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Cloridrato de Lercanidipino EMS

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Bula do Cloridrato de Lercanidipino EMS

O cloridrato de lercanidipino é destinado ao tratamento da hipertensão arterial leve a moderada, também conhecida como pressão alta.

A substância ativa cloridrato de lercanidipino possui a propriedade de baixar a pressão alta (anti-hipertensiva).

Após sua ingestão oral, este medicamento tem um tempo médio de início de ação anti-hipertensiva máxima entre 1,5 e 3 horas, persistindo por 24 horas.

O cloridrato de lercanidipino não deve ser utilizado se você:

  • For alérgico ao lercanidipino ou a qualquer ingrediente da formulação, ou ainda se teve reações alérgicas a fármacos estritamente relacionados ao cloridrato de lercanidipino como anlodipino, nicardipino, felodipino, isradipino, nifedipino ou lacidipino; se você estiver sangrando excessivamente;
  • Estiver grávida ou amamentando, ou caso você esteja desejando engravidar e não estiver usando algum método contraceptivo;
  • Achar que pode estar grávida. Nesse caso, consulte seu médico;
  • Sofrer de certas doenças do coração:
    • Disfunção cardíaca descontrolada; obstrução do fluxo sanguíneo que sai do coração; angina instável (angina de repouso ou angina prévia progressiva); no período de um mês após a ocorrência de ataque cardíaco;
  • Tiver problemas hepáticos (fígado) ou renais (rins) graves;
  • Tomar medicamentos que são inibidores fortes da isoenzima CYP3A4:
  • Utilizar ciclosporina;
  • Ingerir grapefruit “fruta” (toranja) ou suco de grapefruit.

Relatar ao seu médico se você apresenta alguma das condições listadas a seguir:

  • Outras condições cardíacas específicas ou se você possui marca-passo;
  • Problemas renais ou hepáticos, ou se você faz diálise peritoneal e hemodiálise (opções de tratamento utilizadas nos casos de insuficiência renal crônica);
  • Se você tem problema hereditário raro de intolerância à galactose, deficiência total de lactase, galactosemia ou síndrome de má absorção de glicose/galactose, pois os comprimidos de cloridrato de lercanidipino 10 mg contém 29,20 mg de lactose e os de 20 mg contém 58,40 mg.

O uso de cloridrato de lercanidipino com outros medicamentos pode fazer com que o efeito destes ou do cloridrato de lercanidipino aumente ou diminua.

Fale para seu médico caso esteja tomando:

  • Medicamentos que são inibidores da isoenzima CYP3A4 (citados anteriormente);
  • Beta-bloqueadores (medicamentos para a pressão alta), diuréticos (medicamento que aumenta o volume de urina) ou inibidores da ECA (medicamentos para tratamento da hipertensão), apesar destes poderem ser administrados seguramente com cloridrato de lercanidipino;
  • Cimetidina (mais de 800 mg, um medicamento para úlceras, indigestão ou pirose (queimação));
  • Digoxina (um medicamento para o tratamento de problemas cardíacos);
  • Midazolam (um medicamento que induz o sono);
  • Rifampicina (um medicamento para tratamento da tuberculose);
  • Astemizol ou terfenadina (medicamentos para alergias);
  • Amiodarona ou quinidina (medicamentos para tratamento do ritmo cardíaco acelerado);
  • Fenitoína ou carbamazepina (medicamentos para epilepsia);
  • Ou medicamentos que reduzem as chances de rejeição de órgãos transplantados (como por exemplo, ciclosporina).

A ingestão de bebidas alcoólicas durante o seu tratamento com cloridrato de lercanidipino pode aumentar os efeitos deste medicamento; portanto, você deve evitar ou reduzir estritamente o limite do seu consumo de bebidas alcoólicas.

Este medicamento deve ser administrado exclusivamente por via oral.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.

Os comprimidos deverão ser engolidos preferencialmente com um pouco de água.

