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Bula do Anemifer

Anemifer® é indicado como auxiliar nas anemias carenciais.

O Anemifer® apresenta como princípio ativo, o sulfato ferroso, que irá fornecer ao organismo uma suplementação dos íons férricos para auxiliar na deficiência de ferro como um antianêmico.

Drágea

Este medicamento é contraindicado para uso em pacientes com hipersensibilidade (alergia) aos sais de ferro ou a qualquer um dos componentes do produto.

Pacientes que recebem transfusão de sangue repetida ou com anemia não causada por deficiência de ferro.

Pacientes alcoolistas, pois há um aumento da toxicidade do ferro.

Pacientes com hepatite ou disfunção hepática, pois levam ao acúmulo de ferro.

Pacientes com úlcera péptica, pois há um agravamento após a administração oral.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos de idade.

Gotas / Xarope

O medicamento é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade (alergia) aos sais de ferro ou a qualquer um dos componentes da fórmula, não deve ser administrado por pacientes em tratamento de anemia hemolítica, em pacientes recebendo transfusão sanguínea e em uso de ferro por via parenteral. Este medicamento não deve ser utilizado por pacientes com hepatite ou disfunção hepática, úlcera péptica; gástrica ou duodenal, hemossiderose (doença em que ocorre depósito de ferro nos tecidos devido ao seu excesso no organismo), talassemias (distúrbio sanguíneo hereditário que causa anemia) e por pacientes alcoolistas, pois há um aumento da toxicidade do ferro.

Exclusivo Xarope: Este medicamento é contraindicado para menores de 1 ano.

Drágea

Ingerir Anemifer® drágea uma hora antes ou duas horas após uma das principais refeições, de preferência com alimentos ou bebidas ácidas, os quais atuam diminuindo o pH estomacal e facilitando a absorção do ferro.

Considerando-se o limite máximo de 65 mg ao dia.

Adulto

  • Ingerir 1 drágea ao dia.

Seguir esquema conforme tabela abaixo, respeitando limites estabelecidos (doses superiores às recomendadas devem ser tomadas somente com indicação médica):

Anemifer® drágea Posologia diária recomendada IDR* %IDR
Adultos 60 mg (1 drágea) 14 mg 428,57%

*IDR – Ingestão Diária Recomendada, conforme a RDC 269/05 – ANVISA.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Siga corretamente o modo de usar. Em casos de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

Gotas

Ingerir Anemifer® solução oral (gotas), por via oral, uma hora antes ou duas horas após uma das principais refeições, de preferência com alimentos ou bebidas ácidas, os quais atuam diminuindo o pH estomacal facilitando a absorção do ferro.

Lactentes

  • Administrar ao lactente 2 gotas/Kg peso corporal ao dia.
  • Não ultrapassar o limite de 21 gotas ao dia (14,91 mg de ferro elementar) ou a critério médico.

Crianças

  • Administrar à criança 2 gotas/Kg peso corporal ao dia.
  • Não ultrapassar o limite de 70 gotas ao dia (49,70 mg de ferro elementar) ou a critério médico.

Adultos

  • Ingerir de 20 a 91 gotas ao dia (14,20 mg a 64,61 mg de ferro elementar) ou a critério médico.

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

Xarope

Ingerir Anemifer® xarope, por via oral, uma hora antes ou duas horas após uma das principais refeições, de preferência com alimentos ou bebidas ácidas, os quais atuam diminuindo o pH estomacal facilitando a absorção do ferro.

Crianças (maiores de 1 ano)

  • 1 colher de chá (5 mL - equivalente a 50 mg de ferro elementar) ao dia. Não ultrapassar este limite.

Adultos

  • Ingerir 1 colher de chá (5 mL - equivalente a 50 mg de ferro elementar) ao dia. Não ultrapassar este limite.

Siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

Caso haja esquecimento da ingestão de uma dose deste medicamento, retome a posologia prescrita sem a necessidade de suplementação.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Os sais de ferro devem ser administrados com cautela a pacientes com doenças que interferem na absorção ou armazenamento de ferro, hemoglobinopatias ou doenças gastrintestinais extensas.

