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Bula do Mesilato de Rasagilina Teva

Princípio Ativo: Mesilato de Rasagilina

Classe Terapêutica: Antiparkinsonianos

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 9 de Outubro de 2024.

Mesilato de Rasagilina Teva, para o que é indicado e para o que serve?

O mesilato de rasagilina é indicado para o tratamento da Doença de Parkinson em adultos. Pode ser usado associado ou não à levodopa (outro medicamento usado no tratamento da Doença de Parkinson) e/ou a agonistas dopaminérgicos.

Como o Mesilato de Rasagilina Teva funciona?

Na Doença de Parkinson ocorre perda de células que produzem a dopamina (substância química envolvida no controle do movimento) no cérebro. O mesilato de rasagilina auxilia no aumento e manutenção dos níveis de dopamina no cérebro.

Quais as contraindicações do Mesilato de Rasagilina Teva?

O mesilato de rasagilina é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade (alergia) à rasagilina ou a qualquer componente da formulação.

O mesilato de rasagilina é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência hepática grave (funcionamento anormal do fígado).

O mesilato de rasagilina não deve ser administrado com medicamentos denominados inibidores da monoamina oxidase (MAO), incluindo medicamentos e produtos naturais isentos de prescrição, e petidina.

O início do tratamento com esses medicamentos deve dar-se ao menos 14 dias após a descontinuação do tratamento com o mesilato de rasagilina.

O mesilato de rasagilina é contraindicado para uso concomitante com analgésicos narcóticos (tais como meperidina, propoxifeno, metadona). O início do tratamento com esses analgésicos deve dar-se ao menos 14 dias após a descontinuação do tratamento com o mesilato de rasagilina.

O mesilato de rasagilina é contraindicado para uso concomitante com ciclobenzaprina e Hypericum perforatum (Erva de São João).

Os pacientes em tratamento com o mesilato de rasagilina não devem submeter-se à cirurgia que necessite de anestesia geral. O mesilato de rasagilina deve ser suspenso 14 dias antes da cirurgia.

O mesilato de rasagilina é contraindicado para uso por pacientes com feocromocitoma (tumor geralmente benigno, localizado nas glândulas suprarrenais).

Como usar o Mesilato de Rasagilina Teva?

Sempre utilize o mesilato de rasagilina exatamente conforme seu médico orientar. Você deve consultar seu médico ou farmacêutico em caso de dúvidas.

A dose recomendada de mesilato de rasagilina é de 1 comprimido de 1 mg, administrado por via oral, uma vez ao dia, com ou sem terapia adjunta com levodopa.

O mesilato de rasagilina pode ser administrado com ou sem alimentos.

Pacientes idosos

  • Não é necessário ajuste de dose para pacientes idosos.

Crianças e adolescentes (menores de 18 anos)

  • Não é recomendado o uso em menores de 18 anos, pois a segurança e eficácia não foram estabelecidas nestes pacientes.

Pacientes com insuficiência hepática

  • O uso do mesilato de rasagilina é contraindicado para pacientes com insuficiência hepática grave. O uso de mesilato de rasagilina em pacientes com insuficiência hepática moderada deve ser evitado. O uso de mesilato de rasagilina em pacientes com insuficiência hepática leve deve ser realizado com cautela; no caso de agravamento da insuficiência hepática, o tratamento com o mesilato de rasagilina deve ser interrompido.

Pacientes com insuficiência renal

  • Não é necessário ajuste de dose para estes pacientes.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses, e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Mesilato de Rasagilina Teva?

Caso se esqueça de tomar uma dose do medicamento, tome a próxima dose no horário habitual.

Não dobre a dose para compensar a dose perdida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Mesilato de Rasagilina Teva?

Deve-se ter cautela no uso de mesilato de rasagilina em pacientes com doenças hepáticas leves à moderadas.

A Doença de Parkinson pode estar associada a um maior risco de carcinoma de pele (câncer de pele). Por este motivo, recomenda-se avaliação dermatológica periódica de pacientes com histórico pessoal ou familiar de melanoma, e qualquer lesão de pele suspeita deve ser avaliada por um especialista (dermatologista).

Informe ao seu médico se você ou sua família/cuidador notar que você está desenvolvendo comportamentos anormais e dificuldades no controle de impulsos ou desejos para realizar determinadas atividades perigosas ou prejudiciais a si mesmo ou aos outros. Tais características se enquadram no diagnóstico de transtorno do controle dos impulsos. Nos pacientes em tratamento com o mesilato de rasagilina e/ou outros medicamentos para Doença de Parkinson, os seguintes sinais e sintomas foram observados: comportamento compulsivo, pensamentos obsessivos, jogo patológico, gasto compulsivo, comportamento impulsivo e hipersexualidade (transtorno sexual caracterizado por um nível elevado de desejo e atividade sexual a ponto de causar prejuízos na vida da pessoa). Neste caso, seu médico pode ajustar ou interromper o tratamento com o mesilato de rasagilina.