O cloridrato de lercanidipino deve ser tomado de acordo com as instruções fornecidas pelo seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Usualmente, a dose diária é de um comprimido revestido de 10 mg, que deve ser administrado sempre no mesmo horário, preferencialmente pela manhã pelo menos 15 minutos antes do café da manhã, porque refeições muito gordurosas aumentam significantemente o nível sanguíneo do lercanidipino.

Quando necessário, seu médico deverá solicitar que você aumente a dose diária para um comprimido revestido de cloridrato de lercanidipino 20 mg. A dose máxima recomendada de cloridrato de lercanidipino é de 20 mg/dia, ou seja, um comprimido de 20 mg por dia.

Nas situações descritas a seguir, o início e ajuste de dose devem ser ainda mais cautelosos.

Caso você tenha mais do que 65 anos, recomenda -se iniciar o tratamento com 10 mg e aguardar pelo menos quatro semanas para ajuste da dose. Este ajuste sempre deve ser feito obedecendo rigorosamente as orientações do seu médico. Nos casos onde existe insuficiência renal (deficiência no funcionamento dos rins) ou nos casos de insuficiência hepática (mau funcionamento do fígado) de leve a moderada a ação anti-hipertensiva de cloridrato de lercanidipino pode ser intensificada levando a queda mais intensa da pressão e possível presença de sintomas como náuseas, vômitos e tonteira. Caso você seja portador de insuficiência renal ou hepática classificadas como grave, não deve fazer uso de cloridrato de lercanidipino.

Caso você tenha menos de 18 anos, não deve ingerir este medicamento.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

Caso esqueça-se de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia.

Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo. E não exceda a dose recomendada para cada dia.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Embora estudos de controle hemodinâmico tenham revelado que lercanidipino não é prejudicial às funções ventriculares, pacientes com disfunção do ventrículo esquerdo requerem atenção especial. Foi sugerido que a utilização das diidropiridinas de curta ação pode estar associada com o aumento do risco cardiovascular em pacientes com doenças cardíacas isquêmicas. Apesar de possuir ação de longa duração, é solicitado precauçã o nestes pacientes. Algumas diidropiridinas podem raramente provocar angina pectoris (dor no peito). Muito raramente pacientes com angina pectoris preexistente podem apresentar aumento na frequência, duraçã o ou gravidade destes ataques. Casos isolados de infarto do miocárdio podem ser observados.

O cloridrato de lercanidipino apresenta pouca influência sob a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas. Porém, deve-se tomar cuidado, uma vez que podem ocorrer tontura, fraqueza, fadiga e, em raros casos, sonolência.

O uso de cloridrato de lercanidipino em pacientes com síndrome do seio enfermo (tipo de alteração do ritmo cardíaco) deve ser realizado com cuidado se não estiver em uso de marcapasso no coração.

Cuidados especiais devem ser necessários quando o tratamento é iniciado em pacientes com insuficiência renal leve ou moderada ou com insuficiência hepática. O efeito anti-hipertensivo pode ser intensificado em pacientes com insuficiência hepática e, consequentemente, um ajuste na dose deve ser considerado.

Não é recomendado o uso de cloridrato de lercanidipino em pacientes com insuficiência hepática ou renal grave (TFG < 30 mL/min), incluindo pacientes sob hemodiálise e diálise peritoneal.

Embora as informações sobre os efeitos clínicos e a experiência clínica sugiram que não é necessário um ajuste da dose diária, deve-se tomar um cuidado especial ao iniciar o tratamento em idosos.

O cloridrato de lercanidipino não deve ser administrado durante a gravidez ou em mulheres férteis a menos que seja empregado método adequado de contracepção. A passagem para o leite materno pode ser esperada. Por esta razão, este medicamento não deve ser administrado em mães que estejam amamentando.

Não existem dados clínicos disponíveis que relacione o uso de lercanidipino com fertilidade. Alterações bioquímicas reversíveis na cabeça dos espermatozoides que podem prejudicar a fecundação foram relatadas em alguns pacientes tratados com bloqueadores de canal. Nos casos em que a fertilização “in vitro” repetida não é bem-sucedida e onde outra explicação não pode ser encontrada, a possibilidade de bloqueadores dos canais de cálcio como a causa deve ser considerada.