O sangramento do trato gastrintestinal também pode escurecer as fezes e frequentemente é acompanhado de outros sintomas:

  • Listras vermelhas nas fezes, câimbras, dores de estômago, ou na região abdominal.

Nestes casos a atenção do médico é necessária para avaliar a causa.

Não administrar por períodos prolongados (mais que 6 meses) e em doses acima das recomendadas, exceto por recomendação médica.

Exclusivo Drágea: Evitar o uso regular de grandes quantidades de suplementos de ferro, várias vezes por dia e por mais que um período de 6 meses, sem prescrição médica. Para o teste de ortotoluidina, a presença de ferro pode levar a um resultado falso positivo. Para determinação da concentração de bilirrubina sérica, a presença de ferro pode levar a valores elevados falsos. Para teste de glicose oxidada, a presença de ferro leva a resultados falso-negativos.

Pacientes Idosos

Alguns pacientes idosos podem requerer uma ingestão de ferro maior que a normal para corrigir uma deficiência do mesmo, devido a sua capacidade para absorver ferro estar diminuída, pela redução de secreções gástricas (secreções do estômago).

Gravidez

No 1º trimestre de gestação, a ingestão de ferro necessária para o organismo é obtida através de uma dieta adequada, entretanto, no 2º e 3º trimestres, o organismo necessita de uma quantidade superior de ferro, devendo a gestante fazer uso de um suplemento de ferro para suprir a carência desta vitamina no organismo.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.

Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Durante o tratamento, embora raramente, podem surgir reações adversas características como diarreia, náusea, vômito e constipação podem ocorrer. Além disso, pode ocorrer o escurecimento das fezes.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de atendimento.

Não use este medicamento se você tem problemas gastrointestinais.

Drágea 190 mg de sulfato ferroso (60 mg de ferro elementar)

Embalagem contendo 50 drágeas.

Uso oral.

Uso adulto.

Solução oral (gotas) de 125 mg/mL de sulfato ferroso heptaidratado (25 mg/mL de ferro elementar)

Em embalagem contendo frasco plástico com 30 mL.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico.

Xarope de 50 mg/mL de sulfato ferroso heptaidratado (10 mg/mL de ferro elementar)

Em embalagem contendo frasco plástico âmbar com 100 mL.

Uso oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 1 ano.

Cada drágea contém:

Sulfato ferroso 190 mg (correspondente a 60mg de ferro elementar por drágea)
Excipientes q.s.p 1 drágea

Excipientes: manitol, maltodextrina, povidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, goma laca, talco, sacarose, goma arábica, gelatina, macrogol, corante eritrosina, dióxido de titânio, carbonato de cálcio, cera de abelha, cera de carnaúba, clorofórmio.

Cada mL da solução oral (gotas) contém:

Sulfato ferroso heptaidratado 125 mg (Equivalente a 25 mg/mL de ferro elementar)
Veículo q.s.p 1 mL

Veículo: ácido cítrico, metilparabeno, propilparabeno, sorbitol, propilenoglicol, aroma de amora, sacarose, corante amarelo crepúsculo e água purificada.

Cada mL de Anemifer® equivale a aproximadamente 35 gotas e 1 gota equivale a aproximadamente 0,71 mg de ferro elementar.

Cada mL do xarope contém:

Sulfato ferroso heptaidratado 50 mg (Equivalente a 10 mg/mL de ferro elementar)
Excipientes q.s.p 1 mL

Excipientes: ácido cítrico, metilparabeno, propilparabeno, propilenoglicol, aroma de amora, sacarose, sorbitol, corante amarelo crepúsculo e água purificada.

No caso de superdosagem procure atendimento médico imediatamente.

Os sinais e sintomas de intoxicação são:

  • Diarreia algumas vezes contendo sangue, náusea severa, febre, dor estomacal e vômitos algumas vezes também com presença de sangue.