O mesilato de rasagilina pode causar sonolência e adormecimento durante atividades diárias, especialmente caso esteja em tratamento concomitante com outros medicamentos dopaminérgicos (utilizados para tratamento da Doença de Parkinson).

Crianças e Adolescentes

Não existe relevância no uso do mesilato de rasagilina por crianças e adolescentes. Desta forma, o mesilato de rasagilina não é recomendado para pacientes com idade inferior a 18 anos.

Gravidez e Lactação

Caso esteja grávida ou amamentando, acredite estar grávida ou planeje engravidar, informe o seu médico ou farmacêutico antes de iniciar o tratamento com mesilato de rasagilina.

Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

Converse com o seu médico para orientação antes de dirigir e/ou operar máquinas, já que a Doença de Parkinson, assim como o tratamento com mesilato de rasagilina, pode influenciar a sua capacidade para tal.

O mesilato de rasagilina pode fazer com que você sinta vertigem ou sonolência, assim como episódio incontrolável de sono. Tal efeito pode ser potencializado caso você tome outros medicamentos para tratamento dos sintomas da Doença de Parkinson, medicamentos que causem vertigem ou caso ingira álcool durante o tratamento com mesilato de rasagilina. Caso já tenha apresentado sonolência e/ou episódios incontroláveis de sono, ou apresente os mesmos durante o tratamento com mesilato de rasagilina, você não deve dirigir ou operar máquinas.

O médico deverá orientar o paciente para que se tenha cautela na ingestão de alimentos ricos em tiramina e medicamentos que contenham amina.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Mesilato de Rasagilina Teva?

Como todos os medicamentos, mesilato de rasagilina pode causar reações adversas, embora nem todas as pessoas as apresentem.

Imediatamente contate o seu médico caso note algum dos seguintes sintomas, já que você pode precisar de orientação ou tratamento médico urgente:

  • Caso desenvolva comportamentos incomuns, tais como compulsões, pensamentos obsessivos, jogo patológico, gastos e compras compulsivos, comportamento impulsivo e interesse sexual alterado ou aumentado (transtorno do controle dos impulsos);
  • Caso veja ou ouça coisas que não existem (alucinações);
  • Qualquer combinação de alucinações, febre, inquietação, tremor e sudorese (síndrome serotoninérgica);
  • Caso note qualquer alteração de pele suspeita, devido ao risco aumentado de câncer de pele (não exclusivamente melanoma) em pacientes com Doença de Parkinson.

As seguintes reações adversas foram relatadas durante estudos clínicos conduzidos com o mesilato de rasagilina, controlados por placebo:

Muito comum (podem afetar mais de 1 em cada 10 indivíduos)

  • Discinesia (movimentos involuntários) (em terapia adjuvante);
  • Cefaleia (dor de cabeça) (em monoterapia).

Comum (podem afetar até 1 em cada 10 indivíduos)

  • Dor abdominal (em terapia adjuvante);
  • Queda (em terapia adjuvante);
  • Reação alérgica (alergia) (em monoterapia);
  • Pirexia (febre) (em monoterapia);
  • Síndrome gripal (em monoterapia);
  • Câncer de pele (em monoterapia);
  • Indisposição geral (em monoterapia);
  • Dor no pescoço (em monoterapia e terapia adjuvante);
  • Angina pectoris (dor no peito) (em monoterapia);
  • Hipotensão ortostática (queda de pressão sanguínea no momento de levantar, com sintomas de tontura) (em terapia adjuvante);
  • Diminuição do apetite (em monoterapia e terapia adjuvante);
  • Constipação (em terapia adjuvante);
  • Xerostomia (boca seca) (em terapia adjuvante);
  • Náusea e vômito (em terapia adjuvante);
  • Flatulência (gases) (em monoterapia);
  • Leucopenia (resultados anormais de exames de sangue, com diminuição de glóbulos brancos) (em monoterapia);
  • Artralgia (dor nas articulações) (em terapia adjuvante);
  • Dor musculoesquelética (em monoterapia);
  • Artrite (inflamação das articulações) (em monoterapia);
  • Síndrome do túnel do carpo (dormência e fraqueza muscular nas mãos) (em terapia adjuvante);
  • Diminuição do peso (em terapia adjuvante);
  • Sonhos anormais (em terapia adjuvante);
  • Distúrbio de equilíbrio (dificuldade na coordenação muscular) (em terapia adjuvante);
  • Depressão (em monoterapia);
  • Alucinações (em terapia adjuvante);
  • Vertigem (tontura) (em monoterapia);
  • Distonia (contrações musculares prolongadas) (em terapia adjuvante);
  • Rinite (em monoterapia);
  • Dermatite (irritação na pele) (em monoterapia);
  • Rash cutâneo (em terapia adjuvante);
  • Conjuntivite (olhos vermelhos, irritados) (em monoterapia);
  • Urgência urinária (em monoterapia);
  • Carcinoma de pele (câncer de pele);
  • Alucinações;
  • Insônia;
  • Fadiga (cansaço excessivo);
  • Infecção do trato respiratório superior (infecção que pode atingir o nariz, garganta e vias aéreas);
  • Aumento de peso.

