Contrave 90mg + 8mg, caixa com 120 comprimidos revestidos de liberação prolongada
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C1 Branca 2 vias (Venda Sob Prescrição Médica - Este medicamento pode causar Dependência Física ou Psíquica)
Não pode ser partido
Temperatura ambiente
Bula do Contrave
Contrave® é um medicamento que contém duas substâncias ativas (naltrexona e bupropiona) que podem ajudar alguns adultos obesos ou com excesso de peso, e que também têm problemas médicos relacionados ao peso, a perderem peso e manter o peso. Contrave® deve ser usado com uma dieta de baixo teor calórico e aumento da atividade física.
Este medicamento atua nas zonas do cérebro envolvidas no controle da ingestão de alimentos e consumo de energia.
Não tome Contrave® se você:
- Tem hipertensão não controlada.
- Tem ou tem tido convulsões.
- Tem uma doença de fígado grave.
- Tem uma doença de rins em fase terminal.
- Tem um tumor cerebral.
- Tem ou já teve um distúrbio bipolar (alterações de humor extremas).
- Utiliza outros medicamentos que contenham bupropiona ou naltrexona.
- Tem ou teve um distúrbio alimentar chamado anorexia (comer muito pouco) ou bulimia (comer demais e vomitar para evitar ganho de peso).
- É dependente de medicamentos para a dor à base de opioides ou usa medicamentos para ajudar a parar de tomar opioides como metadona ou buprenorfina, ou está em abstinência de opioides.
- Bebe muito álcool e para de beber abruptamente, ou usa medicamentos chamados sedativos (estes fazem com que você fique sonolento), benzodiazepínicos ou medicamentos anticonvulsivantes e se você para de usá-los de repente.
- Está tomando medicamentos chamados inibidores da monoaminoxidase (IMAOs). Pergunte ao seu médico ou farmacêutico se não tiver certeza se toma um IMAO, incluindo linezolida. Não inicie Contrave® até que você tenha parado de tomar o seu IMAO por pelo menos 14 dias.
- É alérgico à naltrexona ou bupropiona ou a qualquer um dos ingredientes do Contrave®. Veja em “Qual a composição do Contrave?” a lista completa de ingredientes de Contrave.
- Está grávida ou planeja engravidar. Informe o seu médico imediatamente se você ficar grávida enquanto estiver tomando Contrave®.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Orientações para abertura do frasco de Contrave®
Para abrir o frasco é preciso pressionar a tampa para baixo e girar ao mesmo tempo no sentido anti-horário mantendo-a pressionada. Para fechar, basta girar no sentido contrário ao de abertura sem apertar em demasia.
Como devo tomar Contrave® | ||
--- | Dose da manhã | Dose da noite |
Inicial: Semana 1 | 1 comprimido | Nenhum |
Semana 2 | 1 comprimido | 1 comprimido |
Semana 3 | 2 comprimidos | 1 comprimido |
Semana 4 em diante | 2 comprimidos | 2 comprimido |
Tome Contrave® exatamente como o seu médico prescrever.
Não altere a dose de Contrave® sem falar com o seu médico.
O seu médico irá alterar a sua dose, se necessário.
O seu médico deve pedir para que pare de tomar Contrave® se não tiver perdido uma certa quantidade de peso após 16 semanas de tratamento.
Engula os comprimidos de Contrave® inteiros, preferencialmente com alimentos. Não parta, mastigue ou esmague-os.
Não tome mais de 2 comprimidos de manhã e 2 comprimidos à noite.
Não tome mais de 2 comprimidos ao mesmo tempo ou mais de 4 comprimidos em 1 dia.
Não tome Contrave® com refeições com alto teor de gordura. Pode aumentar o risco de convulsões.
O que devo evitar enquanto estiver tomando Contrave®?
Não beba muito álcool enquanto estiver tomando Contrave®. Se você bebe muito álcool, converse com seu médico antes de parar de repente. Se parar de beber álcool repentinamente, você pode aumentar sua chance de ter uma convulsão.
Contrave® não foi estudado e não está aprovado para uso em crianças menores de 18 anos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Se você esquecer de tomar uma dose de Contrave®, aguarde até o próximo horário regular para tomá-la. Não tome mais de 1 dose de Contrave® de cada vez.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Antes de tomar Contrave®, informe o seu médico sobre todas as suas condições médicas, incluindo se você:
- Tem ou teve depressão ou outras doenças mentais (como transtorno bipolar).
- Tentou suicídio no passado.
- Tem ou tem tido convulsões.
- Teve um ferimento na cabeça.
- Teve um tumor ou infecção do cérebro ou da coluna (sistema nervoso central).
- Teve um problema com a baixa taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia) ou baixos níveis de sódio no sangue (hiponatremia).
- Tem ou teve problemas no fígado.
- Tem pressão alta.
- Tem ou teve um ataque cardíaco, problemas cardíacos ou teve um acidente vascular cerebral.
- Tem problemas renais.
- É diabético tomando insulina ou outros medicamentos para controlar o açúcar no sangue.
- Tem ou teve um distúrbio alimentar.
- Bebe muito álcool.
- Abusa de medicamentos prescritos ou drogas ilícitas.
- Têm mais de 65 anos.
- Amamenta ou planeja amamentar. Contrave® pode passar para o leite materno e pode prejudicar o bebê.
- Tem uma condição chamada síndrome de Brugada (uma síndrome hereditária rara que afeta o ritmo cardíaco) ou se ocorreu parada cardíaca ou morte súbita em sua família.
Você e seu médico devem decidir se você deve tomar Contrave® ou amamentar. Você não deve fazer os dois.
Contrave® tem influência na capacidade de dirigir e operar máquinas, pois durante o tratamento podem ocorrer tonturas, sonolência, perda de consciência e convulsões. Se você tiver tonturas, sonolência, perda de consciência e convulsões, não dirija nem utilize máquinas.
Atenção: este medicamento contém lactose (um tipo de açúcar): se foi informado pelo seu médico que tem uma intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Este medicamento pode causar doping.
Contrave® pode causar efeitos colaterais graves, incluindo:
Pensamentos ou ações suicidas
- Um dos ingredientes de Contrave® é a bupropiona. Bupropiona provocou em algumas pessoas pensamentos ou ações suicidas ou mudanças incomuns no comportamento, fazendo uso ou não de medicamentos usados para tratar a depressão.
A bupropiona pode aumentar os pensamentos ou ações suicidas em algumas crianças, adolescentes e adultos jovens nos primeiros meses de tratamento.
Se você já tem depressão ou outras doenças mentais, tomar bupropiona pode piorar isso, especialmente nos primeiros meses de tratamento.
Pare de tomar Contrave® e contate um médico imediatamente se você, ou um familiar seu, apresentar qualquer um dos seguintes sintomas, especialmente se forem novos, piores ou perturbarem você:
- Pensamentos sobre suicídio ou morte.
- Tentativas de cometer suicídio.
- Depressão nova ou mais grave.
- Ansiedade nova ou mais grave.
- Sentir-se muito agitado ou inquieto.
- Ataques de pânico.
- Irritabilidade nova ou mais grave.
- Agir agressivamente, com raiva ou violência.
- Agir impulsivamente de forma perigosa.
- Aumento extremo da atividade e da fala (mania).
- Outras mudanças incomuns no comportamento ou humor.
- Problema para dormir (insônia).
