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Trilostano

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Nos cães Para o tratamento do hiperadrenocorticismo hipófiso-dependente e hiperadrenocorticismo adrenal-dependente (doença e síndrome de Cushing).

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  • Trilostano
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  • 30 Unidades

Bula do Trilostano

Trilostano, para o que é indicado e para o que serve?

Nos cães

Para o tratamento do hiperadrenocorticismo hipófiso-dependente e hiperadrenocorticismo adrenal-dependente (doença e síndrome de Cushing).

Quais as contraindicações do Trilostano?

Não administrar a animais que sofram de doença hepática primária e/ou insuficiência renal.

Não administrar a cães que pesem menos de 3 kg.

Não utilizar em caso de conhecida hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.

Tipo de receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Como usar o Trilostano?

Para administração oral.

A dose inicial para o tratamento é de aproximadamente 2 mg/kg, com base nas combinações disponíveis dos tamanhos de cápsulas. Administrar uma vez ao dia, com as refeições.

Titular a dose de acordo com a resposta individual, conforme determinado por meio de monitorização. Se for necessário aumentar a dose, utilizar combinações dos vários tamanhos das cápsulas por forma a aumentar a dose diária. Uma vasta gama de tamanhos de cápsulas permite uma dosagem perfeita para cada cão. Administrar a dose mais baixa necessária de forma a controlar os sinais clínicos.

Em último caso, se os sintomas não forem controlados de forma adequada durante um período inteiro de interdose de 24 horas, considere o aumento da dose diária total até 50% e a divisão igual da mesma entre as doses da manhã e da noite.

Não dividir nem abrir as cápsulas. 

Uma percentagem pequena de animais pode necessitar de doses significativamente superiores a 10 mg/kg de peso corporal por dia. Nestas situações, deve implementar-se um sistema de monitorização apropriado adicional.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Trilostano?

A frequência dos eventos adversos é definida utilizando a seguinte convenção:

  • Muito frequente (mais de 1 animal apresentando evento(s) adverso(s) em 10 animais tratados).
  • Frequente (mais de 1, mas menos de 10 animais em 100 animais tratados).
  • Pouco frequente (mais de 1, mas menos de 10 animais em 1 000 animais tratados).
  • Rara (mais de 1, mas menos de 10 animais em 10 000 animais tratados).
  • Muito rara (menos de 1 animal em 10 000 animais tratados, incluindo notificações isoladas).

Se o seu cão ficar letárgico, desenvolver vômitos ou diarreia ou perder o apetite, interrompa o tratamento e consulte o seu médico veterinário.

Deve diferenciar-se entre a síndrome de desabituação de corticosteroides ou hipocortisolemia e o hipoadrenocorticismo através da avaliação dos eletrólitos no soro.

Os sintomas associados ao hipoadrenocorticismo iatrogénico incluem fraqueza, letargia, anorexia, podendo ocorrer vómitos e diarreia, particularmente se a monitorização não for adequada. Os sinais são geralmente reversíveis dentro de um período de tempo variável a seguir à supressão do tratamento.

Pode também ocorrer uma crise addisoniana aguda (colapso). Tem-se verificado a presença de letargia, vómitos, diarreia e anorexia em cães tratados com Trilostano na ausência de evidência de hipoadrenocorticismo.

Têm ocorrido relatos ocasionais isolados de necrose adrenal em cães tratados, condição essa que pode resultar em hipoadrenocorticismo.

A disfunção renal subclínica pode ser desmascarada pelo tratamento com este medicamento veterinário.

O tratamento pode desmascarar a artrite devido a uma redução nos níveis de corticosteroides endógenos.

Recebeu-se um pequeno número de relatórios de morte súbita durante o tratamento com Trilostano.

Outros efeitos adversos leves e raros incluem a ataxia, hipersalivação, distensão abdominal, tremores musculares e alterações dérmicas.

Caso detecte efeitos graves ou outros efeitos não mencionados, informe o médico veterinário.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Trilostano maior do que a recomendada?

A sobredosagem pode resultar em sinais de hipoadrenocorticismo (letargia, anorexia, vómitos, diarreia, sinais cardiovasculares, colapso). Não se registaram mortalidades após a administração crónica de 36 mg/kg em cães saudáveis, no entanto, podem prever-se mortalidades caso sejam administradas doses superiores em cães com hiperadrenocorticismo.

Não existe nenhum antídoto específico para o Trilostano. O tratamento deve ser interrompido e pode ser indicada aplicação de terapia de suporte, incluindo corticosteroides, correção dos desequilíbrios de electrólitos e administração de fluidoterapia, dependendo dos sinais clínicos.

Em casos de sobredosagem aguda, pode ser benéfica a indução de emese seguida de uma administração de carvão ativado.

Qualquer insuficiência adrenocortical iatrogénica é geralmente revertida rapidamente a seguir à interrupção do tratamento. Contudo, numa pequena percentagem dos cães, os efeitos podem prolongar-se. A seguir à interupção do tratamento com Trilostano durante uma semana, deve reiniciar-se o tratamento, com uma dose reduzida.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Trilostano com outros remédios?

A possibilidade de haver interações com outros medicamentos veterinários não foi ainda estudada especificamente. Dado que o hiperadrenocorticismo tende a ocorrer em cães mais velhos, muitos deles estarão a tomar medicamentos concomitantes. Em estudos clínicos não se observaram interações.

