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Omegaven 100mg/mL, caixa com 1 frasco com 100mL de emulsão de uso intravenoso

Fresenius Kabi
Omegaven 100mg/mL, caixa com 1 frasco com 100mL de emulsão de uso intravenoso
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Fresenius Kabi

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Quantidade na embalagem

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Forma Farmacêutica

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Isento de Prescrição Médica

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Não pode ser partido

Não pode ser partido

Temperatura ambiente

Até 25°C

Bula do Omegaven

Este medicamento é indicado para complementar a falta de gorduras importantes na manutenção do estado nutricional do corpo (ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa) pela via parenteral (dentro dos vasos sanguíneos), quando a nutrição oral ou enteral (feita diretamente pelo intestino) é impossível, insuficiente ou contraindicada.

Os ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa, presentes no Omegaven®, são parcialmente incorporados ao líquido de dentro das células e nas gorduras que formam os tecidos do corpo. Estas gorduras são importantes nutrientes na formação da parede das células do corpo e também da síntese de mediadores lipídicos. O aumento da síntese dessas substâncias mediadoras pode promover efeitos que impedem a agregação das plaquetas do sangue e efeitos anti-inflamatórios. Dessa maneira, estão associados aos efeitos de modular o sistema de defesa do corpo humano.

O racealfatocoferol (componente do produto) é adicionado ao óleo de peixe como antioxidante, a fim de aumentar a estabilidade da matéria-prima e do produto.

A quantidade eliminada de triglicerídeos oxidados (que são resultado da transformação das gorduras presentes no Omegaven®) é inferior a 1,5 %. Dessa forma, não causa dano à saúde.

A quantidade do componente lecitina de ovo é de no máximo 12g/L de emulsão, considerando que quantidades maiores poderiam aumentar o fósforo e o colesterol no sangue (o que é indesejável). Portanto, o produto não causa prejuízo a saúde.

O glicerol contido em Omegaven® destina-se à produção de energia e é utilizado para estabilizar a emulsão óleo-em-água que é o produto. Omegaven® contém fosfolipídios do ovo, que são quebrados e incorporados nas paredes das células, por isso são importantes para a manutenção da integridade dessa parede.

Propriedades farmacocinéticas

As partículas de gordura adicionadas e administradas com Omegaven® têm tamanho e eliminação parecidos com os do próprio corpo humano.

Este medicamento é contraindicado em casos de:

  • Comprometimento do metabolismo lipídico (quando o sistema de gorduras do corpo humano está funcionando de forma ineficiente);
  • Distúrbios hemorrágicos graves (quando há problemas que levam à grave perda de sangue);
  • Diabetes mellitus instável (falta do controle da Diabetes mellitus, ou seja, da quantidade de açúcar no sangue).

Certas afecções agudas e fatais à vida, tais como:

  • Colapso e choque;
  • Infarto do miocárdio (coração) recente;
  • Acidente vascular cerebral (AVC);
  • Embolia (obstrução de um vaso pelo deslocamento de um trombo);
  • Estado de coma não definido.

Contraindicações gerais para nutrição parenteral:

  • Hipocalemia (quantidade abaixo do normal de potássio no sangue);
  • Hiper-hidratação (excesso de água no corpo);
  • Desidratação hipotônica (perda de eletrólitos superior à de água);
  • Metabolismo instável;
  • Acidose (diminuição do pH do sangue).

Devido à falta de estudos clínicos, Omegaven® não deve ser administrado a pacientes com insuficiência grave dos rins ou do fígado.

Omegaven® não deve ser usado em prematuros, recém-nascidos, bebês e crianças, devido à experiência limitada.

Omegaven® não deve ser administrado a pacientes alérgicos ao peixe ou à proteína do ovo.

Para infusão por meio da veia central ou periférica.

Agitar antes de usar.

Duração da administração

A duração da administração não deve exceder 4 semanas.

Posologia do Omegaven


A medicação deve ser administrada exclusivamente pela via que consta em bula, sob o risco de danos de eficácia terapêutica.