Ao tomar Contrave®, você ou seus familiares devem:
- Prestar muita atenção a quaisquer mudanças, especialmente mudanças repentinas, no humor, comportamento, pensamentos ou sentimentos. Isso é muito importante quando você começa a tomar Contrave® ou quando sua dose é alterada.
- Manter todas as visitas de acompanhamento com o seu médico, conforme programado. Ligue para seu médico entre as visitas, conforme necessário, especialmente se você tiver dúvidas sobre os sintomas.
Convulsões
Existe risco de ter uma convulsão quando você toma Contrave®.
O risco de convulsão é maior em pessoas que:
- Tomam doses mais altas de Contrave®.
- Tem certas condições médicas.
- Tomam Contrave® com outros medicamentos.
Se você tiver uma convulsão durante o uso de Contrave®, pare de tomar Contrave® e ligue para seu médico imediatamente. Você não deve tomar Contrave® novamente se tiver uma convulsão.
Risco de dose excessiva com opioides
Um dos ingredientes do Contrave® (naltrexona) pode aumentar suas chances de ter uma dose excessiva de opioide se tomar medicamentos opioides enquanto estiver tomando Contrave®.
Você pode ter uma dose excessiva acidental de 2 maneiras:
- A naltrexona bloqueia os efeitos dos opioides, tais como heroína, metadona ou medicamentos para a dor. Não tome grandes quantidades de opioides, incluindo heroína ou analgésicos contendo opioides, para tentar superar os efeitos de naltrexona que bloqueiam os opioides. Isso pode levar a lesões graves, coma ou morte.
- Depois de tomar naltrexona, o efeito do bloqueio diminui lentamente e desaparece completamente com o tempo. Se você utilizou no passado drogas ilícitas ou medicamentos contendo opioides, utilizar opioides em quantidades que você usou antes do tratamento com naltrexona pode levar a uma dosagem excessiva e morte. Você também pode ficar mais sensível aos efeitos de menores quantidades de opioides:
- Depois de ter passado pela desintoxicação.
- Quando for a hora de sua próxima dose de Contrave®.
- Se você esquecer de uma dose de Contrave®.
- Depois de parar o tratamento com Contrave®.
É importante que você diga à sua família e às pessoas mais próximas a você sobre essa maior sensibilidade aos opioides e sobre o risco de dose excessiva.
Você ou alguém próximo a você deve obter ajuda médica de emergência imediatamente se você:
- Tiver dificuldade em respirar.
- Tornar-se muito sonolento com a respiração lenta.
- Tiver respiração lenta e superficial (leve movimento do peito com a respiração).
- Sentir-se fraco, muito tonto, confuso ou tiver sintomas incomuns.
Retirada repentina de opioides. As pessoas que tomam Contrave® não devem usar nenhum tipo de opioide (deve ser livre de opioides) incluindo drogas ilícitas, medicamentos prescritos para a dor (incluindo tramadol), tosse, constipação ou medicamentos para diarreia que contêm opioides, ou tratamentos para dependência de opioides, buprenorfina ou metadona, durante pelo menos 7 a 10 dias antes de iniciar Contrave®. Usar opioides nos 7 a 10 dias antes de começar a tomar Contrave® pode fazer com que você repentinamente tenha sintomas de abstinência de opioides ao tomá-lo. A retirada repentina de opioide pode ser grave e você pode precisar ir ao hospital. Diga ao seu médico que você está tomando Contrave® antes de um procedimento médico ou cirurgia.
Reações alérgicas severas
Algumas pessoas apresentaram reação alérgica grave à bupropiona, um dos ingredientes de Contrave®.
Pare de tomar Contrave® e ligue para o seu médico ou vá imediatamente ao pronto socorro mais próximo se tiver algum dos seguintes sinais e sintomas de reação alérgica:
- Vermelhidão da pele.
- Coceira.
- Urticária.
- Febre.
- Inchaço das glândulas linfáticas.
- Feridas dolorosas na sua boca ou ao redor dos seus olhos.
- Inchaço dos lábios ou língua.
- Dor no peito.
- Problemas para respirar.
Aumento da pressão arterial ou frequência cardíaca
Algumas pessoas podem ter pressão alta ou aumento da frequência cardíaca ao tomar Contrave®. Seu médico deve verificar sua pressão arterial e frequência cardíaca antes de você começar a tomar, e enquanto você toma Contrave®.
Doença do fígado ou hepatite
Um dos ingredientes de Contrave®, a naltrexona, pode causar danos ao fígado ou hepatite.
Pare de tomar Contrave® e informe seu médico se tiver algum dos seguintes sintomas de problemas no fígado:
- Dor na área do estômago que dura mais do que alguns dias.
- Urina escura.
- Amarelamento dos brancos dos seus olhos.
- Cansaço.
O seu médico pode ter que parar seu tratamento com Contrave® se você tiver sinais ou sintomas de problema sério de fígado.
Episódios de mania
Um dos ingredientes da Contrave®, a bupropiona, pode fazer algumas pessoas que eram maníacas ou deprimidas no passado, serem maníacas ou ter depressão novamente.
Problemas visuais (glaucoma de ângulo fechado)
Um dos ingredientes de Contrave®, a bupropiona, pode fazer algumas pessoas terem problemas visuais (glaucoma de ângulo fechado).
Sinais e sintomas de glaucoma de ângulo fechado de pode incluir:
- Dor ocular.
- Alterações da visão.
- Inchaço ou vermelhidão no ou ao redor do olho.
Converse com seu médico para saber se você está em risco de glaucoma de ângulo fechado e para receber tratamento para evitar que você esteja em risco.
Aumento do risco de baixa taxa de açúcar no sangue (hipoglicemia) em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 que também tomam medicamentos para tratar a diabetes
Perda de peso pode causar baixo nível de açúcar no sangue em pessoas com diabetes mellitus tipo 2 que também tomam medicamentos usados para tratar diabetes mellitus tipo 2 (como a insulina ou sulfonilureias). Você deve verificar o seu nível de açúcar no sangue antes de começar a tomar Contrave® e enquanto estiver tomando Contrave®.
Síndrome serotoninérgica
Que pode se manifestar por meio de alterações do estado mental (por exemplo, agitação, alucinações, coma) e outros efeitos, como temperatura corporal acima de 38 C, aumento da frequência cardíaca, pressão arterial instável e reflexos exagerados, rigidez muscular, falta de coordenação e/ou sintomas gastrointestinais (por exemplo, náuseas, vómitos, diarreia), durante o uso de Contrave® juntamente com medicamentos usados para o tratamento da depressão (tais como paroxetina, citalopram, escitalopram, fluoxetina e venlafaxina).
Os efeitos colaterais mais comuns do Contrave® incluem:
Estes não são todos os possíveis efeitos colaterais de Contrave®. Ligue para o seu médico para aconselhamento sobre efeitos colaterais.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Comprimidos revestidos 8mg + 90mg
Embalagem com 120 comprimidos revestidos de liberação prolongada.
Uso oral.
Uso adulto.
Cada comprimido revestido de liberação prolongada contém:
Cloridrato de naltrexona | 8 mg |
Cloridrato de bupropiona | 90 mg |
Excipientes: cloridrato de cisteína monoidratado, celulose microcristalina, hiprolose, estearato de magnésio, lactose, lactose monoidratada, crospovidona, azul de indigotina 132 laca de alumínio, hipromelose, edetato dissódico di-hidratado, dióxido de silício, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco.
