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Piretanida

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Piretanida é indicado para o tratamento de hipertensão arterial leve a moderada. Na hipertensão grave, Piretanida pode ser combinado com fármacos anti-hipertensivos não-diuréticos. Também é indicado para promover a excreção de acúmulos anormais de líquidos, visíveis ou inaparentes, aliviar o trabalho do coração em pacientes com insuficiência cardíaca e edemas conseqüentes a doenças hepáticas ou renais.

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  • Cápsula gelatinosa de desintegração gradual
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  • Antihipertensivo
  • Diuréticos
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  • 6mg
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  • Piretanida
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  • Novo
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  • 20 Unidades

Bula do Piretanida

Piretanida, para o que é indicado e para o que serve?

Piretanida é indicado para o tratamento de hipertensão arterial leve a moderada. Na hipertensão grave, Piretanida pode ser combinado com fármacos anti-hipertensivos não-diuréticos.

Também é indicado para promover a excreção de acúmulos anormais de líquidos, visíveis ou inaparentes, aliviar o trabalho do coração em pacientes com insuficiência cardíaca e edemas conseqüentes a doenças hepáticas ou renais.

Quais as contraindicações do Piretanida?

Hipersensibilidade à piretanida ou derivados sulfonamídicos.

Piretanida não deve ser usado em insuficiência renal com anúria, hipopotassemia ou hiponatremia graves, hipovolemia com ou sem redução concomitante da pressão arterial, insuficiência hepática associada com alterações do estado de consciência.

Tipo de receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Como usar o Piretanida?

As cápsulas devem ser ingeridas inteiras sem mastigar, após o café da manhã ou outra refeição.

A menos que prescrito de modo diferente, as doses recomendadas são:

Hipertensão

  • Nos casos de hipertensão leve a moderada, o tratamento deve ser iniciado com 1 a 2 cápsulas por dia. Em função do efeito diurético, a segunda cápsula não deve ser tomada à noite.
  • Para o tratamento de manutenção, a administração diária de uma cápsula de Piretanida é geralmente suficiente.

Edema

  • A dose inicial é geralmente uma cápsula por dia. Doses adicionais dependerão da resposta do paciente e da avaliação clínica.

A duração do tratamento é determinada pelo médico.

Durante o tratamento com Piretanida, os pacientes devem ser orientados para consumir uma dieta rica em potássio e restringir a ingestão de sal a quantidades moderadas.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Piretanida?

Distúrbios gastrintestinais como náusea, vômito, distúrbios digestivos e diarréia ocorrem em casos raros.

Podem ocorrer reações adversas devido à depleção de água e eletrólitos, especialmente após tratamento prolongado com doses altas, o que exigirá a correção do equilíbrio hidroeletrolítico. A perda excessiva de líquido (principalmente decorrente de altas doses) pode levar à perda de água corpórea (desidratação) e redução do volume sangüíneo circulante (hipovolemia). Como resultado, pode ocorrer uma pressão sangüínea reduzida (hipotensão), distúrbios circulatórios quando da posição ereta (distúrbio ortostático de regulação), bem como secura da boca, cefaléia e outras desordens circulatórias tais como tontura e alteração visual, especialmente em pessoas idosas. Se a perda de líquidos causar um aumento na concentração sangüínea (hemoconcentração) pode ocorrer trombofilia, especialmente em pacientes idosos. Fraqueza muscular generalizada e câimbras nas pernas são sinais precoces de desequilíbrio eletrolítico.

Quando usado na posologia recomendada, Piretanida tem pouco ou nenhum efeito no balanço de potássio. Entretanto, pode ocorrer depleção de potássio, especialmente quando a ingestão concomitante de potássio na dieta alimentar é insuficiente ou após vômitos ou diarréia, bem como quando do uso freqüente de laxantes. Além disso, a deficiência de potássio decorrente de outras condições como, por exemplo, doenças hepáticas, do córtex adrenal ou do trato gastrintestinal, pode ser potencializada.

