Droperidol
(3)Preço
Tipo de receita
- C1 Branca 2 Vias (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais - Este medicamento pode causar Dependência Física ou Psíquica)
Classe terapêutica
- Antipsicóticos Convencionais
Forma farmacêutica
- Solução injetável
Categoria
- Medicamentos
- Náuseas
- Produtos Hospitalares
Dosagem
- 2.5mg/mL
Fabricante
- Laboratório Cristália
Princípio ativo
- Droperidol
Tipo do medicamento
- Similar
Quantidade
- 1 mL
Bula do Droperidol
Droperidol, para o que é indicado e para o que serve?
O uso de Droperidol está indicado na redução da incidência de náusea e vômitos associado a procedimentos cirúrgicos e diagnósticos.
Quais as contraindicações do Droperidol?
Droperidol é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao princípio ativo ou aos componentes da fórmula.
Tipo de receita
Como usar o Droperidol?
À critério médico, levando-se em conta alguns fatores como idade, peso corporal, estado geral, doenças de base, uso concomitante de outros medicamentos e tipo de procedimento cirúrgico ou diagnóstico, além da anestesia realizada. Os sinais vitais e ECG devem ser monitorizados rotineiramente.
Dose usual em crianças maiores de 2 anos
Doses entre 0,02 a 0,075mg/kg são suficientes na prevenção e tratamento da náusea e vômitos pós-operatórios em crianças.2, 3
Pacientes idosos
Não foram encontrados dados relacionando a idade aos efeitos do Droperidol em pacientes idosos.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Droperidol?
Droperidol é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos mais comuns, como sedação e sonolência, são dosedependentes e desaparecem com a descontinuação do uso. Devido à baixa incidência dos relatos espontâneos de reações adversas, os dados de pós-comercialização são insignificantes.
Incidência de Reações em Estudos Clínicos Controlados
Duas grandes revisões sistemáticas foram realizadas e demonstram os seguintes dados relacionados aos eventos adversos:
Tabelas I e II: Reações adversas em estudos clínicos controlados, com incidência ≥ 2% dos pacientes e com maior frequência com uso de Droperidol do que com placebo
Henzietal (n=5351)2 |
|||||
- | 0,625 mg | 1,25% | 2,5 mg IM | Placebo |
Parâmetros |
Sedação/Sonolencia | 12% | 17% | 33% | 14% 13% 17% |
Muito comum |
Tontura | 13% | 12% |
Muito comum |
||
Cefaléia | 14% | 18% |
Muito comum |
||
Tremores | 7% | 5% |
Comum (frequente) |
||
Hipotensão | N/D | N/D |
N/D |
Tabela II
Mc Keageeltal (n=2061)3 |
||||
- | 0,625 mg | 1,15 mg | Placebo |
Parâmetros |
Sedação/ Sonolência |
12% | 17% | 13% | Muito comum |
Tontura |
9% | 6% | 11% | Muito comum |
Cefaléia | 11% | 11% | 14% |
Muito comum |
Tremores |
5% | 5% | 4% | Comum (frequente) |
Hipotensão | 2% | 1% | 2% |
Comum (frequente) |
Outras manifestações adversas foram relatadas, porém, em menor incidência e todas doses dependentes: 10, 11
Reação Comum (> 1/100 e < 1/10)
Taquicardia, ansiedade, acatisia.
Reação Incomum (> 1/1.000 e < 1/100)
Sintomas extrapiramidais, depressão respiratória.
Reação Rara (> 1/10.000 e < 1/1.000)
Angioedema e agranulocitose.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária Estadual – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Fonte:
2- Henzi I, Sonderegger J, Tramer MR. Efficacy, dose-response and adverse effect of droperidol for prevention of postoperative nausea and a vomiting. Can J Anesth 2000, 47(6), 537-551.
3- McKeage K, Simpson D, Wagstaff A J Intravenous Droperidol: A Review of its Use in the Management of Postoperative Nausea and Vomiting Drugs 2006; 66 (16): 2123-2147.
10- Micromedex.
11- Kao LW, Kirk MA, Evers SR Droperidol, QT Prolongation, and Sudden Death: What Is the Evidence? Ann Emerg Med. 2003;41:546-558.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Droperidol com outros remédios?
