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Fauldpami 9mg/mL, caixa com 1 frasco-ampola com 10mL de solução de uso intravenoso (embalagem hospitalar)

Libbs
Fauldpami 9mg/mL, caixa com 1 frasco-ampola com 10mL de solução de uso intravenoso (embalagem hospitalar)
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Bula do Fauldpami

Indicado no tratamento de metástases ósseas, hipercalcemia induzida por tumor e doença óssea de Paget.

Como o Fauldpami funciona?

Fauldpami é um medicamento antineoplásico, cujo princípio ativo é o pamidronato dissódico, que exerce sua atividade terapêutica através da inibição da reabsorção óssea.

Fauldpami é contraindicado no caso de reações alérgicas ao pamidronato dissódico, a outros bisfosfonatos, ou a qualquer componente de sua formulação.

Seu médico irá determinar quanto e qual a frequência em que você receberá a medicação. As doses terapêuticas variam conforme o estádio da doença. O limite da dose depende do paciente e do protocolo utilizado.

Sua medicação será dada através de uma cânula que será introduzida através de uma cateter em uma de suas veias, normalmente do braço, pulso ou das mãos e algumas vezes do peito (administração intravenosa ou infusão IV).

Um enfermeiro ou outro profissional capacitado irá administrar os medicamentos para seu tratamento.

Avise imediatamente se algum destes medicamentos caírem na sua pele ou espirrar em seus olhos; ou se você sentir dor quando da punção da agulha na veia.

Risco de uso por via de administração não recomendada: este medicamento deve ser administrado somente por via intravenosa.

Posologia

Metástases ósseas predominantemente líticas e mieloma múltiplo

A dose recomendada para o tratamento de metástases ósseas (predominantemente líticas) e mieloma múltiplo é de 90 mg, administradas em infusão única a cada quatro semanas. Em pacientes com metástases ósseas recebendo quimioterapia a intervalos de três semanas, o pamidronato dissódico também deve ser administrado a cada três semanas.

A taxa de infusão não deve exceder 60 mg/h (1 mg/min) e a concentração de pamidronato dissódico na solução não deve exceder 90 mg/250 mL.

Hipercalcemia induzida por tumor

Recomendado que os pacientes sejam reidratados com soro fisiológico a 0,9%, antes e/ou durante o tratamento.

Tratamento inicial

A dose total pode ser administrada por infusão única, ou dividida em duas ou quatro doses diárias consecutivas. A dose total recomendada para cada tratamento com pamidronato dissódico está relacionada à concentração plasmática inicial de cálcio.

Os esquemas posológicos a seguir são derivados de dados clínicos sobre valores de cálcio não corrigidos:

Cálcio sérico inicial * (valores não corrigidos)   Dose total recomendada
(mmol/L) (mg%) (mg)
Até 3,0 Até 12,0 15 – 30
3,0 – 3,5 12,0 – 14,0 30 – 60
3,5 – 4,0 14,0 – 16,0 60 – 90
> 4,0 > 16,0 90

* Valores medidos não corrigidos para albumina.

A dose máxima para cada tratamento é de 90 mg, tanto para o tratamento inicial, como para tratamentos subsequentes.

Uma diminuição significativa do cálcio sérico é geralmente observada entre 24 e 48 horas após a administração de pamidronato dissódico e sua normalização entre três e sete dias. Se a normalização do nível de cálcio não ocorrer neste período, uma dose adicional poderá ser administrada. A duração da resposta pode variar em cada paciente e o tratamento pode ser repetido quando houver recorrência de hipercalcemia.

Doença óssea de Paget

O ciclo de tratamento recomendado consiste de uma dose total de 180 mg, administrada em doses unitárias de 30 mg, uma vez por semana, por seis semanas consecutivas, ou 60 mg a cada duas semanas, durante seis semanas. A experiência disponível até o momento sugere que quaisquer efeitos indesejáveis leves e transitórios tendem a ocorrer após a primeira dose. Desta forma, se forem usadas doses unitárias de 60 mg, recomendase, no início do tratamento, uma dose adicional de 30 mg (aumentando-se assim a dose total para 210 mg).