Este medicamento contém lactose.

Resumo do perfil de segurança

  • As reações adversas mais comuns, relatadas nos estudos clínicos e na experiência pós-comercialização foram: edema periférico, dor de cabeça, rubor, taquicardia e palpitações.

Lista tabulada de eventos adversos

Na tabela a seguir, as reações adversas relatadas nos estudos clínicos e na experiência global de pós-comercialização para a qual existe uma relação causal razoável, são listadas de acordo com a Classe de Sistema de Órgão MedDRA:

  • Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizaram este medicamento);
  • Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Muito rara (ocorre menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
  • Desconhecida (não pode ser estimada à partir dos dados disponíveis).

Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas observadas são apresentadas em ordem decrescente de seriedade.

Tabela 1 - Tabela de eventos adversos apresentados em ordem decrescente de seriedade:

Classe de Sistema de Órgão (MedDRA) Comum Incomum Rara Desconhecida
Distúrbios do Sistema Imunológico --- --- Hipersensibilidade (alergia ou intolerância) ---
Distúrbios do Sistema Nervoso Cefaleia (dor de cabeça) Tontura Sonolência ---
Síncope (desmaio)
Distúrbios Cardíacos Taquicardia (aceleração do ritmo cardíaco) --- Angina pectoris (dor no peito, relacionada à doença das artérias coronárias) ---
Palpitação (percepção dos batimentos cardíacos)
Distúrbios Vasculares Rubor (vermelhidão) Hipotensão (pressão baixa) --- ---
Distúrbios Gastrointestinais --- Dispineia (dificuldade respiratória, falta de ar), náusea (enjoo), dor abdominal superior Vômito Hipertrofia gengival (aumento do tamanho das gengivas)1
Diarreia Efluente peritoneal turvo (líquido peritoneal turvo em caso de diálise peritoneal)1
Distúrbios Hepatobiliares --- --- --- Aumento da Transaminase sérica (aumento das enzimas do fígado)1
Distúrbios da pele e dos tecidos subcutâneos --- Rash (erupções cutâneas) Urticária (erupção na pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira) Angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica)1
Prurido (coceira e/ou ardência)
Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e Conjuntivo --- Mialgia (dor muscular) --- ---
Distúrbios Renais e Urinários --- Poliúria (aumento do volume urinário, acompanhado ou não de um aumento da frequência urinária) Polaquiúria (aumento da frequência urinária) ---
Distúrbios Gerais e Condições do Local de Administração Edema Periférico (inchaço nas extremidades do corpo) Astenia (fraqueza) Dor no peito ---
Fadiga (cansaço)

1Reações adversas provenientes de notificações espontâneas na experiência pós-comercialização em nível mundial.

Descrição das reações adversas selecionadas

Nos estudos clínicos controlados com placebo, a incidência de edema periférico foi de 0,9% com o lercanidipino 10-20 mg e 0,83% com o placebo. Essa frequência atingiu 2 % na população geral do estudo, incluindo estudos clínicos de longo prazo.

O lercanidipino não parece influenciar os níveis sanguíneos não recomendado de açúcar ou os níveis séricos de lipídios.

Algumas diidropiridinas raramente podem levar à dor precordial ou à angina pectoris. Muito raramente, os pacientes com angina pectoris pré-existente podem sofrer aumento na frequência, duração ou gravidade desses ataques. Podem ser observados casos isolados de infarto do miocárdio.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Medicamento genérico, Lei n° 9.787, de 1999.

Comprimido revestido 10 mg e 20 mg

Embalagem contendo 15, 20, 30, 60 ou 90* unidades.

*Embalagem hospitalar.

Uso oral.

Uso adulto.

Cada comprimido de 10mg contém:

Cloridrato de lercanidipino* 10 mg
Excipientes q.s.p 1 comprimido revestido

*Equivalente a 9,4 mg de lercanidipino.

Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, povidona, amidoglicolato de sódio, copolímero de ácido metacrílico e acrilato de etila , dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, talco, óxido de ferro amarelo.

