Bula do Rebif
Princípio Ativo: Betainterferona 1a
Classe Terapêutica: Produtos para Esclerose Múltipla
Rebif, para o que é indicado e para o que serve?
Esclerose múltipla recidivante-remitente (uso adulto e pediátrico acima de 12 anos)
Rebif® (betainterferona 1a recombinante) é indicado para o tratamento da esclerose múltipla caracterizada pela presença de surtos, e demonstrou reduzir o número e gravidade destes, assim como a estabilização da progressão da doença.
A indicação de Rebif® e sua respectiva dosagem é de exclusiva definição do médico e deve ser precedida de um diagnóstico preciso sobre o estágio da doença, de exames laboratoriais, de ressonância magnética por imagem e de outros parâmetros de diagnóstico de conhecimento do médico especialista que acompanha o tratamento do paciente.
Evento clínico único sugestivo de esclerose múltipla (uso adulto)
Rebif® 44 µg também está indicado para uso em pacientes que tenham tido um único evento clínico, o qual provavelmente é o primeiro sinal de esclerose múltipla.
Como o Rebif funciona?
Rebif® (betainterferona 1a recombinante) pertence a uma classe de medicamentos chamada “interferonas”.
São substâncias naturais que transmitem mensagens para as células. As interferonas são produzidas pelo organismo e desempenham um papel essencial na regulação do sistema imunológico. Por meio de mecanismo ainda não completamente conhecido, as interferonas atuam limitando o dano ao sistema nervoso central associado à esclerose múltipla.
A betainterferona 1a recombinante é uma proteína solúvel altamente purificada, produzida por recombinação genética em células de mamíferos, similar à betainterferona produzida pelo corpo humano.
Quais as contraindicações do Rebif?
Rebif® não deve ser utilizado:
- Se você tiver conhecida hipersensibilidade (alergia) à betainterferona 1a recombinante ou natural, ou a qualquer outro componente desta formulação;
- Se estiver gravemente deprimido.
Como usar o Rebif?
Rebif® deve ser administrado por meio de injeção subcutânea (sob a pele).
A formulação líquida em seringas preeenchidas prontas para uso não necessita de preparação. Elas são graduadas para facilitar o início do tratamento. As seringas preeenchidas prontas para uso contém 22 µg ou 44 µg de Rebif® e estão preparadas unicamente para utilização subcutânea.
A primeira injeção deve ser administrada por um profissional de saúde qualificado. O paciente pode realizar a autoaplicação quando for devidamente treinado para tal. O medicamento também pode ser administrado com autoaplicador específico.
Rebif® não pode ser misturado com outros medicamentos na mesma seringa.
Se você esquecer-se de uma dose, não administre uma dose em dobro para compensar a dose esquecida. Continue a administração a partir do dia da dose seguinte.
A duração do tratamento deve ser estabelecida pelo seu médico.
A seringa preenchida e o clipe de titulação são de uso único e não devem ser reutilizados. Após a injeção, descarte a seringa utilizada com o clipe anexado em local apropriado.
Manual de autoaplicação
Preparação para a injeção
- Lave as mãos: É importante que suas mãos e os materiais a serem utilizados estejam tão limpos quanto possível. As agulhas não devem tocar qualquer superfície; mantenha a seringa encapada antes do uso.
Assegure-se que você está usando uma nova seringa preenchida cada vez que for fazer a aplicação a fim de evitar contaminação. Em nenhuma circunstância divida a dose de Rebif® em seringas preenchidas.
Descarte todo o material usado imediatamente após aplicada a injeção; jogue fora a seringa vazia em local apropriado. - Junte todo o material que você precisa: Encontre uma superfície limpa e coloque todo o material a ser utilizado (lenços umedecidos em álcool, gaze e a seringa preenchida). A aplicação pode ser feita em qualquer local que você achar confortável. Se o local for a cozinha, certifique-se de que todo o material esteja afastado de alimentos.