Pode ocorrer depleção de sódio especialmente se a restrição da ingestão de sal for muito rigorosa. Neste caso, ela pode se manifestar como, por exemplo, câimbras musculares, perda do apetite, sensação de fraqueza, sonolência, apatia, confusão mental e vômito.

Piretanida pode causar um aumento da excreção de cálcio e magnésio, mas isto, normalmente, não tem significância clínica. Nos casos onde outros fatores potencializam essa ação e a depender da dose, uma deficiência clinicamente relevante de cálcio ou magnésio sangüíneos (hipocalcemia, hipomagnesemia) pode ocorrer. Isto pode se manifestar, por exemplo, na forma de irritabilidade neuromuscular aumentada, tetania e arritmias cardíacas.

A tolerância à glicose pode ser reduzida em pacientes tratados com Piretanida. Em pacientes diabéticos, isto pode levar à deterioração da condição metabólica; a diabete que não era previamente evidente (diabetes mellitus latente) pode tornar-se manifesta.

Os níveis séricos de uréia e creatinina podem se elevar durante o tratamento com Piretanida.

A concentração de ácido úrico sangüíneo pode elevar-se durante terapia com Piretanida. Isto pode levar à crise de gota especialmente em pacientes com níveis já elevados de ácido úrico.

Em todos os pacientes que recebem terapia salurética, os níveis sangüíneos de potássio, glicose e ácido úrico devem ser acompanhados.

A alcalose metabólica pré-existente (como em pacientes com cirrose hepática descompensada) pode agravar-se durante tratamento com Piretanida.

Durante tratamento com Piretanida, pode ocorrer uma sensibilidade aumentada da pele à luz. Reações alérgicas como, por exemplo, edema e erupções cutâneas tais como urticária, exantemas e enantemas maculopapulares e eritema multiforme podem ser vistos em casos raros.

Trombocitopenia, que pode tornar-se manifesta como uma tendência aumentada à hemorragia ou uma redução no número de células sangüíneas brancas têm sido observado em casos isolados.

Processos inflamatórios de vasos sanguíneos (vasculites) têm sido observados durante tratamento com outros diuréticos de alça.

Impotência pode ocorrer em casos raros como resultado da redução da pressão arterial.

Em pacientes com distúrbios na micção ou hipertrofia prostática, os sintomas de obstrução do fluxo urinário podem ser agravados ou tornar-se manifestos pela primeira vez.

Em casos isolados, a capacidade de dirigir, atravessar a rua com segurança ou operar máquinas pode ser prejudicada, especialmente no início do tratamento, quando se está substituindo outro medicamento anti-hipertensivo ou ainda quando são consumidas bebidas alcoólicas durante o tratamento com a piretanida.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Piretanida maior do que a recomendada?

Até o presente momento, não foi relatado nenhum sintoma decorrente de superdosagem, entretanto caso isso ocorra deve ser realizada lavagem gástrica. O paciente deve permanecer em observação e, se necessário, devem ser implementadas medidas de suporte respiratório e cardiovascular.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Piretanida com outros remédios?

A experiência com outros diuréticos de mecanismo de ação similar sugere que algumas interações devem ser consideradas:

  • Pode ocorrer potencialização dos efeitos nefrotóxicos e ototóxicos de alguns antibióticos.
  • Durante tratamento simultâneo com digitálicos, deve ser lembrado que a deficiência de potássio e magnésio aumenta a sensibilidade do miocárdio aos digitálicos, podendo ocorrer, como resultado, arritmias cardíacas.
  • Quando Piretanida for administrado simultaneamente com hormônios que afetem o equilíbrio eletrolítico (corticosteróides), laxantes ou carbenoxolonas, ou nos casos onde o alcaçuz (erva medicinal) é freqüentemente consumido, a capacidade desses fármacos provocarem hipopotassemia deve ser considerada.
  • O efeito anti-hipertensivo de outros medicamentos pode ser aumentado. A administração concomitante de um inibidor da ECA pode levar a uma redução da pressão arterial (algumas vezes progredindo para choque) e/ou comprometimento da função renal (algumas vezes progredindo para insuficiência renal), especialmente em pacientes que desenvolvem deficiência de sal e líquidos após terapia diurética.
  • Em pacientes diabéticos, pode ser necessário um aumento da dose do hipoglicemiante.
  • O efeito dos salicilatos e relaxantes musculares tipo curare pode ser potencializado, enquanto que o das aminas vasopressoras (ex.: adrenalina, noradrenalina) pode ser atenuado.
  • A excreção do lítio por via renal pode ser reduzida, o que pode acarretar aumento dos seus efeitos cardiotóxicos e neurotóxicos.
  • Os anti-inflamatórios não-esteróides (indometacina, ácido acetilsalicílico) podem atenuar o efeito diurético da piretanida e até causar insuficiência renal em caso de hipovolemia pré-existente.