Se você ingerir uma quantidade grande de Contrave® chame seu médico ou vá imediatamente para o hospital mais próximo.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Informe o seu médico sobre todos os medicamentos que você toma, incluindo medicamentos de prescrição e de venda livre, vitaminas e à base de plantas. Contrave® pode afetar o modo como outros medicamentos funcionam e outros medicamentos podem afetar o modo como Contrave® atua, causando efeitos colaterais. Solicite ao seu médico uma lista desses medicamentos, se você não tiver certeza.
Conheça os medicamentos que você toma. Leve uma lista deles para mostrar ao seu médico ou farmacêutico quando você receber um novo medicamento.
Contrave® pode interagir com alguns medicamentos usados para o tratamento da depressão (como amitriptilina, desipramina, imipramina, venlafaxina, paroxetina, fluoxetina, citalopram, escitalopram) ou de outros distúrbios de saúde mental (como risperidona, haloperidol, tioridazina), podendo causar a chamada síndrome serotoninérgica, uma condição potencialmente fatal. Os sintomas são alterações do estado mental (por exemplo, agitação, alucinações, coma) e outros efeitos, como temperatura corporal acima de 38°C, aumento da frequência cardíaca, pressão arterial instável e reflexos exagerados, rigidez muscular, falta de coordenação e/ou sintomas gastrointestinais (por exemplo, náuseas, vômitos, diarreia).
Se você fizer um teste de triagem de drogas na urina, Contrave® poderá tornar o resultado do teste positivo para anfetaminas. Se você disser à pessoa que está lhe dando o teste de triagem de drogas que você está tomando Contrave®, ela pode fazer um teste de triagem de drogas mais específico que não deve ter esse problema.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Resultados de Eficácia
Os efeitos de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona na perda de peso em conjunto com a redução da ingestão calórica e aumento da atividade física foram estudados em estudos duplo-cegos, controlados por placebo (faixa de IMC 27 a 45 kg/m2) com durações de estudo de 16 a 56 semanas, randomizados para naltrexona (16 a 50 mg/dia) e/ou bupropiona (300 a 400 mg/dia) ou placebo.
Efeito na perda de peso e manutenção do peso
Quatro estudos multicêntricos, duplo-cegos, controlados com placebo, de 56 semanas para obesidade (Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona Obesity Research, ou COR-I, COR-II, COR-BMOD e COR-Diabetes) foram conduzidos para avaliar o efeito de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona em conjunto com mudança do estilo de vida em 4.536 pacientes randomizados para Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona ou placebo. Os estudos COR-I, COR-II e COR-BMOD incluíram pacientes com obesidade (IMC 30 kg/m2 ou acima) ou sobrepeso (IMC 27 kg/m2 ou acima) e pelo menos uma comorbidade (hipertensão ou dislipidemia). O estudo COR-Diabetes envolveu pacientes com IMC maior que 27 kg/m2 com diabetes tipo 2 com ou sem hipertensão e/ou dislipidemia.
O tratamento foi iniciado com um período de titulação de dose de três semanas, seguido de aproximadamente 1 ano de tratamento contínuo. Os pacientes foram instruídos a tomar Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona com alimentos. COR-I e COR-II incluíram um programa consistindo em uma dieta reduzida em calorias, resultando em uma diminuição aproximada de 500 kcal/dia na ingestão calórica, aconselhamento comportamental e aumento da atividade física. O CORBMOD incluiu um programa intensivo de mudança comportamental, consistindo em 28 sessões de aconselhamento em grupo durante 56 semanas, bem como uma dieta prescrita e esquema de exercícios. O COR-Diabetes avaliou pacientes com diabetes tipo 2 que não atingiram o objetivo glicêmico de HbA1c menor que 7%, tanto com agentes antidiabéticos orais quanto com dieta e exercícios isolados. Da população total desses quatro estudos, 24% tinham hipertensão, 54% tinham dislipidemia no início do estudo e 10% tinham diabetes tipo 2.
Além do COR-Diabetes, que incluiu apenas pacientes com diabetes tipo 2, as características demográficas dos pacientes foram semelhantes nos quatro estudos. Para as quatro populações experimentais combinadas, a idade média foi de 46 anos, 83% eram do sexo feminino, 77% eram caucasianos, 18% eram negros e 5% eram outras raças. No início do estudo, o IMC médio foi de 36 kg/m2 e a circunferência média da cintura foi de 110 cm.
Uma porcentagem substancial de pacientes randomizados retirou-se dos estudos antes da semana 56:
- 45% do grupo placebo e 46% do grupo Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona. A maioria desses pacientes interrompeu dentro das primeiras 12 semanas de tratamento. Aproximadamente 24% dos pacientes tratados com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona e 12% dos pacientes tratados com placebo descontinuaram o tratamento devido a uma reação adversa.
Os desfechos co-primários foram a alteração percentual do peso corporal inicial e a proporção de pacientes que atingiram pelo menos uma redução de 5% no peso corporal. No estudo COR-I de 56 semanas, a alteração média no peso corporal foi de -5,4% entre os pacientes randomizados para Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg, comparado com -1,3% entre os pacientes designados para placebo (População com Intenção de Tratar [ITT]), como mostrado na Tabela 1 e Figura 1. Neste estudo, a redução de pelo menos 5% do peso corporal em relação ao valor basal ocorreu com maior frequência em pacientes tratados com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg em comparação com placebo (42% vs. 17%; Tabela 1). Os resultados de COR-BMOD e COR-Diabetes são mostrados na Tabela 1 e Figuras 2 e 3.
Tabela 1. Alterações no peso em estudos de 56 semanas com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona (ITT/LOCF*)
- | COR-I | COR-BMOD | COR-Diabetes | |||
Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/ 360 mg | Placebo | Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/ 360 mg | Placebo | Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/ 360 mg | Placebo | |
N | 538 | 536 | 565 | 196 | 321 | 166 |
Peso (kg) | ||||||
Média do valor basal (DP) | 99,8 (16,1) | 99,5 (14,4) | 100,3 (15,5) | 101,8 (15,0) | 104,2 (19,1) | 105,3 (16,9) |
Mudança média % de LS do valor basal (SE) | -5,4 (0,3) | -1,3 (0,3) | -8,1 (0,4) | -4,9 (0,6) | -3,7 (0,3) | -1,7 (0,4) |
Diferença do placebo (IC95%) | -4,1† (-4,9, -3,3) | - | 3,2† (-4,5, -1,8) | - | 2,0† (-3,0, -1,0) | - |
Porcentagem de pacientes que perderam 5% ou mais do peso corporal | 42 | 17 | 57 | 43 | 36 | 18 |
Diferença de risco vs placebo (IC95%) | 25† (19, 30) | - | 14† (6, 22) | - | 18† (9, 25) | - |
Porcentagem de pacientes que perderam peso 10% ou mais do peso corporal | 21 | 7 | 35 | 21 | 15 | 5 |
Diferença de risco vs. placebo (IC95%) | 14† (10, 18) | - | 14† (7, 21) | - | 10‡ (4, 15) | - |
LS: Least Squares.
O erro tipo 1 foi controlado nos três desfechos.
*Baseado na última observação levada adiante (LOCF) em todos os indivíduos randomizados que tiveram uma medição do peso corporal basal e pelo menos uma medição do peso corporal após o basal durante a fase definida de tratamento. Todos os dados de peso corporal disponíveis durante a fase duplo-cega de tratamento estão incluídos na análise, incluindo dados coletados de indivíduos que descontinuaram o fármaco em estudo.