O atendimento hospitalar pode ser fundamental para melhora do quadro de superdosagem, pois poderá ser feito uma dosagem da quantidade de ferro presente no sangue e determinar o melhor tratamento. Desidratação e manutenção do equilíbrio eletrolítico devem ser tratadas de modo convencional.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico, e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Drágea

Álcool

  • A utilização de ambos por períodos prolongados pode levar a um aumento da absorção, levando a toxicidade.

Antiácidos, suplementos de cálcio, café, ovos, alimentos contendo bicarbonato, carboidratos e oxalatos, leites e derivados do leite, chás contendo taninos

  • Podem levar a uma diminuição da absorção de íons férricos devido à formação de complexos menos solúveis sendo indicada a suplementação com ferro 1 hora antes ou 2 horas após.

Fluoroquinolonas

  • Pode levar a redução da absorção de fluoroquinolonas, devido ao efeito quelante. Devendo, desta forma, fazer o uso da suplementação duas horas antes ou depois de administração.

Tetraciclina oral diminui a biodisponibilidade, portanto deve-se tomar o suplemento duas horas após a tetraciclina.

O ácido ascórbico (Vitamina C) aumenta a absorção de ferro medicinal em pelo menos 30%. No entanto, essa maior absorção está associada a um aumento da incidência de efeitos colaterais.

Para o teste de ortoluidina, a presença de ferro pode levar a um resultado falso positivo.

Para determinação de concentração de bilirrubina sérica, a presença de ferro pode levar a valores elevados e falsos.

Para teste de glicose oxidada, a presença de ferro pode levar a resultado falso negativo.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Gotas / Xarope

Interação medicamento-medicamento

O uso concomitante do produto com antiácidos, com suplementos à base de cálcio e com medicamentos contendo em sua composição carbonatos, bicarbonatos, fosfatos ou oxalatos podem inteferir na absorção dos íons férricos, recomenda-se a suplementação com ferro 1 hora antes ou 2 horas após o uso desses medicamentos.

Fluoroquinolonas

O ferro presente no medicamento pode levar a redução da absorção de fluoroquinolonas, devido ao efeito quelante, para evitar essa interação, fazer a suplementação com intervalo de duas horas antes ou depois da ingestão de fluoroquinolonas.

Tetraciclinas

O ferro provoca a redução dos efeitos terapêuticos das tetraciclinas de uso oral. As doses de tetraciclinas devem ser administradas 2 horas após o uso do produto.

Vitamina C

S vitamina C aumenta a absorção de ferro medicinal em pelo menos 30%. No entanto, essa maior absorção está associada a um aumento da incidência de efeitos colaterais.

Interação medicamento-substância química

  • Álcool: o uso concomitante por períodos prolongados pode provocar intoxicações.

Interação medicamento-exame laboratoriais

O teste de ortoluidina com a presença de suplementos à base de ferro pode levar a um resultado falso positivo. A concentração plasmática de bilirrubina pode apresentar falsos valores elevados e a concentração plasmática de cálcio falsamente diminuídos. E o sulfato ferroso pode levar a um resultado negativo o teste de glicose oxidada. Sugere-se interromper o uso do produto alguns dias antes de realizar estes exames.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Resultados de Eficácia


Comprimido

Um estudo foi desenvolvido no Centro de Atenção à Mulher do Instituto Materno Infantil de Pernambuco, para avaliar a efetividade de três esquemas de tratamento utilizando Sulfato Ferroso em gestantes anêmicas. Esse estudo foi em Recife, no período de maio de 2000 a dezembro de 2001. O ensaio clínico foi aleatório e cego do ponto de vista laboratorial, utilizando comprimidos de Sulfato Ferroso para administração de 60 mg de ferro elementar. As gestantes foram alocadas em três grupos de tratamento, conforme a frequência de administração do ferro: uma vez por semana (n =48); duas vezes por semana (n =53); e uma vez ao dia (n =49). Foram comparadas as concentrações de hemoglobina, volume corpuscular médio e ferritina.(1)