Incomum (podem afetar até 1 em cada 100 indivíduos)

  • Acidente vascular encefálico (derrame cerebral) (em monoterapia e terapia adjuvante);
  • Infarto do miocárdio (infarto) (em monoterapia);
  • Rash vesico-bolhoso (erupções cutâneas bolhosas) (em monoterapia);
  • Diminuição do apetite (em monoterapia);
  • Confusão (em terapia adjuvante);
  • Angina pectoris (dor no peito) (em terapia adjuvante);
  • Melanoma (câncer de pele) (em terapia adjuvante).

Desconhecida (a frequência não pôde ser estabelecida com base nos dados disponíveis)

  • Hipertensão arterial;
  • Sonolência excessiva;
  • Episódio incontrolável do sono.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.

Apresentações do Mesilato de Rasagilina Teva

Medicamento Genérico, Lei n° 9.787, de 1999

Comprimido 1 mg

Em embalagem contendo 30 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Qual a composição do Mesilato de Rasagilina Teva?

Cada comprimido de mesilato de rasagilina contém:

1,56 mg (equivalente a 1 mg de rasagilina) de mesilato de rasagilina.

Excipientes: manitol, dióxido de silício, amido, amido pré-gelatinizado, ácido esteárico, talco.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Mesilato de Rasagilina Teva maior do que a recomendada?

Não há um antídoto específico em caso de superdose. No caso de ocorrer uma superdose procure seu médico e/ou hospital mais próximo.

Os pacientes devem ser monitorados e a terapia sintomática apropriada deve ser estabelecida.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Mesilato de Rasagilina Teva com outros remédios?

Informe o seu médico ou farmacêutico caso esteja tomando ou tenha tomado recentemente qualquer outro medicamento, incluindo os medicamentos isentos de prescrição médica.

Para os medicamentos listados abaixo é especialmente importante que você informe o seu médico antes de iniciar uso destes concomitantemente ao mesilato de rasagilina:

  • Alguns antidepressivos (inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina, antidepressivos tricíclicos ou tetracíclicos);
  • Antibiótico ciprofloxacino;
  • Dextrometorfano (antitussígeno);
  • Medicamentos simpatomiméticos, tais como aqueles presentes em colírios, descongestionantes nasais e orais e medicamentos para gripe contendo efedrina ou pseudoefedrina.

Deve-se evitar o uso concomitante de mesilato de rasagilina com antidepressivos contendo fluoxetina ou fluvoxamina.

Se você está iniciando tratamento com mesilato de rasagilina, é necessário esperar ao menos 5 semanas após o término do tratamento com fluoxetina.

Se você está iniciando tratamento com fluoxetina ou fluvoxamina, é necessário esperar ao menos 14 dias após o término do tratamento com mesilato de rasagilina.

Informe o seu médico ou farmacêutico caso seja fumante ou pretenda parar de fumar.

O uso de mesilato de rasagilina é contraindicado concomitantemente com os seguintes medicamentos:

  • Inibidores da monoamina oxidase (MAO), incluindo produtos naturais isentos de prescrição;
  • Analgésicos narcóticos;
  • Ciclobenzaprina e Hypericum perforatum (Erva de São João).

Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a saúde.

Qual a ação da substância do Mesilato de Rasagilina Teva?

Resultados de eficácia

A eficácia de Mesilato de Rasagilina foi estabelecida em três estudos clínicos: como monoterapia no estudo I e como terapia adjuvante com levodopa nos estudos II e III. 

