Bula do Brinzolamida
Princípio Ativo: Brinzolamida
Brinzolamida, para o que é indicado e para o que serve?
Brinzolamida suspensão oftálmica está indicado no tratamento da pressão intraocular elevada em pacientes com hipertensão ocular ou glaucoma de ângulo aberto.
Quais as contraindicações do Brinzolamida?
Brinzolamida suspensão oftálmica está contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao princípio ativo, a qualquer um dos excipientes ou a sulfonamidas.
Este medicamento é contraindicado para uso por a pacientes com insuficiência renal grave ou acidose hiperclorêmica.
Como usar o Brinzolamida?
Agitar bem antes de usar.
Para uso ocular. Evitar que a ponta do conta-gotas entre em contato com qualquer tipo de superfície. A contaminação por bactérias pode causar infecção ocular. O uso de soluções contaminadas pode causar sérios danos ao olho, com subsequente perda da visão. Instilar 1 gota no saco conjuntival do(s) olho(s) afetado(s) 3 vezes por dia. Brinzolamida suspensão oftálmica pode ser usado concomitantemente com outro agente redutor da Pressão intraocular tópico oftálmico. Se for usado mais do que um produto tópico oftálmico, estes devem ser administrados com um intervalo de 5 minutos entre cada um. Pomadas oftálmicas devem ser administradas por último.
A oclusão nasolacrimal ou o fechamento das pálpebras por 2 minutos após a instilação é recomendável. Isto pode resultar no decréscimo dos eventos adversos sistêmicos e aumento da atividade local.
A segurança de Brinzolamida com doses ou frequência de administrações maiores não foi estabelecida. A segurança do uso de Brinzolamida por outras vias de administração não foi estabelecida.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Brinzolamida?
As seguintes reações adversas foram reportadas durante estudos clínicos com Brinzolamida suspensão oftálmica e são classificadas de acordo com a seguinte convenção:
- Muito comum (≥ 1/10);
- Comum (≥ 1/100 a < 1/10);
- Incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100);
- Rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000);
- Muito rara (< 1/10.000).
Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade.
Classificação por sistema de órgão | Frequência | Reações Adversas |
Distúrbios psiquiátricos | Incomum | Depressão |
Raro | Insônia | |
Distúrbios do sistema nervoso | Incomum | Tontura, parestesia, dor de cabeça |
Raro | Perda de memória, sonolência | |
Distúrbios oculares | Comum | Visão turva, irritação ocular, dor ocular, desconforto ocular, hiperemia ocular |
Incomum | Erosão da córnea, ceratite ponteada, ceratite, conjuntivite, conjuntivite alérgica, blefarite, fotosensibilidade, olho seco, astenopia, prurido ocular, aumento de lágrimas, secreção nos olhos, crosta na margem da pálpebra | |
Raro | Edema da córnea, diplopia, acuidade visual reduzida, fotopsia, hipoestesia ocular, edema periorbital | |
Distúrbio no ouvido e labirinto | Raro | Zumbido |
Distúrbios cardíacos | Raro | Angina pectoris, frequência cardíaca irregular |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | Incomum | Dispneia, epistaxe, rinorreia, dor na região orofaríngea, síndrome da tosse do trato respiratório superior, irritação na garganta |
Raro | Hiperreatividade dos brônquios, congestão do trato respiratório superior, congestão sinusal, congestão nasal, tosse, ressecamento nasal | |
Distúrbios gastrointestinais | Comum | Disgeusia |
Incomum | Náusea, diarreia, dispepsia, desconforto abdominal, boca seca | |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo | Incomum |
Rash |
Raro | Urticária, alopecia, prurido generalizado | |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração | Incomum | Fadiga |
Raro | Dor no peito, nervoso, astenia, irritabilidade |
Reações adversas adicionais identificadas a partir da vigilância pós-comercialização, incluem o seguinte (as frequências não puderam ser estimadas a partir dos dados disponíveis):
Classificação por sistema de órgão | Reações Adversas |
Distúrbios do metabolismo e nutricional | Diminuição do apetite |
Distúrbios do sistema nervoso | Hipoestesia |
Distúrbios vasculares | Queda da pressão sanguínea |
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo | Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET) |
Distúrbios do tecido conjuntivo e musculoesqueléticas | Artralgia |
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Brinzolamida maior do que a recomendada?