Antes da intervenção, os grupos eram homogêneos e apresentaram as seguintes médias e desvios-padrão nas concentrações de hemoglobina: 10,2 ± 0,5 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso uma vez por semana; 10,2 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso duas vezes por semana; e 10,1 ± 0,6 g/dL para o grupo que recebeu Sulfato Ferroso uma vez ao dia. As médias de volume corpuscular médio foram, respectivamente: 88,5 ± 5,0; 87,6 ± 5,9; e 88,7 ± 5,1 fL. As medianas de ferritina foram 30,2; 37,1; e 52,9 ng/mL. Houve 27% de cura no esquema de uma vez por semana, 34% no grupo tratado duas vezes por semana e 47% no tratamento diário. Abandono do tratamento por queixa de diarréia ou dor epigástrica só foi observado no tratamento diário.(1)

Em conclusão, o tratamento diário com Sulfato Ferroso continua sendo o mais eficaz.

Contudo, o tratamento com Sulfato Ferroso duas vezes por semana é uma alternativa em caso de dificuldade de adesão ao tratamento diário.(1)

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. & Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(2)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Para gestantes em áreas de baixa prevalência de anemia (Hb < 11 g/dl em menos de 20% das gestantes na segunda metade da gravidez), a dose preconizada pela OMS é de um comprimido de 60 mg de ferro elementar por dia. A suplementação deve ocorrer principalmente durante a segunda metade da gravidez.(2)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(2)

Um estudo foi realizado para determinar se a suplementação de ferro podia prevenir decréscimos no status de ferro e melhorar as medidas de desempenho físico e estado cognitivo em soldados mulheres durante o treinamento básico de combate (TBC). No estudo de 8 semanas randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, os soldados voluntários (n = 219) receberam cápsulas contendo 100 mg de sulfato de ferro (correspondente a 15 ± 0,2 mg de ferro elementar) ou placebo. Ensaios indicadores do status de ferro foram realizados pré e pós- treinamento básico de combate. O tempo de execução de duas milhas foi avaliado pós-treinamento básico de combate. O humor foi avaliado através de um questionário, Perfil dos Estados de Humor, pré e póstreinamento básico de combate.(3)

A participação no curso de treinamento básico de combate (TBC) teve efeito sobre o nível de ferro, como mostrado pela elevação do RDW (índice que indica a variação de tamanho das hemácias) - P <0,05 e do sTfR ( Receptor solúvel de tranferrina) - P <0,05. O RDW no grupo placebo aumentou de 16.1 ± 1.5 % para 16.8 ± 1.5 % e no grupo do ferro de 16.1 ± 1.6 % para 16.9 ± 1.6 %. O sTfR no grupo placebo aumentou de 21.8 ± 8.0 nmol/L para 27.2 ± 10.5 nmol/L e no grupo do ferro de 21.4 ± 9.0 nmol/L para 23.6 ± 9.6 nmol/L. A ferritina sérica foi reduzida (P <0,05) pós-TBC, porém a suplementação com ferro atenuou essa queda, pois no grupo placebo, os valores de ferritina eram 39.6 ± 30.7 ng/mL e diminuiram para 26.0 ± 18.3 ng/mL e no grupo tratado com ferro eram de 37.0 ± 29.4 ng/mL e dimuiram para 32.0 ± 22.1 ng/mL.(3) Em voluntários com ADF (Anemia por Deficiência de Ferro) no início da TBC, o tratamento com ferro teve um efeito benéfico, porque o tempo de execução médio foi de 110s mais rápido (P <0,001) no final do TBC no grupo tratado com ferro em comparação com os voluntários tratados com placebo (1081 ± 125s em comparação com 1191 ± 96s). A suplementação com ferro resultou em melhora (P <0,05) no vigor, de 10.8 ± 4.9 antes do tratamento para 13.1 ± 6.3 após o tratamento, sobre o Perfil dos Estados de Humor pós – TBC.(3)

Em conclusão, a suplementação com ferro atenuou o decréscimo nos indicadores do estado nutricional de ferro nos voluntários. Além disso, a suplementação de ferro mostrou-se ser benéfica para o humor e a performance física.(3)

Referências:

(1) Souza A. I. et al. Efetividade de três esquemas com Sulfato Ferroso para tratamento de anemia em gestantes. Rev Panam Salud Publica vol.15 no.5 Washington May 2004.
(2) Cardoso, M. A. & Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) McClung J. P. et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled trial of iron supplementation in female soldiers during military training: effects on iron status, physical performance, and mood. Am J Clin Nutr. 2009 Jul;90(1):124-31. Epub 2009 May 27. PMID: 19474138 [PubMed - indexed for MEDLINE].