Autoadministração subcutânea (sob a pele)
- Escolha o local para a aplicação da injeção. Seu médico dará orientação sobre os possíveis locais para injeção (veja sugestão de locais de aplicação abaixo). Segure a seringa como um lápis ou um dardo. Utilize um local diferente a cada dia que aplicar a injeção.]
Nota: Não utilize áreas em que você sinta rigidez, saliência ou dor; converse com seu médico sobre qualquer problema que encontrar. - Utilize um lenço umedecido em álcool para limpar a pele no local da injeção. Deixe a pele secar (se deixar um pouco de álcool sobre a pele, pode sentir ardor). Jogue fora o lenço umedecido em álcool que foi utilizado.
- Aperte levemente a pele em volta do local da injeção (para levantá-la um pouco). Apóie seu punho sobre a pele, próximo do local, introduza a agulha direto na pele em um ângulo de 90º com movimento rápido e firme.
- Injete o medicamento lentamente, com movimento firme (empurre o êmbolo completamente até que a seringa fique vazia).
- Coloque uma gaze seca no local da injeção. Remova a agulha da pele.
- Massageie cuidadosamente o local da injeção com uma gaze seca.
- Descarte todo o material usado. Imediatamente após aplicada a injeção, jogue fora a seringa em local apropriado.
Sugestão de 30 locais para aplicação
- Braços (1, 2, 3, 4, 17, 18, 19, 20): Região posterior e lateral do braço, manter distância de 4 dedos abaixo do ombro e 4 dedos acima do cotovelo.
- Coxas (11, 12, 13, 14, 15, 16, 27, 28, 29, 30): Região anterior e lateral da coxa, manter distância de 4 dedos abaixo da virilha e 4 dedos acima do joelho.
- Abdome (5, 6, 7, 8, 9, 10): Região anterior de lateral do abdome, manter distância de 3 dedos ao redor do umbigo e na altura da cintura.
- Nádegas (23, 24, 25, 26): Região superior lateral externa das nádegas.
- Costas (21, 22): Região logo acima da cintura (recomendável auxílio de uma pessoa para aplicação).
Observação: Para facilitar a autoaplicação, você pode utilizar um autoaplicador. Para obter informações, entre em contato com o PAP Merck Serono (0800-8881414).
Utilize Rebif® sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Esclerose múltipla recidivante-remitente (uso adulto e pediátrico acima de 12 anos)
Rebif® é utilizado por via subcutânea (sob a pele). A posologia recomendada de Rebif® para adultos e adolescentes acima de 16 anos é de 44 microgramas (12 milhões de UI) três vezes por semana.
Uma dose menor de 22 microgramas (6 milhões de UI), três vezes por semana, é recomendada para:
- Pacientes que não toleram uma dose mais alta;
- Adolescentes a partir de 12 anos.
Se possível, Rebif® deve ser administrado:
- Nos mesmos três dias de cada semana (com intervalo mínimo de 48 horas, por exemplo, segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira);
- No mesmo horário (de preferência à noite).
Início do tratamento
Quando tratamento com Rebif® for iniciado, a dose deve ser aumentada gradualmente, para reduzir reações adversas.
Recomenda-se a administração de:
- 8,8 microgramas três vezes por semana durante as primeiras duas semanas de tratamento, o que corresponde a 0,1 mL da seringa com 44 microgramas ou 0,2 mL da seringa com 22 microgramas. Para administrar 0,1 mL utilizando a seringa com 44 microgramas, empurre o êmbolo até a marca de 0,1 mL, desprezando o líquido. O volume restante na seringa equivale à dose a ser administrada;
- 22 microgramas três vezes por semana durante a terceira e quarta semana de tratamento, o que corresponde a 0,25 mL da seringa com 44 microgramas ou o volume total da seringa com 22 microgramas. Para administrar 0,25 mL utilizando a seringa com 44 microgramas, empurre o êmbolo até a marca de 0,25 mL, desprezando o líquido. O volume restante na seringa equivale à dose a ser administrada;
- 44 microgramas três vezes por semana a partir da 5ª semana em diante, o que corresponde ao volume total da seringa com 44 microgramas.