Dose diária

A dose diária deve ser de 1 mL até 2 mL de Omegaven® por kilograma de peso, ou seja 0,1 g até 0,2 g de óleo de peixe por kilograma de peso.

Dessa forma, a dose diária para um paciente de 70 kg está entre 70 mL e 140 mL de Omegaven®.

Velocidade máxima de infusão

A velocidade de infusão (administração no interior dos vasos sanguíneos) não deve ser superior a 0,5 mL de Omegaven®/kg/hora, correspondendo a 0,05 g de óleo de peixe/kg /hora.

A velocidade de infusão (administração no interior dos vasos sanguíneos) máxima deve ser seguida, caso contrário, pode ser observado um aumento acentuado na concentração de triglicérides no sangue.

Omegaven® deve ser administrado juntamente com outras emulsões de gorduras. Com base na ingestão total diária recomendada de gorduras (entre 1 - 2 g/kg), a porção de óleo de peixe de Omegaven® deve constituir entre 10 % e 20% dessa ingestão.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento é de uso restrito a hospitais.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião dentista.

A quantidade de triglicérides no sangue deve ser monitorizada diariamente. Devem ser regularmente realizadas avaliações na quantidade de açúcar no sangue, metabolismo ácido-básico, eletrólitos no sangue, equilíbrio de água no corpo, contagem de células do sangue (hemograma) e tempo de sangramento em pacientes tratados com anticoagulantes. A quantidade de triglicérides no sangue não deve se maior que 3 mmol/L, durante a administração de emulsões gordurosas como o Omegaven®.

Gravidez e lactação

Não há evidência sobre a segurança desta medicação durante a gravidez ou amamentação. Esta medicação não deve ser usada durante a gravidez ou a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgiâo-dentista.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

A infusão de Omegaven® pode levar ao aumento do tempo de sangramento e uma inibição da agregação das plaquetas do sangue. Em casos raros, os pacientes podem apresentar gosto de peixe na boca.

Efeitos indesejáveis observados durante a administração de emulsões de gorduras

  • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor abdominal, náusea, vômito, elevação na temperatura corporal, tremores, calafrios, cansaço, hipertrigliceridemia (quantidade aumentada de triglicerídes no sangue) e dor de cabeça;
  • Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue), hemólise (quebra das hemácias do sangue), reticulocitose (aumento na contagem dos reticulócitos no sangue), reações anafiláticas (reação grave que compromete todo o metabolismo do corpo humano), aumento transitório no teste de função hepática, priapismo (condição médica geralmente dolorosa e potencialmente danosa na qual o pênis ereto não retorna ao seu estado flácido), rash (aparecimento de manchas avermelhadas na pele), urticária (coceira) e efeitos circulatórios (por exemplo: aumento ou redução da pressão arterial).

Devem ser observados possíveis sinais de sobrecarga metabólica. A causa pode ser genética e/ou relacionada a diferentes doenças prévias, com rapidez variada e após diferentes doses. Esses sinais têm sido observados principalmente com o uso de emulsões lipídicas de semente de algodão, que não se aplica ao Omegaven®.

A sobrecarga metabólica pode causar os seguintes sintomas:

  • Aumento do fígado com ou sem icterícia;
  • Alteração ou redução de alguns parâmetros de coagulação (por exemplo: tempo de sangramento, tempo de coagulação, tempo de protrombina, contagem de plaquetas);
  • Aumento do tamanho do baço;
  • Anemia (falta de ferro no sangue), leucopenia (diminuição da contagem de células brancas no sangue) e trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue);
  • Sangramentos e tendência a sangramento;
  • Testes de função do fígado anormais;
  • Febre;
  • Hiperlipidemia (aumento da quantidade de gorduras no sangue);
  • Dor de cabeça, dores de estômago e fadiga;
  • Hiperglicemia (aumento da quantidade de açúcares no sangue).

