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Bula do Tinidazol EMS

Princípio Ativo: Tinidazol

Classe Terapêutica: Tricomonicidas Sistêmicos

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 6 de Outubro de 2023.

Tinidazol EMS, para o que é indicado e para o que serve?

O Tinidazol é um medicamento indicado para a prevenção de infecções após cirurgias causadas por bactérias anaeróbias (que não precisam de oxigênio para sobreviver) e para o tratamento de diversas infecções causadas por bactérias sensíveis ao tinidazol, tais como:

  • Vaginite inespecífica (infecção da vagina causada por microorganismos, principalmente a Gardnerella vaginallis e micoplasmas);
  • Tricomoníase urogenital masculina e feminina (doença sexualmente transmissível, causada pelo Trichomonas vaginalis que pode causar corrimento de cor verde-amarelada e odor desagradável);
  • Giardíase (infecção intestinal causada pela Giardia lamblia, que pode levar a diarreia, dor abdominal, náuseas - enjoos e vômitos);
  • Amebíase intestinal (infecção intestinal causada pela Entamoeba histolytica que pode levar a diarreia) e amebíase extra intestinal (infecção causada pela Entamoeba histolytica em órgãos que não são o intestino), especialmente abscesso hepático (cavidade com pus em seu interior no fígado) amebiano;
  • Infecções intraperitoneais (dentro do peritônio – o peritônio é uma membrana que recobre os órgãos dentro do abdome) como peritonite (infecção da membrana do peritônio) e abscessos (cavidades com pus no seu interior);
  • Infecções ginecológicas como endometrite (infecção do endométrio – camada interna do útero), endomiometrite (infecção do endométrio e do miométrio – camada muscular na região intermediária da parede do útero), abscesso tubo-ovariano (cavidade com pus no seu interior na tuba uterina e no ovário);
  • Septicemia bacteriana (infecção generalizada causada por bactérias);
  • Infecções de cicatrizes no pós-operatório;
  • Infecções da pele e tecidos moles (pele, músculos, tendões, ligamentos, gordura);
  • Infecções do trato respiratório superior (parte do trato respiratório que vai do nariz até a traqueia, englobando garganta) e inferior (brônquios e pulmão), pneumonia, empiema (acúmulo de pus dentro de uma cavidade natural, por ex. empiema pleural – acúmulo de pus entre os pulmões e a parede do tórax);
  • Abscesso pulmonar (cavidade com pus no seu interior nos pulmões).

Como o Tinidazol - EMS funciona?


O tinidazol é um medicamento que age contra alguns tipos de microorganismos (bactérias e protozoários), através da penetração dessa substância no interior da célula (“corpo” do microorganismo) destruindo a mesma ou impedindo sua multiplicação.

O tempo médio estimado de início de ação do medicamento é de 2 horas.

Quais as contraindicações do Tinidazol EMS?

O tinidazol não deve ser utilizado por mulheres no primeiro trimestre (do 1º ao 3º mês) da gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término.

O tinidazol não deve ser utilizado por mulheres que estejam amamentando.

Informe ao seu médico se estiver amamentando.

O tinidazol não deve ser utilizado por pacientes que apresentaram ou ainda apresentam discrasias sanguíneas (alterações dos componentes do sangue), doenças neurológicas e por pacientes com história de hipersensibilidade (alergia) ao tinidazol, outros derivados de 5-nitroimidazol ou a qualquer componente da fórmula.

Como usar o Tinidazol EMS?

Recomenda-se tomar o tinidazol durante ou após as refeições.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Posologia do Tinidazol - EMS


A dose de tinidazol depende da patologia (doença) que está sendo tratada.

Profilaxia (prevenção)

Prevenção de infecções pós-operatórias: Dose única de 2 g, cerca de 12 horas antes da cirurgia.

Tratamento

Infecções anaeróbias (causadas por bactérias anaeróbias, aquelas que não precisam de oxigênio para sobreviver)

Dose inicial de 2 g no primeiro dia, seguida de 1 g/dia em dose única, ou 500 mg duas vezes ao dia.