† Diferença do placebo, p <0,001.
‡ Diferença do placebo, p <0,01.
As percentagens de pacientes que atingiram a perda de, pelo menos, 5% ou pelo menos 10% do peso corporal desde o basal foram superiores entre os randomizados para Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona, comparativamente ao placebo, nos quatro estudos de obesidade (Tabela 1).
Figura 1. Perda de peso ao longo do tempo na população que completou: Estudo COR-I
*p <0,001 versus placebo.
Estudo COR-I: 50,1% no grupo placebo e 49,2% no grupo Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona descontinuaram o fármaco em estudo.
Figura 2. Perda de peso ao longo do tempo na população que completou: Estudo COR-BMOD
*p <0,001 versus placebo.
Estudo COR-BMOD: 41,6% no grupo placebo e 42,1% no grupo Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona descontinuaram o fármaco em estudo.
Figura 3. Perda de peso ao longo do tempo na população que completou: Estudo COR-Diabetes
*p <0,001 versus placebo.
Estudo COR-Diabetes: 41,2% no grupo placebo e 47,8% no grupo Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona descontinuaram o fármaco em estudo.
Efeito nos parâmetros cardiovasculares e metabólicos
Alterações nos parâmetros cardiovasculares e metabólicos associados à obesidade são apresentadas para COR-I e COR-BMOD (Tabela 2). Alterações na pressão sanguínea média e frequência cardíaca são descritas em outra seção.
Tabela 2. Mudança nos marcadores de parâmetros cardiovasculares e metabólicos frente ao valor basal em estudos de 56 semanas com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg (COR-I e COR-BMOD)*
Parâmetro | COR-I | COR-BMOD | ||||
- | Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg N=471 |
Placebo N=511 |
Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona menos placebo (LS Médio) |
Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg N=482 |
Placebo N=193 |
Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona menos placebo (LS Médio) |
Triglicérides mg/dL | ||||||
Mediana basal (Q1, Q3) | 113 (86, 158) |
112 (78, 157) |
-10,7† | 110 (78, 162) |
103 (76, 144) |
-9,9† |
Mudança mediana % | -11,6 | 1,7 | -17,8 | -7,4 | ||
HDL-C, mg/dL | ||||||
Média basal (DP) | 51,9 (13,6) |
52,0 (13,6) |
7,2 | 53,6 (13,5) |
55,3 (12,9) |
6,6 |
Mudança 6,6 média LS (SE) | 8,0 (0,9) |
0,8 (0,9) |
9,4 (1,0) |
2,8 (1,6) |
||
LDL-C, mg/dL | ||||||
Média basal (DP) | 118,8 (32,6) |
119,7 (34,8) |
-1,5 | 109,5 (27,5) |
109,2 (27,3) |
-2,9 |
Mudança média LS (SE) | -2,0 (1,0) |
-0,5 (1,1) |
7,1 (1,4) |
10,0 (2,2) |
||
Circunferência da cintura, cm | ||||||
Média basal (DP) | 108,8 (11,3) |
110,0 (12,2) |
-3,8‡ | 109,3 (11,4) |
109,0 (11,8) |
-3,2‡ |
Mudança média LS (SE) | -6,2 (0,4) |
-2,5 (0,4) |
-10,0 (0,5) |
-6,8 (0,8) |
||
Frequência cardíaca, bpm | ||||||
Média basal (DP) | 72,1 (8,7) |
71,8 (8,0) |
1,2 | 70,7 (8,3) |
70,4 (9,0) |
0,9 |
Mudança média LS (SE) | 1,0 (0,3) |
-0,2 (0,3) |
1,1 (0,4) |
0,2 (0,5) |
||
Pressão sistólica, mmHg | ||||||
Média basal (DP) | 118,9 (9,8) |
119,0 (9,8) |
1,8 | 116,9 (9,9) |
116,7 (10,9) |
2,6 |
Mudança média LS (SE) | -0,1 (0,4) |
-1,9 (0,4) |
-1,3 (0,5) |
-3,9 (0,7) |
||
Pressão diastólica, mmHg | ||||||
Média basal (DP) | 77,1 (7,2) |
77,3 (6,6) |
0,9 | 78,2 (7,2) |
77,2 (7,4) |
1,4 |
Mudança média LS (SE) | 0,0 (0,3) |
-0,9 (0,3) |
-1,4 (0,3) |
-2,8 (0,5) |
LS: Least Squares.
Q1: primeiro quartil; Q3: terceiro quartil.
*Baseado na última observação levada adiante (LOCF) durante o estudo do fármaco.
†Estimativa de Hodges-Lehmann da diferença de tratamento.
‡Estatisticamente significativo vs. placebo (p <0,001) com base no procedimento do método de teste fechado pré-especificado para controlar o erro do Tipo I.
Efeito do Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona nos parâmetros cardiometabólicos e na antropometria em pacientes com diabetes mellitus tipo 2
As alterações no controle da glicemia observadas desde o início até a semana 56 entre os pacientes com diabetes tipo 2 e obesidade, randomizados para Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg ou placebo são apresentadas na Tabela 3.
Tabela 3. Alterações nos parâmetros cardiometabólicos e circunferência da cintura em pacientes com diabetes mellitus Tipo 2 em um estudo de 56 semanas com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg (COR-Diabetes)
- | Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona 32 mg/360 mg N=265 |
Placebo N=159 |
Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona menos placebo (Média LS) |
||
Basal | Mudança em relação ao basal (Média LS) | Basal | Mudança em relação ao basal (Média LS) | ||
HbA1c (%) | 8,0 | -0,6 | 8,0 | -0,1 | -0,5* |
Glicemia de jejum (mg/dL) | 160,0 | -11,9 | 163,9 | -4,0 | -7,9 |
Circunferência da cintura (cm) | 115,0 | -5,0 | 114,3 | -2,9 | -2,1 |
Pressão sistólica (mmHg) | 125,0 | 0,0 | 124,5 | -1,1 | 1,2 |
Pressão diastólica (mmHg) | 77,5 | -1,1 | 77,4 | -1,5 | 0,4 |
Frequência cardíaca (bpm) | 72,9 | 0,7 | 73,1 | -0,2 | 0,9 |
- | Basal | Mudança em relação ao valor basal (Média LS) |
Basal | Mudança em relação ao valor basal (Média LS) |
Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona menos placebo (Média LS) |
Triglicérides (mg/dL)† | 147 (98, 200) |
-7,7 | 168 (114, 236) |
-8,6 | -3,3 |
HDL colesterol (mg/dL) | 46,2 | 7,4 | 46,1 | -0,2 | 7,6 |
LDL colesterol (mg/dL) | 100,2 | 2,4 | 101,0 | 4,2 | -1,9 |
LS: Least Squares.
Baseado na última observação levada adiante (LOCF) durante o estudo do fármaco.
*Estatisticamente significativo vs. placebo (p <0,001) com base no procedimento do método de teste fechado pré-especificado para controlar o erro do Tipo I.
†Os valores são a mediana do valor basal (primeiro e terceiro quartis), mudança mediana em % e a estimativa de Hodges-Lehmann da diferença mediana de tratamento.