Caso esses efeitos colaterais ocorram ou no caso do nível de triglicérides aumentar acima de 3 mmol/L durante a infusão de lipídios (administração de gorduras diretamente no vaso sanguíneo), a infusão de lipídios deve ser interrompida ou, se necessário, mantida com dose reduzida.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Emulsão injetável 100 mg/mL

Frasco de vidro com 50 mL ou 100 mL.

Uso intravenoso.

Uso adulto.

Cada 100 mL contém 10,0 g (10%) de óleo de peixe altamente refinado contendo:

Ácido eicosapentaenóico (EPA)

1,25 - 2,82 g

Ácido docosahexaenóico (DHA)

1,44 - 3,09 g

Ácido mirístico

0,1 - 0,6 g

Ácido palmítico

0,25 - 1,0 g

Ácido palmitoléico

0,3 - 0,9 g

Ácido esteárico

0,05 - 0,2 g

Ácido oléico

0,6 - 1,3 g

Ácido linoléico

0,1 - 0,7 g

Ácido linolênico

≤ 0,2 g

Ácido octadecatetraenóico

0,05 - 0,65 g

Ácido eicosaenóico

0,05 - 0,3 g

Ácido araquidônico

0,1 - 0,4 g

Ácido docosaenóico

≤ 0,15 g

Ácido docosapentaenóico

0,15 - 0,45 g

Racealfatocoferol

0,015 - 0,0296 g

Excipientes q.s.p

100,0 mL

Excipientes: glicerol, lecitina de ovo, hidróxido de sódio, oleato de sódio e água para injeção.

Energia total

470 kJ/100 mL = 112 kcal/100 mL

Valor de pH

7,5 a 8,7

Acidez de titulação

< 1 mmol HCl/L

Osmolaridade teórica

273 mOsm/L

Pode ocorrer superdose, o que leva à síndrome de sobrecarga lipídica (quando o nível de triglicérides no sangue fica superior a 3 mmol/L), como resultado de velocidade muito rápida de infusão; ou cronicamente, nas velocidades de infusão recomendadas em associação com uma alteração na condição clínica do paciente (por exemplo, comprometimento da função renal por infecção). A superdose pode levar a efeitos colaterais. Nesses casos, a infusão de lipídios deve ser interrompida ou, se necessário, mantida em dose reduzida.

A administração de lipídios também deve ser interrompida se ocorrer um aumento acentuado nos níveis de glicose sangüínea durante a infusão de Omegaven®. Uma superdose grave de Omegaven®, sem administração simultânea de uma solução de carboidrato, pode levar à acidose metabólica (diminuição do pH do sangue).

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

A administração dentro do vaso sanguíneo de Omegaven® pode causar prolongamento do tempo de sangramento e uma inibição da agregação das plaquetas. Portanto, Omegaven® deve ser administrado com cautela em pacientes que requerem tratamento com anticoagulantes, mesmo com relação a uma possível redução destes anticoagulantes.

Quando Omegaven® for administrado com outras soluções de infusão (por exemplo: soluções de aminoácidos) através de uma linha comum de infusão (por exemplo: desvio, tubo Y, etc), a compatibilidade das soluções/emulsões deve ser assegurada.

Incompatibilidades

Podem ocorrer incompatibilidades durante a adição de cátions polivalentes (por exemplo: cálcio), especialmente quando combinado com heparina.

Omegaven® pode ser assepticamente misturado com emulsões de gorduras, bem como com vitaminas solúveis em gorduras.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

O Óleo de Peixe contém dois ácidos graxos de cadeia longa chamados ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). Os dois ácidos graxos possuem ações semelhantes e distintas. O EPA é o precursor do DHA, e há quem acredite que o último pode se “converter” em EPA quando o organismo assim o solicitar.

Os ácidos graxos altamente insaturados (eicosapentanóico e docosahexaenóico) ômega 3 parecem inibir os níveis de triglicerídeos plasmáticos, provavelmente pela inibição da síntese de VLDL e desempenham importante papel no metabolismo e transporte de gorduras.

É extraído de Óleo de Peixe e passa por um processo de purificação altamente sofisticado e inúmeros testes laboratoriais o que lhe garante um alto nível de qualidade.