Gotas

Um ensaio de campo randomizado, com crianças de 6 a 12 meses de idade, foi realizado com o objetivo de avaliar a efetividade da suplementação universal profilática com Sulfato Ferroso, em administração diária ou semanal, na prevenção da anemia em lactentes. As crianças foram atendidas em unidades básicas de saúde do município do Rio de Janeiro, em 2004-2005. Foram formadas três coortes concorrentes com suplementação universal com Sulfato Ferroso com grupos: diário (n=150; 12,5mg Fe/dia), semanal (n=147; 25mgFe/semana) e controle (n=94). A intervenção durou 24 semanas e foi acompanhada por ações educativas promotoras de adesão. A concentração de hemoglobina sérica foi analisada segundo sua distribuição, média e prevalência de anemia (Hb<110,0 g/L) aos 12 meses de idade. A avaliação da efetividade foi realizada segundo intenção de tratar e adesão ao protocolo, utilizando-se análises de regressão múltipla (linear e de Poisson).(1)

Os grupos mostraram-se homogêneos quanto às variáveis de caracterização. A intervenção foi operacionalizada com sucesso, com elevada adesão ao protocolo em ambos os grupos expostos a ela, sem diferença estatística entre eles. Após ajuste, somente o esquema diário apresentou efeito protetor. Na análise por adesão, o esquema diário apresentou evidente efeito dose-resposta para média de hemoglobina sérica e prevalência de anemia, não sendo observado nenhum efeito protetor do esquema semanal.(1)

Portanto, apenas o esquema diário de suplementação universal com Sulfato Ferroso dos 6 aos 12 meses de idade foi efetivo em aumentar a concentração de hemoglobina sérica e em reduzir o risco de anemia. (1) 

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. & Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(2)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Crianças com baixo peso ao nascer (< 2,5 kg) apresentam velocidade de crescimento pós-natal maior; por isso, recomenda-se 2 mg de ferro elementar/kg de peso/dia a partir do segundo mês de idade. Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da criança.(2)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(2)

Um estudo foi realizado com o objetivo de determinar a situação de ferro das crianças que consumiam mingau cozido em água com adição de Sulfato Ferroso. Um total de 234 crianças, com idades entre 6-12 meses, foram recrutados na República Popular Democrática da Coreia (RPDC Coreia do Norte) e divididos aleatoriamente em grupo ferro (Fe) e grupo placebo. No início do estudo, não havia diferenças significativas entre os dois grupos no que diz respeito à concentração de hemoglobina (Grupo Fe com Hb = 111 ± 10.4 e grupo placebo com Hb = 111 ± 10.0) e na prevalência de anemia. O grupo Fe recebeu mingau de arroz fortificado com 10 mg de ferro (como Sulfato Ferroso) por dia, adicionada à água em que o arroz era cozido e o grupo placebo recebeu cereal nãofortificado por 6 meses.(3)

Após a intervenção, a concentração média de hemoglobina no grupo Fe foi significativamente maior do que no grupo controle (grupo Fe 118 g/L e grupo placebo 110 g/L; p<0,001). A prevalência de crianças com anemia no grupo Fe foi significativamente menor em comparação com os do grupo placebo (grupo Fe com 24% e no grupo placebo com 48%; p <0,001). Os valores de ferritina sérica foram significativamente diferentes no final do estudo (Grupo Fe com 40,7 K/L e grupo placebo com 26,8 K/L; p<0,001). A proporção de crianças com anemia ferropriva (Hb < 110 g/L, Ferritina Sérica < 12 mcg/L) no grupo Fe foi significativamente menor em comparação com os do grupo placebo (p <0,001).(3) Em conclusão, a adição de Sulfato Ferroso reduziu a prevalência de anemia ferropriva de lactentes na RPDC, sem reações adversas. Esta fortificação simples seria apropriada como um programa nacional na RPDC e em outros países.(3)