Efeito na composição corporal
Em um subconjunto de 124 pacientes (79 Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona, 45 placebo), a composição corporal foi medida usando a absorciometria por raios-X de dupla energia (DEXA). A avaliação DEXA mostrou que a massa gorda corporal média total diminuiu em 4,7 kg (11,7%) no grupo Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona vs. 1,4 kg (4,3%) no grupo placebo na semana 52/LOCF (diferença de tratamento, -3,3 kg [-7,4%], p <0,01).
Referências:
1. Greenway FL, Fujioka K, et al. Effect of naltrexone plus bupropion on weight loss in overweight and obese adults (COR-I): a multicentre, randomised, double-blind, placebocontrolled, phase 3 trial. Lancet. 2010;376(9741):595-605.
2. Apovian CM, Aronne L, et al. A randomized, phase 3 trial of naltrexone SR/bupropion SR on weight and obesity-related risk factors (COR-II). Obesity (Silver Spring). 2013;21(5):935-943.
3. Wadden TA, Foreyt JP, et al. Weight loss with naltrexone SR/bupropion SR combination therapy as an adjunct to behavior modification: The COR-BMOD trial. Obesity (Silver Spring). 2011;19(1):110-120.
4. Hollander P, Gupta AK, et al. Effects of naltrexone sustained-release/bupropion sustainedrelease combination therapy on body weight and glycemic parameters in overweight and obese patients with type 2 diabetes. Diabetes Care. 2013;36(12):4022-4029.
Características Farmacológicas
Mecanismo de ação
Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona tem dois componentes ativos:
- Naltrexona, um antagonista opioide, e bupropiona, um inibidor relativamente fraco da recaptação neuronal de dopamina e norepinefrina.
Estudos não-clínicos sugerem que a naltrexona e a bupropiona têm efeitos em duas áreas distintas do cérebro envolvidas na regulação da ingestão de alimentos:
- O hipotálamo (centro regulador do apetite) e o circuito mesolímbico da dopamina (sistema de recompensa). Os efeitos neuroquímicos exatos de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona que levam à perda de peso não são totalmente compreendidos.
Farmacodinâmica
Combinadas, a bupropiona e a naltrexona aumentaram, in vitro, a taxa de disparos dos neurônios hipotalâmicos da pro-opiomelanocortina (POMC), que estão associados à regulação do apetite.
A combinação de bupropiona e naltrexona também reduziu a ingestão de alimentos quando injetada diretamente na área tegmental ventral do circuito mesolímbico em camundongos, uma área associada à regulação das vias de recompensa.
Farmacocinética
Absorção
Naltrexona
Após administração oral única de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona (dois comprimidos de 8 mg de naltrexona/90 mg de bupropiona) a indivíduos saudáveis, a concentração plasmática máxima média de naltrexona (Cmáx) foi de 1,4 ng/mL, o tempo até a concentração máxima (Tmáx) foi de 2 horas e a extensão da exposição (ASC0-inf) foi de 8,4 ng.h/mL.
Bupropiona
Após administração oral única de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona (dois comprimidos de 8 mg de naltrexona/90 mg de bupropiona) a indivíduos saudáveis, a concentração plasmática máxima média de bupropiona (Cmáx) foi de 168 ng/mL, o tempo até a concentração plasmática máxima (Tmáx) foi de três horas e a extensão da exposição (ASC0-inf) foi de 1.607 ng.h/mL.
Efeito dos alimentos na absorção
Quando Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona foi administrado com uma refeição rica em gorduras, a ASC e a Cmáx da naltrexona aumentaram 2,1 vezes e 3,7 vezes, respetivamente, e a ASC e a Cmáx da bupropiona aumentaram 1,4 vezes e 1,8 vezes, respetivamente. No estado de equilíbrio, o efeito do alimento aumentou a ASC e a Cmáx da naltrexona em 1,7 vezes e 1,9 vezes, respetivamente, e aumentou a ASC e a Cmáx da bupropiona em 1,1 vezes e 1,3 vezes, respetivamente. Assim, o Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona não deve ser tomado com refeições com alto teor de gordura, devido aos significativos aumentos na exposição sistêmica à bupropiona e à naltrexona.
Distribuição
Naltrexona
A naltrexona é 21% ligada às proteínas plasmáticas. O volume aparente médio de distribuição da naltrexona no estado de equilíbrio (Vss/F) é de 5.697 litros.
Bupropiona
A bupropiona é 84% ligada às proteínas plasmáticas. O volume aparente médio de distribuição da bupropiona no estado de equilíbrio (Vss/F) é de 880 litros.
Metabolismo e excreção
Naltrexona
O principal metabolito da naltrexona é o 6-beta-naltrexol. Acredita-se que a atividade da naltrexona seja o resultado tanto do composto original quanto do metabólito 6-beta-naltrexol. Embora menos potente, o 6-beta-naltrexol é eliminado mais lentamente e, portanto, circula em concentrações muito mais elevadas do que a naltrexona. A naltrexona e o 6-beta-naltrexol não são metabolizados pelas enzimas do citocromo P450 e estudos in vitro indicam que não há potencial para inibição ou indução de isoenzimas importantes.
A naltrexona e seus metabólitos são excretados principalmente pelo rim (53% a 79% da dose). A excreção urinária de naltrexona inalterada é responsável por menos de 2% de uma dose oral. A excreção urinária de 6-beta-naltrexol inalterado e conjugado é responsável por 43% de uma dose oral. A depuração renal da naltrexona varia de 30 a 127 mL/min, sugerindo que a eliminação renal é principalmente por filtração glomerular. A depuração renal do 6-betanaltrexol varia de 230 a 369 mL/min, sugerindo um mecanismo adicional de secreção tubular renal. A excreção fecal é uma via de eliminação menor.
Após administração oral única de comprimidos de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona a indivíduos saudáveis, a meia-vida de eliminação (T1/2) foi de aproximadamente 5 horas para a naltrexona. Após a administração duas vezes por dia de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona, a naltrexona não se acumulou e a sua cinética pareceu ser linear.
No entanto, em comparação com naltrexona, o 6-beta-naltrexol se acumula em maior extensão (taxa de acumulação ~ 3).
Bupropiona
A bupropiona é extensamente metabolizada em três metabólitos ativos: hidroxibupropiona, treoidrobupropiona e eritroidrobupropiona. Os metabólitos têm uma eliminação mais longa do que a bupropiona e se acumulam em maior extensão. Após a administração de bupropiona, mais de 90% da exposição é resultado de metabólitos. Os achados in vitro sugerem que o CYP2B6 é a principal isoenzima envolvida na formação da hidroxibupropiona, enquanto as isoenzimas do citocromo P450 não estão envolvidas na formação dos outros metabólitos ativos.
A bupropiona e seus metabólitos inibem o CYP2D6. A ligação às proteínas plasmáticas da hidroxibupropiona é semelhante à da bupropiona (84%), enquanto que os outros dois metabolitos têm aproximadamente metade desta ligação.
Após a administração oral de 200 mg de 14C-bupropiona em seres humanos, 87% e 10% da dose radioativa foram recuperados na urina e nas fezes, respectivamente. A fração da dose oral de bupropiona excretada inalterada foi de 0,5%, um achado consistente com o amplo metabolismo da bupropiona.