Cada dose de 30 ou 60 mg deve ser diluída, respectivamente, em 125 ou 250 mL de infusão intravenosa de soro fisiológico a 0,9%, com taxa de infusão não excedendo 60 mg/hora (1 mg/min). Este esquema, omitindo-se a dose inicial, pode ser repetido a cada seis meses, até que a remissão da doença seja atingida ou haja recorrência.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Fauldpami?

Este medicamento deve ser dado mediante um esquema regular de tratamento. Se você perder uma dose, avise seu médico, cuidador ou profissional responsável para receber as devidas instruções.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Informe seu médico se você tem ou teve problemas renais, sanguíneos (como anemia) ou asma. É recomendável avaliação odontológica preventiva antes do início do tratamento. Enquanto estiver sob tratamento, você deve evitar procedimentos odontológicos invasivos, se possível. Caso seja necessário realizar algum procedimento, seu médico deve avaliar o risco-benefício.

O uso de Fauldpami pode causar, ocasionalmente, dor muscular, óssea e/ou articular, sendo o tempo de duração dos sintomas variável (de um dia a vários meses) após a interrupção da terapia. A maioria dos pacientes sente alívio dos sintomas após a interrupção do tratamento.

Seu médico precisará fazer exames de sangue e urina regularmente enquanto você estiver usando este medicamento.

Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal, ou com insuficiência hepática leve a moderada, desde que utilizado nos esquemas terapêuticos usualmente recomendados.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

As reações adversas do Fauldpami geralmente são leves e transitórias.

As reações adversas mais comuns são

Sintomas semelhantes à gripe com febre branda; dor de cabeça; náusea; vômito; reações no local da infusão (dor, vermelhidão, edema e endurecimento).

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Durante o tratamento, os pacientes não devem dirigir veículos ou operar máquinas, devido à sonolência e/ou tontura.

Mulheres grávida

Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

Não se sabe se o pamidronato passa para o leite materno, portanto, a amamentação durante o tratamento não é aconselhada. O médico irá avaliar o risco-benefício para o lactente (bebê) e para a paciente (mãe).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Cada 1 mL da solução contém:

9 mg de pamidronato dissódico.

Veículos: ácido fosfórico, hidróxido de sódio, manitol e água para injeção.

Pacientes que receberem doses de Fauldpami acima das recomendadas devem ser cuidadosamente monitorados. Pode ocorrer aumento das reações adversas.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

  • Agentes antineoplásicos (incluindo aminoglutetimida, cisplatina, ciclofosfamida, citarabina, doxorrubicina, etoposídeo, fluoruracila, megestrol, melfalano, metotrexato, mitoxantrona, paclitaxel, tamoxifeno, vimblastina e vincristina): o Pamidronato Dissódico tem sido coadministrado com esses fármacos e em pacientes com hipercalcemia grave (mitramicina), sem apresentar interações significativas;
  • Outros bifosfonatos: não deve ocorrer essa coadministração;
  • Calcitonina: em pacientes com hipercalcemia grave, resulta em efeito sinérgico de queda mais rápida do cálcio sérico;
  • Diurético de alça: não apresenta efeito na redução do cálcio.