A duração do tratamento de 5 a 6 dias é geralmente adequada, no entanto, de acordo com o critério médico, a duração da terapêutica poderá variar, particularmente quando a erradicação (eliminação) da infecção em certas áreas for mais difícil. Sempre siga as recomendações do seu médico.

A observação clínica e laboratorial regular é recomendada e considerada necessária quando a terapia durar mais de 7 dias.

Vaginite inespecífica

É tratada com sucesso com dose única oral de 2 g. Maiores taxas de cura são obtidas com doses únicas diárias de 2 g durante 2 dias consecutivos (dose total de 4 g).

Tricomoníase urogenital

Dose oral única de 2 g. Quando a infecção por Trichomonas vaginalis for confirmada, é recomendado tratamento simultâneo do parceiro sexual.

Giardíase

Dose oral única de 2 g.

Amebíase intestinal

Dose oral única diária de 2 g por 2 a 3 dias. Ocasionalmente, quando as três doses únicas diárias forem ineficientes, o tratamento pode ser continuado por até 6 dias.

Amebíase extra intestinal

Dose única diária de 2 g durante 3 dias consecutivos.

Em casos de abscesso hepático amebiano (cavidade com pus no seu interior, no fígado, causada pela Entamoeba histolytica) pode ser necessária a aspiração do pus, além do tratamento com o tinidazol. A dosagem total varia de 4,5 a 12 g, dependendo da virulência (agressividade) da Entamoeba histolytica.

O tratamento deve ser iniciado com dose oral única diária de 1,5 a 2 g durante 3 dias. Ocasionalmente, quando as três doses únicas diárias forem ineficientes, o tratamento pode ser continuado por até 6 dias.

Uso na Insuficiência Renal (diminuição da função dos rins)

O ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal (falência da função dos rins) geralmente não é necessário.

No entanto, pelo tinidazol ser facilmente removido por hemodiálise (procedimento de filtragem mecânica do sangue que simula os rins), os pacientes podem necessitar de uma dose adicional de tinidazol para compensar.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Tinidazol - EMS?


Caso você esqueça de tomar o Tinidazol no horário estabelecido pelo seu médico, tome-o assim que lembrar.

Entretanto, se já estiver perto do horário de tomar a próxima dose, pule a dose esquecida e tome a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo seu médico. Neste caso, não tome o medicamento duas vezes para compensar doses esquecidas.

O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Tinidazol EMS?

O uso do tinidazol junto com bebidas alcoólicas pode levar ao aparecimento de cólicas abdominais, rubor (vermelhidão na pele), vômito e taquicardia (aceleração dos batimentos do coração). Recomenda-se não tomar bebidas alcoólicas durante o tratamento e 72 horas após o término do tratamento com o tinidazol.

Capacidade de dirigir e usar máquinas

Não foi estudado o efeito do tinidazol na habilidade de dirigir e usar máquinas. Não existe evidência que sugira que o tinidazol possa afetar estas habilidades.

Caso ocorram reações tais como, tontura, vertigem e ataxia (falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio), neuropatia periférica (alteração da sensibilidade) e raramente convulsões ou qualquer reação neurológica anormal, o tratamento deverá ser descontinuado e o médico informado imediatamente.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Tinidazol EMS?

As categorias de frequência são definidas como:

  • Comuns (ocorre de ≥ 1% à < 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Desconhecidas (não podem ser estimadas a partir dos dados disponíveis).
Classe de sistema de órgãos Categoria de frequência Reações adversas
Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo Desconhecidas Leucopenia (redução do número de células brancas de defesa do sangue chamadas de leucócitos) transitória
Sistema imunológico Desconhecidas Alergia (hipersensibilidade a medicamentos)
Distúrbios de nutrição e metabolismo Comuns Diminuição do apetite
Distúrbios do sistema nervoso Comuns Cefaleia (dor de cabeça)
Desconhecidas Convulsão (raro), neuropatia periférica (alteração da condução da informação através dos nervos), parestesia (sensibilidade alterada aos estímulos externos – tato, calor, etc), hipoestesia (redução da sensibilidade), distúrbios sensoriais (alteração da sensibilidade), ataxia (falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio), tontura e disgeusia (alteração do gosto de alimentos)
Distúrbios do labirinto e ouvido Comuns Vertigem (sensação de que o corpo está girando)
Distúrbios vasculares Desconhecidas Rubor (vermelhidão da pele)
Distúrbios gastrintestinais Comuns Vômito, diarreia, náusea (enjoo) e dor abdominal
Desconhecidas Glossite (inchaço da língua), estomatite (inflamação da boca como, por exemplo, aftas) e descoloração da língua (alteração na cor da língua)
Distúrbios do tecido subcutâneo e pele Comuns Dermatite alérgica (área na pele pode apresentar inchaço, coceira e cor avermelhada) e prurido (coceira)
Desconhecidas Angioedema (inchaço das partes mais profundas da pele ou da mucosa, geralmente de origem alérgica), urticária (lesões alérgicas na pele geralmente avermelhadas, elevadas que coçam muito)
Distúrbios urinários e renais Desconhecidas Cromatúria (coloração alterada da urina)
Distúrbios gerais Desconhecidas Febre e fadiga (cansaço)

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

População Especial do Tinidazol EMS

Gravidez e lactação

Não há estudos adequados sobre o efeito do tinidazol no desenvolvimento do feto (bebê) nos primeiros 3 meses de gravidez, mas é conhecido que o tinidazol atravessa a placenta. Uma vez que os efeitos de compostos desta classe no desenvolvimento fetal ainda não são definitivamente conhecidos, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Embora não existam evidências de que o tinidazol seja prejudicial durante os últimos estágios da gravidez, seu uso nos dois últimos trimestres requer que o médico avalie os potenciais benefícios do tratamento contra os possíveis riscos para a mãe e para o feto. Comunique ao seu médico se estiver grávida.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Qual a composição do Tinidazol EMS?

Cada comprimido revestido contém:

Tinidazol 500 mg
Excipiente 1 comprimido revestido

Excipientes: amido de milho pré-gelatinizado, crospovidona, estearato de magnésio, povidona, celulose microcristalina, hipromelose + macrogol, dióxido de titânio.

Apresentação do Tinidazol - EMS


Comprimidos revestidos de 500 mg em embalagens contendo 4 ou 8 comprimidos revestidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Tinidazol EMS maior do que a recomendada?

Há poucos relatos de superdose em humanos com o tinidazol. Se ocorrer superdose, procure um médico imediatamente. Não há antídoto específico para o tratamento da superdose com o tinidazol.

O tratamento é sintomático e de suporte. Pode ser útil lavagem gástrica. O tinidazol é facilmente dialisável (retirado do organismo através de diálise, procedimento mecânico que faz a filtragem do sangue).

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Tinidazol EMS com outros remédios?

Sempre avise ao seu médico sobre todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova. O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação medicamentosa.

O tinidazol pode interagir com anticoagulantes (remédios que reduzem a capacidade do sangue coagular) potencializando os efeitos destes medicamentos e com dissulfiram (medicamento usado para evitar o uso de álcool etílico) causando confusão e delírios.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Tinidazol EMS?

Resultados de Eficácia


O Tinidazol apresenta eficácia no tratamento da amebíase causada pela Entamoeba histolytica.

O Tinidazol mostrou eficácia no tratamento de 18 de 20 pacientes com abscesso amebiano no fígado que apresentaram cura sem eventos adversos sérios.

A eficácia de Tinidazol foi demonstrada em estudos randomizados controlados por placebo no tratamento das vaginoses bacterianas.

O Tinidazol mostrou eficácia no tratamento de pacientes com giardíase em estudos comparativos com placebo.

A porcentagem de cura para vaginite inespecífica e tricomoníase urogenital é de 95%, para giardíase é de 92,8%, para amebíase intestinal é de 96,5% e para abscesso hepático amebiano é de 96%.