Após administração oral única de comprimidos de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona a indivíduos saudáveis, a meia-vida de eliminação (T½) foi de aproximadamente 21 horas para a bupropiona. Após a administração duas vezes por dia de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona, os metabolitos de bupropiona e, em menor grau, de bupropiona inalterada, acumulam-se e atingem as concentrações do estado de equilíbrio em aproximadamente uma semana.
Populações específicas
Gênero
A análise agrupada dos dados de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona não sugeriu diferenças clinicamente significativas nos parâmetros farmacocinéticos da bupropiona ou da naltrexona com base no sexo.
Raça
A análise agrupada dos dados de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona não sugeriu diferenças clinicamente significativas nos parâmetros farmacocinéticos da bupropiona ou da naltrexona com base na raça.
Idosos
A farmacocinética do Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona não foi avaliada na população geriátrica. Os efeitos da idade sobre a farmacocinética da naltrexona ou bupropiona e seus metabólitos não foram totalmente caracterizados. Uma exploração das concentrações de bupropiona no estado de equilíbrio em vários estudos de eficácia sobre a depressão envolvendo pacientes tratados numa faixa de 300 a 750 mg/dia, em um esquema de três tomadas diárias, não revelou relação entre a idade (18 a 83 anos) e concentração plasmática de bupropiona. Um estudo farmacocinético de dose única demonstrou que a distribuição da bupropiona e dos seus metabolitos em idosos foi semelhante à dos indivíduos mais jovens. Esses dados sugerem que não há efeito significativo da idade sobre a concentração de bupropiona; entretanto, outro estudo farmacocinético, de dose única e múltipla, sugeriu que os idosos estão em maior risco de acúmulo de bupropiona e seus metabólitos.
Fumantes
Uma análise agrupada dos dados de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona não revelou diferenças significativas nas concentrações plasmáticas de bupropiona ou naltrexona em fumantes em comparação com não fumantes. Os efeitos do tabagismo sobre a farmacocinética da bupropiona foram estudados em 34 voluntários saudáveis do sexo masculino e feminino; 17 eram tabagistas crônicos e 17 não tabagistas. Após a administração oral de uma dose única de 150 mg de bupropiona, não houve diferença estatisticamente significativa na Cmáx, meia-vida, Tmáx, ASC ou depuração da bupropiona ou dos seus metabolitos ativos entre fumantes e não-fumantes.
Insuficiência hepática
Os dados farmacocinéticos de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona em pacientes com insuficiência hepática não estão disponíveis.
As seguintes informações estão disponíveis para os princípios ativos individuais:
Naltrexona
Observou-se um aumento na ASC de naltrexona de aproximadamente 5 e 10 vezes em pacientes com cirrose hepática compensada e descompensada, respectivamente, em comparação com indivíduos com função hepática normal. Esses dados também sugerem que alterações na biodisponibilidade da naltrexona estão relacionadas à gravidade da doença hepática.
Bupropiona
O efeito da insuficiência hepática na farmacocinética da bupropiona foi caracterizado em dois estudos de dose única, um em pacientes com doença hepática alcoólica e um segundo em pacientes com cirrose leve a grave.
O primeiro estudo mostrou que a meia-vida da hidroxibupropiona foi significativamente maior em oito pacientes com doença hepática alcoólica do que em oito voluntários saudáveis (32±14 horas vs. 21±5 horas, respectivamente). Embora não estatisticamente significativas, as ASCs para bupropiona e hidroxibupropiona foram mais variáveis e tenderam a ser maiores (entre 53% e 57%) em pacientes com doença hepática alcoólica. As diferenças na meia-vida da bupropiona e dos outros metabólitos nos dois grupos de pacientes foram mínimas.
O segundo estudo clínico não demonstrou diferenças estatisticamente significativas na farmacocinética da bupropiona e dos seus metabolitos ativos em nove indivíduos com cirrose hepática leve a moderada, em comparação com oito voluntários saudáveis. No entanto, foi observada uma maior variabilidade em alguns dos parâmetros farmacocinéticos da bupropiona (ASC, Cmáx e Tmáx) e nos seus metabolitos ativos (t½) em indivíduos com cirrose hepática leve a moderada. Em indivíduos com cirrose hepática grave, foram observadas alterações significativas na farmacocinética da bupropiona e seus metabólitos (Tabela 4).
Tabela 4. Farmacocinética da bupropiona e metabólitos em pacientes com cirrose hepática grave: razão relativa a controles saudáveis equivalentes
- | Cmáx | ASC | T1/2 | Tmáx* |
Bupropiona | 1,69 | 3,12 | 1,43 | 0,5h |
Hidroxibupropiona | 0,31 | 1,28 | 3,88 | 19h |
Treo/eritroidrobupropiona amino álcool | 0,69 | 2,48 | 1,96 | 20h |
* = Diferença.
A dose de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona deve ser reduzida em pacientes com insuficiência hepática.
Insuficiência renal
Não foi realizado um estudo farmacocinético dedicado para Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona em indivíduos com insuficiência renal.
As seguintes informações estão disponíveis para os princípios ativos individuais:
Naltrexona
Estão disponíveis informações limitadas para naltrexona em pacientes com insuficiência renal moderada a grave. Em um estudo de sete pacientes com doença renal em estágio terminal que necessitavam de diálise, as concentrações plasmáticas máximas de naltrexona foram elevadas em pelo menos 6 vezes em comparação com indivíduos saudáveis.
Bupropiona
Estão disponíveis informações limitadas para bupropiona em pacientes com insuficiência renal moderada a grave. Uma comparação entre estudos com indivíduos normais e pacientes com insuficiência renal terminal demonstrou que os valores de Cmáx e ASC da bupropiona foram comparáveis nos dois grupos, enquanto que os metabólitos hidroxibupropiona e treohidrobupropiona tiveram um aumento de 2,3 e 2,8 vezes, respectivamente, na ASC para pacientes com insuficiência renal terminal. Um segundo estudo, comparando indivíduos normais e pacientes com insuficiência renal moderada a grave (TFG 30,9 ± 10,8 mL/min), mostrou que a exposição após uma dose única de 150 mg de bupropiona foi aproximadamente 2 vezes maior em pacientes com função renal comprometida, enquanto os níveis dos metabólitos hidroxibupropiona e treo/eritroidrobupropiona (combinados) foram semelhantes nos dois grupos. A eliminação da bupropiona e/ou dos principais metabolitos da bupropiona pode ser reduzida pelo comprometimento da função renal.
A dose de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona deve ser reduzida em pacientes com insuficiência renal moderada ou grave. O uso de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona não é recomendado em pacientes com insuficiência renal terminal.
Interações medicamentosas
Avaliação in vitro de interações medicamentosas
Em concentrações terapeuticamente relevantes, naltrexona e 6-beta-naltrexol não são os principais inibidores das isoformas de CYP CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2E1, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 ou CYP3A4. Tanto a naltrexona quanto o 6-beta-naltrexol não são os principais indutores das isoformas de CYP CYP1A2, CYP2B6 ou CYP3A4.
A bupropiona e seus metabólitos (hidroxibupropiona, eritroidrobupropiona, treoidrobupropiona) são inibidores da CYP2D6.
Estudos in vitro sugerem que a paroxetina, a sertralina, a norfluoxetina, a fluvoxamina e o nelfinavir inibem a hidroxilação da bupropiona.
