Prevenção e tratamento dos estados de carência das vitaminas A, D e E em crianças e adultos.
Prevenção e tratamento dos estados de carência das vitaminas A, D e E em crianças e adultos.
Palmitato de Retinol + Colecalciferol + Acetato de Racealfatocoferol está contra-indicado nas hipervitaminoses A, D e E, nos casos de hipersensibilidade a qualquer componente da sua fórmula, na insufciência renal e na osteodistrofa com hiperfosfatemia.
Palmitato de Retinol + Colecalciferol + Acetato de Racealfatocoferol solução e Palmitato de Retinol + Colecalciferol + Acetato de Racealfatocoferol solução oleosa são administrados exclusivamente por via oral.
O prazo de validade é de 24 meses para Palmitato de Retinol + Colecalciferol + Acetato de Racealfatocoferol solução oleosa oral e de 24 meses para a Palmitato de Retinol + Colecalciferol + Acetato de Racealfatocoferol solução oral. Seu prazo de validade após o frasco ou a ampola abertos é o mesmo de quando fechados, permanecendo inalterados os cuidados de armazenagem necessários.
O tempo de uso deve ser determinado por critério médico.
Foram descritos casos de mulheres que ingeriram quantidades excessivas de vitamina A durante a gravidez, cujos flhos manifestaram atraso no crescimento e fechamento prematuro das epífses.
Ainda que na gravidez as necessidades de vitamina A estejam aumentadas, não são recomendadas doses diárias superiores a 6.000 UI; superdose materna em animais tem originado má formação no SNC, coluna vertebral, caixa torácica, olhos, região palatal e trato genitourinário do feto; ingestão de quantidade excessiva de vitamina A pode levar a síndrome de intoxicação grave (hipervitaminose A), sendo que crianças pequenas são mais suscetíveis aos efeitos das doses elevadas de retinol; é desaconselhável a ingestão de quantidades superiores a 25.000 UI/dia por períodos prolongados; a relação risco/benefício da ingestão de vitamina A deve ser considerada em situações clínicas tais como fbrose cística, diabetes, enfermidade intestinal com diarréia, hiperatividade da tireóide, insufciência pancreática, alcoolismo crônico, cirrose, insufciência hepática, hepatite viral, insufciência renal crônica e hipersensibilidade à vitamina A; em casos de proteinúria, ou infecções, a concentração de retinol no sangue pode sofrer redução, em parte devido ao aumento da excreção urinária; em doenças renais crônicas, o catabolismo da Proteína de Ligação do Retinol altera-se e as concentrações desta proteína e do retinol aumentam.
Por causa da variação de sensibilidade, algumas crianças podem ter hiperreação a pequenas doses; também o crescimento pode ser impedido em crianças, especialmente depois de administração prolongada de 1.800 UI ou mais de colecalciferol por dia.
Hipercalcemia materna tem sido associada com aumento da sensibilidade dos efeitos da vitamina D.
A margem entre a dose terapêutica e a dose tóxica é estreita; um ajuste de dose deve ser realizado assim que for observada melhora clínica; a administração crônica de colecalciferol pode provocar nefrocalcinose e calcifcação de outros tecidos, inclusive vasculares; o consumo dietético de alimentos enriquecidos com vitamina D, deve ser reajustado para evitar transtornos da superdose de colecalciferol ou de análogos da vitamina D.
A relação risco/benefício deve ser avaliada em situações clínicas tais como hipoprotrombinemia por defciência de vitamina K, hipersensibilidade à vitamina E, anemia ferropriva, fbrose cística, problemas intestinais, doença hepática e hipertireoidismo.
Os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas; este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Categoria de risco de fármacos destinados às mulheres grávidas: C.
Não há recomendações especiais quanto ao uso de Palmitato de Retinol + Colecalciferol + Acetato de Racealfatocoferol nestas populações.
O palmitato de retinol (vitamina A) tem várias funções importantes no organismo, desempenhando papel essencial na função retiniana, crescimento e diferenciação do tecido epitelial, crescimento ósseo, reprodução e desenvolvimento embrionário. Participa como cofator em diversas reações bioquímicas, tais como a síntese de mucopolissacarídeos, colesterol e RNA, desidrogenação de hidroxiesteróides, ativação de sulfatos, e desmetilação e hidroxilação microssomal hepática de drogas.
Os sinais de hipovitaminoses A se manifestam por alterações oculares, diminuição do crescimento e baixa resistência a infecções. O palmitato de retinol é prontamente absorvido pelo trato gastrointestinal normal, em processo mediado por um transportador. O retinol é parcialmente conjugado para formar um b-glicuronídio, que passa pela circulação êntero-hepática e é oxidado em retinal e ácido retinóico. A meia-vida do retinol é de cerca de 50 a 100 dias; assim os sinais de defciência só se manifestam após um período prolongado de ingestão inadequada. Normalmente, menos de 5% dos retinóides totais no sangue estão presentes como éster de retinil, que está associado a lipoproteínas.