Cada comprimido de 20mg contém:

Cloridrato de lercanidipino* 20 mg
Excipientes q.s.p 1 comprimido revestido

*Equivalente a 18,8 mg de lercanidipino.

Excipientes: celulose microcristalina, lactose monoidratada, povidona, amidoglicolato de sódio, copolímero de ácido metacrílico e acrilato de etila , dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio, talco, óxido de ferro vermelho.

Na experiência pós-comercialização do lercanidipino, alguns casos de superdose foram rela tados variando de 30 – 40 mg até 800 mg incluindo relatos de tentativa de cometer suicídio.

Se você ingerir mais do que a dose prescrita pelo médico ou em caso de overdose, procure ajuda médica imediatamente e, se possível, leve com você seus comprimidos ou a embalagem do medicamento. Em vista do prolongado efeito farmacológico de lercanidipino, será necessária a monitorização por serviço médico durante um período no mínimo de 24 horas.

A dose excessiva pode fazer com que a pressão sanguínea torne-se muito baixa, e o coração comece a bater irregularmente ou rapidamente. Isto pode levar também a um estado de inconsciência. Se você tomar uma dose muito grande deste medicamento acidentalmente, deve procurar um médico ou um centro de intoxicação imediatamente. O apoio médico imediato é fundamental para adultos e crianças, mesmo se os sinais e sintomas de intoxicação não estiverem presentes.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Fale para seu médico caso esteja tomando:

  • Medicamentos que são inibidores da isoenzima CYP3A4 (citados anteriormente);
  • Beta-bloqueadores (medicamentos para a pressão alta), diuréticos (medicament o que aumenta o volume de urina) ou inibidores da ECA (medicamentos para tratamento da hipertensão), apesar destes poderem ser administrados seguramente com cloridrato de lercanidipino;
  • Cimetidina (mais de 800 mg, um medicamento para úlceras, indigestão ou pirose (queimação));
  • Fluoxetina (um medicamento para o tratamento da depressão);
  • Sinvastatina (um medicamento para o tratamento do colesterol);
  • Metoprolol (um medicamento para tratamento da pressão arterial);
  • Varfarina (um medicamento para tratamento da circulação sanguínea);
  • Digoxina (um medicamento para o tratamento de problemas cardíacos);
  • Midazolam (um medicamento que induz o sono);
  • Rifampicina (um medicamento para tratamento da tuberculose);
  • Astemizol ou terfenadina (medicamentos para alergias);
  • Amiodarona quinidina e sotalol (medicamentos para tratamento do ritmo cardíaco acelerado);
  • Fenitoína, fenobartbital ou carbamazepina (medicamentos para epilepsia);
  • Ou medicamentos que reduzem as chances de rejeição de órgãos transplantados (como por exemplo, ciclosporina).

A ingestão de bebidas alcoólicas durante o seu tratamento com cloridrato de lercanidipino pode aumentar os efeitos deste medicamento; portanto, você deve evitar ou reduzir estritamente o limite do seu consumo de bebidas alcoólicas. Este medicamento deve ser administrado exclusivamente por via oral.

Quando usado nas doses recomendadas, o risco de interação com outros medicamentos é baixo. Mesmo assim, é importante informar a seu médico sobre o uso concomitante de qualquer destas medicações, pois pode haver redução do metabolismo de cloridrato de lercanidipino e aumento de sua ação anti-hipertensiva causando queda mais acentuada da pressão arterial. Além disso, a administração conjunta com medicamentos citados pode interferir na ação dos mesmos, aumentando ou reduzindo sua eficácia. Portanto, procure sempre informar ao seu médico sobre todos os medicamentos em uso para que ele determine a segurança do uso de cloridrato de lercanidipino e oriente quanto a eventuais ajustes necessários para cada situação.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Álcool

O álcool deve ser evitado, uma vez que este pode potencializar os efeitos dos medicamentos anti-hipertensivo vasodilatadores.

Toranja ou suco de toranja (grapefruit)

O lercanidipino não deve ser ingerido com suco de toranja (grapefruit). Como ocorre com outras diidropiridinas, o metabolismo do lercanidipino é sensível à toranja ou ao suco, com consequente aumento na disponibilidade sistêmica e do efeito hipotensivo.

