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Bula do Normalize

Princípio Ativo: Lactulose

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 1 de Outubro de 2021.

Normalize, para o que é indicado e para o que serve?

A lactulose auxilia o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis.

Como o Normalize funciona?


A lactulose é um prebiótico que estimula o crescimento das bactérias benéficas, ajudando a estabilizar e recuperar a fora intestinal.

A ingestão diária dessa substância, que chega inalterada ao cólon reduz a intolerância à lactose, melhora o sistema imunológico, reduz o colesterol e regula a fibra intestinal.

Fonte:

http://www.naturelifenutricao.com.br/noticias/10/lactulose-importancia-e-beneficios-na-constipacao.html

Quais as contraindicações do Normalize?

Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Como usar o Normalize?

O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos.

Agite antes de usar.

Sugestão de uso

Consumir 1 colher das de sopa (15mL), 2 vezes por dia.

Consumir este produto conforme a recomendação de ingestão diária recomendada na embalagem.

Quais cuidados devo ter ao usar o Normalize?

Gestantes, nutrizes e crianças somente devem consumir este produto sob orientação de médico ou nutricionista.

Contém aromatizante sintético idêntico ao original.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Normalize?

O uso de doses altas de Lactulose em encefalopatia hepática pode causar distensão abdominal, flatulência, meteorismo, eructação, desconforto e aumento da sede, normalmente transitórios.

Náusea e vômito têm sido relatados com pouca frequência.

Caso ocorra diarreia em resposta à Lactulose, a dose deve ser reduzida.

Alterações de exames laboratoriais

A administração prolongada ou de doses elevadas de Lactulose pode aumentar a concentração plasmática de glicose e diminuir os níveis séricos de potássio.

Atenção: Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Qual a composição do Normalize?

Informação nutricional

Porção de 30mL (2 colheres de sopa)
Quantidade por porção %VD(*)
Fibra alimentar 20g 80%
Lactulose 20g

(*) % Valores Diários de referêcia com base em uma dieta de 2000kcal, ou 8400kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

Não contém quantidades significativas de valor energético, carboidratos, proteínas, orduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans e sódio.

Ingredientes: lactulose, água purificada,aroma idêntico ao natural de ameixa e conservante benzoato de sódio.

Não contém glúten.

Apresentação do Normalize


Lactulose líquida sabor ameixa 120mL.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Normalize com outros remédios?

Embora existam relatos contraditórios sobre o uso concomitante da neomicina e da Lactulose, a eliminação de certas bactérias do cólon pela neomicina pode interferir na degradação da Lactulose e impedir a acidificação adequada do cólon.

Devem ser administrados com cautela os medicamentos que induzam hipopotassemia ou hipomagnesemia, como droperidol e levometadil, pois há aumento do risco de ocorrer um efeito cardiotóxico (prolongamento do intervalo QT).

A Lactulose não deve ser administrada juntamente com laxantes, pois podem reduzir o efeito acidificante da Lactulose. O uso de antiácidos pode inibir a ação da Lactulose.

Qual a ação da substância do Normalize?

Resultados de Eficácia


O uso de Lactulose no tratamento de encefalopatia hepática foi comprovado num estudo que demonstrou seu benefício na redução da concentração sérica de amônia (de 25 a 50%). A resposta clínica foi observada em 75% dos tratados, em um período de estudo superior a dois anos. Outro estudo, realizado com portadores de encefalopatia hepática subaguda, mostrou que o tratamento por longos períodos (24 semanas) levou a uma diminuição dos níveis séricos de amônia, melhorando o desempenho psicométrico e a qualidade de vida e diminuindo, assim, a prevalência de encefalopatia hepática.

Entretanto, o tratamento por um curto período (oito semanas) não melhorou o curso natural da doença. Em um estudo, 21 crianças com idades entre um e 15 anos, com histórico de constipação, receberam 10 a 15 mL de Lactulose por dia ou 10 a 20 mL de xarope de sene por dia, durante uma semana. A avaliação baseada em registros diários a cada período de sete dias de tratamento mostrou que houve significativamente mais resultados positivos naquelas tratadas com Lactulose do que naquelas tratadas com sene. As reações adversas, como cólica, diarreia e distensão abdominal, foram significativamente mais frequentes durante o tratamento com sene (12 casos) do que com Lactulose (um caso).