O retinal, o ácido retinóico e vários outros metabólitos hidrossolúveis são excretados pela urina e pelas fezes. Normalmente, não se pode recuperar qualquer quantidade de retinol inalterado na urina. Quando a quantidade ingerida ocorre dentro das necessidades orgânicas, a absorção é completa; entretanto quando se ingere uma quantidade excessiva, parte do retinol é eliminado pelas fezes. Uma fração signifcativa do retinol é armazenada no fígado, principalmente nos hepatócitos, como éster palmítico.
Existem reservas de várias formas de ésteres de retinil no fígado, uma das quais é constituída pelo retinol recém-absorvido e a que supre outros tecidos preferencialmente. Até que ocorra saturação hepática, a administração do retinol leva principalmente a seu acúmulo no fígado, e não no sangue. Outras estruturas tais como os rins, pulmões, glândulas supra-renais e tecido adiposo intraperitoneal, contêm cerca de 1 mg de retinóides por grama de tecido, enquanto que o epitélio pigmentar da retina contém cerca de 10 vezes essa concentração.
Antes de passar do fígado para a circulação, os ésteres de retinil hepáticos são hidrolisados, e 50 a 90% do retinol associam-se a uma a-globulina, que tem um único sítio de ligação para a vitamina. Essa Proteína de Ligação do Retinol (PLR) é secretada pelo fígado, circulando no sangue após formar complexo com a Proteína de Ligação da Tiroxina, que a estabiliza. A formação desse complexo protege a PLR circulante do metabolismo e da fltração glomerular. Quando as reservas hepáticas da vitamina e o sistema transportador da PLR fcam saturados devido à excessiva ingestão de retinol ou a lesões, até 65% dos retinóides plasmáticos podem estar presentes como ésteres de retinil associados a lipoproteínas.
O colecalciferol (vitamina D3) atua regulando a homeostásia do cálcio. O colecalciferol é rápida e completamente absorvido pelo intestino delgado.
A bile é essencial para essa absorção, sendo o ácido desoxicólico o constituinte mais importante da bile quanto a este aspecto. A maior parte da vitamina aparece inicialmente na linfa, sobretudo na fração dos quilomícrons, como complexo lipoprotéico. A vitamina D absorvida circula no sangue associada à sua proteína de ligação, que é uma a-globulina específca.
O fígado é o local de conversão da vitamina D em seu derivado 25-hidroxi, que também circula associado à proteína de ligação da vitamina D e apresenta uma meia-vida biológica de 19 dias. A vitamina D é armazenada por períodos prolongados, aparentemente no tecido adiposo. Cerca de 40% da dose administrada é excretada dentro de 10 dias, sendo a bile a principal via de excreção, e apenas uma pequena porcentagem da dose administrada aparece na urina.
O metabolismo do fosfato é afetado pela vitamina D de modo paralelo ao do cálcio. A vitamina D mantém os íons cálcio e fosfato em concentrações plasmáticas que são essenciais para a atividade neuromuscular normal, a mineralização e outras funções dependentes do cálcio.
A vitamina D regula a secreção do paratormônio, a transmissão do impulso nervoso e aumenta a síntese de RNA. A sua carência se manifesta por fragilidade óssea e irritabilidade neural. Há evidências de que as necessidades aumentam durante a lactação.
O acetato de racealfatocoferol participa da formação de todos os tecidos de origem mesodérmica (substância fundamental amorfa, fbras colágenas e elásticas do tecido conjuntivo, musculatura lisa e estriada, vasos, etc) e da manutenção de suas funções, especialmente nos indivíduos jovens. Anula a formação de espécies reativas do oxigênio, prejudiciais para o organismo.
Protege as membranas celulares contra agressões por radicais livres, atua sobre o epitélio genital e favorece o armazenamento de vitamina A. A absorção efciente pelo trato gastrointestinal requer a presença de sais biliares em dietas de conteúdo lipídico e função pancreática normal. Liga-se às b-lipoproteínas no sangue e seu armazenamento ocorre em todos os tecidos, especialmente no adiposo.
Seu metabolismo é hepático, sendo eliminado pelas vias biliar e renal. Sua carência se manifesta por diversos efeitos, principalmente sobre os sistemas reprodutores, muscular, cardiovascular e hematopoiético.
Endocrinologia
Nutrição parenteral e enteral
Nutricionista