Nenhuma reação específica é esperada com a superdose de Brinzolamida pela via ocular. No caso de ingestão acidental pode ocorrer desbalanceamento eletrolítico, desenvolvimento do estado de acidose metabólica e possíveis efeitos no sistema nervoso. Deve-se monitorar a concentração dos eletrólitos séricos (especialmente de potássio) e o pH sanguíneo.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Brinzolamida com outros remédios?
Brinzolamida suspensão oftálmica é um inibidor da anidrase carbônica, e embora administrado topicamente, é absorvido sistemicamente. Foi relatado distúrbio ácido-base com inibidores da anidrase carbônica por via oral. Deve-se considerar o potencial para interações (por exemplo anti-inflamatórios não esteroides e salicilatos) em pacientes que estejam recebendo Brinzolamida suspensão oftálmica.
Existe potencial para efeito aditivo sobre os efeitos sistêmicos conhecidos dos inibidores da anidrase carbônica em pacientes recebendo inibidores da anidrase carbônica e Brinzolamida suspensão oftálmica. O uso concomitante de Brinzolamida suspensão oftálmica e inibidores da anidrase carbônica não é recomendado.
Quais cuidados devo ter ao usar o Brinzolamida?
Reações de hipersensibilidade relatadas com os derivados de sulfonamidas, incluindo síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e necrólise epidérmica tóxica (NET), podem ocorrer em pacientes recebendo Brinzolamida uma vez que este é absorvido sistemicamente. No momento da prescrição, os pacientes devem ser avisados sobre os sinais e sintomas e monitorados de perto quanto a reações cutâneas. Caso ocorram sinais de reações graves ou de hipersensibilidade, descontinuar imediatamente o uso deste medicamento.
Distúrbios ácido-base foram relatados com inibidores orais da anidrase carbônica. Usar com precaução em pacientes com risco de insuficiência renal por causa do possível risco de acidose metabólica.
O possível papel da Brinzolamida na função endotelial da córnea não foi investigado em pacientes com córneas comprometidas (particularmente em pacientes com baixa contagem de células endoteliais). Inibidores de anidrase carbônica podem afetar a hidratação da córnea, que pode levar a descompensação da córnea e edema. Recomenda-se monitoramento cuidadoso dos pacientes com córneas comprometidas, tais como pacientes com diabetes mellitus ou distrofias das córneas.
Brinzolamida contém cloreto de benzalcônio que pode causar irritação nos olhos, e sabe-se que descolore as lentes de contato gelatinosas. Evite o contato com lentes de contato gelatinosas. Os pacientes devem ser instruídos a remover as lentes de contato antes da aplicação de Brinzolamida, e aguardar por pelo menos 15 minutos antes de recolocá-las.
Populações especiais
População pediátrica
A segurança e eficácia de Brinzolamida s em pacientes abaixo de 18 anos de idade não foram estabelecidas e o uso não é recomendado nestes pacientes.
Insuficiência hepática e renal
Brinzolamida não foi estudado em pacientes com lesão hepática e, portanto, não é recomendado a estes pacientes. Brinzolamida suspensão oftálmica não foi estudado em pacientes com lesão renal grave (clearance de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2). Considerando que a Brinzolamida e seu maior metabólito são predominantemente excretados pelos rins, Brinzolamida é, portanto, contraindicado nestes pacientes. Entretanto, em pacientes com lesão renal moderada (clearance de creatinina 30-60 mL/min/1.73 m2) não há necessidade de ajuste de dose com a administração tópica ocular.
População geriátrica (65 anos ou mais)
Não foram observadas diferenças gerais na segurança e eficácia entre pacientes idosos e jovens. Não é necessário nenhum ajuste de dose em idosos.
Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas
Visão turva temporária ou outros distúrbios visuais podem afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Se ocorrer visão turva após a instilação, o paciente deve esperar até que a visão volte ao normal antes de dirigir ou operar máquinas.
Adicionalmente, foram relatadas alterações no sistema nervoso com o uso do medicamento as quais podem afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Fertilidade, gravidez e lactação
Fertilidade
Não foram realizados estudos para avaliar o efeito da administração ocular tópica de Brinzolamida sobre a fertilidade humana. Em um estudo de fertilidade em ratos não foram observados efeitos adversos na fertilidade ou capacidade reprodutiva de machos ou fêmeas com doses até 18mg/kg/dia (375 vezes a dose oftálmica humana recomendada com base no peso corporal e 60 vezes o MROHD com base na BSA).
Nenhum efeito na fertilidade feminina e masculina é esperado com o uso de Brinzolamida suspensão oftálmica.
Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados sobre o uso ocular em mulheres grávidas. Em estudos de toxicidade reprodutiva, a Brinzolamida administrada por via oral em ratos durante a organogênese induziu toxicidade fetal a 375 vezes a dose oftálmica humana máxima recomendada com base no peso corporal. Em coelhos nenhuma toxicidade fetal foi observada após a administração ora durante a organogênese em 125 vezes a dose oftálmica máxima recomendada com base no peso corporal. Brinzolamida não deve ser usado durante a gravidez a menos que claramente necessário.
Este medicamento pertence à categoria C de risco de gravidez e por isso, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactantes
Não há dados adequados sobre o uso de Brinzolamida durante a amamentação. Não há dados sobre os efeitos de Brinzolamida em bebês amamentados ou na produção de leite. Não se sabe se a Brinzolamida é transferida para o leite humano após a administração oftálmica; no entanto, não se pode excluir o risco para as crianças que são amamentadas.
Após a administração oral de 14C-Brinzolamida a ratas lactantes, a radioatividade foi encontrada no leite em concertações abaixo daquelas encontradas no sangue e plasma.
Os benefícios da amamentação para o desenvolvimento e para a saúde devem ser considerados juntamente com a necessidade clínica da mãe, bem como quaisquer potenciais efeitos na criança amamentada.
Qual a ação da substância do Brinzolamida?
Resultados de Eficácia
Em dois estudos clínicos de três meses, Brinzolamida suspensão oftálmica foi administrado três vezes por dia em pacientes com pressão intraocular elevada, produziu reduções significativas na PIO (4-5 mmHg). Estas reduções da PIO são equivalentes às reduções observadas com cloridrato dorzolamida solução oftálmica 2% administrado três vezes por dia nos mesmos estudos.1,2 Em dois estudos clínicos em pacientes com pressão intraocular elevada, Brinzolamida suspensão oftálmica foi associado com menos ardor e queimação após a instilação quando comparado ao cloridrato dorzolamida solução oftálmica. 3,4
Referências Bibliográficas
1. Referências Camras CB et al. A triple-masked primary therapy study of efficacy and safety of BID and TIB-dosed brinzolamide 1% compared to TID-dosed dorzolamide 2% and BID-dosed timolol 0,5%. Invest Ophthalmol Vis Sci 1997. 38:2605.
2. Sall K et al. The Efficacy and Safety of Brinzolamide 1% Ophthalmic Suspension (AZOPT®) as a Primary Therapy in Patients With Open-Angle Glaucoma or Ocular Hypertension Sur Ophthalmology 2000. 44(2):S155-S162.
3. Silver LH et al. Ocular Comfort of Brinzolamide 1.0% Ophthalmic Suspension Compared With Dorzolamide 2.0% Ophthalmic Solution: Results From Two Multicenter Comfort Studies. Sur Ophthalmology 2000. 44(2):s141-s145.
4. Stewart WC et al. Short-term ocular tolerability of dorzolamide 2% and brinzolamide 1% vs placebo in primary open-angle glaucoma and ocular hypertension subjects. Eye 2004. 18:905-910.
Características Farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico: preparações antiglaucoma e mióticos.
