanas, incluindo a fase de descontinuação gradual do medicamento. Em certos casos, a manutenção por tempo superior ao máximo recomendado pode ser necessária, não devendo, entretanto, ocorrer sem reavaliação especializada da condição do paciente.
Instruções posológicas especiais
Idosos e pacientes com comprometimento da função hepática necessitam de doses menores em razão de variações individuais em termos de sensibilidade e farmacocinética.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Quais cuidados devo ter ao usar o Lezepan?
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe seu médico se está amamentando. Lezepan® não deve ser utilizado durante a gravidez e lactação.
Siga a orientação do seu médico respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Pacientes idosos
Recomenda-se que o uso seja limitado à menor dose eficaz para se evitar o desenvolvimento de ataxia ou hipersedação, que pode ser um problema particular em pacientes idosos, especialmente sensíveis aos efeitos dos benzodiazepínicos. O uso de bromazepam em pacientes acima de 60 anos requer prescrição e rigoroso acompanhamento médico.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Lezepan?
Qual a composição do Lezepan?
Cada comprimido de 3mg contém:
Bromazepam |
3mg |
Excipientes* q.s.p. |
1 comprimido |
*Lactose, celulose microcristalina, crospovidona, corante laca vermelho eritrosina, talco e estearato de magnésio.
Cada comprimido de 6mg contém:
Bromazepam |
6mg |
Excipientes* q.s.p. |
1 comprimido |
*Lactose, celulose microcristalina, croscarmelose s dica, corante laca azul FDC nº 2, corante laca amarelo nº 10, talco e estearato de magnésio).
Apresentação do Lezepan
Comprimidos 3mg e 6mg
Embalagens contendo 20 e 500* comprimidos.
*Embalagem Hospitalar.
Uso adulto.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Lezepan maior do que a recomendada?
Tratamento
A respiração, o pulso e a pressão arterial devem ser monitorados. Devem ser instituídas medidas gerais de suporte, juntamente com lavagem gástrica imediata. Administrar líquidos intravenosos e manter a permeabilidade das vias aéreas. Se ocorrer hipotensão ela pode ser tratada com vasopressores. Adiálise tem um valor limitado.
O flumazenil, um antagonista específico dos receptores de benzodiazepínicos, está indicado na reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos e pode ser usado em situações nas quais a superdose de benzodiazepínicos foi confirmada ou é simplesmente presumida. Antes da administração do flumazenil devem ser instituídas as medidas necessárias para se assegurar a permeabilidade das vias aéreas, uma ventilação apropriada e um acesso intravenoso eficaz. O flumazenil destina-se a ser usado apenas como um adjuvante no tratamento da superdose por benzodiazepínicos e não como um substituto deste. Os pacientes tratados com flumazenil devem ser monitorados continuamente para se diagnosticar o surgimento de nova sedação, depressão respiratória ou outros efeitos residuais dos benzodiazepínicos durante um período de tempo adequado após o tratamento. O médico deve estar ciente do risco de crise convulsiva associado ao uso de flumazenil, particularmente nos pacientes que utilizam benzodiazepínicos cronicamente ou nos casos de superdose por antidepressivos tricíclicos.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Lezepan com outros remédios?
A ação de depressão do Sistema Nervoso Central (SNC) da classe de drogas dos benzodiazepínicos, à qual pertence o Lezepan®, pode ser potencializada pelas seguintes substâncias: álcool, narcóticos, barbitúricos, hipnóticos não-barbitúricos, agentes ansiolíticos, fenotiazinas, antipsicóticos das classes do tioxanteno e butirofenona, inibidores da monoaminooxidase, antidepressivos tricíclicos e por outras drogas anticonvulsivas.
Os pacientes que estão recebendo esta droga devem ser advertidos sobre o uso concomitante de álcool ou outras drogas depressoras do SNC durante a terapia com Lezepan®. O uso de Lezepan® em mulheres de idade fértil deve ser considerado somente quando a situação clínica permita o risco.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando antes do início ou durante o tratamento.
Não tome medicamento sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde.
Qual a ação da substância do Lezepan?