Resultados de Eficácia


Metástases ósseas e mielomas múltiplos

Theriault et al. (1999) conduziram estudo duplo-cego, randomizado e placebo controlado para avaliar a ação do pamidronato na morbidade esquelética de mulheres com câncer de mama em tratamento hormonal com pelo menos uma lesão óssea metastática. Trezentas e setenta e duas pacientes foram designadas para receber 90 mg de pamidronato (n = 182) ou placebo (n = 189) a cada quatro semanas, em um total de 24 ciclos. As pacientes foram avaliadas segundo complicações esqueléticas: fraturas patológicas, compressão da medula espinhal, necessidade de irradiação ou cirurgia óssea e hipercalcemia. A taxa de morbidade esquelética (relação entre número de complicações pelo tempo de estudo) foi a principal variável considerada, sendo significantemente reduzida no grupo pamidronato em relação ao placebo, comparando-se 12, 18 e 24 ciclos (p = 0,028; 0,023; e 0,008, respectivamente). No 24º ciclo, a proporção de pacientes com complicações esqueléticas foi de 56% no grupo do pamidronato, número significativamente menor que no grupo placebo (67%; p = 0,027). O surgimento da primeira complicação esquelética foi mais tardio no grupo do pamidronato em relação ao placebo (p = 0,049). Não houve diferença estatística na sobrevida das pacientes. Os autores consideraram a medicação segura e eficaz na prevenção de complicações esqueléticas relacionadas às metástases ósseas.

Hortobagyi et al. (1996) analisaram um grupo de 380 mulheres com câncer de mama avançado (estádio IV) em quimioterapia e com pelo menos uma lesão óssea metastática. As pacientes foram randomizadas para receber pamidronato (90 mg) em duas horas de infusão intravenosa ao mês (n = 185) ou placebo (n = 195) por 12 ciclos. A eficácia do tratamento foi avaliada em relação às complicações esqueléticas no período. No grupo do pamidronato, o tempo médio da primeira complicação foi 13,1 meses versus sete meses do grupo placebo (p = 0,005). A ocorrência de complicações esqueléticas foi menor no grupo pamidronato comparado ao placebo (43% versus 56%; p = 0,008), bem como a dor óssea (p = 0,046) e a condição de deterioração (p = 0,027). A frequência das complicações esqueléticas de qualquer tipo permaneceu mais baixa no grupo pamidronato em relação ao placebo (50% versus 70%, p<0,001). Ambos os tratamentos foram bem tolerados pelas pacientes. O pamidronato foi considerado seguro e eficaz na prevenção de complicações esqueléticas das metástases ósseas.

O objetivo de um estudo realizado por Senkus-Konefka et al. (2003) foi avaliar a eficácia e viabilidade do tratamento com pamidronato em longo prazo (superior a nove meses) em pacientes com metástases ósseas. Através de análise retrospectiva, 36 pacientes com neoplasia (câncer de mama, n = 30; câncer de próstata, n = 3; mieloma múltiplo, n = 2; e carcinoma renal, n = 1) foram tratados com pamidronato, considerando a necessidade de analgésicos para o controle da dor secundária às lesões ósseas metastáticas. A indicação para o início de tratamento com pamidronato foi aparecimento de nova lesão (21 casos), progressão de lesão óssea prévia (13) ou intolerância ao clodronato (dois). O pamidronato foi administrado em infusão intravenosa, geralmente em uma dose de 90 mg mensal, com uma média de 15 infusões no total por pacientes (variando de nove a 35). O controle completo da dor foi observado em sete pacientes (19%), parcial em 21 (58%) e estabilização em oito (22%), com tempo médio de efeito máximo de cinco meses (de zero a 17). Cinco pacientes apresentaram febre (14%) e seis clínicas semelhantes a um resfriado comum (17%). Novas lesões apareceram em 16 pacientes (44%) após uma média de 12 meses (de um a 28). Complicações esqueléticas incluíram fraturas patológicas (nove casos, 25%) e hipercalcemia (dois casos, 5,6%). A progressão sintomática ocorreu em 27 pacientes (75%), após tempo médio de estabilidade de 14 meses (de cinco a 35) do início do tratamento com pamidronato. Os autores concluíram que o tratamento foi bem tolerado e útil no controle da dor relacionada às metástases ósseas.