Referências Bibliográficas

1. Scragg, J. N.; Rubidge, C. J. & Proctor, E. M. Tinidazole in treatment of acute amoebic dysentery in children. Arch Dis Childhood, v. 51 p. 385-387, 1976.
2. Abiose, P. A.; Olupitan, S. B. & Yousuf, M. Tinidazole in the treatment of amoebic liver abscess. Curr Ther Res, v. 20 p. 32-35, 1976.
3. Carmona, O.; Silva, H. & Acosta, H. Vaginitis due to Gardnerella vaginalis treatment with tinidazole. Curr Ther Res, a v. 33 p. 898-904, 1983.
4. Ekgren, J.; Norling, B. K.; & Degre, M. Comparison of tinidazole given as a single dose and on 2 consecutive days for the treatment of nonspecific bacterial vaginosis. Gynecol Obstet Invest, v. 26 p. 313-317, 1988.
5. Masry, Nae.; Farid, Z.; & Miner, F. Treatment of giardiasis with tinidazole. Am J Trop Med Hyg, v. 27, p. 201-202, 1978.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

O Tinidazol é um derivado de 5-nitroimidazol de um composto imidazólico substituído e possui atividade antimicrobiana contra bactérias anaeróbias e protozoários. Acredita-se que o mecanismo de ação do Tinidazol contra bactérias anaeróbias e protozoários envolve a penetração do fármaco no interior da célula do microrganismo com subsequente destruição da cadeia de DNA ou inibição de sua síntese.

O Tinidazol é ativo contra protozoários e bactérias anaeróbias obrigatórias. A atividade contra protozoários inclui Trichomonas vaginalis, Entamoeba histolytica e Giardia lamblia.

O Tinidazol é ativo contra Gardnerella vaginalis e a maioria das bactérias anaeróbias incluindo: Bacteroides fragilis, Bacteroides melaninogenicus, Bacteroides spp., Clostridium spp., Eubacterium spp., Fusobacterium spp., Peptococcus spp., Peptostreptococcus spp. e Veillonella spp.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção

O Tinidazol é rápida e completamente absorvido após administração oral. A absorção sistêmica da forma farmacêutica vaginal é mínima em 10% quando comparado com a administração oral. Em estudos em voluntários sadios recebendo 2 g de Tinidazol oral, foram alcançados níveis de pico plasmático de 40-51 mcg/mL dentro de 2 horas e diminuíram para 11-19 mcg/mL em 24 horas.

Voluntários sadios que receberam 800 mg e 1600 mg de Tinidazol intravenoso durante 10-15 minutos, alcançaram concentrações de picos plasmáticos entre 14 a 21 mcg/mL para a dose de 800 mg e uma média de 32 mcg/mL para a dose de 1600 mg. Após 24 horas da infusão, níveis plasmáticos de Tinidazol diminuíram para 4 a 5 mcg/mL e 8,6 mcg/mL, respectivamente, justificando a posologia de dose única diária.

Os níveis plasmáticos diminuem lentamente e o Tinidazol pode ser detectado no plasma em concentrações de 0,5 mcg/mL 72 horas após infusão e até 1 mcg/mL 72 horas após administração oral. A meia-vida de eliminação plasmática de Tinidazol está entre 12-14 horas.

Distribuição

O Tinidazol é amplamente distribuído em todos os tecidos corporais e atravessa a barreira encefálica, obtendo concentrações clinicamente eficazes em todos os tecidos. O volume aparente de distribuição é de aproximadamente 50 litros. Cerca de 12% de Tinidazol plasmático está ligado a proteínas plasmáticas.

Eliminação

O Tinidazol é excretado pelo fígado e rins. Estudos em voluntários sadios demonstraram que após 5 dias, 60 a 65% de uma dose administrada é excretada pelos rins, sendo 20 a 25% da dose excretada como fármaco inalterado. Até 5% da dose administrada é excretada nas fezes.