Titulação utilizando a seringa preenchida de Rebif® |
1ª e 2ª semana de tratamento | 3ª e 4ª semana de tratamento |
5ª semana em diante |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL três vezes por semana |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL três vezes por semana |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL três vezes por semana |
|
Rebif® 22 µg |
8,8 µg (0,2 mL) | 22 µg (0,5 mL) | - |
Rebif® 44 µg |
8,8 µg (0,1 mL) | 22 µg (0,25 mL) |
44 µg (0,5 mL |
Para maior comodidade do paciente, a dose pode ser aumentada gradualmente, utilizando o acessório Rebiclip®, conforme demonstrado na tabela abaixo.
Titulação utilizando a seringa preenchida de Rebif® com o Rebiclip® |
1ª e 2ª semana de tratamento |
3ª e 4ª semana de tratamento |
5ª semana em diante |
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Dose administrada de Rebif® em µg e mL, três vezes por semana, utilizando o clipe de titulação de 20% (cor branca) |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL, três vezes por semana, utilizando o clipe de titulação de 40% (cor amarela) | Dose administrada de Rebif® em µg e mL, três vezes por semana, utilizando o clipe de titulação de 50% (cor verde) |
Rebiclip® não deve ser utilizado a partir da 5ª semana |
|
Rebif® 22 µg |
Este clipe não fornece a dose de 8,8 µg com Rebif® 22 | 8,8 µg (0,2 mL) |
Este clipe não fornece a dose de 22 µg com Rebif® 22 |
|
Rebif® 44 µg |
8,8 µg (0,1 mL) | Este clipe não fornece a dose de 8,8 µg com Rebif® 44 |
22 µg (0,25 mL) |
Evento clínico único sugestivo de esclerose múltipla (uso adulto)
Pacientes que tiveram um único evento clínico:
A dose habitual é de 44 microgramas (12 milhões de UI), administrada três vezes por semana.
A dose deve ser aumentada gradualmente, para reduzir reações adversas.
Recomenda-se a administração de:
- 8,8 microgramas três vezes por semana durante as primeiras duas semanas de tratamento, o que corresponde a 0,1 mL da seringa com 44 microgramas ou 0,2 mL da seringa de 22 microgramas;
- 22 microgramas três vezes por semana durante a terceira e quarta semana de tratamento, o que corresponde a 0,25 mL da seringa com 44 microgramas ou o volume total da seringa com 22 microgramas;
- 44 microgramas três vezes por semana a partir da 5ª semana em diante, o que corresponde ao volume total da seringa com 44 microgramas.
Titulação utilizando a seringa preenchida de Rebif® |
1ª e 2ª semana de tratamento | 3ª e 4ª semana de tratamento |
5ª semana em diante |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL três vezes por semana |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL três vezes por semana |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL três vezes por semana |
|
Rebif® 22 µg |
8,8 µg (0,2 mL) | 22 µg (0,5 mL) | - |
Rebif® 44 µg |
8,8 µg (0,1 mL) | 22 µg (0,25 mL) |
44 µg (0,5 mL) |
Para maior comodidade do paciente, a dose pode ser aumentada gradualmente, utilizando o acessório Rebiclip®, conforme demonstrado na tabela abaixo.