Em um estudo de intervenção, prospectivo, multicêntrico, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado, Lipton et al. (2000) acompanharam os resultados de eficácia e segurança do tratamento utilizando pamidronato a longo prazo (até 24 meses) em 751 mulheres com carcinoma de mama avançado (estádio IV) com metástase óssea (754 mulheres randomizadas, porém, três delas foram excluídas da análise da população com intenção de tratar). As pacientes receberam infusão de 90 mg de pamidronato intravenoso (n = 367) ou infusão de placebo (n = 384) a cada três ou quatro semanas, sendo observados eventos de “complicações ósseas” no período.

Do grupo do pamidronato, 31,3% concluíram o estudo e 22,1% abandonaram seu uso devido às reações adversas; já em relação ao grupo placebo, 26% concluíram o estudo e 19,8% abandonaram seu uso devido às reações adversas. A taxa de morbidade esquelética foi de 2,4 no grupo do pamidronato e 3,7 no grupo placebo (p<0,001). No grupo pamidronato 51% apresentaram complicações esqueléticas, taxa inferior aos 64% do grupo placebo (p<0,001). O tempo médio para o surgimento da primeira complicação esquelética foi de 12,7 meses para o pamidronato versus sete meses do placebo (p<0,001). A dor relacionada à lesão óssea bem como a necessidade do uso de analgésicos foram maiores no grupo placebo. Os autores consideraram que o tratamento com infusões mensais de 90 mg de pamidronato, como complemento à terapia antineoplásica, demonstrou ser bem tolerado e superior ao placebo na prevenção de complicações esqueléticas e alívio paliativo dos sintomas destas pacientes.

Tralongo et al. (2004) realizaram estudo ambulatorial para avaliar a eficácia, segurança e tolerabilidade do tratamento a longo prazo com pamidronato no tratamento de 22 pacientes idosos (idade média de 73 anos; variando de 70 a 77 anos) com doença neoplásica (46% carcinoma de mama, 32% carcinoma de próstata, 22% mieloma múltiplo) com pelo menos uma lesão metastática óssea com 1 cm ou mais de diâmetro (média de duas; variando de uma a quatro). Tanto a terapia hormonal como regime quimioterápico foram permitidos se clinicamente indicados. Os pacientes foram tratados com uma dose fixa de 90 mg de Pamidronato Dissódico, em infusão de três horas a cada quatro semanas em regime ambulatorial. Foi observada a estabilização das lesões em 11 pacientes (50% dos casos), resposta parcial em seis pacientes (28%) e progressão da doença (PD) em cinco (22%). A duração média do tratamento foi de 19 meses, sendo no geral bem tolerado; em cinco pacientes (23%) foi observada febre, em três pacientes (18%) náusea e em três (14%) diarreia. Foram registrados também dois casos (9%) de insuficiência renal aguda (creatinina 1,7 e 1,6 mg/dL) e três casos (14%) de hipocalcemia (7,6; 7,5 e 7,8 mg/dL). A disfunção renal foi reversível com medidas clínicas, e não foi necessária alteração na dosagem e/ou hospitalização. Os autores consideraram seguro e eficaz o uso da medicação nesta faixa etária.

Hipercalcemia induzida por tumor

Nussbaum et al. (1993) analisaram a eficácia e segurança do pamidronato no tratamento de hipercalcemia paraneoplásica moderada e grave (acima de 12 mg/dL) em estudo duplo-cego, randomizado e multicêntrico. Trinta e dois homens e 18 mulheres receberam em dose única infusão de 30 mg, 60 mg ou 90 mg de pamidronato. O controle da hipercalcemia foi dose-dependente, alcançado em 40%, 61% e 100% para as doses de 30, 60 e 90 mg, respectivamente. A medicação foi bem tolerada, com apenas alguns casos de elevação leve da temperatura corpórea, hipocalcemia, hipofosfatemia e hipomagnesemia assintomáticas. A anorexia e astenia clínicas relacionadas à hipercalcemia prévia também tiveram remissão.