Resultados de Eficácia
O tratamento com bromazepam na dose de 6 a 30 mg diária mostrou-se eficaz no tratamento de ansiedade e síndrome de ansiedade/neurose. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 Por causa de sua meia-vida longa, bromazepam pode ser utilizado em dose única diária.9 Bromazepam tem sido indicado no tratamento de neurose ansiosa em pacientes que não respondem ao diazepam ou clordiazepóxido.5
Bromazepam é eficaz na redução de sintomas cardiovasculares e gastrintestinais psicossomáticos.10, 11
Bromazepam mostrou-se benéfico no tratamento de fobia e sintomas obsessivos.12 No tratamento de ansiedade generalizada, o tratamento que utiliza 3 mg de bromazepam, duas vezes ao dia, foi similar ao tratamento que utiliza alprazolam 0,5 mg, duas vezes ao dia.8 Do mesmo modo, o tratamento para ansiedade que utiliza bromazepam foi similar ao tratamento que utiliza buspirona .13
Diversos estudos mostraram que bromazepam é tão eficaz quanto diazepam no tratamento de neuroses de ansiedade1, 2, 4, 14 e também no tratamento de ansiedade pré-operatória.15 Bromazepam é tão eficaz quanto lorazepam no tratamento de ansiedade generalizada e resulta em menos efeitos adversos, o que favorece a adesão ao tratamento.16
Referências Bibliográficas
1. Anon: bromazepam, a new anxiolytic: a comparative study with diazepam in general practice. J Roy Coll Gen Pract 1984; 34:509-512.
2. Lapierre YD, Oyewumi LK, Ghadirian A et al: A placebo-controlled study of bromazepam and diazepam in anxiety neurosis. Curr Ther Res 1978; 23:475-484.
3. Modestin J & Hodel J: Lorazepam (Temesta) versus bromazepam (Lexotanil). Controlled crossover study. Munchen Med Wochenschr 1976; 118:1335-1336.
4. De Geyter J, Dumont E & Steiner P: Clinical assay of a new tranquilizer, Lexotan, in the treatment of neurotic troubles. Sem Hop Ther 1975; 51:247-252.
5. Kerry RJ, McDermott CM & Orme JE: bromazepam, medazepam, chlordiazepoxide in treatment of neurotic anxiety. Br J Psychiatry 1974; 124:485-486.
6. Rickels K, Pereira-Ogan JA, Chung HR et al: bromazepam and phenobarbital in anxiety: a controlled study. Curr Therap Res 1973; 15:679-690.
7. McLeod WR, Mowbray RM & Davies B: Trials of RO 5-3350 and diazepam for anxiety symptoms. Clin Pharmacol Ther 1970; 11:856-861.
8. Bertolino A, Mastucci E, Porro V et al: Etizolam in the treatment of generalized anxiety disorder: a controlled clinical trial. J Int Med Res 1989; 17:455-460.
9. Montandon A & Halpern A: Treatment of functional disorders of patients of a medical outpatient department with bromazepam in a single daily dose. Ther Umsch 1977; 34:701-707.
10. Matteoli E, Lampagnani E, Zaini G et al: The therapy of functional cardiovascular disturbances with a new benzodiazepine derivative. Minerva Med 1974; 65:2481-2484.
11. Bianchi A, DeMarino V & Baiano G: Experimental studies in guinea pigs of the behavioral and electrocardiographic effects of bromazepam. Clinical research on its use in the treatment of some psychosomatic syndromes. Clin Ter 1975; 73(5):441-459.
12. Grattarola FR & Morgando E: Clinical investigations with a new benzodiazepine derivative, bromazepam (RO 5-3350) in the treatment of phobic-obsessive symptoms. Minerva Med 1973; 64:2107-2111.
13. Sacchetti E, Zerbini O, Banfi F et al: Overlap of buspirone with lorazepam, diazepam and bromazepam in patients with generalized anxiety disorder: findings from a controlled, multicentre, double-blind study. Hum Psychopharmacol 1994; 9:409-422.
14. Carlier L et al: Open and double-blind clinical study of a new benzodiazepine in neurotic disturbances. Ars Medici 1974; 29:935-944.
15. Chalmers P & Horton JN: Oral bromazepam in premedication. A comparison with diazepam. Anesthesia 1984; 39:370-372.
16. Fontaine R, Chouinard G & Annable L: Rebound anxiety in anxious patients after abrupt withdrawal of benzodiazepine treatment. Am J Psychiatry 1984; 141:848.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação
As ações centrais de benzodiazepínicos são mediadas através de uma melhora da neurotransmissão GABAérgica em sinapses inibitórias. Na presença de benzodiazepínicos, a afinidade do receptor GABA pelo neurotransmissor é aumentada através da modulação alostérica positiva, resultando em uma ação aumentada do GABA liberado nos canais póssinápticos transmembrana de íon cloreto. Doses baixas de Bromazepam reduzem seletivamente a tensão e a ansiedade. Em doses elevadas, aparecem as propriedades sedativas e relaxantes musculares. A ação de Bromazepam começa cerca de 20 minutos depois da sua administração.