Titulação utilizando a seringa preenchida de Rebif® com o Rebiclip® |
1ª e 2ª semana de tratamento |
3ª e 4ª semana de tratamento |
5ª semana em diante |
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Dose administrada de Rebif® em µg e mL, três vezes por semana, utilizando o clipe de titulação de 20% (cor branca) |
Dose administrada de Rebif® em µg e mL, três vezes por semana, utilizando o clipe de titulação de 40% (cor amarela) | Dose administrada de Rebif® em µg e mL, três vezes por semana, utilizando o clipe de titulação de 50% (cor verde) |
Rebiclip® não deve ser utilizado a partir da 5ª semana |
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Rebif® 22 µg |
Este clipe não fornece a dose de 8,8 µg com Rebif® 22 | 8,8 µg (0,2 mL) |
Este clipe não fornece a dose de 22 µg com Rebif® 22 |
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Rebif® 44 µg |
8,8 µg (0,1 mL) | Este clipe não fornece a dose de 8,8 µg com Rebif® 44 |
22 µg (0,25 mL) |
Se parar de utilizar Rebif®
Os efeitos de Rebif® podem não ser notados imediatamente. Deste modo, deve-se manter a administração regular de Rebif® até se atingir o efeito desejado. Consulte o seu médico caso não tenha certeza dos benefícios do tratamento. Você não deve interromper o tratamento sem falar antes com seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Rebif?
Se você esquecer-se de uma dose de Rebif®, continue a cumprir com a posologia a partir do dia da próxima dose. Não tome uma dose em dobro para compensar uma dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Quais cuidados devo ter ao usar o Rebif?
Rebif® só deve ser utilizado sob a supervisão do seu médico. Antes de iniciar o tratamento com Rebif®, leia com atenção o item Como usar o Rebif? a fim de reduzir o risco de necrose no local de injeção (lesões na pele e destruição dos tecidos). No caso de sentir reações locais incômodas, contate o seu médico. Antes de utilizar Rebif®, fale com seu médico se sofrer de alergia (hipersensibilidade) a quaisquer outros medicamentos.
Informe seu médico no caso de sofrer de uma doença de:
- Medula óssea;
- Rim;
- Fígado;
- Coração;
- Tiroide;
- Se já sofreu de depressão;
- Se já tiver tido crises epiléticas.
Para que ele/ela possa acompanhar cuidadosamente seu tratamento ou qualquer agravamento dessas situações.
Foram relatados casos de microangiopatia trombótica, que se manifesta como púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) ou síndrome hemolítico-urêmica (SHU), incluindo episódios fatais. Os eventos foram relatados em vários momentos durante o tratamento e podem ocorrer após muitos anos de terapia com Rebif®. É recomendado o monitoramento dos primeiros sintomas, como por exemplo, novo início de hipertensão, insuficiência renal e trombocitopenia. Faz-se necessário tratamento imediato da PTT/SHU e recomenda-se a descontinuação do tratamento com Rebif®.
Crianças e adolescentes
É limitada a experiência com o uso de betainterferona 1a em crianças menores de 12 anos de idade portadoras de esclerose múltipla. Assim, Rebif® não deve ser utilizado em crianças com menos de 12 anos.
Gravidez e amamentação
Se você está grávida ou amamentando, se pode estar grávida ou planeja engravidar, consulte o seu médico antes de utilizar este medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Direção de veículos e utilização de máquinas
Os efeitos da própria doença ou do seu tratamento podem influenciar a capacidade de dirigir ou de utilizar máquinas. Consulte seu médico se sentir diminuição dessa capacidade.
Rebif® contém sódio e álcool benzílico
Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.
Este medicamento contém 2,5 mg de álcool benzílico por dose. O álcool benzílico pode causar reações alérgicas. O álcool benzílico tem sido associado com o risco de efeitos secundários graves incluindo sintomas respiratórios (chamado “síndrome de gasping”) em crianças pequenas. Não o utilize por mais de uma semana em crianças menores de 3 anos de idade, a menos que orientado pelo seu médico. Consulte o seu médico se estiver grávida, amamentando ou se apresentar doença do fígado ou dos rins. Isto porque pode ocorrer acúmulo de grandes quantidades de álcool benzílico no seu corpo, com possibilidade de causar efeitos secundários (“acidose metabólica”).
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Rebif?
Como os demais medicamentos, Rebif® pode provocar efeitos colaterais, porém estes efeitos não se manifestam em todas as pessoas.
