Azopt
NovartisBula do Azopt
Azopt® suspensão oftálmica é indicado no tratamento da pressão intraocular elevada em pacientes com hipertensão ocular ou glaucoma de ângulo aberto (pressão alta dentro dos olhos).
Este medicamento age diminuindo a pressão intraocular (dentro dos olhos), principalmente pela redução da produção do humor (líquido) aquoso dentro do olho. O tempo médio para o início de ação do medicamento deve ocorrer em até 2 horas após a aplicação.
Este medicamento é contraindicado para pessoas com hipersensibilidade (alergia) ao princípio ativo, a qualquer um dos excipientes ou a sulfonamidas (exemplos incluem medicamentos para tratar diabetes e infecções, e também diuréticos).
Este medicamento é contraindicado para uso por a pacientes com insuficiência renal grave (redução grave da função dos rins) ou acidose hiperclorêmica (acúmulo de cloro no sangue).
Agitar bem antes de usar.
Você deve usar este medicamento exclusivamente nos olhos.
Antes de utilizar o medicamento, confira o nome no rótulo, para não haver enganos. Não utilize o medicamento caso haja sinais de violação e/ou danificações do frasco.
O medicamento já vem pronto para uso. Não encoste a ponta do frasco nos olhos, nos dedos e nem em outra superfície qualquer, para evitar a contaminação do frasco e do colírio.
Você deve aplicar o número de gotas da dose recomendada pelo seu médico em um ou ambos os olhos.
A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), três vezes ao dia, com intervalo de aproximadamente 8 horas entre as doses. Se a gota cair dos seus olhos, repita a aplicação. Se for utilizar mais de um produto tópico ocular, administre-os com um intervalo de 5 minutos entre cada produto. Pomadas oftálmicas devem ser administradas por último.
Feche bem o frasco depois de usar.
Após a aplicação das gotas nos olhos
Mantenha a pálpebra fechada e, ao mesmo tempo, pressione o canto interno do olho próximo ao nariz por 2 minutos. Isto pode reduzir a absorção sistêmica aumentando o efeito ocular.
A segurança de Azopt® com doses ou frequência de administrações maiores não foi estabelecida.
A segurança do uso de Azopt® por outras vias de administração não foi estabelecida.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se esquecer uma dose, ignore a dose esquecida e volte ao esquema regular. A dose não deve exceder 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), três vezes ao dia.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
- Reações de hipersensibilidade (alergia) comum a todos os derivados de sulfonamidas podem ocorrer se você estiver recebendo Azopt® uma vez que este é absorvido sistemicamente. Caso ocorram sinais de reações graves ou de hipersensibilidade (alergia), como reação cutânea grave, como erupção cutânea, vermelhidão na pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca, descamação da pele e febre (sinais de síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise epidérmica tóxica), descontinuar o uso deste medicamento e procurar o atendimento médico imediatamente.
- Distúrbios ácido-base foram relatados com inibidores orais da anidrase carbônica. Usar com precaução caso você apresente risco de insuficiência renal por causa do possível risco de acidose metabólica.
- O possível papel da brinzolamida na função endotelial da córnea não foi investigado em pacientes com córneas comprometidas (particularmente em pacientes com baixa contagem de células endoteliais). Recomenda-se monitoramento cuidadoso dos pacientes com córneas comprometidas, tais como pacientes com diabetes mellitus ou distrofias das córneas.
Azopt® contém cloreto de benzalcônio que pode causar irritação nos olhos, e sabe-se que descolore as lentes de contato gelatinosas. Evite o contato com lentes de contato gelatinosas. Remova as lentes de contato antes da aplicação e aguarde por pelo menos 15 minutos antes de recolocá-las.
Fale com o seu médico antes de utilizar Azopt®, se você tem ou já teve:
Problemas renais; doença da superfície do olho (córnea) ou reações cutâneas graves como erupção cutânea, descamação da pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca.
Efeitos na habilidade de dirigir ou operar máquinas
Visão turva temporária ou outros distúrbios visuais podem afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Se ocorrer visão turva após a instilação, espere até que a visão volte ao normal antes de dirigir ou operar máquinas.
Adicionalmente, foram relatadas alterações no sistema nervoso com o uso do medicamento as quais podem afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Fertilidade
Não foram realizados estudos para avaliar o efeito da administração ocular tópica de brinzolamida sobre a fertilidade em homens ou mulheres. Após administração oral de brinzolamida, não foi observado nenhum efeito sobre a fertilidade de animais.