Bupropiona (CI50 9,3 mcM) e seus metabólitos, hidroxibupropiona (CI50 82 mcM) e a treohidrobupropiona e a eritroidrobupropiona (mistura 1:1; CI50 7,8 mcM) inibiram o transportador orgânico renal OCT2 a um nível clinicamente relevante. É provável que concentrações sistêmicas de fármaco substrato transportado por OCT2 aumentem como resultado da depuração renal reduzida quando coadministrada com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona.
Efeitos da naltrexona/bupropiona na farmacocinética de outros fármacos
A interação medicamentosa entre Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona e os substratos da CYP2D6 (metoprolol) ou outros fármacos (atorvastatina, gliburida, lisinopril, nifedipino, valsartana) foi avaliada. Além disso, a interação medicamentosa entre a bupropiona, um componente do Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona, e substratos de CYP2D6 (desipramina) ou outros fármacos (citalopram, lamotrigina) também foi avaliada.
Tabela 5. Efeito da coadministração de naltrexona/bupropiona na exposição sistêmica de outros fármacos
Posologia de naltrexona/bupropiona | Fármaco coadministrado | |
Nome e posologia | Mudanças na exposição sistêmica | |
Iniciar os seguintes fármacos no limite inferior da faixa terapêutica durante uso concomitante com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona: | ||
Bupropiona 150 mg duas vezes ao dia por 10 dias |
Desipramina 50 mg dose única |
↑5 vezes ASC, ↑2 vezes Cmáx |
Bupropiona 300 mg (na forma de XL) uma vez ao dia por 14 dias |
Citalopram 40 mg uma vez ao dia por 14 dias |
↑40% ASC, ↑30% Cmáx |
Naltrexona/bupropiona 16 mg/180 mg duas vezes ao dia por 7 dias |
Metoprolol 50 mg dose única |
↑4 vezes ASC, ↑2 vezes Cmáx |
Nenhum ajuste de dose é necessário para os seguintes fármacos durante uso concomitante com Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona: | ||
Naltrexona/bupropiona 16 mg/180 mg dose única |
Atorvastatina 80 mg dose única |
Sem efeito |
Naltrexona/bupropiona 16 mg/180 mg dose única |
Gliburida 6 mg dose única |
Sem efeito |
Naltrexona/bupropiona 16 mg/180 mg dose única |
Lisinopril 40 mg dose única |
Sem efeito |
Naltrexona/bupropiona 16 mg/180 mg dose única |
Nifedipino 90 mg dose única |
Sem efeito |
Naltrexona/bupropiona 16 mg/180 mg dose única |
Valsartana 320 mg dose única |
Sem efeito |
Bupropiona 150 mg duas vezes ao dia por 12 dias |
Lamotrigina 100 mg dose única |
Sem efeito |
Digoxina
Os dados da literatura mostraram que a exposição à digoxina foi reduzida quando uma dose oral única de 0,5 mg de digoxina foi administrada 24 horas após uma dose oral única de 150 mg de bupropiona de libertação prolongada em voluntários saudáveis.
Efeitos de outros fármacos na farmacocinética da naltrexona/bupropiona
Interações medicamentosas entre inibidores da CYP2B6 (ticlopidina, clopidogrel, prasugrel), indutores da CYP2B6 (ritonavir, lopinavir) e bupropiona (um dos componentes de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona), ou entre outros fármacos (atorvastatina, gliburida, metoprolol, lisinopril, nifedipino, valsartana) e Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona foram avaliados. Embora não seja sistematicamente estudada, carbamazepina, fenobarbital ou fenitoina podem induzir o metabolismo da bupropiona.
Tabela 6. Efeito de fármacos coadministrados na exposição sistêmica de naltrexona/bupropiona
Nome e posologia | Fármacos coadministrados | ||
Componentes de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona | Mudança na exposição sistêmica | ||
Não exceder a dose de um comprimido duas vezes ao dia de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona com os seguintes fármacos: | |||
Ticlopidina 250 mg duas vezes ao dia por 4 dias |
Bupropiona | ↑85% ASC, ↑38% Cmáx | |
Hidroxibupropiona | ↓84% ASC, ↓78% Cmáx | ||
Clopidogrel 75 mg uma vez ao dia por 4 dias |
Bupropiona | ↑60% ASC, ↑40% Cmáx | |
Hidroxibupropiona | ↓52% ASC, ↓50% Cmáx | ||
Nenhum ajuste de dose é necessário para Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona com os seguintes fármacos: | |||
Atorvastatina 80 mg dose única |
Naltrexona | Sem efeito | |
6-beta naltrexol | Sem efeito | ||
Bupropiona | Sem efeito | ||
Hidroxibupropiona | Sem efeito | ||
Treohidrobupropiona | Sem efeito | ||
Eritroidrobupropiona | Sem efeito | ||
Lisinopril 40 mg dose única |
Naltrexona | Sem efeito | |
6-beta naltrexol | Sem efeito | ||
Bupropiona | Sem efeito | ||
Hidroxibupropiona | Sem efeito | ||
Treohidrobupropiona | Sem efeito | ||
Eritroidrobupropiona | Sem efeito | ||
Valsartana 320 mg dose única |
Naltrexona | Sem efeito | |
6-beta naltrexol | Sem efeito | ||
Bupropiona | Sem efeito | ||
Hidroxibupropiona | ↓14% ASC, sem efeito na Cmáx | ||
Treohidrobupropiona | Sem efeito | ||
Eritroidrobupropiona | Sem efeito | ||
Cimetidina 800 mg dose única |
Bupropiona | Sem efeito | |
Hidroxibupropiona | Sem efeito | ||
Treo/Eritroidrobupropiona | ↑16% ASC, ↑32% Cmáx | ||
Citalopram 40 mg uma vez ao dia por 14 dias |
Bupropiona | Sem efeito | |
Hidroxibupropiona | Sem efeito | ||
Treohidrobupropiona | Sem efeito | ||
Eritroidrobupropiona | Sem efeito | ||
Metoprolol 50 mg dose única |
Naltrexona | ↓25% ASC, ↓29% Cmáx | |
6-beta naltrexol | Sem efeito | ||
Bupropiona | Sem efeito | ||
Hidroxibupropiona | Sem efeito | ||
Treohidrobupropiona | Sem efeito | ||
Eritroidrobupropiona | Sem efeito | ||
Nifedipino 90 mg dose única |
Naltrexona | ↑24% ASC, ↑58% Cmáx | |
6-beta naltrexol | Sem efeito | ||
Bupropiona | Sem efeito na ASC, ↑22% Cmáx | ||
Hidroxibupropiona | Sem efeito | ||
Treohidrobupropiona | Sem efeito | ||
Eritroidrobupropiona | Sem efeito | ||
Prasugrel 10 mg uma vez ao dia por 6 dias |
Bupropiona | ↑18% ASC, ↑14% Cmáx | |
Hidroxibupropiona | ↓24%ASC, ↓32% Cmáx | ||
Use Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona com cautela com os seguintes fármacos: | |||
Gliburida 6 mg dose única* |
Naltrexona | ↑2 vezes ASC, ↑2 vezes Cmáx | |
6-beta naltrexol | Sem efeito | ||
Bupropiona | ↑36% ASC, ↑18% Cmáx | ||
Hidroxibupropiona | ↑22% ASC, ↑21% Cmax | ||
Treohidrobupropiona | Sem efeito na ASC, ↑15% Cmáx | ||
Eritroidrobupropiona | Sem efeito | ||
Evitar uso concomitante de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona com os seguintes fármacos: | |||
Ritonavir | 100 mg duas vezes ao dia por 17 dias | Bupropiona | ↓22% ASC, ↓21 % Cmáx |
Hidroxibupropiona | ↓23% ASC, sem efeito na Cmáx | ||
Treohidrobupropiona | ↓38% ASC, ↓39 % Cmáx | ||
Eritroidrobupropiona | ↓48% ASC, ↓28 % Cmáx | ||
600 mg duas vezes ao dia por 8 dias | Bupropiona | ↓66% ASC, ↓62% Cmáx | |
Hidroxibupropiona | ↓78% ASC, ↓42 % Cmáx | ||
Treohidrobupropiona | ↓50% ASC, ↓58% Cmáx | ||
Eritroidrobupropiona | ↓68% ASC, ↓48 % Cmáx | ||
Lopinavir/Ritonavir 400 mg/100 mg duas vezes ao dia por 14 dias |
Bupropiona | ↓57% ASC, ↓57% Cmáx | |
Hidroxibupropiona | ↓50% ASC, ↓31% Cmáx | ||
Efavirenz 600 mg uma vez ao dia por 2 semanas |
Bupropiona | ↓55% ASC, ↓34% Cmáx | |
Hidroxibupropiona | Sem efeito na ASC, ↑50% Cmáx |
* Os resultados foram confundidos pelo efeito dos alimentos devido à glicose oral coadministrada com o tratamento.