Contate seu médico imediatamente e suspenda o uso de Rebif® se você sentir qualquer um dos efeitos colaterais apresentados a seguir:
- Reações alérgicas (hipersensibilidade) graves. Se, imediatamente após a administração de Rebif®, sentir uma súbita dificuldade em respirar - que pode surgir associada a, inchaço da face, lábios, língua ou garganta, urticária, coceira pelo corpo todo e uma sensação de fraqueza ou desmaio - contate com urgência o seu médico. Estas reações são raras (podem afetar até 1 em cada 1.000 pacientes);
- Informe seu médico imediatamente caso ocorra algum dos possíveis sintomas de distúrbios hepáticos: icterícia (amarelamento da pele ou dos brancos dos olhos), prurido generalizado, perda de apetite acompanhada de náuseas e vômitos e facilidade de aparecimento de hematomas na pele. Distúrbios graves do fígado podem estar associados a sinais adicionais, como por exemplo dificuldade de concentração, sonolência e confusão;
- Depressão é comum em pacientes tratados com esclerose múltipla (pode afetar até 1 em cada 10 pacientes). Caso você se sinta muito deprimido ou tenha pensamentos suicidas, entre imediatamente em contato com o seu médico.
Caso perceba efeitos secundários não mencionados, informe o seu médico.
As reações adversas relatadas a seguir encontram-se classificadas de acordo com a frequência de ocorrência, conforme se segue:
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Frequência não conhecida: a frequência não pode ser estimada pelos dados disponíveis.
Reações adversas
- Sintomas semelhantes aos da gripe, tais como dor de cabeça, febre, calafrio, dores musculares e nas articulações, fadiga e náuseas são muito comuns. Estes sintomas são geralmente leves, mais comuns no início do tratamento e diminuem com a continuação da administração. Para ajudar a reduzir estes sintomas, seu médico pode receitar um medicamento analgésico e antitérmico antes da aplicação de Rebif® e 24h após cada aplicação;
- São muito comuns as reações no local da injeção, incluindo vermelhidão, inchaço, descoloração, inflamação, dor e lesão da pele. Geralmente a ocorrência de reações no local da injeção diminui ao longo do tempo. Destruição dos tecidos (necrose), abscesso e massa no local da injeção são incomuns. Veja as recomendações na seção Como usar o Rebif? para minimizar o risco de reações no local da injeção. Caso o local da injeção se torne infectado (reação incomum), a pele pode ficar inchada e rígida e toda a área pode ficar dolorida. Se você apresentar algum destes sintomas, contate o seu médico;
- Alguns testes laboratoriais podem sofrer alterações (muito comum). Estas alterações não são geralmente percebidas pelo paciente (ausência de sintomas), são geralmente leves e reversíveis e, na maior parte dos casos, sem necessidade de tratamento especial;
- O número de glóbulos vermelhos e brancos do sangue, ou de plaquetas, pode diminuir. Os possíveis sintomas resultantes dessas alterações podem incluir cansaço, capacidade reduzida de combate a infecções, hematomas ou sangramento inexplicado. Os testes da função hepática podem estar alterados. Também foi relatada inflamação do fígado (frequência não conhecida). Caso você tenha sintomas sugestivos de alteração do fígado, como perda de apetite acompanhada por outros sintomas (ex: náuseas, vômitos, icterícia), contate imediatamente o seu médico;
- Disfunção tireoidiana é incomum. A glândula tireoide pode funcionar tanto em excesso quanto insuficientemente. Quase sempre, estas alterações na atividade da tiroide não são percebidas pelo paciente como sintomas. No entanto, o seu médico pode recomendar a realização de exames, se necessário.
- Pseudo-surto de esclerose múltipla (frequência não conhecida): Existe a possibilidade de desenvolvimento de sintomas semelhantes aos de um surto de esclerose múltipla no início do tratamento com Rebif®. Por exemplo, seus músculos podem ficar muito tensos ou muito fracos, impedindo-o de se movimentar como deseja. Em alguns casos, estes sintomas estão associados à febre ou sintomas semelhantes aos da gripe, descritos anteriormente. Caso sinta algum destes efeitos secundários, fale com o seu médico.