Quais cuidados devo ter ao usar o Piretanida?

Piretanida não deve ser administrado a crianças, pois não há experiência suficiente em seu uso pediátrico.

Como em todos os pacientes sob terapia salurética, deve-se monitorar o potássio sérico, a glicemia e a uricemia.

O controle metabólico em diabéticos pode, ocasionalmente, ser prejudicado.

Uso durante a gravidez e lactação

Piretanida não deve ser usado durante o primeiro trimestre de gravidez. Ainda não há dados suficientes para determinar a segurança do seu uso nos últimos estágios da gestação.

Estudos animais mostraram que a piretanida passa para o leite materno. Sendo assim, Piretanida não deve ser administrado a lactantes.

Pacientes idosos

Podem ocorrer reações adversas devido à depleção de água e eletrólitos, especialmente após tratamento prolongado com doses altas, o que exigirá a correção do equilíbrio hidroeletrolítico.

Se a perda de líquidos causar um aumento na concentração sangüínea (hemoconcentração) pode ocorrer trombofilia, especialmente em pacientes idosos.

Atenção diabéticos: contém açúcar (119 mg de sacarose/cápsula).

Qual a ação da substância do Piretanida?

Farmacodinâmica

Piretanida tem propriedades anti-hipertensiva e diurética. Contém como substância ativa a piretanida numa formulação de liberação lenta. Após uma leve ação inicial, o efeito diurético persiste por um longo período.

À parte de ser devida ao seu efeito diurético, a ação anti-hipertensiva da piretanida é atribuída à normalização do desequilíbrio eletrolítico celular e, principalmente, à redução na atividade do cálcio livre nas células da musculatura arterial que está elevada em pacientes com hipertensão arterial essencial.

Por esta razão, sabe-se que a contratilidade aumentada ou responsividade dos vasos sangüíneos às aminas endógenas pressoras (ex.: catecolaminas) é reduzida. A diminuição na pressão arterial elevada paralela à atividade do cálcio intracelular (medida nos eritrócitos) após a administração da piretanida dá suporte a tal teoria.

A piretanida também causa um aumento na capacidade venosa mediado pela prostaglandina e independente da diurese, assim tendo o efeito adicional de reduzir o trabalho cardíaco.

A utilização de uma cápsula diariamente possibilita a diminuição da pressão arterial que se inicia lenta e suavemente durante 1 a 2 semanas; o efeito anti-hipertensivo dura cerca de 24 horas, mantendo deste modo, a pressão arterial controlada.

A pronunciada diurese que freqüentemente ocorre nos dias iniciais ao tratamento durante as primeiras horas após a ingestão da cápsula diminui com o decorrer do tratamento.

Farmacocinética

Absorção

Após administração oral, piretanida apresenta uma biodisponibilidade de aproximadamente 80%.

Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é da ordem de 94,2% e o volume de distribuição em adultos normais é de 1,95 L.

Eliminação

A piretanida é metabolizada no fígado e eliminada na urina (aproximadamente 45- 55%). A meia-vida plasmática é de aproximadamente 1 hora após administração oral.

DCB (Denominação Comum Brasileira)

07154.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Arelix®.

Nomes comerciais

Especialidades Médicas

Cardiologia

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