Em outro estudo objetivou-se testar a terapêutica com doses profiláticas de sulfato ferroso no combate à anemia carencial ferropriva, em 620 crianças de 4 a 36 meses de idade, atendidas em duas unidades de saúde do Município de São Paulo, Brasil. As crianças foram submetidas a coleta de sangue para dosagem de hemoglobina. Em seguida, foi prescrita dosagem de 12 mg/dia de ferro elementar, por 30 dias.

Observouse que 25% dos menores de 6 meses apresentaram níveis de hemoglobina inferiores a 11,0 g/dl. As maiores ocorrências de anemia foram detectadas entre os de 9 e 23 meses de idade (50,0%).

Decorrido o prazo, apenas 37,4% das crianças com anemia e 52,4% das não anêmicas retornaram para reavaliação. Das 299 que foram reavaliadas, somente 157 (52,5%) receberam a medicação corretamente. A frequência de hemoglobinas inferiores a 9,5 g/dl caiu de 17,1% no início do estudo, para 8,1% ao final da intervenção. Por outro lado, o percentual de crianças com hemoglobinas superiores a 12,0 g/dl subiu de 13,4%, para 33,4%. As que receberam a suplementação férrica de forma correta registraram queda nos índices de anemia sensivelmente maior que a observada naquelas suplementadas de forma incorreta.

Concluiu-se que a terapêutica com doses profiláticas de Sulfato Ferroso mostrou-se eficiente na recuperação dos níveis de hemoglobina.(4)

Referências:

(1) Engstrom E. M. et al. Efetividade da suplementação diária ou semanal com ferro na prevenção da anemia em lactentes. Revista de Saúde Pública, vol.42 no.5 São Paulo Oct. 2008 Epub Aug 08, 2008.
(2) Cardoso, M. A. & Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(3) Rim H.Y. MD, et al. Effect ofiron fortification of nursery complementary food on iron status of infants in the DPRKorea. Pac J Clin Nutr 2008;17 (2):264-269.
(4) Torres M.A.A. et al. Terapêutica com doses profiláticas de Sulfato Ferroso como medida de intervenção no combate à carência de ferro em crianças atendidas em unidades básicas de saúde. Revista de Saúde Pública, vol.28 no.6 São Paulo Dec. 1994.

Xarope

Segundo revisão bibliográfica realizada por Cardoso, M. A. & Penteado, M. V. C, o tratamento com ferro medicamentoso deve ser utilizado em todos os pacientes com diagnóstico clínico-laboratorial de anemia, uma vez que as modificações da dieta por si só não podem corrigir a anemia por deficiência de ferro (ADF). O tratamento de escolha é a administração oral de ferro. O Sulfato Ferroso é o sal de escolha devido ao seu baixo custo e alta biodisponibilidade. A dose de tratamento depende da severidade da anemia.(1)

A suplementação com ferro como medida preventiva tem grande chance de sucesso quando dirigida a grupos específicos como gestantes e lactantes, lactentes e préescolares.

Para crianças em idade escolar, se a prevalência de ADF apresentar magnitude importante, o serviço de saúde em assistência primária e os professores poderão fornecer doses diárias de 30 a 60 mg de ferro elementar/dia, dependendo da idade e do peso da criança.(1)

A necessidade de intervenções para o controle da prevalência da anemia ferropriva deve ser determinada pela magnitude da deficiência nutricional e pelo conhecimento de seus efeitos na qualidade de vida, morbidade e mortalidade. A abordagem mais usual é fornecer ferro suplementar a gestantes, nutrizes e lactentes em programas de assistência primária à saúde, reconhecidamente os grupos de maior vulnerabilidade.(1)