Farmacocinética
Absorção
Bromazepam é rapidamente absorvido e as concentrações plasmáticas máximas são atingidas duas horas após a administração oral. A biodisponibilidade absoluta de bromazepam dos comprimidos de Bromazepam é de 60 Alimentos podem reduzir a biodisponibilidade de bromazepam, entretanto, sua relevância clínica não foi estabelecida. Durante a administração de doses múltiplas de bromazepam, a extensão da absorção permanece constante; as concentrações previstas no estado de equilíbrio são observadas e confirmam a cinética linear para o fármaco. As concentrações previstas no estado de equilíbrio são observadas e confirmam a cinética linear para o fármaco. As concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são atingidas em cerca de 5 – 9 dias. Após doses orais múltiplas de 3 mg administradas três vezes por dia, a concentração máxima medida de bromazepam no estado de equilíbrio foi de120 ng/ml, o que é de 3 a 4 vezes superior ao observado após uma dose única de 3 mg.
Distribuição
Após absorção, bromazepam é rapidamente distribuído no corpo. Em média, 70% de bromazepam é ligado às proteínas plasmáticas por interação hidrofóbica e os ligantes são albumina e ácido α1-glicoproteína. Seu volume de distribuição é cerca de 50 litros.
Metabolismo e eliminação
Bromazepam é extensivamente metabolizado no fígado. Nenhum metabólito com uma meiavida mais longa que a do fármaco de origem é formado. Do ponto de vista quantitativo, predominam dois metabólitos: 3-hidroxi-bromazepam (menos ativo que bromazepam) e 2-(2- amino-5-bromo-3-hidroxibenzoil) piridina (inativo). Bromazepam é metabolizado, pelo menos em parte, através de citocromo P450 (CYP450). No entanto, as isoenzimas CYP específicas envolvidas não foram identificadas. Ainda assim, observações que um forte inibidor de CYP3A4 (itraconazol) e um inibidor moderado de CYP2C9 (fluconazol) não resultaram em nenhum efeito sobre a farmacocinética de bromazepam sugerem que estas isoenzimas não estão envolvidas de uma forma mais extensa no metabolismo deste fármaco. A pronunciada interação com a fluvoxamina indica a coparticipação da CYP1A2.
Bromazepam apresenta meia-vida de eliminação de, aproximadamente, 20 horas e a depuração plasmática (clearance) é cerca de 40mL/min. O metabolismo é a via principal de eliminação do fármaco. A recuperação urinária de bromazepam intacto é somente 2% e de conjugados glicuronados do 3-hidroxi-bromazepam e da 2-(2-amino-5-bromo-3-hidroxibenzoil) piridina é de27% e 40% da dose administrada, respectivamente.
Farmacocinética em populações especiais
População geriátrica
Pacientes idosos podem ter concentrações máximas significativamente mais elevadas, menor volume de distribuição, fração livre sérica aumentada, menor depuração e, portanto, também uma meia-vida de eliminação prolongada. Isso indica que as concentrações de bromazepam no estado de equilíbrio, a qualquer taxa de dosagem administrada, serão em média quase duas vezes mais elevadas em um indivíduo idoso, em comparação a um indivíduo mais jovem.
Insuficiência renal
Nenhum estudo formal de farmacocinética foi realizado e nenhum dado farmacocinético populacional foi coletado em pacientes com insuficiência renal.
Insuficiência hepática
Nenhum estudo formal de farmacocinética foi realizado e nenhum dado farmacocinético populacional foi coletado em pacientes com insuficiência hepática.
Segurança não clínica
Carcinogenicidade
Estudos de carcinogenicidade conduzidos em ratos não revelaram nenhuma evidência de um potencial carcinogênico para bromazepam.
Genotoxicidade
Bromazepam não foi genotóxico em testes in vitro e in vivo.
Prejuízo da fertilidade
A administração oral diária de bromazepam não causou nenhum efeito na fertilidade e no desempenho reprodutivo geral de ratos.
Toxicidade reprodutiva
Ao administrar bromazepam a ratas prenhes, foram observados aumento da mortalidade fetal, aumento na taxa de fetos que morreram antes do parto e redução na sobrevida de fetos. Não foi detectado efeito teratogênico em estudos de embriotoxicidade/teratogenicidade em doses de até 125 mg/kg/dia.
Após administração oral de doses até 50 mg/kg/dia a coelhas prenhes, foram observados redução no ganho de peso materno, redução do peso fetal e aumento na incidência de reabsorções.
Como devo armazenar o Lezepan?
Conservar em temperatura ambiente (15° a 30° C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de Validade: vide cartucho. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Lezepan
Nº do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho.
Registro M.S. nº 1.0465.0354
Farm. Responsável:
Dr. Marco Aurélio Limirio G. Filho
CRF-GO nº 3.524
Laboratório Neo Química Com. e Ind. Ltda.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 4 - DAIA - Anápolis - GO
CEP 75132-020
C.N.P.J.: 29.785.870/0001-03
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.
O abuso deste medicamento pode causar dependência.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Bromazepam
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 17 de Abril de 2024.
Lezepan 3mg, caixa com 20 comprimidos
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