Monoterapia

No estudo I, 404 pacientes foram aleatoriamente designados para receber placebo (138 pacientes), rasagilina 1 mg/dia (134 pacientes) ou rasagilina 2 mg/dia (132 pacientes) e foram tratados por 26 semanas; não foi utilizado comparador ativo.

Neste estudo, a medida de eficácia primária foi a alteração no total de pontos, em relação à avaliação inicial, da Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (UPDRS, partes I-III). A diferença entre a alteração média a partir da avaliação inicial até a semana 26 / término do estudo (LOCF, Last Observation Carried Forward) foi estatisticamente significante (UPDRS, partes I-III: para rasagilina 1 mg comparada com placebo -4,2; 95% IC [-5,7; -2,7]; p<0,0001; para rasagilina 2 mg comparada com placebo -3,6; 95% IC [-5,0; -2,1]; p<0,0001; UPDRS Motor, parte II: para rasagilina 1 mg comparada com placebo -2,7%; 95% IC [-3,87; -1,55]; p<0,0001; para rasagilina 2 mg comparada com placebo -1,68%; 95% IC [-2,85; -0,51]; p=0,0050).

O efeito foi evidente, embora sua magnitude seja modesta nesta população de pacientes com doença leve. Houve efeito significante e benéfico na qualidade de vida (avaliado pela escala PD-QUALIF).

Terapia adjuvante

No estudo II, pacientes foram aleatoriamente designados para receber placebo (229 pacientes), rasagilina 1 mg/dia (231 pacientes) ou o inibidor da COMT (catecol-O-metil transferase), entacapona 200 mg associado à levodopa / inibidor da descarboxilase (227 pacientes) e foram tratados por 18 semanas.

No estudo III, pacientes foram aleatoriamente designados para receber placebo (159 pacientes), rasagilina 0,5 mg/dia (164 pacientes) ou rasagilina 1 mg/dia (149 pacientes) e foram tratados por 26 semanas.

Em ambos os estudos a medida de eficácia primária foi a alteração em relação à avaliação inicial do período de tratamento no número de horas médio despendidos no estado “off” durante o dia (determinado por diários domiciliares de 24 horas completados por 3 dias antes de cada visita de avaliação).

No estudo II, a diferença média no número de horas no estado “off” comparada com placebo foi de -0,78h; 95% IC [-1,18; -0,39], p=0,0001. A diminuição total média diária do tempo “off” foi similar no grupo entacapona (-0,80h; 95% IC [-1,20; -0,41], p<0,0001) à observada no grupo da rasagilina 1 mg. No estudo III, a diferença média comparada ao placebo foi de -0,94h; 95% IC [-1,36; -0,51], p<0,0001. Houve também uma melhora estatisticamente significante comparada ao placebo com o grupo de 0,5 mg de rasagilina, ainda que a magnitude da melhora tenha sido menor. A consistência destes resultados para o parâmetro primário de eficácia foi confirmada em uma bateria de modelos estatísticos adicionais e demonstrada em três coortes (ITT, por protocolo e indivíduos que completaram).

Parâmetros secundários de eficácia incluíram avaliações globais de melhora pelo examinador, pontuação na subescala ADL (atividades da vida diária) da UPDRS quando no período “off” e na sua subescala motora quando no período “on”. A rasagilina produziu um beneficio estatisticamente significativo em comparação ao placebo.

Características Farmacológicas

Grupo Farmacoterapêutico: Anti-Parkinsonianos, Inibidores da Monoamino Oxidase B.

Código ATC: N04BD03.

Farmacodinâmica

A rasagilina mostrou ser um potente inibidor seletivo da MAO-B (monoamino oxidase B), e acredita-se que sua atividade antiparkinsoniana está parcialmente relacionada a essa atividade inibitória, que pode causar um aumento dos níveis de dopamina extracelular no estriado. A elevação do nível de dopamina e o subsequente aumento na atividade dopaminérgica provavelmente mediam os efeitos benéficos da rasagilina observados nos modelos de disfunção motora dopaminérgica.

O 1-aminoindano, um dos principais metabólitos da rasagilina, não é inibidor da MAO-B.

Farmacocinética

Absorção

A rasagilina é rapidamente absorvida, atingindo o pico de concentração plasmática (Cmáx) em aproximadamente 0,5 horas. A biodisponibilidade absoluta de uma dose única de rasagilina é de aproximadamente 36%.

A presença de alimento não afeta o Tmáx da rasagilina, entretanto o Cmáx e a AUC são diminuídas em aproximadamente 60% e 20%, respectivamente, quando o medicamento é administrado com uma alimentação gordurosa.