Gucalp et al. (1994) conduziram estudo multicêntrico, randomizado, placebo controlado e duplo-cego em 69 pacientes com hipercalcemia paraneoplásica que receberam 60 mg de pamidronato [dois regimes: infusão em quatro horas (23 pacientes) ou em 24 horas (23 pacientes)] em comparação a infusão de salina (23 pacientes). As respostas completas ocorreram em 18 pacientes (78%) e em 14 (61%) dos pacientes tratados com infusões de quatro horas e infusões de 24 horas de pamidronato (significantemente melhores em comparação aos cinco pacientes (22%) do grupo salina (p < 0,05), mas sem diferenças entre os regimes de aplicação do pamidronato). A duração da resposta completa foi de seis dias para salina (faixa de três a 57), seis dias para infusão de pamidronato em quatro horas (faixa de um a 59) e 11 dias para a infusão de 24 horas (faixa de um a 62). O tempo médio de recaída (incluindo respostas completas, parciais e nenhuma resposta) foi de zero (faixa de zero a 59), sete (faixa de zero a 60) e sete (faixa de zero a 63) dias para o grupo com salina, infusão de pamidronato em quatro horas e infusão de pamidronato em 24 horas. Houve ocorrência de febre leve a moderada em dez pacientes tratados com pamidronato. Tanto a infusão de pamidronato em quatro horas quanto a infusão em 24 horas foram consideradas seguras e eficazes, assim como foram superiores à salina no tratamento de pacientes com hipercalcemia associada ao câncer.

Em um estudo clínico, Body et al. (1986) avaliaram 26 pacientes consecutivos com hipercalcemia paraneoplásica tratados com 15 mg de pamidronato em duas horas de infusão intravenosa diariamente até atingir o controle do cálcio sérico e o urinário por 48 horas. A dose média necessária foi de três aplicações (45 mg de pamidronato) com duração média dos efeitos de três semanas (variando de um a oito). O pamidronato foi bem tolerado, sem toxicidade aparente.

Doença óssea de Paget

Grauer et al. (1996) analisaram prospectivamente 40 casos consecutivos com doença de Paget tratados com 180 mg (n = 21) ou 100 mg (n = 19) de pamidronato durante nove ou cinco dias, respectivamente, e monitoraram sua eficácia e reações adversas por até dois anos. O pamidronato reduziu significantemente a fosfatase alcalina sérica e os níveis urinários da hidroxiprolina em 24 horas, demonstrando controle da doença, inclusive no período mais tardio de acompanhamento (dois anos). O tratamento foi bem tolerado com casos transitórios de febre, dor óssea e cefaleia, sendo a medicação considerada segura e eficaz.

Chakravarty et al. (1994) avaliaram prospectivamente a eficácia de uma única dose de 60 mg de pamidronato no tratamento da doença óssea de Paget ativa em 26 pacientes. O seguimento dos pacientes envolveu dois anos, sendo permitida nova aplicação neste período, caso necessário. Obtiveram controle clínico (dor óssea) em 92% dos pacientes no período de um mês e de 76% em seis meses; e controle laboratorial (fosfatase alcalina sérica) em 77% em um ano. Receberam nova aplicação 27% dos casos em um ano, 50% em 1,5 ano e 7,5% em dois anos. O pamidronato foi considerado efetivo, mais barato e seguro no tratamento da doença, podendo ser realizado em ambiente daycare.

Miravet e Kuntz (1989) avaliaram 18 pacientes com doença de Paget resistentes à calcitonina e/ou etidronato sob tratamento com Pamidronato Dissódico, por até seis meses, com controle laboratorial de eficácia (fosfatase alcalina sérica e hidroxiprolina urinária). Foi alcançado controle em 61% dos casos entre um e seis meses, sendo necessário novo tratamento em 22% no período entre 12 e 36 meses, novamente com resposta positiva. Os autores consideraram a eficácia demonstrada notável no grupo de pacientes com doença de Paget resistente à calcitonina e/ou etidronato.