Gravidez
Não há, ou há poucos dados sobre o uso da brinzolamida oftálmica em mulheres grávidas. Estudos em animais com brinzolamida demonstraram toxicidade reprodutiva após administração sistêmica. O uso de Azopt® durante a gravidez não é recomendado.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactantes
Não se sabe se a brinzolamida/metabólitos são excretados no leite humano após a administração oftálmica; no entanto, não se pode excluir o risco para as crianças que são amamentadas. Em estudos com animais após a administração oral, foi detectado nível mínimo de brinzolamida no leite. Seu médico avaliará se você deve descontinuar a amamentação ou a terapia com Azopt® levando em conta os benefícios da amamentação e do seu tratamento.
As seguintes reações adversas foram reportadas durante estudos clínicos com Azopt® e são classificadas de acordo com a seguinte convenção:
- Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento), ou;
- Muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade.
Classificação por sistema de órgão | Reações Adversas |
Distúrbios psiquiátricos | Incomum: depressão |
Raro: insônia | |
Distúrbios do sistema nervoso | Incomum: tontura, parestesia (sensações cutâneas subjetivas como, frio, calor, formigamento, etc), dor de cabeça |
Raro: perda de memória, sonolência | |
Distúrbios oculares | Comum: visão borrada, irritação nos olhos, dor nos olhos, desconforto nos olhos, hiperemia (vermelhidão) nos olhos |
Incomum: erosão da córnea, ceratite ponteada, ceratite, conjuntivite, conjuntivite alérgica, blefarite (inflamação das pálpebras), fotosensibilidade (sensibilidade à luz), olho seco, astenopia (cansaço nos olhos), prurido (coceira) nos olhos, aumento de lágrimas, secreção nos olhos, crosta na margem da pálpebra | |
Raro: edema (inchaço) da córnea, diplopia (visão dupla), fotopsia (clarões na visão), hipoestesia (diminuição da sensibilidade nos olhos), edema periorbital | |
Distúrbio no ouvido e labirinto | Raro: zumbido |
Distúrbios cardíacos | Raro: angina pectoris, frequência cardíaca irregular |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino | Incomum: dispneia (dificuldade para respirar), epistaxe (sangramento nasal), rinorreia (secreção nasal), dor na região orofaríngea, síndrome da tosse do trato respiratóriosuperior, irritação na garganta |
Raro: hiperreatividade (atividade aumentada) dos brônquios, congestão do trato respiratório superior, congestão sinusal, congestão nasal, tosse, ressecamento nasal | |
Distúrbios gastrointestinais | Comum: disgeusia (diminuição do senso de paladar) |
Incomum: náusea, diarreia, dispepsia (má digestão), desconforto abdominal, boca seca | |
Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos | Incomum: rash (erupções cutâneas) |
Raro: urticária, alopecia (queda de cabelo), prurido (coceira) generalizado | |
Distúrbios gerais e alterações no local de administração | Incomum: fadiga |
Raro: dor no peito, nervosismo, astenia (cansaço), irritabilidade |
Algumas reações adversas podem ser sérias:
- Erupção cutânea, vermelhidão da pele, descamação da pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca, febre ou qualquer combinação destes (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica).
Reações adversas adicionais identificadas a partir da vigilância pós-comercialização, incluem o seguinte (as frequências não puderam ser estimadas a partir dos dados disponíveis):
Classificação por sistema de órgão | Reações Adversas |
Distúrbios do metabolismo e nutricional | Diminuição do apetite |
Distúrbios do sistema nervoso | Hipoestesia (diminuição da sensibilidade) |
Distúrbios vasculares | Queda da pressão sanguínea |
Distúrbios do tecido conjuntivo e músculoesqueléticas | Artralgia (dor nas articulações) |
Distúrbios de pele e tecidos subcutâneos | Erupção cutânea, vermelhidão da pele, descamação da pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca, febre ou qualquer combinação destes (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica |
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Crianças e adolecentes (abaixo de 18 anos)
A segurança e eficácia em pacientes abaixo de 18 anos de idade não foram estabelecidas. Azopt® não deve ser utilizado em crianças e adolescentes abaixo de 18 anos.