Código ATC: S01EC04.
A anidrase carbônica (AC) é uma enzima que se encontra em muitos tecidos do corpo humano, incluindo os olhos. Ela catalisa a reação reversível de hidratação do anidrido carbônico e de desidratação do ácido carbônico. Nos seres humanos a anidrase carbônica existe como um grupo de isoenzimas, das quais a mais ativa é a anidrase carbônica II (AC II), que se encontra principalmente nos glóbulos vermelhos e também em outros tecidos. A inibição da anidrase carbônica nos processos ciliares dos olhos diminui a secreção do humor aquoso, presumivelmente diminuindo a formação de íons de bicarbonato com a redução subsequente do transporte de sódio e fluidos oculares. O resultado final é a redução da pressão intraocular (PIO).
Brinzolamida é um inibidor da anidrase carbônica II (AC II). Depois de sua aplicação tópica ocular, a Brinzolamida inibe a formação do humor aquoso e reduz a pressão intraocular elevada, que é um fator de risco muito importante na patogênese do dano no nervo óptico e a perda do campo visual, que se observa no glaucoma.
O tempo médio para o início da ação deve ocorrer entre 0 e 2 horas após a instilação de Brinzolamida, com base nos dados clínicos, onde a atividade inicial foi registrada 2 horas após a administração.
Absorção
- Depois da aplicação tópica ocular, a Brinzolamida é absorvida na circulação geral e acumula-se nos glóbulos vermelhos, apresentando meia vida no sangue de 111 dias. A concentração de Brinzolamida nos eritrócitos após administração oral e ocular a longo prazo atinge uma concentração média de saturação de 20 μM. Esta concentração de Brinzolamida é semelhante à concentração nos glóbulos vermelhos (22-27 μM) obtida após a administração oral de Brinzolamida, 1 mg duas vezes ao dia por 32 semanas. Adicionalmente, o metabólito N-desetil Brinzolamida também se acumula nos glóbulos vermelhos após administração oral e ocular. No entanto, o grau de inibição da anidrase carbônica nesses níveis saturáveis não é suficiente para efeitos sistêmicos. As concentrações no plasma da Brinzolamida e da N-desetil Brinzolamida após a administração ocular tópica de Brinzolamida são geralmente próximas ou abaixo do limite de quantificação. (<10 ng/mL).
Distribuição
- A Brinzolamida se liga moderadamente às proteínas plasmáticas humanas (~ 60%); portanto, o risco de interações medicamentosas com compostos que também se ligam às proteínas plasmáticas é baixo. A Brinzolamida se liga moderadamente à melanina com base em estudos com coelho pigmentados e não pigmentados. No entanto, a meia-vida de Brinzolamida nos tecidos de coelho é mais influenciada pela sua ligação aos glóbulos vermelhos do que à melanina.
- A Brinzolamida é distribuída aos tecidos oculares após a administração tópica de Brinzolamida 1% em coelhos. Depois de doses tópicas únicas, as concentrações mais altas são encontradas nos tecidos anteriores em comparação com os tecidos posteriores; enquanto que, após doses múltiplas, o fármaco se acumula em muitos tecidos oculares, devido à sua alta afinidade e forte ligação às enzimas anidrase carbônica II. Isso resulta em meias-vidas longas no corpo da íris ciliar, coroide, retina e cristalino que são semelhantes à meia-vida no sangue (exceto no cristalino que resultou em meia-vida mais longa do que no sangue). Após doses múltiplas, o acúmulo de Brinzolamida na região posterior tecidos como retina e coroide é o resultado da circulação sanguínea nesses tecidos, o que resulta em Tmax, bem como uma meia-vida longa.
- Em contraste, humor aquoso, humor vítreo e plasma têm relativamente meias-vidas curtas e acúmulo ausente após a administração de BID ou TID, que é o resultado da falta de anidrases carbônicas nesses tecidos.
Eliminação
- Aproximadamente 60% se unem às proteínas do plasma. A Brinzolamida é predominantemente eliminada pelos rins como fármaco inalterado (60%) e outros 20% excretados pela urina como metabólitos.