Um estudo foi realizado em 118 crianças com anemia ferropriva (IDA), com idade variando entre 1-6 anos, para comparar a eficácia e efeitos colaterais do Complexo Polymaltose Ferro (IPC) em relação ao Sulfato Ferroso (SF) em preparações convencionais para tratamento da anemia ferropriva (AF). Os indivíduos foram randomizados para receber terapia oral com um IPC (Grupo A, n = 59) ou SF oral (Grupo B, n = 59), todos receberam ferro elementar em três doses separadas de 6 mg/kg/dia. Cento e seis crianças puderam completar o estudo, sendo 53 em cada grupo.(2)

Na maioria dos casos, em ambos os grupos A e B mostraram aumento da hemoglobina após o tratamento. Nenhuma mudança foi observada na Hb em 7,6% (n = 4) das crianças do grupo A e 1,9% (n = 1) do Grupo B. Onze (20,75%) casos apresentaram diminuição da hemoglobina no Grupo A, enquanto nenhum caso apresentou diminuição na hemoglobina no grupo B. Os efeitos colaterais gastrintestinais foram 2,5 vezes mais comum no grupo SF em relação ao grupo IPC (grupo IPC = 4 (7,6%) e grupo SF = 9 (17,0%)). Entretanto, um conjunto de queixas residuais foram mais comuns no grupo do IPC em relação ao grupo FS em um mês de seguimento (grupo IPC = 16 (30.8%) e grupo SF = 2 (3.8%)).(2)

Portanto, as crianças que receberam Sulfato Ferroso tinham maior nível de hemoglobina, e menos queixas residuais, em comparação com aqueles que haviam recebido polymaltose complexo de ferro. Esse estudo sugere que o Sulfato Ferroso tem uma melhor resposta clínica e menos efeitos adversos significativos durante o tratamento da anemia ferropriva em crianças.(2)

Referências: 

(1) Cardoso, M. A. & Penteado, M. V. C. Intervenções Nutricionais na Anemia Ferropriva. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 10 (2): 231-240, abr/jun, 1994.
(2) Bopche A. V. et al. Ferrous Sulfate Versus Iron Polymaltose Complex for Treatment of Iron Deficiency Anemia in Children. Indian Pediatrics. Vol. 46, October 17, 2009. Published online 2009 April 15. PII:S097475590700648-2.

Características Farmacológicas


Mecanismo de Ação

O ferro é um componente essencial na função fisiológica da hemoglobina; são necessárias quantidades adequadas de ferro para a eritropoiese e a capacidade resultante de transportar oxigênio no sangue. O ferro tem uma função similar na produção de mioglobina e também serve como co-fator de várias enzimas essenciais. Quando se administra por via oral, em alimentos ou como suplementos, o ferro passa através das células mucosas no estado ferroso e se une à proteína transferrina. Esta forma de ferro é transportada do organismo à medula óssea para a produção de glóbulos vermelhos.

Farmacocinética

A absorção de ferro aumenta quando os depósitos estão vazios ou quando aumenta a produção de glóbulos vermelhos. Entretanto, elevadas concentrações de ferro diminuem a absorção.

Nas formas farmacêuticas orais, a absorção se comporta da seguinte forma:

  • Pessoas com deficiência de ferro: absorve de 20 a 30%, sendo a quantidade aproximadamente proporcional ao grau de deficiência;
  • Pessoas sem deficiência de ferro: absorve-se de 3 a 10% do ferro ingerido. A absorção se processa principalmente no duodeno e jejuno proximal e é maior quando o ferro é ingerido com o estômago vazio. A absorção é mais eficaz quando o ferro encontra-se em sua forma ferrosa, do que quando está na forma férrica. Quando se administra com alimentos, a quantidade de ferro absorvida pode reduzir em 1/2 a 1/3 da dose ingerida com o estômago vazio. A união à proteína é muito elevada, cerca de 90% (hemoglobina-elevada; mioglobina, enzimas e transferrina-baixa e hemossiderinabaixa).