Estudos em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 22 mL/min) indicam que não existe alteração estatisticamente significante nos parâmetros farmacocinéticos de Tinidazol nestes pacientes.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Toxicidade de dose repetida

Um estudo de toxicologia de dose repetida foi realizado em cães beagle usando dosagem oral de Tinidazol a 100 mg/kg/dia, 300 mg/kg/dia e 1000 mg/kg/dia por 28 dias. No dia 18 do estudo, a dose mais elevada foi reduzida para 600 mg/kg/dia devido a sinais clínicos graves. Os dois efeitos relacionados com o composto observados nos cães tratados com Tinidazol foram aumento da atrofia do timo em ambos os sexos a médias e altas doses, e atrofia da próstata em todas as doses nos machos. Foi determinado um nível de efeito adverso não observado (NOAEL) de 100 mg/kg/dia para as fêmeas. Não foi identificado NOAEL para os homens devido à atrofia mínima da próstata a 100 mg/kg/dia (aproximadamente 0,9 vezes a dose humana mais elevada com base nas comparações da AUC plasmáticas).

Mutagenicidade/carcinogenicidade

O Tinidazol mostrou alguma evidência de potencial mutagênico. Em um ensaio de mutagenicidade in vitro, o Tinidazol foi mutagênico em TA 100, teste de cepa S. typhimurium com e sem o sistema de ativação metabólica.

O Tinidazol foi negativo para mutagenicidade em um sistema de cultura de células de mamíferos utilizando células pulmonares de hamster chinês V79 (HGPRT sistema de teste) e negativo para genotoxicidade no ovário de hamster chinês (CHO) teste de troca de cromátides irmãs. O Tinidazol foi positivo para genotoxicidade in vivo no teste de micronúcleo do rato.

Os estudos de carcinogenicidade do Tinidazol em ratos, camundongos ou hamsters não foram relatados. No entanto, o metronidazol, um nitroimidazol quimicamente relacionado, tem sido relatado como carcinogênico em camundongos e ratos, mas não em hamsters. Em vários estudos, o metronidazol mostrou evidência de tumorigênese pulmonar, hepática e linfática em camundongos e tumores mamários e hepáticos em ratas.

Toxicidade reprodutiva

O Tinidazol não causou malformações em camundongos ou ratos. Um estudo de toxicidade de desenvolvimento embrionário-fetal em camundongas grávidas não indicou toxicidade embriofetal no nível de dose mais elevado de 2.500 mg/kg (aproximadamente 6 vezes a dose terapêutica humana mais elevada com base nas conversões da área de superfície corporal). Num estudo de toxicidade de desenvolvimento embrio-fetal em ratas grávidas, observou-se uma viabilidade embrio-fetal reduzida a 500 e 2000 mg/kg/dia e observou-se atraso de crescimento (redução do peso fetal e aumento das variações esqueléticas) a 500 mg/kg/dia (aproximadamente 2 vezes a dose terapêutica humana mais alta com base nas conversões da área de superfície corporal). Num estudo de toxicidade de desenvolvimento em ratas prenhes com doses de GD 1-21 as quais foram permitidas parir e criar sua prole, foi observada uma maior incidência de mortalidade fetal a 600 mg/kg; o NOAEL para toxicidade no desenvolvimento foi de 300 mg/kg.

Num estudo de fertilidade masculina em ratos tratados com Tinidazol, a fertilidade masculina foi reduzida para 600 mg/kg/dia. A degeneração dos túbulos seminíferos nos testículos nos testes com efeitos correspondentes nas medidas espermatogênicas foi observada nos níveis de dose de 300 e 600 mg/kg/dia. O NOAEL para efeitos testiculares e espermatogênicos foi de 100 mg/kg/dia (aproximadamente 0,5 vezes a dose terapêutica humana mais elevada com base nas conversões da área de superfície corporal). Em outro estudo de fertilidade, observouse uma redução da fertilidade em ratos a 300 mg/kg/dia e em ratas a 150 e 300 mg/kg/dia após 20 dias de administração da dose.

Como devo armazenar o Tinidazol EMS?

O tinidazol comprimidos revestidos deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do produto

Comprimidos revestidos na cor branca, circular e biconvexo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Tinidazol EMS

Registro MS N° 1.0235.0820

Farmacêutico Responsável:
Dr. Ronoel Caza de Dio
CRF-SP n° 19.710

EMS S/A
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, km 08
Bairro Chácara Assay
CEP 13186-901 - Hortolândia/SP
CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Tinidazol


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Outubro de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 6 de Outubro de 2023.

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