Estudos epidemiológicos realizados com esquimós e japoneses, que consomem grandes quantidades de peixe e frutos do mar ricos nesses óleos, mostraram que, entre os dois grupos estudados, os riscos de ocorrência de diversas doenças cardíacas e circulatórias são muito menores.

Os benefícios à saúde gerados pelo consumo tradicional de alimentos fontes de Ômega-3 na dieta são conhecidos através de pesquisas realizadas há mais de cinco décadas.

Em 1944, Sinclair, realizou estudos sobre o papel benéfico do consumo de peixe sobre a doença coronariana em esquimós na Groelândia, onde observou a raridade de cardiopatia isquêmica e de outras características da aterosclerose naquela população.

Posteriormente, Bang e col. e Dyeberg, em 1952, através de estudos epidemiológicos, documentaram entre esquimós da Groelândia baixa incidência de mortalidade por doenças cardiovasculares, apesar de consumirem dieta rica em gorduras e principalmente colesterol, oriundos basicamente de peixes e animais marinhos. Observou-se que os teores de ácidos linoléico e araquidônico apresentavam menor concentração sanguínea. O perfil lipídico caracterizava-se por níveis baixos de triglicerídeos e lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), colesterol, lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e níveis mais altos de lipoproteínas de alta densidade (HDL). As plaquetas achavam-se em taxas reduzidas, assim como a agregação plaquetária, tempo de coagulação prolongado, sangramento fácil e pressão arterial baixa.

Em 1960, na Holanda, foi realizada na cidade de Zutphen, uma pesquisa longitudinal relacionada entre dieta e outros fatores de risco de doença coronariana entre homens de meia-idade. Na dieta alimentar observou-se que o consumo de peixe da população de Zutphen era de 20g/dia em 1960, sendo 2/3 de peixe magro (bacalhau e linguado) e 1/3 de peixe gordo (arenque e cavala). O peixe magro apresentava cerca de 1,5% de gordura, dos quais aproximadamente 5% de ácido eicosapentaenóico (Ômega-3).

Uma dieta rica em ácidos graxos poliinsaturados modifica o perfil lipídico, auxiliando na redução dos níveis plasmáticos de triglicerídios, VLDL, LDL e colesterol total. Os ácidos graxos Ômega-3 exercem ação direta no aumento da deposição de VLDL pelos tecidos periféricos ou pelo fígado, resultando na redução da quantidade total de VLDL sérico.

Existe o risco potencial da ingestão de ácidos graxos poliinsaturados relacionado a pessoas diabéticas insulino-dependentes, podendo acarretar alteração das prostaglandinas e os eicosanóides relacionados na secreção insulínica, o que acarreta aumento da glicemia por aumento da produção hepática, sem haver modificação na sua eliminação, sendo que dessa forma o uso de EPA não trará benefícios para os diabéticos.

Sabe-se que vários fatores de riscos são responsáveis pela alta incidência de doenças cardiovasculares, dentre eles se destacam a obesidade, o fumo, o stress, e a vida sedentária. Sendo assim, o primeiro cuidado para a prevenção das hiperlipidemias é o emprego de uma dieta que mantenha o peso corporal dentro dos parâmetros indicados, em segundo o exercício da prática de atividade física orientada, a melhoria da qualidade de vida e eliminação do hábito de fumar.

Entretanto, sabe-se também que o efeito benéfico mais acentuado do uso dos ácidos graxos Ômega-3, diz respeito à ação favorável sobre os lipídios sangüíneos e à menor produção de eicosanóides.

Assim, os ácidos Ômega-3 juntamente com os Ômega-6, são essenciais ao organismo, não podendo ser sintetizados, e a partir do Ômega-3 pode-se produzir derivados Ômega-6 e Ômega-9, sendo que o contrário não ocorre.

Diante da fonte principal de ácidos Ômega-3 nas dietas, também os ácidos graxos Ômega-6 são sintetizados por seu intermédio, o que também ocorre com o ácido araquidônico, base na síntese de toda a série de endoperóxidos (prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos).