Como a AUC não é significativamente afetada, a rasagilina pode ser administrada com ou sem alimentos.

Distribuição

O volume médio de distribuição após dose única intravenosa de rasagilina é de 243 litros. Após a administração por via oral o volume de distribuição de rasagilina é de 87 litros. A ligação à proteínas plasmáticas após a administração de dose única oral de rasagilina-C14 é de aproximadamente 60% a 70%.

Metabolismo

A rasagilina sofre quase completa biotransformação no fígado antes da excreção. A metabolização da rasagilina ocorre por duas vias principais N-dealquilação e/ou hidroxilação para formação de 1-aminoindano, 3-hidroxi-N-propargil-1-aminoindano e 3-hidroxi-1-aminoindano. Testes in vitro indicam que ambas as vias de metabolismo da rasagilina são dependentes do citocromo P450, sendo a CYP 1A2 a principal isoenzima envolvida no metabolismo da rasagilina. A conjugação da rasagilina e de seus metabólitos também é considerada como importante via de eliminação para as glucuronidas produzidas.

Excreção

Após a administração oral de rasagilina-C14, a eliminação ocorre primariamente por via urinária (62,6%) e secundariamente pelas fezes (21,8%), com recuperação total da dose de 84,4% após um período de 38 dias. Menos de 1% da rasagilina é excretada inalterada na urina.

Linearidade/não linearidade

A farmacocinética da rasagilina é linear nas doses no intervalo de 0,5 a 2 mg. Sua meia-vida terminal é de 0,6 a 2 horas.

Pacientes com insuficiência hepática

Em pacientes com insuficiência hepática leve, a AUC e a Cmáx aumentaram em 80% e 38% respectivamente. Em pacientes com insuficiência hepática moderada, a AUC e a Cmáx aumentaram em 568% e 83% respectivamente.

Pacientes com insuficiência renal

As características farmacocinéticas em pacientes com insuficiência renal leve (CLcr 50-80 ml/min) e moderada (CLcr 30-49 ml/min) foram semelhantes à de pacientes saudáveis.

Dados de Segurança Pré-clínicos

Dados pré-clínicos não revelaram riscos para humanos em estudos convencionais de segurança, farmacologia, toxicidade crônica e toxicidade reprodutiva.

A rasagilina não apresenta potencial genotóxico in vivo e em vários sistemas in vitro utilizando bactérias ou hepatócitos. Na presença de ativação metabólica, a rasagilina induziu um aumento das aberrações cromossômicas em concentrações muito elevadas, que são inatingíveis nas condições clínicas de uso.

A rasagilina não foi carcinogênica em ratos em exposição sistêmica, de 84 a 339 vezes a exposição plasmática esperada em humanos com 1 mg/dia. Em camundongos, o aumento de incidência de adenoma e/ou carcinoma bronquíolo-alveolar e/ou carcinoma foi observado em exposições sistêmicas, de 144 a 213 vezes a exposição plasmática esperada em humanos com 1 mg/dia.

Como devo armazenar o Mesilato de Rasagilina Teva?

O mesilato de rasagilina deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamentos com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas

Mesilato de rasagilina é um comprimido branco a quase branco, redondo, chato, com as inscrições “GIL” e “1” em um dos lados do comprimido.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o médico ou farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Mensagens de Alerta do Mesilato de Rasagilina Teva

Leia atentamente esta bula antes de começar a tomar este medicamento, pois ela contém informações importantes para você.

  • Guarde esta bula. Você pode precisar ler novamente.
  • Se você tiver qualquer dúvida, pergunte ao seu médico ou farmacêutico.
  • Este medicamento foi receitado para você. Não o forneça a outras pessoas. Ele pode ser prejudicial para elas, mesmo que os sintomas delas sejam os mesmos que os seus.
  • Se você tiver quaisquer efeitos indesejáveis, fale com seu médico ou farmacêutico. Isso inclui os possíveis efeitos indesejáveis não mencionados nesta bula.

Dizeres Legais do Mesilato de Rasagilina Teva

M.S - 1.5573.0052

Farm. Resp.:
Carolina Mantovani Gomes Forti
CRF-SP n° 34.304

Fabricado por:
Teva Pharmaceutical Industries, Ltd
Kfar Saba - Israel

Importado por:
Teva Farmacêutica Ltda
Av. Guido Caloi, 1935 - Prédio B - 1° Andar
São Paulo - SP
CNPJ nº 05.333.542/0001-08

SAC
0800-777-8382

Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção da receita.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Mesilato de Rasagilina


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 9 de Outubro de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 9 de Outubro de 2024.

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