Outros possíveis efeitos colaterais são:
Muito comuns
- Dor de cabeça.
Comuns
- Insônia;
- Diarreia, náuseas, vômitos;
- Coceira e erupção cutânea;
- Dores musculares ou nas articulações;
- Fadiga, febre e calafrios;
- Perda de cabelo.
Incomuns
- Urticária;
- Crises epiléticas;
- Inflamação do fígado (hepatite);
- Dificuldade respiratória;
- Coágulos sanguíneos, tais como trombose venosa profunda;
- Alterações da retina, tais como inflamação ou coágulos sanguineos, com consequentes problemas de visão (distúrbios e perda de visão);
- Aumento da sudorese.
Raros
- Tentativa de suicídio;
- Reações cutâneas graves, algumas com lesão na mucosa;
- Microangiopatia trombótica, incluindo púrpura trombocitopênica trombótica / síndrome hemolíticourêmica (distúrbio que pode apresentar pequenos coágulos sanguíneos, aumento de hematomas, sangramentos, diminuição do nível das plaquetas, anemia, cansaço extremo e distúrbios renais), pancitopenia, que é uma diminuição global dos elementos sanguíneos (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas);
- Lúpus eritematoso induzido por medicamentos: um efeito secundário da utilização a longo prazo de Rebif®. Os sintomas podem incluir dores musculares, dores e inchaço nas articulações e erupções na pele. Também poderão ocorrer outros sinais como febre, perda de peso e fadiga. Geralmente os sintomas desaparecem num período de uma a duas semanas após interrupção do tratamento.
Os efeitos colaterais apresentados a seguir foram relatados com o uso de betainterferona (frequência não conhecida):
- Tontura;
- Nervosismo;
- Perda de apetite;
- Dilatação dos vasos sanguíneos e palpitações;
- Irregularidades ou alterações no ciclo menstrual.
Caso ocorram reações adversas graves ou persistentes, a dose de Rebif® pode ser temporariamente reduzida ou o tratamento interrompido, a critério do médico.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Apresentações do Rebif
Solução injetável para uso subcutâneo
Rebif® 22 µg (6 MUI)
Seringas com 0,5 mL de solução injetável. Caixa com 12 seringas preenchidas prontas para uso.
Rebif® 44 µg (12 MUI)
Seringas com 0,5 mL de solução injetável. Caixa com 12 seringas preenchidas prontas para uso.
Uso subcutâneo.
Uso adulto e pediátrico acima de 12 anos.
Qual a composição do Rebif?
Cada seringa preenchida pronta para uso com 0,5 mL contém:
- | Rebif® 22 μg (6 MUI) |
Rebif® 44 μg (12 MUI) |
Betainterferona 1a recombinante | 22 µg |
44 µg |
Excipientes: álcool benzílico, manitol, levometionina, poloxamer 188, tampão acetato de sódio 0,01 M pH 4,2.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Rebif maior do que a recomendada?
Em caso de dose excessiva, os pacientes devem ser hospitalizados para observação e tratamento de suporte apropriado.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Rebif com outros remédios?
Informe o seu médico ou farmacêutico caso esteja utilizando, tiver utilizado recentemente ou se vier a utilizar outros medicamentos, incluindo aqueles isentos da necessidade de receita. Em particular, informe o seu médico se estiver utilizando antiepiléticos ou antidepressivos.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Rebif?