Toxicologia não-clínica
Carcinogênese, mutagênese, prejuízo da fertilidade
Estudos para avaliar carcinogênese, mutagênese ou prejuízo da fertilidade com os fármacos combinados de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona não foram conduzidos. Os achados a seguir são de estudos realizados individualmente com naltrexona e bupropiona. Os potenciais efeitos carcinogênicos, mutagênicos e de fertilidade do metabólito 6-beta-naltrexol são desconhecidos. As margens de segurança foram estimadas usando a exposição da área de superfície corporal (mg/m2) com base em um peso corporal de 100 kg.
Em um estudo de carcinogenicidade de dois anos com naltrexona em ratos, houve pequenos aumentos no número de mesoteliomas testiculares em machos e tumores de origem vascular em machos e fêmeas. A incidência de mesotelioma em machos que receberam naltrexona em uma dose de 100 mg/kg/dia (aproximadamente 50 vezes a dose terapêutica recomendada em mg/m2 para a dose de manutenção de naltrexona para Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona) foi de 6%, comparado com um histórico de incidência máxima de 4%. A incidência de tumores vasculares em machos e fêmeas que receberam doses dietéticas de 100 mg/kg/dia foi de 4%, mas apenas a incidência no sexo feminino foi aumentada em comparação com um controle histórico de incidência máxima de 2%. Não houve evidência de carcinogenicidade em um estudo dietético de dois anos com naltrexona em camundongos machos e fêmeas.
Estudos de carcinogenicidade da bupropiona ao longo da vida foram realizados em ratos e camundongos com doses de até 300 e 150 mg/kg/dia, respetivamente. Estas doses são aproximadamente 15 e 3 vezes a dose humana máxima recomendada (MRHD) do componente de bupropiona em Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona, respectivamente, numa base de mg/m2. No estudo com ratos houve um aumento nas lesões proliferativas nodulares do fígado em doses de 100 a 300 mg/kg/dia (aproximadamente 5 a 15 vezes a MRHD do componente bupropiona em Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona com base em mg/m2); doses mais baixas não foram testadas. A questão se essas lesões podem ou não ser precursoras de neoplasias do fígado ainda não está resolvida. Lesões hepáticas semelhantes não foram observadas no estudo com camundongos, e nenhum aumento em tumores malignos do fígado e outros órgãos foi visto em ambos os estudos.
Houve evidência limitada de um efeito genotóxico fraco da naltrexona em um ensaio de mutação genética em uma linhagem celular de mamíferos, no ensaio letal recessivo de Drosophila, e em testes não específicos de reparo de DNA com E. coli. No entanto, nenhuma evidência de potencial genotóxico foi observada em uma série de outros testes in vitro, incluindo estudos de mutação genética em bactérias, leveduras ou em uma segunda linhagem celular de mamíferos, um estudo de aberração cromossômica e um estudo para danos no DNA em células humanas. A naltrexona não exibiu clastogenicidade em um estudo in vivo de micronúcleos de camundongo.
A bupropiona produziu uma resposta positiva (duas a três vezes a taxa de mutação do controle) em duas das cinco cepas no teste de mutagenicidade bacteriana de Ames e um aumento nas aberrações cromossômicas em um dos três estudos citogenéticos de medula óssea in vivo em ratos.
A naltrexona administrada oralmente a ratos causou um aumento significativo na pseudogestação e uma diminuição nas taxas de prenhez em ratas com 100 mg/kg/dia (aproximadamente 50 vezes a MRHD do componente naltrexona de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona em uma base de mg/m2). Não houve efeito na fertilidade masculina neste nível de dose. A relevância dessas observações para a fertilidade humana não é conhecida.
Um estudo de fertilidade de bupropiona em ratos em doses até 300 mg/kg/dia (aproximadamente 15 vezes a MRHD do componente bupropiona de Cloridrato de Naltrexona + Cloridrato de Bupropiona em uma base de mg/m2) não revelou evidência de fertilidade diminuída.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Após aberto, válido por 3 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Os comprimidos de liberação prolongada de Contrave® são azuis, redondos, biconvexos, revestidos e com a gravação “NB-890” em um dos lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso você observe alguma mudança no aspecto do medicamento que ainda esteja no prazo de validade, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S. 1.0089.0415
Farmacêutico Responsável:
Alexandre Canellas de Souza
CRF-RJ nº 23277
Importado por:
Merck S.A.
CNPJ 33.069.212/0001-84
Estrada dos Bandeirantes, 1099
Rio de Janeiro - RJ
CEP 22710-571
Fabricado e embalado por:
Patheon Inc.
Ontario, Canadá
Venda sob prescrição médica.
Só pode ser vendido com retenção da receita.
Especificações sobre o Contrave
Caracteristicas Principais
Fabricante:
Tipo do Medicamento:
Novo
Necessita de Receita:
C1 Branca 2 vias (Venda Sob Prescrição Médica - Este medicamento pode causar Dependência Física ou Psíquica)
Principio Ativo:
Categoria do Medicamento:
Classe Terapêutica:
Especialidades:
Endocrinologia
Nutrologia
Preço Máximo ao Consumidor:
PMC/SP R$ 949,36
Preço de Fábrica:
PF/SP R$ 712,57
Registro no Ministério da Saúde:
1008904150012
Código de Barras:
7891721201691
Temperatura de Armazenamento:
Temperatura ambiente
Produto Refrigerado:
Este produto não precisa ser refrigerado
Doenças Relacionadas:
Bula do Paciente:
Bula do Profissional:
Modo de Uso:
Uso oral
Pode partir:
Esta apresentação não pode ser partida
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Sobre a Merck
Com o título de empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo, a Merck funciona desde 1668.
Hoje, conta com cerca de 50 mil funcionários, que trabalham no desenvolvimento de tecnologias para melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas ao redor do mundo.
No Brasil, está presente desde 1923. São mais de 90 anos dedicados para avançar em tecnologia, fazendo a diferença na vida da população brasileira.
Fonte: https://www.merckgroup.com
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