Lesão no fígado e rins
Azopt® não foi estudado em pacientes com lesão no fígado e, portanto, não é recomendado a estes pacientes. Também não foi estudado em pacientes com lesão grave nos rins (clearance de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2). Considerando que a brinzolamida e seu maior metabólito são predominantemente excretados pelos rins, Azopt® é contraindicado nestes pacientes. Em pacientes com doença renal moderada (clearance de creatinina 30-60 mL/min/1.73 m2) não há necessidade de ajuste de dose.
População geriátrica
Não foram observadas diferenças gerais na segurança e eficácia entre pacientes idosos e jovens. Não é necessário ajuste de dose.
Suspensão Oftálmica 10 mg/mL
Embalagem contendo 5mL de suspensão oftálmica.
Via tópica ocular.
Uso adulto.
Cada mL (28 gotas) contém:
10,0 mg de brinzolamida, ou seja 0,36 mg de brinzolamida por gota.
Excipientes: manitol, carbomer 974P, tiloxapol, cloreto de sódio, edetato dissódico di-hidratado, cloreto de benzalcônio e água purificada.
Um possível sintoma de sobredose pode incluir um efeito no sistema nervoso (sonolência). Podem ocorrer desbalanceamento eletrolítico, desenvolvimento do estado de acidose metabólica e possíveis efeitos do sistema nervoso. Deve-se monitorar a concentração dos eletrólitos séricos (especialmente de potássio) e o pH sanguíneo.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Azopt® é um inibidor da anidrase carbônica, e embora administrado topicamente, é absorvido sistemicamente. Foi relatado distúrbio ácido-base com inibidores da anidrase carbônica por via oral. Deve-se considerar o potencial para interações com anti-inflamatórios não esteroidais e salicilatos em pacientes que estejam recebendo Azopt®.
Existe potencial para efeito aditivo sobre os efeitos sistêmicos conhecidos dos inibidores da anidrase carbônica em pacientes recebendo inibidores da anidrase carbônica e Azopt®. O uso concomitante de Azopt® e inibidores da anidrase carbônica não é recomendado.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.
Resultados de Eficácia
Em dois estudos clínicos de três meses, Brinzolamida suspensão oftálmica foi administrado três vezes por dia em pacientes com pressão intraocular elevada, produziu reduções significativas na PIO (4-5 mmHg). Estas reduções da PIO são equivalentes às reduções observadas com cloridrato dorzolamida solução oftálmica 2% administrado três vezes por dia nos mesmos estudos.1,2 Em dois estudos clínicos em pacientes com pressão intraocular elevada, Brinzolamida suspensão oftálmica foi associado com menos ardor e queimação após a instilação quando comparado ao cloridrato dorzolamida solução oftálmica. 3,4
Referências Bibliográficas
1. Referências Camras CB et al. A triple-masked primary therapy study of efficacy and safety of BID and TIB-dosed brinzolamide 1% compared to TID-dosed dorzolamide 2% and BID-dosed timolol 0,5%. Invest Ophthalmol Vis Sci 1997. 38:2605.
2. Sall K et al. The Efficacy and Safety of Brinzolamide 1% Ophthalmic Suspension (AZOPT®) as a Primary Therapy in Patients With Open-Angle Glaucoma or Ocular Hypertension Sur Ophthalmology 2000. 44(2):S155-S162.
3. Silver LH et al. Ocular Comfort of Brinzolamide 1.0% Ophthalmic Suspension Compared With Dorzolamide 2.0% Ophthalmic Solution: Results From Two Multicenter Comfort Studies. Sur Ophthalmology 2000. 44(2):s141-s145.
4. Stewart WC et al. Short-term ocular tolerability of dorzolamide 2% and brinzolamide 1% vs placebo in primary open-angle glaucoma and ocular hypertension subjects. Eye 2004. 18:905-910.
Características Farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico: preparações antiglaucoma e mióticos.
Código ATC: S01EC04.
A anidrase carbônica (AC) é uma enzima que se encontra em muitos tecidos do corpo humano, incluindo os olhos. Ela catalisa a reação reversível de hidratação do anidrido carbônico e de desidratação do ácido carbônico. Nos seres humanos a anidrase carbônica existe como um grupo de isoenzimas, das quais a mais ativa é a anidrase carbônica II (AC II), que se encontra principalmente nos glóbulos vermelhos e também em outros tecidos. A inibição da anidrase carbônica nos processos ciliares dos olhos diminui a secreção do humor aquoso, presumivelmente diminuindo a formação de íons de bicarbonato com a redução subsequente do transporte de sódio e fluidos oculares. O resultado final é a redução da pressão intraocular (PIO).