Resultados de Eficácia
Eficácia e Segurança Clínica
Os efeitos de Betainterferona 1a no tratamento da EM foram demonstrados em um estudo controlado com placebo realizado em 301 pacientes (Betainterferona 1a n=158, placebo n=143) com esclerose múltipla recorrente-remitente. Devido ao desenho do estudo os pacientes foram seguidos durante períodos de tempo variáveis. Cento e cinquenta pacientes tratados com Betainterferona 1a completaram 1 ano de estudo e 85 completaram dois anos de estudo. Neste estudo, a porcentagem acumulativa de pacientes que desenvolveram progressão da incapacidade (pela análise da tabela de vida de Kaplan-Meier) no final de dois anos foram de 35% para pacientes tratados com placebo e de 22% para pacientes tratados com Betainterferona 1a. A progressão da incapacidade correspondia a um aumento de 1,0 ponto na Expanded Disability Status Scale - EDSS (Escala Expandida do Estado de Incapacidade), mantido durante um período mínimo de seis meses. Também foi demonstrada uma redução correspondente a um terço da taxa anual de recorrências. Este último efeito clínico foi observado após um tratamento superior a um ano.
Um estudo comparativo, duplo cego randomizado, realizado com 802 pacientes com esclerose múltipla recorrente-remitente (Betainterferona 1a 30 microgramas n=402, Betainterferona 1a 60 microgramas n=400) não demonstrou diferenças estatisticamente significativas ou tendências entre as dosagens de 30 microgramas e 60 microgramas de Betainterferona 1a em parâmetros radiológicos (Ressonância Magnética Nuclear – RMN), clínico e geral.
Os efeitos de Betainterferona 1a no tratamento da EM também foram demonstrados num estudo duplo cego randomizado, realizado em 383 pacientes (Betainterferona 1a n= 193, placebo n=190) com um único evento desmielinizante associado a, pelo menos, duas lesões cerebrais com imagens de RMN compatíveis com EM. Foi observada uma redução do risco de ocorrência de um segundo evento no grupo tratado com Betainterferona 1a. Também foi observado um efeito sobre os parâmetros radiológicos através de RMN. O risco estimado de um segundo evento foi de 50% em 3 anos e de 39% em 2 anos no grupo do placebo e de 35% (3 anos) e 21% (2 anos) no grupo tratado com Betainterferona 1a. Uma análise post-hoc permitiu concluir que os pacientes em que o RMN basal revelava, pelo menos, 1 lesão realçada por Gadolínio (Gd) e 9 lesões evidenciadas em T2 apresentavam um risco de sofrer um segundo evento após 2 anos de 56% no grupo do placebo e de 21% no grupo tratado com Betainterferona 1a. Porém, o impacto de um tratamento inicial com Betainterferona 1a é desconhecido, mesmo neste grupo de alto risco, uma vez que o estudo visava principalmente avaliar o tempo decorrido até à ocorrência do segundo evento e não a evolução da doença a longo prazo. Além disso, não existe no momento uma definição perfeitamente estabelecida de um paciente de alto risco, embora uma abordagem mais conservadora considere aceitável um mínimo de 9 lesões hiperintensas em T2 no exame inicial e pelo menos 1 nova lesão evidenciada em T2 ou 1 nova lesão realçada por Gd num exame de seguimento realizado pelo menos três meses após o exame inicial. Em qualquer dos casos, o tratamento deve ser considerado para pacientes classificados como de alto risco.
Referências Bibliográficas:
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Lawrence D. Jacobs, M.D., Roy W. Beck, M.D., Ph.D., Jack H. Simon, M.D., Ph.D., R. Phillip Kinkel, M.D., Carol M. Brownscheidle, Ph.D., Thomas J. Murray, M.D., Nancy A. Simonian, M.D., Peter J. Slasor, Sc.D., Alfred W. Sandrock, M.D., Ph.D., and the CHAMPS Study Group., N Engl J Med 2000; 343:898-90, 2000 Sep 28.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Interferonas são uma família de proteínas que ocorrem naturalmente e que são produzidas por células eucarióticas em resposta a uma infecção viral e a outros indutores biológicos. As interferonas são citocinas que intervêm nas atividades antivirais, antiproliferativas e imunomoduladoras. As três formas principais de interferonas são: alfa, beta e gama. As interferonas alfa e beta são classificadas como interferonas de Tipo I enquanto que a interferona gama é classificada como uma interferona de Tipo II. Estas interferonas possuem atividades biológicas sobrepostas, mas claramente distinguíveis. Elas também podem diferir em relação aos seus locais de síntese celular.