Características Farmacológicas


O Pamidronato Dissódico é da família de compostos conhecidos como bisfosfonatos, análogo do pirofosfato, quimicamente denominado ácido fosfônico (3-amino-1-hidroxipropilideno) bis-, sal dissódico, com fórmula molecular de C3H9NO7P2Na2. 5H2O; e peso molecular, 369,1.

Pamidronato Dissódico, cujo princípio ativo é o Pamidronato Dissódico, exerce sua atividade terapêutica através da inibição da reabsorção óssea (atividade osteoclástica). O fármaco liga-se fortemente aos cristais de hidroxiapatita inibindo sua formação e dissolução in vitro. Essa inibição provavelmente se deve, in vivo, pela ligação do Pamidronato Dissódico ao mineral ósseo. Também inibe o acesso de precursores osteoclásticos ao tecido ósseo e subsequente transformação em osteoclastos maduros, que apresentam atividade de reabsorção óssea. Entretanto, o efeito da antirreabsorção local e direta do bifosfonato ligado ao osso, parece ser o mecanismo predominante de ação in vivo e in vitro. Estudos experimentais demonstraram que o Pamidronato Dissódico inibe a osteólise induzida pelo tumor, quando administrado antes ou no momento da inoculação ou do transplante com células tumorais. Alterações nos parâmetros bioquímicos, que refletem o efeito inibitório do Pamidronato Dissódico na hipercalcemia, são caracterizadas por uma diminuição do cálcio e do fosfato sérico e, secundariamente, por diminuição da excreção urinária de cálcio, fosfato e hidroxiprolina.

A hipercalcemia pode conduzir à depleção do líquido extracelular e à redução na taxa de filtração glomerular. O Pamidronato Dissódico controla a hipercalcemia, melhorando a taxa de filtração glomerular, com diminuição dos níveis de creatinina sódica, na maioria dos pacientes.

Estudos clínicos em pacientes com metástases ósseas (predominantemente líticas) e mieloma múltiplo demonstraram que o Pamidronato Dissódico previne ou retarda eventos relacionados aos ossos, como hipercalcemia, fraturas, compressão medular e reduz a dor óssea. Quando administrado com agentes quimioterápicos, o Pamidronato Dissódico retarda a progressão das metástases ósseas. Metástases ósseas osteolíticas resistentes à terapia citotóxica e hormonal podem, em exames radiológicos, apresentar estabilidade ou esclerose com o uso destes agentes.

A doença óssea de Paget, caracterizada por áreas localizadas de reabsorção e formação óssea aumentada, com alterações qualitativas na sua remodelação, apresenta uma boa resposta ao tratamento com Pamidronato Dissódico. A remissão clínica e bioquímica foi demonstrada por cintilografia óssea, pela diminuição na excreção urinária de hidroxiprolina, fosfatase alcalina sérica e melhora sintomática.

O Pamidronato Dissódico apresenta grande afinidade pelos tecidos calcificados. Durante o período de estudos experimentais, não foi observada sua eliminação total do organismo. Os tecidos calcificados são, portanto, considerados locais de eliminação aparente. O Pamidronato Dissódico é administrado por infusão intravenosa. Por definição, a absorção é completa ao final da infusão.

As concentrações plasmáticas de Pamidronato Dissódico elevam-se rapidamente após o início da infusão, caindo rapidamente quando a infusão é interrompida. A meia-vida aparente no plasma é cerca de 48 minutos. As concentrações aparentes no estado de equilíbrio são alcançadas com infusões de mais de duas ou três horas de duração. Picos de concentração plasmática de Pamidronato Dissódico de cerca de 10 nmol/mL são alcançados após infusão de 60 mg, administradas durante uma hora. Em animais e no homem, uma porcentagem semelhante da dose é retida no organismo após cada administração de Pamidronato Dissódico. Assim, o acúmulo de pamidronato no osso não é limitado pela sua capacidade, sendo dependente somente da dose cumulativa total administrada. A porcentagem de Pamidronato Dissódico circulante ligado às proteínas plasmáticas é relativamente baixa (cerca de 54%), aumentando quando as concentrações de cálcio estão patologicamente elevadas.