Brinzolamida é um inibidor da anidrase carbônica II (AC II). Depois de sua aplicação tópica ocular, a Brinzolamida inibe a formação do humor aquoso e reduz a pressão intraocular elevada, que é um fator de risco muito importante na patogênese do dano no nervo óptico e a perda do campo visual, que se observa no glaucoma.
O tempo médio para o início da ação deve ocorrer entre 0 e 2 horas após a instilação de Brinzolamida, com base nos dados clínicos, onde a atividade inicial foi registrada 2 horas após a administração.
Absorção
- Depois da aplicação tópica ocular, a Brinzolamida é absorvida na circulação geral e acumula-se nos glóbulos vermelhos, apresentando meia vida no sangue de 111 dias. A concentração de Brinzolamida nos eritrócitos após administração oral e ocular a longo prazo atinge uma concentração média de saturação de 20 μM. Esta concentração de Brinzolamida é semelhante à concentração nos glóbulos vermelhos (22-27 μM) obtida após a administração oral de Brinzolamida, 1 mg duas vezes ao dia por 32 semanas. Adicionalmente, o metabólito N-desetil Brinzolamida também se acumula nos glóbulos vermelhos após administração oral e ocular. No entanto, o grau de inibição da anidrase carbônica nesses níveis saturáveis não é suficiente para efeitos sistêmicos. As concentrações no plasma da Brinzolamida e da N-desetil Brinzolamida após a administração ocular tópica de Brinzolamida são geralmente próximas ou abaixo do limite de quantificação. (<10 ng/mL).
Distribuição
- A Brinzolamida se liga moderadamente às proteínas plasmáticas humanas (~ 60%); portanto, o risco de interações medicamentosas com compostos que também se ligam às proteínas plasmáticas é baixo. A Brinzolamida se liga moderadamente à melanina com base em estudos com coelho pigmentados e não pigmentados. No entanto, a meia-vida de Brinzolamida nos tecidos de coelho é mais influenciada pela sua ligação aos glóbulos vermelhos do que à melanina.
- A Brinzolamida é distribuída aos tecidos oculares após a administração tópica de Brinzolamida 1% em coelhos. Depois de doses tópicas únicas, as concentrações mais altas são encontradas nos tecidos anteriores em comparação com os tecidos posteriores; enquanto que, após doses múltiplas, o fármaco se acumula em muitos tecidos oculares, devido à sua alta afinidade e forte ligação às enzimas anidrase carbônica II. Isso resulta em meias-vidas longas no corpo da íris ciliar, coroide, retina e cristalino que são semelhantes à meia-vida no sangue (exceto no cristalino que resultou em meia-vida mais longa do que no sangue). Após doses múltiplas, o acúmulo de Brinzolamida na região posterior tecidos como retina e coroide é o resultado da circulação sanguínea nesses tecidos, o que resulta em Tmax, bem como uma meia-vida longa.
- Em contraste, humor aquoso, humor vítreo e plasma têm relativamente meias-vidas curtas e acúmulo ausente após a administração de BID ou TID, que é o resultado da falta de anidrases carbônicas nesses tecidos.
Eliminação
- Aproximadamente 60% se unem às proteínas do plasma. A Brinzolamida é predominantemente eliminada pelos rins como fármaco inalterado (60%) e outros 20% excretados pela urina como metabólitos.
Em um estudo farmacocinético realizado administrando-se Brinzolamida por via oral, voluntários sadios receberam cápsulas de 1 mg da droga duas vezes por dia durante um período de 32 semanas. Este regime contém concentrações similares às obtidas mediante a aplicação tópica ocular de Brinzolamida suspensão oftálmica em ambos os olhos, três vezes por dia, e imita as concentrações sistêmicas da droga e dos metabólitos que se apresentam com um tratamento tópico prolongado. A atividade da AC, nos glóbulos vermelhos foi medida para avaliar o grau de inibição sistêmica da mesma.
A saturação dos glóbulos vermelhos com Brinzolamida foi atingida depois de 4 semanas (concentração aproximada nos GV = 20 µM). A N-desetil Brinzolamida se acumulou nos glóbulos vermelhos até atingir um nível constante em 20 a 28 semanas com concentrações de 6 a 30 µM. A inibição da AC II até atingir um nível constante foi de aproximadamente 70 a 75% de sua atividade, a qual está abaixo do nível de inibição esperado para produzir um efeito farmacológico na função renal ou respiratória de pessoas sadias.