Em um estudo farmacocinético realizado administrando-se Brinzolamida por via oral, voluntários sadios receberam cápsulas de 1 mg da droga duas vezes por dia durante um período de 32 semanas. Este regime contém concentrações similares às obtidas mediante a aplicação tópica ocular de Brinzolamida suspensão oftálmica em ambos os olhos, três vezes por dia, e imita as concentrações sistêmicas da droga e dos metabólitos que se apresentam com um tratamento tópico prolongado. A atividade da AC, nos glóbulos vermelhos foi medida para avaliar o grau de inibição sistêmica da mesma.
A saturação dos glóbulos vermelhos com Brinzolamida foi atingida depois de 4 semanas (concentração aproximada nos GV = 20 µM). A N-desetil Brinzolamida se acumulou nos glóbulos vermelhos até atingir um nível constante em 20 a 28 semanas com concentrações de 6 a 30 µM. A inibição da AC II até atingir um nível constante foi de aproximadamente 70 a 75% de sua atividade, a qual está abaixo do nível de inibição esperado para produzir um efeito farmacológico na função renal ou respiratória de pessoas sadias.
Os dados não clínicos da Brinzolamida não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de toxicidade de dose única, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e estudos de irritação tópica ocular.
Dados em animais
Os estudos de desenvolvimento embriofetal foram conduzidos em ratas grávidas às quais foi administrado 0, 2, 6 ou 18 mg/kg/dia de Brinzolamida oral nos dias 6 a 17 de gestação para atingir o período de organogênese. A diminuição do ganho de peso materno foi observada com 6 e 18 mg/kg/dia. Foram observados peso corporal fetal diminuído e ossificação esquelética reduzida com 18 mg/kg/dia (375 vezes o MROHD com base no peso corporal e 60 vezes o MROHD com base na área de superfície corporal (BSA)). O nível de efeito não observado (NOEL) foi de 2 mg/kg/dia (42 vezes o MROHD com base no BW e 7 vezes o MROHD com base no BSA).
Os estudos de desenvolvimento embriofetal foram conduzidos em coelhas grávidas aos quais foi administrado 0, 1, 3 ou 6 mg/kg/dia de Brinzolamida oral nos dias 6 a 18 de gestação, para atingir o período de organogênese. A perda de peso materno durante a gravidez foi observada com 3 mg/kg/dia (63 vezes o MROHD com base no PC e 20 vezes o MROHD com base na BSA) e acima. Com 6 mg/kg/dia foram observados mortalidade, emagrecimento, falta de fezes e abortos em coelhos. O NOEL para toxicidade materna foi de 1 mg/kg/dia (21 vezes o MROHD com base no BW e 7 vezes o MROHD com base no BSA). Nenhum efeito fetal relacionado ao tratamento foi observado até a dose máxima testada de 6 mg/kg/dia (125 vezes o MROHD com base no peso corporal e 41 vezes o MROHD com base na BSA).
Em um estudo peri e pós-natal em ratos, a Brinzolamida foi administrada por via oral em doses de 1, 5 e 15 mg/kg/dia desde o dia 16 de gestação até o dia 20 de lactação. Redução no consumo alimentar e ganho médio de peso corporal foram observados nas mães durante a gestação e lactação com 15 mg/kg/dia. A redução do peso corporal dos filhotes foi observada com 15 mg/kg/dia (313 vezes o MROHD com base no PC e 51 vezes o MROHD com base na BSA). O NOEL para toxicidade materna e de desenvolvimento foi de 5 mg/kg/dia (104 vezes o MROHD com base no PC e 17 vezes o MROHD com base no BSA).
Após a administração oral de 14C-Brinzolamida a ratas grávidas, verificou-se que a radioatividade atravessou a placenta e os níveis de radioatividade nos tecidos fetais foram 3 a 10 vezes inferiores aos medidos nas mães.
Fontes consultadas
- Bula do Profissional do Medicamento Azopt®.
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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 2 de Fevereiro de 2023.