O ômega 3, Àcido eicosapentaenóico (EPA) e Ácido docosahexaenóico (DHA) tem efeitos profundos sobre os triacilglicerois (TG). O mecanismo para a redução TG diz respeito aos seus efeitos favoráveis sobre a redução da produção hepática e secreção de VLDL, com efeitos favoráveis sobre a atividade lipolítica plasmática, bem como a estimulação da â-oxidação de outros ácidos graxos no fígado.

Suas propriedades hipotrigliceridêmicas estão relacionadas tanto com a dose de ômega 3 utilizada quanto com as concentrações basais de TG da população. Em pacientes com concentrações de TG>500 g/dL, 4g de ômega 3 têm mostrado reduzir os TGs em 45%, VLDL em 42%, e colesterol não-HDL em 10,2%.

O ômega 3 é usado clinicamente no tratamento da hipertrigliceridemia grave e moderada, em pacientes tratados com estatina que possuem elevadas concentrações de TG (dislipidemia mista), e na prevenção primária e secundária de doença cardiovascular.(Jacobson, 2008).

O risco de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV) foi demonstrado estar positivamente associado com aumento dos níveis de TG. Framingham e col. demonstrou que o risco para doença arterial coronariana (DAC) foi duas vezes maior em pacientes com níveis de TG na faixa de 250 a 400 mg / dl (2,8-4,5 mmol / L), comparados com aqueles na faixa de 50 a 100 mg / dl (0,5-1,1 mmol / L). Uma das maiores bases de dados epidemiológica de hipertrigliceridemia (HTG), o estudo Heart Münster (PROCAM), envolveu 13.737 homens e 5.961 mulheres observada ao longo de 8 anos. Neste estudo, uma elevação moderada no nível de TG foi identificado como um fator de risco para DAC, independente de LDL e HDL colesterol. Além disso, o Copenhagen Male Study, um estudo prospectivo sobre parâmetros cardiovasculares, revelou que em homens brancos, em meia-idade e idosos, um elevado nível de jejum TG é um forte fator de risco para DAC independente de outros fatores de risco, incluindo o colesterol HDL.(Berthold, 2005).

Uma meta-análise de 17 estudos prospectivos sobre a associação de TG e DCV incluindo 57.000 pessoas (46.413 homens e 10.864 mulheres) mostrou que os níveis elevados de TG são preditivos de enventos de insuficiência cardíaca, mesmo quando ajustada para o HDL colesterol, idade, total e LDL colesterol, tabagismo, índice de massa corporal (IMC) e pressão arterial. Em casos específicos, após ajuste para os fatores citados, os autores encontraram que um aumento de 90 mg/dL (1,0 mmol / L) de TG foi associado a um aumento estatisticamente significativo do risco para DCV, de 14% para os homens (RR = 1,14, 95% CI 1.05-1.28) e 37% para as mulheres (RR = 1,37, 95% CI 1.13-1.66).

Os grandes ensaios clínicos em larga escala, como o GISSI-Prevenzione, o estudo e JELIS demonstraram que baixas doses de Omega 3 promovem benefícios clínicos na redução da doença cardíaca coronária (Jacobson, 2008).

Vários mecanismos têm sido propostos para explicar os efeitos cardioprotetores de EPA e DHA. Segundo o Statement do American Heart Association estes mecanismos incluem: Redução da susceptibilidade de arritmia ventricular; Efeito antitrombogênico; retarda o crescimento da placa aterosclerótica por reduzir a expressão de moléculas de adesão, reduzir a agregação plaquetária e por sua ação anti-inflamatória; Melhora da função endotelial e promove uma modesta ação anti-hipertensiva.

Evidências científicas embasam o uso de ácidos graxos omega 3 como uma prática terapêutica adjuvante para a promoção da saúde cardiovascular, prevenção e tratamento da doença.

Os ácidos graxos n-3 modulam um importante número de respostas fisiológicas que podem contribuir para seus efeitos cardioprotetores. Os mecanismos múltiplos e complexos através da qual EPA e DHA exercem sua ação parecem ser distintos, mas também complementares (Jung, 2008).