O uso concomitante com outros agentes depressores do sistema nervoso central tais como barbitúricos, tranquilizantes, narcóticos ou agentes anestésicos gerais, proporcionará efeitos aditivos ou potencializadores. Nesses casos a dose de Droperidol deverá ser reduzida.
Outros medicamentos também interagem com o Droperidol:
Acetofenazina, Bepridil, Bromperidol, Cisaprida, Clozapina, Dronedarona, Levometadil, Mesoridazina, Molindona, Perfenazina, Pimozide, Pipamperone, Remoxiprida, Sparfloxacina, Tioridazina, Tiaprida, Triflupromazina e Ziprasidona.
Quais cuidados devo ter ao usar o Droperidol?
Todos os pacientes devem ser submetidos a um ECG antes da administração de Droperidol devido ao potencial de causar arritmias cardíacas sérias (torsade de pointes). Droperidol não deve ser administrado se o intervalo QTc for > 440 mseg para homens e > 450 mseg para mulheres.
Casos de prolongamento do QT e/ou torsades de pointes foram observados em pacientes recebendo Droperidol em doses iguais ou inferiores às doses recomendadas. Alguns casos ocorreram em pacientes que não apresentavam nenhum fator de risco para prolongamento do QT, e alguns casos foram fatais.
Devido ao potencial para graves efeitos pró-arrítmicos e óbitos, o Droperidol deve ser reservado para uso no tratamento de pacientes que falharam em apresentar uma resposta aceitável a outros tratamentos adequados, tanto por eficácia insuficiente quanto por inabilidade em alcançar uma dose eficaz em relação aos efeitos adversos intoleráveis da droga.
Casos de prolongamento do QT e arritmias graves (ex.: torsades de pointes) foram relatados em pacientes tratados com Droperidol. Baseado nesses relatos, todos os pacientes devem ser submetidos a um ECG de 12 derivações antes da administração de Droperidol para determinar se um intervalo de QT prolongado (por exemplo, QT maior que 440 mseg para homens ou 450 mseg para mulheres) está presente. Se existir um intervalo de QT prolongado, o Droperidol não deve ser utilizado. Para pacientes em que os potenciais benefícios superarem os riscos potenciais de arritmias graves, o monitoramento do ECG deve ser realizado antes do tratamento, e continuado por 2 a 3 horas após o tratamento completo para monitorar as arritmias.
O Droperidol é contraindicado em pacientes com prolongamento de QT conhecido ou suspeito, incluindo pacientes com síndrome congênita de QT longo.
O Droperidol deve ser administrado com extrema cautela em pacientes que apresentem risco para desenvolvimento de síndrome do QT prolongado (por exemplo, insuficiência cardíaca congestiva, bradicardia, uso de diuréticos, hipertrofia cardíaca, hipocalemia, hipomagnesemia ou administração de outras drogas conhecidas para aumentar o intervalo QT).
Outros fatores de risco podem incluir idade acima de 65 anos, abuso de álcool e uso de agentes como as benzodiazepinas, anestésicos voláteis e opiáceos intravenosos. A terapia com Droperidol deve ser iniciada com dose baixa e aumentada, com cautela, até a dose necessária para atingir os efeitos desejados.
Em caso de hipotensão, devem estar prontamente disponíveis soluções parenterais ou outros meios necessários à solução do problema.
Assim como outras drogas depressoras do sistema nervoso central, pacientes sob o efeito de Droperidol devem ter um controle clínico adequado.
No caso de Droperidol ser administrado associado à fentanila, o médico anestesista deve estar familiarizado com as propriedades especiais dos princípios ativos de cada produto, particularmente os diferentes períodos de duração de ação.
Nessas condições devem estar disponíveis equipamentos adequados e um antagonista morfínico.
- A dose inicial de Droperidol deve ser apropriadamente reduzida em pacientes idosos e debilitados, de acordo com cada caso;
- Droperidol, quando utilizado como complemento da anestesia regional, o médico anestesista deve levar em consideração que esse tipo de anestesia, através de bloqueio simpático, pode provocar vasodilatação periférica e hipotensão, que podem ser potencializadas pela ação do produto;
- Em caso de hipotensão, deve ser considerada a possibilidade de ocorrência de hipovolemia, que será controlada por medidas apropriadas incluindo, caso necessário, o uso de agentes vasopressores que não seja a epinefrina;
- Em caso de diminuição da pressão arterial pulmonar, tal fato deve ser levado em consideração quando, em procedimentos diagnósticos, esse parâmetro estiver sendo avaliado;
- Droperidol deve ser administrado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática ou renal.