Outros estudos foram realizados com pessoas de todas as faixas etárias. A Lactulose foi utilizada em 20 pessoas entre 20 e 50 anos de idade com história de constipação crônica (por dois a 15 anos). A dose utilizada foi de 45 mL ao dia, dividida em três tomadas, após as principais refeições.

Ocorreu aumento do número de evacuações em 90% dos casos, e a sintomatologia associada desapareceu em 14 dos 19 casos em que estava presente, diminuindo nos outros cinco. Constatou-se também amolecimento das fezes sem aparecimento de diarreia, maior facilidade na evacuação e ausência de ardor anal.

Outro estudo duplo-cego incluiu 103 pessoas usuárias de laxantes, divididas em dois grupos, para tratar a constipação crônica. Um deles recebeu Lactulose (de 8 a 30 mL por dia), e o outro, placebo. Comparandose com o período pré-tratamento (duas semanas), verificou-se a eficácia sobre o hábito intestinal e a frequência do uso de laxantes nas três semanas de tratamento e mais duas semanas pós-tratamento. Os resultados mostraram que, em geral, a Lactulose foi estatisticamente mais eficaz que o placebo (86% e 60% respectivamente).

Características Farmacológicas


Farmacocinética / Farmacodinâmica

A Lactulose apresenta como princípio ativo a Lactulose, um dissacarídeo comum, formado por uma molécula de galactose e outra de frutose, também denominada quimicamente 4-O-ß-D-galactopiramosilD frutose.

Uma vez ingerida, a Lactulose não é absorvida pelo trato gastrintestinal nem é hidrolisável pelas enzimas intestinais, devido à ausência da enzima específica, a lactulase. Dessa forma, chega ao cólon praticamente inalterada, onde é fermentada pelas bactérias sacarolíticas, produzindo o ácido lático, bem como pequenas quantidades de ácido acético e ácido fórmico.

A acidificação do meio, que ocorre na degradação da Lactulose, desencadeia mecanismos responsáveis pela sua ação na constipação e na encefalopatia hepática.

A acidificação do conteúdo intestinal e o aumento na pressão osmótica causam um afluxo de líquidos para o interior do cólon, o que resulta em aumento e amolecimento do bolo fecal, acelerando, dessa forma, o trânsito intestinal.

A Lactulose também reduz a concentração sanguínea de amônia (de 25 a 50%), uma vez que, estando a acidez do conteúdo colônico acima daquela do sangue, ocorre uma migração de amônia do sangue para o cólon, formando o íon amônio (NH4+), que, por não ser absorvido, é eliminado nas fezes.

Dessa forma, o medicamento melhora o estado de consciência observado no eletroencefalograma e aumenta a tolerância às proteínas da dieta em pessoas com encefalopatia hepática.

Por sua ação fisiológica e não farmacológica, a Lactulose é indicada especialmente nos casos em que se busca facilitar ao máximo a evacuação, evitando-se o esforço, por exemplo em cardíacos e hipertensos. Também é indicada na constipação associada a problemas pediátricos, no puerpério, a idosos e acamados, a pessoas submetidas a cirurgia e com condições dolorosas do reto e do ânus, como fissuras, hemorroidas e após hemorroidectomia, ou quando a constipação é consequência do tratamento com determinados fármacos, como hipnoanalgésicos e obstipantes, bem como a dependentes de laxantes estimulantes.

A Lactulose não é um medicamento laxante, e sim um agente fisiológico que restabelece a regularidade intestinal, podendo levar de três a quatro dias para que se obtenham os primeiros efeitos. Por sua ação fisiológica, a Lactulose não induz o hábito, podendo ser utilizada por longo prazo.

Como devo armazenar o Normalize?

Conservar ao abrigo da luz, calor e umidade.

Dizeres Legais do Normalize

Registro n° MS: 6.2351.0051.001-7

Label
Rod. MG 424 – KM 45
Centro Matozinhos – MG – Brasil
CEP: 35720-000

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Lactulose


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 1 de Outubro de 2021.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 1 de Outubro de 2021.

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