Por estas propriedades e benefícios demonstrados por EPA e DHA, o uso de ômega 3 é recomendado na IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose como tratamento não-medicamentoso das dislipidemias e medidas de prevenção da Ateroesclerose.

Segundo a Diretriz todos os pacientes com dislipidemia isolada e aqueles com risco cardiovascular aumentado devem ser orientados para a instituição de medidas não-farmacológicas e mudanças no estilo de vida.

Este medicamento de ver conservado em temperatura não superior a 25º C e não deve ser congelado.

As estabilidades química e física, das misturas contendo Omegaven® foram demonstradas durante 24 horas a 25º C. Do ponto de vista microbiológico, misturas com emulsões de gorduras ou emulsões de gorduras contendo vitaminas solúveis em água devem ser utilizadas imediatamente. Caso não sejam utilizadas imediatamente, o tempo de armazenamento em uso e as condições antes do uso são de responsabilidade do usuário. Somente se a preparação for realizada em condições assépticas validadas e controladas, as condições de armazenamento podem ser baseadas nos dados de estabilidade (prazo de validade do produto).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Omegaven® é uma emulsão branca e homogênea.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

M.S. 1.0041.9942

Farmacêutica Responsável:
Cíntia M. P. Garcia
CRF-SP 34871

Fabricado por:
Fresenius Kabi Austria GmbH
Graz – Áustria

Embalado por:
Fresenius Kabi Austria GmbH
Werndorf – Áustria

Importado por:
Fresenius Kabi Brasil Ltda
Av. Marginal Projetada, 1652
Barueri – SP
CNPJ: 49.324.221/0001-04

SAC
0800 704 3855

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Omegaven

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Tipo do Medicamento:

Específico

Necessita de Receita:

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Classe Terapêutica:

Especialidades:

Endocrinologia

Preço de Fábrica:

PF/SP R$ 285,31

Registro no Ministério da Saúde:

1004199420031

Código de Barras:

7897947705814

Temperatura de Armazenamento:

Até 25°C

Produto Refrigerado:

Este produto precisa ser refrigerado

Doenças Relacionadas:

Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

Modo de Uso:

Uso injetável

Pode partir:

Esta apresentação não pode ser partida

OMEGAVEN É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.

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Imagem 1 do medicamento Omegaven
Imagem 1 do medicamento Omegaven
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Omegaven 100mg/mL, caixa com 10 frascos com 100mL de emulsão de uso intravenosoOmegaven 100mg/mL, caixa com 1 frasco com 50mL de emulsão de uso intravenoso

Omegaven 100mg/mL, caixa com 1 frasco com 100mL de emulsão de uso intravenoso

Omegaven 100mg/mL, caixa com 10 frascos com 50mL de emulsão de uso intravenoso

Dose

Ajuda

100mg/mL

100mg/mL

100mg/mL

100mg/mL

Forma Farmacêutica

Ajuda

Solução injetável

Solução injetável

Solução injetável

Emulsão injetável

Quantidade na embalagem

Ajuda

100 mL

50 mL

100 mL

50 mL

Modo de uso

Uso injetável

Uso injetável

Uso injetável

Uso injetável (intravenoso)

Substância ativa

Óleo de PeixeÓleo de PeixeÓleo de PeixeÓleo de Peixe

Preço Máximo ao Consumidor/SP

R$ -

R$ -

R$ -

R$ 1.900,56

Preço de Fábrica/SP

R$ 2.853,40

R$ 142,62

R$ 285,31

R$ 1.426,52

Tipo do Medicamento

Ajuda

Específico

Específico

Específico

Específico

Pode partir?

Ajuda

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Registro Anvisa

1004199420041

1004199420015

1004199420031

1004199420023

Precisa de receita

Sim, precisa receita

Sim, precisa receita

Sim, precisa receita

Sim, precisa receita

Tipo da Receita

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Código de Barras

7897947708624

7897947705807

7897947705814

7897947708631

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