Uso na gravidez e lactação
A segurança do uso de Droperidol, nos períodos de gravidez e lactação, quanto a possíveis efeitos colaterais, não está estabelecida. Portanto, nesses períodos, o produto só deve ser empregado a critério médico, levando-se em consideração a relação risco-benefício.
Uso em crianças
Ainda não está estabelecida a segurança do uso de Droperidol em crianças menores de 2 anos.
Qual a ação da substância do Droperidol?
Resultados de Eficácia
Em estudo clínico prospectivo, controlado, duplo-cego, utilizando 150 pacientes submetidos à apendicectomia comparou-se a eficácia da profilaxia antiemética do Droperidol, metoclopramida, tropisetrona, granisetrona e dexametasona. O Droperidol apresentou maior efetividade em comparação aos outros fármacos na prevenção de náuseas e vômitos no pósoperatório.
Contreras-Dominguez VC; Carbonell-Bellolio P. Profilaxia antiemética em cirurgia de abdome agudo. Estudo comparativo entre Droperidol, Metoclopramida, Tropisetron, Granisetron e Dexametasona. Rev. Bras. Anestesiol 2008; 58:1: 35-40.
A eficácia, a dose resposta e eventos adversos de Droperidol na prevenção de náuseas e vômitos no pós-operatório, foram avaliados por revisão sistemática da bibliografia comparando o Droperidol a placebo. Em 76 estudos envolvendo 5351 pacientes em 24 regimes diferentes da administração de Droperidol, evidenciou-se melhor eficácia quanto à duração sobre os vômitos do que sobre as náuseas. Sedação e sonolência foram dose-dependente e os sintomas extra piramidais foram raros, existindo, ainda, efeito protetor contra a cefaleia.
Henzi I; Sonderegger J; Tramer MR. Efficacy, dose-response, and adverse effects of Droperidol for prevention of postoperative nausea and vomiting. Can. J. Anesth 2000. 47:6; 537-551.
Uma revisão sobre o uso de Droperidol no manejo das náuseas e vômitos pós-operatório foi realizada, mostrando que o Droperidol mostrou-se efetivo em adultos e crianças com eficácia similar à da ondansetrona, com eventos adversos similares ao placebo, em administração única.
McKeage K; Simpson D; Wagdtaff AJ. Intravenous Droperidol. A review of its use in the management of postoperative nausea and vomiting. Drugs. 2006. 66(16): 2123-2147.
Características Farmacológicas
O Droperidol é um neuroléptico do grupo das butirofenonas, com acentuada ação tranquilizante e sedativa, potente efeito antiemético e exerce uma ação bloqueadora adrenérgica com vasodilatação vascular periférica.
Promove a estabilidade das funções cardiovasculares sendo característico seu efeito antiarrítmico nas arritmias provocadas pela epinefrina.
O efeito aparece dentro de 3 a 10 minutos após a administração intravenosa ou intramuscular, sendo que a duração total do efeito tranquilizante e sedativo geralmente é de duas a quatro horas. Droperidol possui como princípio ativo o Droperidol, cuja ação tranquilizante e sedativa é bastante acentuada. Produz também efeito antiemético, evidenciado pelo antagonismo ao efeito emético da apomorfina em cães.
O Droperidol potencializa a ação de outros fármacos depressores do sistema nervoso central. Exerce ação bloqueadora αadrenérgica com dilatação vascular periférica, reduz o efeito pressórico da epinefrina e reduz a incidência de arritmias induzidas por essa catecolamina, mas não previne arritmias cardíacas de outra natureza.
Após aplicação intravenosa ou intramuscular, o início de ação é de 3 a 10 minutos, manifestando sua plenitude em torno de 30 minutos.
A duração dos efeitos sedativos e tranquilizante é cerca de 2 a 4 horas. A alteração da consciência pode persistir ao longo de 12 horas.
Fontes consultadas
Fonte: Bula do Profissional do Medicamento Droperdal®.
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