Resultados de Eficácia


Cloridrato de Lercanidipino apresenta umas das maiores relações vale-pico da classe. A utilização da relação vale-pico foi recomendada pelo FDA para quantificar a duração e a homogeneidade do efeito anti-hipertensivo (1). Atualmente, este parâmetro aparece na maioria dos estudos de farmacocinética e é usualmente calculado utilizando os valores de PA obtidos nas 24 horas de monitoração continua. Cloridrato de Lercanidipino apresenta relação vale-pico superior a 80% (1).

A homogeneidade desse efeito anti-hipertensivo foi avaliada por Ambrosioni e colaboradores em um estudo com MAPA, no qual a administração de 10 ou 20 mg, em tomada única diária, promoveu redução efetiva e mantida da pressão arterial durante as 24 horas, sem a ocorrência de taquicardia reflexa (2).

Quando se observa a elevada porcentagem de respondedores, conclui-se que graças a sua estrutura molecular diferenciada, alta seletividade vascular e uma das maiores relações vale-pico da classe, Cloridrato de Lercanidipino é eficaz em dose única diária e mantém esta elevada eficácia a longo prazo (2, 3). A dose de 10 mg é eficaz para a grande maioria dos pacientes, com tolerabilidade semelhante ao placebo. Entretanto, na necessidade de titulação da dose, Cloridrato de Lercanidipino 20 mg apresenta o efeito anti-hipertensivo adicional necessário, mantendo a excelente tolerabilidade (2, 3, 4).

Quando Cloridrato de Lercanidipino foi comparado aos demais diidropiridinicos, demonstrou a mesma eficácia antihipertensiva (5). No estudo comparativo de Borghi e colaboradores, os pacientes que faziam uso de outros diidropiridínicos tradicionais (anlodipino, nifedipino Oros, nitrendipino e felodipino) e iniciaram o tratamento com Cloridrato de Lercanidipino, mantiveram o mesmo controle pressórico, mesmo quando retornaram ao uso do outro antagonista de cálcio (5).

A eficácia anti-hipertensiva de Cloridrato de Lercanidipino foi demonstrada em diversos estudos comparativos contra placebo e terapias convencionais. Estes estudos comprovaram a eficácia de Cloridrato de Lercanidipino utilizado uma vez ao dia e demonstraram uma tolerabilidade superior aos antagonistas de cálcio tradicionais (4, 5, 6, 7).

O estudo coorte, multicêntrico, duplo-cego, randomizado, avaliou a eficácia e a tolerabilidade do lercanidipino, comparado ao anlodipino e lacidipino em 828 pacientes hipertensos, de ambos os sexos, com idades de 60 anos ou mais. Estes pacientes foram randomizados em grupos para receber lercanidipino 10-20 mg/dia, anlodipino 5-10 mg/dia ou lacidipino 2-4 mg/dia. O tratamento foi mantido por no mínimo de 6 semanas e no máximo 2 anos. Após 6 meses de terapêutica, a eficácia antihipertensiva não apresentou qualquer diferença estatisticamente significativa entre os 3 grupos (4).

No estudo Challenge, estudo aberto que comparou a eficácia e tolerabilidade de diversos diidropiridínicos em hipertensos ambulatoriais (pacientes na “vida real”), a terapêutica inicial (anlodipino, felodipino, nitrendipino ou nifedipino Oros) era substituída por Cloridrato de Lercanidipino 10 mg. Se após 2 semanas, os pacientes mantivessem níveis de PAS >140 mmHg e/ou PAD > 90 mmHg, aumentava-se a dose para 20 mg e o tratamento era então mantido por mais 2 semanas, totalizando 4 semanas de tratamento com Cloridrato de Lercanidipino.

Na quarta semana, os pacientes retornavam para a terapêutica inicial e então, após 8 semanas de tratamento, avaliava-se a eficácia e tolerabilidade destes pacientes antes e após a utilização de Cloridrato de Lercanidipino.