Os dados não clínicos da Brinzolamida não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de toxicidade de dose única, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e estudos de irritação tópica ocular.
Dados em animais
Os estudos de desenvolvimento embriofetal foram conduzidos em ratas grávidas às quais foi administrado 0, 2, 6 ou 18 mg/kg/dia de Brinzolamida oral nos dias 6 a 17 de gestação para atingir o período de organogênese. A diminuição do ganho de peso materno foi observada com 6 e 18 mg/kg/dia. Foram observados peso corporal fetal diminuído e ossificação esquelética reduzida com 18 mg/kg/dia (375 vezes o MROHD com base no peso corporal e 60 vezes o MROHD com base na área de superfície corporal (BSA)). O nível de efeito não observado (NOEL) foi de 2 mg/kg/dia (42 vezes o MROHD com base no BW e 7 vezes o MROHD com base no BSA).
Os estudos de desenvolvimento embriofetal foram conduzidos em coelhas grávidas aos quais foi administrado 0, 1, 3 ou 6 mg/kg/dia de Brinzolamida oral nos dias 6 a 18 de gestação, para atingir o período de organogênese. A perda de peso materno durante a gravidez foi observada com 3 mg/kg/dia (63 vezes o MROHD com base no PC e 20 vezes o MROHD com base na BSA) e acima. Com 6 mg/kg/dia foram observados mortalidade, emagrecimento, falta de fezes e abortos em coelhos. O NOEL para toxicidade materna foi de 1 mg/kg/dia (21 vezes o MROHD com base no BW e 7 vezes o MROHD com base no BSA). Nenhum efeito fetal relacionado ao tratamento foi observado até a dose máxima testada de 6 mg/kg/dia (125 vezes o MROHD com base no peso corporal e 41 vezes o MROHD com base na BSA).
Em um estudo peri e pós-natal em ratos, a Brinzolamida foi administrada por via oral em doses de 1, 5 e 15 mg/kg/dia desde o dia 16 de gestação até o dia 20 de lactação. Redução no consumo alimentar e ganho médio de peso corporal foram observados nas mães durante a gestação e lactação com 15 mg/kg/dia. A redução do peso corporal dos filhotes foi observada com 15 mg/kg/dia (313 vezes o MROHD com base no PC e 51 vezes o MROHD com base na BSA). O NOEL para toxicidade materna e de desenvolvimento foi de 5 mg/kg/dia (104 vezes o MROHD com base no PC e 17 vezes o MROHD com base no BSA).
Após a administração oral de 14C-Brinzolamida a ratas grávidas, verificou-se que a radioatividade atravessou a placenta e os níveis de radioatividade nos tecidos fetais foram 3 a 10 vezes inferiores aos medidos nas mães.
Armazene o frasco de Azopt® em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Após aberto, válido por 28 dias.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Azopt® é uma suspensão de aparência branca a quase branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS - 1.0068.1114
Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer
CRF-SP 18.150
Registrado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo - SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira.
Fabricado por:
Neolab Soluções Farmacêuticas Estéreis do Brasil Ltda,
São Paulo, SP
® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.
Venda sob prescrição médica.
Especificações sobre o Azopt
Caracteristicas Principais
Fabricante:
Necessita de Receita:
Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Principio Ativo:
Categoria do Medicamento:
Classe Terapêutica:
Especialidades:
Oftalmologia
Doenças Relacionadas:
Bula do Paciente:
Bula do Profissional:
AZOPT É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.
Sobre a Novartis
Com uma história de muita tradição, a Novartis é resultado da fusão de outras duas grande empresas: Ciba-Geigy e da Sandoz. Tais organizações se especializaram, inicialmente, no desenvolvimento de produtos químicos. Na sequência, seu foco mudou para produtos farmacêuticos.
Com tal histórico, a Novartis não poderia ter outras essência, se não a de ser apaixonada pelo desenvolvimento e comercialização de produtos que contribuem para a vida das pessoas, por meio da ciência e da saúde.
Para isso, investe pesado em inovação, pesquisa e desenvolvimento. Essa política trouxe várias conquistas, como a de ser a única fábrica de divisão oftalmológica da América Latina.
Fonte: https://www.novartis.com.br