Não existe um sistema fisiológico de eliminação para o ferro e este pode acumular-se no organismo em quantidades tóxicas, entretanto, diariamente perdem-se pequenas quantidades de ferro, algumas vezes no suor, leite materno (0,5 a 1,0 mg/dia); sangue menstrual e urina.

Conservar o produto em sua embalagem original, em temperatura ambiente (15-30°C). Proteger da luz e umidade.

Exclusivo Drágea: nestas condições, o medicamento se manterá próprio para o consumo, respeitando o prazo de validade indicado na embalagem.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

Drágea

Anemifer® drágea apresenta-se como drágea circular, de cor rosa e isenta de partículas estranhas.

Gotas

Solução de cor amarela, sabor de amora e isenta de partículas estranhas.

Xarope

Xarope de cor marrom amarelada, sabor de amora e isento de partículas estranhas.

Antes de usar observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Drágea

Registro MS: 1.1717. 0015

Responsável Técnico:
Dra. Anna K. F. Andrade
CRF/MG: 20.792

Pharmascience Laboratórios Ltda
Rua Texaco, nº 640 - Jardim Piemonte
CEP 32689-322 - Betim - MG
CNPJ: 25.773.037/0001-83
Indústria Brasileira

Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação médica. 

Gotas / Xarope

MS: 1.1717.0015

Responsável Técnico:
Lílian C. O. Meireles
CRF/MG: 14.813

PharmaScience Indústria Farmacêutica S.A
Rua Texaco, nº 640 - Jardim Piemonte
CEP: 32.689-322 - Betim - MG
CNPJ: 25.773.037/0001-83
Indústria Brasileira

SAC
0800 037 5000

Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas procure orientação médica.


Especificações sobre o Anemifer

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Necessita de Receita:

Isento de Prescrição Médica

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Classe Terapêutica:

Especialidades:

Hematologia

Endocrinologia

Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

ANEMIFER É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


Sobre a Pharmascience

A Pharmascience foi fundada em 1989 com capital 100% nacional. Desde então, realiza investimentos constantes em pesquisa e desenvolvimento.

Com sua moderna infraestrutura fabril, fica fácil manter o foco em inovação, agilidade e pioneirismo para o lançamento de seus produtos.

Isso tudo se alia ao talento e experiência de seus colaboradores, resultando em uma das empresas que mais cresce no cenário atual.

Fonte: www.pharmascience.com.br

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Imagem 1 do medicamento Anemifer
Imagem 1 do medicamento Anemifer
Imagem 1 do medicamento Anemifer
Imagem 1 do medicamento Anemifer
Anemifer 25mg/mL, caixa com 1 frasco com 30mL de solução de uso oralAnemifer 40mg, caixa com 50 comprimidos revestidosAnemifer 10mg/mL, caixa com 1 frasco com 100mL de xaropeAnemifer 60mg, caixa com 50 drágeas

Dose

Ajuda

25mg/mL

40mg

10mg/mL

60mg

Forma Farmacêutica

Ajuda

Solução oral (gotas)

Comprimido revestido

Xarope

Drágea

Quantidade na embalagem

Ajuda

30 mL

50 Unidades

100 mL

50 Unidades

Modo de uso

Uso oral

Uso oral

Uso oral

Uso oral

Substância ativa

Sulfato FerrosoSulfato FerrosoSulfato FerrosoSulfato Ferroso

Preço Máximo ao Consumidor/SP

R$ 12,82

R$ -

R$ 15,39

R$ 14,31

Preço de Fábrica/SP

R$ 9,62

R$ -

R$ 11,55

R$ 10,74

Tipo do Medicamento

Ajuda

Específico

Específico

Específico

Específico

Pode partir?

Ajuda

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Registro Anvisa

1171700150057

1171700150065

1171700150049

Precisa de receita

Não precisa de receita

Não precisa de receita

Não precisa de receita

Não precisa de receita

Tipo da Receita

Isento de Prescrição Médica

Isento de Prescrição Médica

Isento de Prescrição Médica

Isento de Prescrição Médica

Código de Barras

7898014560510

7898014567823

7898014560527

7898014560534

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