O Pamidronato Dissódico apresenta baixo potencial para interações medicamentosas, tanto em nível metabólico quanto em nível de ligação proteica.

Ele não parece ser eliminado por biotransformação. Após infusão intravenosa, cerca de 20 a 55% da dose é recuperada na urina em 72 horas, sob forma inalterada. Durante o período de estudos experimentais, a fração de dose remanescente permaneceu retida no organismo. A porcentagem da dose retida no organismo independe tanto da quantidade administrada (faixa de 15 a 180 mg), quanto da velocidade de infusão (faixa de 1,25 a 60 mg/h). A eliminação do Pamidronato Dissódico pela urina é biexponencial, com meia-vida aparente de cerca de uma hora e 36 minutos e 27 horas. O clearance plasmático aparente total é de cerca de 180 mL/min. O clearance renal aparente é de aproximadamente 54 mL/min, havendo uma tendência de correlação entre o clearance renal e o clearance da creatinina.

Uso em pacientes com insuficiência hepática

O clearance hepático e metabólico do Pamidronato Dissódico não é significativo, indicando pouca probabilidade de influência em sua farmacocinética devido a distúrbios hepáticos.

Uso em pacientes com insuficiência renal

A área sob a curva (ASC) plasmática média é aproximadamente o dobro em pacientes com insuficiência renal grave (clearance da creatinina > 30 mL/min). A taxa de excreção urinária do medicamento diminui com a diminuição do clearance da creatinina, apesar da quantidade total excretada não ser muito alterada de acordo com a função renal. A retenção do Pamidronato Dissódico no organismo é, portanto, similar em pacientes portadores ou não de insuficiência renal, não sendo necessários ajustes de dose nesses pacientes, quando se utilizam os esquemas de doses recomendados.

Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C) e protegido da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

As soluções para infusão tem estabilidade físico química de 24 horas, quando armazenadas sob refrigeração (2ºC e 8ºC) e protegidas da luz.

Características físicas

A solução injetável é límpida, incolor e deve estar livre de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

MS nº: 1.0033.0141

Farmacêutica responsável:
Cintia Delphino de Andrade
CRF-SP nº: 25.125

Registrado por:
Libbs Farmacêutica LTDA.
Rua Josef Kryss, 250 – São Paulo – SP
CNPJ: 61.230.314/0001-75

Fabricado por:
Libbs Farmacêutica LTDA.
Rua Alberto Correia Francfort, 88 – Embu das Artes – SP
Indústria brasileira
www.libbs.com.br

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Fauldpami

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Tipo do Medicamento:

Similar

Necessita de Receita:

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Endocrinologia

Preço de Fábrica:

PF/SP R$ 1.629,02

Registro no Ministério da Saúde:

1003301410089

Código de Barras:

7896094207158

Temperatura de Armazenamento:

Temperatura ambiente

Produto Refrigerado:

Este produto não precisa ser refrigerado

Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

Modo de Uso:

Uso injetável

Pode partir:

Esta apresentação não pode ser partida

FAULDPAMI É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


Sobre a Libbs Farmacêutica

A Libbs é uma empresa do ramo farmacêutico, que tem como objetivo proporcionar às pessoas uma vida mais plena e saudável. É 100% brasileira e possui mais de meio século de história, desde seu início se destacando no cenário nacional.

São fornecedores de um amplo portfólio de medicamentos das mais várias especialidades, buscando entender os pacientes em suas individualidades.

Assim, proporcionam medicamentos eficazes e confiáveis, que além de tudo inovam em suas formulações e apresentações. Seus produtos são pensados para proporcionar conforto, bem-estar e facilidade de uso.

Fonte: https://www.libbs.com.br

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