A betainterferona é produzida por vários tipos de células, incluindo fibroblastos e macrófagos. A betainterferona natural e o Betainterferona 1a são glicosilados e têm uma única porção de carboidrato complexo de ligação-N. Sabe-se que a glicosilação de outras proteínas é conhecida por afetar sua estabilidade, atividade, biodistribuição e meiavida no sangue. Entretanto, os efeitos da betainterferona que são dependentes da glicosilação não estão completamente definidos.
Mecanismo de ação
Betainterferona 1a exerce seus efeitos biológicos ligando-se a receptores específicos na superfície das células humanas. Esta ligação inicia uma cascata complexa de eventos intracelulares que conduzem à expressão de numerosos marcadores e produtos de gene induzidos pela interferona, que incluem a Classe I do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), proteína Mx, 2’,5’ - oligoadenilato sintetase, β2 - microglobulina, e neopterina. Alguns destes produtos foram medidos no soro e em frações celulares de sangue coletado de pacientes tratados com Betainterferona 1a. Após uma única dose intramuscular de Betainterferona 1a, os níveis séricos destes produtos permanecem elevados durante um período mínimo de quatros dias e máximo de uma semana.
Não se sabe se o mecanismo de ação de Betainterferona 1a em esclerose múltipla é mediado pela mesma via dos efeitos biológicos descritos acima, pois a fisiopatologia da esclerose múltipla não está bem estabelecida.
Propriedades Farmacocinéticas
A farmacocinética de Betainterferona 1a em pacientes com esclerose múltipla não foi avaliada. Seus perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos foram investigados em indivíduos sadios após doses de 30 a 75 mcg. Os níveis séricos de Betainterferona 1a, medidos por sua atividade antiviral, foram levemente acima dos limites detectáveis após uma dose intramuscular (IM) de 30 mcg, aumentando com doses maiores.
A tabela 1 compara os parâmetros farmacocinéticos gerais depois da administração de uma dose de 60 mcg por vias intramusculares (IM) e subcutâneas (SC) em indivíduos sadios. Depois de uma dose IM, os níveis séricos de Betainterferona 1a alcançam um pico máximo entre 3 e 15 horas e logo declinam a uma velocidade coincidente com uma meia vida de eliminação de 10 horas. Os níveis séricos de Betainterferona 1a podem ser mantidos após a administração IM devido à absorção prolongada a partir do local de aplicação.
A administração SC da Betainterferona 1a não deve ser substituída pela administração IM. Tem-se observado que as administrações SC e IM não apresentam equivalência de parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos após administração em voluntários sadios.
Tabela 1 Parâmetros farmacocinéticos médios após administração de dose única de 60 mcg.
Via de administração | AUC (UI.h/mL) | Cmáx (UI/mL) |
Tmáx (intervalo) (h) |
Meia-vida de eliminação (h) |
IM | 1352 | 45 |
9,8 (3 - 15) |
10,0 |
SC | 478 | 30 |
7,8 (3 - 18) |
8,6 |
Os marcadores de resposta biológica (ex.: neopterina e ß2 - microglobulina) são induzidos pela Betainterferona 1a após a administração de doses parenterais de 15 mcg até 75 mcg em indivíduos sadios e pacientes tratados. Os níveis de marcadores de resposta biológica aumentam dentro das primeiras 12 horas após a dose e permanecem elevados por pelo menos 4 dias. Os níveis máximos de marcadores de resposta biológica são observados tipicamente 48 horas após a dose. A relação entre os níveis séricos de Betainterferona 1a ou dos níveis destes marcadores de resposta biológica induzidos para os mecanismos pelos quais Betainterferona 1a exerce seus efeitos na esclerose múltipla é desconhecida.
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Consulta também a Bula do Betainterferona 1a
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Dezembro de 2024.
Rebif 22mcg/mL, caixa com 12 seringas preenchidas com 0,5mL de solução de uso subcutâneo
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