Deve considerar-se o risco de desenvolvimento de hipercalemia caso o Trilostano seja utilizado em conjunção com diuréticos poupadores de potássio ou inibidores da ECA. A utilização concomitante de tais medicamentos deve ser sujeita a uma análise benefício-risco pelo médico veterinário, já que se noticiaram alguns casos de morte (incluindo morte súbita) em cães tratados concomitantemente com Trilostano e um inibidor da ECA.

Quais cuidados devo ter ao usar o Trilostano?

Se o seu cão estiver a ser tratado com quaisquer outros medicamentos, é favor informar o seu médico veterinário antes de usar este medicamento veterinário.

Informar o seu médico veterinário caso o seu cão sofra de doenças concomitantes, especialmente doenças do fígado ou rins, anemia ou diabetes mellitus.

Informe o seu médico veterinário caso esteja a planear a reprodução do seu cão ou caso a sua cadela esteja em estado gestante ou lactante.

Advertências especiais para cada espécie-alvo

  • É essencial efetuar um diagnóstico preciso do hiperadrenocorticismo.
  • Sempre que não se verifique uma resposta aparente ao tratamento, deve-se reavaliar o diagnóstico.
  • Poderá ser necessário aumentar as doses.
  • Os médicos veterinários devem estar cientes de que os cães com hiperadrenocorticismo apresentam risco aumentado de pancreatite. Esse risco pode não diminuir após o tratamento com Trilostano.

Precauções especiais para utilização em animais

  • O medicamento veterinário deve ser administrado com muito cuidado em cães com anemia préexistente, já que podem ocorrer reduções adicionais do volume celular do sangue e de hemoglobina.
  • Deve efetuar-se uma monitorização regular.
  • Como a maioria dos casos de hiperadrenocorticismo é diagnosticada em cães de 10 a 15 anos de idade, encontram-se presentes frequentemente outros processos patológicos. É especialmente importante fazer o seguimento de casos de doença hepática primária e insuficiência renal, já que o medicamento é contra-indicado nesses casos.
  • Os cães devem ser monitorizados a intervalos regulares para ver se têm diabetes mellitus. A presença de diabetes mellitus e hiperadrenocorticismo concomitantes requer uma monitorização específica.
  • Se o cão tiver sido tratado anteriormente com mitotano, a sua função adrenal encontrar-se-á reduzida.
  • A experiência neste campo sugere que se deve observar um intervalo de pelo menos um mês entre a cessação do tratamento com mitotano e a introdução do Trilostano. Aconselha-se a estrita monitorização da função adrenal, já que os cães talvez sejam mais suscetíveis aos efeitos do Trilostano.
  • Deve efetuar-se uma monitorização minuciosa subsequente durante o tratamento. Deve prestar-se uma atenção especial às enzimas hepáticas, eletrólitos, ureia e creatinina.

Precauções especiais a adotar pela pessoa que administra o medicamento aos animais

  • O Trilostano pode diminuir a síntese da testosterona e possui propriedades anti-progesterona.
  • As mulheres gestantes e as que estejam a tentar engravidar devem evitar manusear as cápsulas.
  • Lavar as mãos com água e sabão depois de qualquer exposição acidental e depois de qualquer utilização.
  • O conteúdo das cápsulas pode causar irritação e sensibilização dérmica e ocular. Não dividir nem abrir as cápsulas: em caso de abertura acidental das cápsulas e de contato dos seus grânulos com os olhos ou a pele, lavar imediatamente com grandes quantidades de água. Se a irritação persistir, consultar um médico.
  • Em caso de ingestão acidental, deverá obter aconselhamento médico imediato apresentando o folheto informativo ou a etiqueta da embalagem ao seu médico. As pessoas com conhecida hipersensibilidade a Trilostano ou qualquer um dos excipientes devem evitar o contato com o medicamento veterinário.

Utilização durante a gestação, a lactação ou a postura de ovos

Não administrar a cadelas gestantes ou lactantes, nem em animais que se destinem à reprodução.

Qual a ação da substância do Trilostano?

Características Farmacológicas


Propriedades farmacodinâmicas

O Trilostano inibe seletiva e reversivelmente o sistema enzimático 3 beta hidroxisteroide isomerase, bloqueando assim a produção de cortisol, corticosterona e aldosterona. Quando utilizado para tratar o hiperadrenocorticismo, o Trilostano reduz a produção dos esteroides glicocorticoide e mineralocorticoide no córtex adrenal. As concentrações destes esteroides na circulação sofrem assim uma redução. O Trilostano também antagoniza a atividade da hormona adrenocorticotrófica exógena (ACTH). O medicamento não exerce qualquer efeito direto sobre o sistema nervoso central ou sobre o sistema cardiovascular.

Propriedades farmacocinéticas

Os dados farmacocinéticos nos cães têm demonstrado uma grande variabilidade interindividual. Num estudo farmacocinético de beagles de laboratório, a curva AUC variou entre 52 e 281 microgramas/mL/min nos cães alimentados, e entre 16 e 175 microgramas/ml/min nos cães em jejum.

Regra geral, o Trilostano é rapidamente removido do plasma com concentrações plasmáticas que alcançam um máximo de 0,5 a 2,5 horas e retornam quase à linha de base em seis a doze horas após a administração. O metabólito ativo principal do Trilostano, denominado cetoTrilostano, também segue um padrão semelhante. Além disso, não se verificou evidência de que o Trilostano ou os seus metabólitos se acumularam com o tempo. Um estudo de biodisponibilidade oral nos cães demonstrou que o Trilostano era absorvido mais extensivamente quando administrado com alimentos.

Fontes consultadas

  • Parecer Público do Medicamento Vetoryl.

Nomes comerciais

Doenças relacionadas

Especialidades Médicas

Veterinária

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