Os resultados desse estudo demonstraram que o tratamento com Cloridrato de Lercanidipino esteve associado a uma incidência significativamente menor de efeitos adversos, porém manteve a mesma eficácia antihipertensiva, mesmo após a reintrodução da terapêutica inicial com o outro diidropiridínico e sem nenhum efeito significativo na frequência cardíaca (5).

Quando Cloridrato de Lercanidipino foi comparado ao nifedipino Oros, numa população de hipertensos entre 36 e 70 anos, observou-se uma redução equipotente da pressão arterial sistólica e diastólica, que foi mantida durante todo o tratamento (7).

O tratamento em monoterapia com Cloridrato de Lercanidipino 10 ou 20 mg, demonstrou uma redução significativa da pressão arterial durante 8 semanas de tratamento e o comportamento da mesma após a reintrodução do placebo por mais 4 semanas. O tratamento com Cloridrato de Lercanidipino não exerceu efeitos negativos sobre a homeostase de glicose (8).

Em outro estudo prospectivo, multicêntrico, aberto e não comparativo com 2.793 pacientes com hipertensão leve a moderada, Cloridrato de Lercanidipino demonstrou excelente eficácia e tolerabilidade, que não foi significativamente afetada em pacientes com sobrepeso ou obesos ou ainda naqueles com maior porcentagem de gordura corporal. O bom perfil de tolerabilidade implica numa baixa taxa de abandono do tratamento, indicando a satisfatória adesão do paciente. Além disso, este estudo também demonstrou a tolerabilidade de Cloridrato de Lercanidipino em pacientes acima de 65 anos e em pacientes com diabetes tipo 2 (9).

Para comparar a eficácia anti-hipertensiva e a segurança de Cloridrato de Lercanidipino comparado ao lacidipino e nifedipino Oros em pacientes hipertensos leves a moderados, com 65 anos ou mais, foi conduzido um estudo multicêntrico, duplo-cego, randomizado, de grupos paralelos com 324 pacientes. A PAS e PAD diminuíram significativamente na semana 2 e continuaram a diminuir após 8 e 16 semanas de tratamento ativo em todos os três grupos. O efeito anti-hipertensivo de Cloridrato de Lercanidipino foi comparável ao do nifedipino Oros e melhor do que o do lacidipino. A incidência de reações adversas foi menor no grupo do Cloridrato de Lercanidipino principalmente devido à incidência significativamente menor de edema (10).

A análise dos estudos clínicos conduzidos para validar as indicações terapêuticas demonstrou, num pequeno estudo não controlado, randomizado, realizado com pacientes com hipertensão grave (média da pressão sanguínea diastólica de 114,5 ± 3,7 mmHg) mostrou que a pressão sanguínea foi normalizada em 40% dos 25 pacientes que recebiam 20 mg/dia de Cloridrato de Lercanidipino e em 56% dos 25 pacientes que recebiam diariamente 10 mg duas vezes ao dia de Cloridrato de Lercanidipino (11). Num outro estudo, duplo-cego, randomizado, controlado versus placebo em pacientes com hipertensão sistólica isolada, Cloridrato de Lercanidipino foi eficaz em reduzir a pressão sanguínea sistólica de valores iniciais médios de 172,6 ± 5,6 mmHg para 140,2 ± 8,7 mmHg (12).

Referências bibliográficas:

1- Macchiarulo C et al. Antihypertensive effects of six calcium antagonists: evidence from fourier analyses of 24-hour blood pressure recordings. Curr Ther Res 2001; 62(4):236.
2- Ambrosioni E et al. Activity of Lercanidipine administered in single and repeated doses once daily as monitored over 24 hours in patients with mild to moderate essencial hypertension. J Cardiovasc Pharmacol 1997; 29 (suppl 2): S16.
3- Circo A. Active dose findings for Lercanidipine in a double blind, placebo-controlled design in patients with mild to moderate hypertension. J Cardiovasc Pharmacol 1997; 29 (suppl 2): S21.
4- Leonetti G et al. Tolerability of long term treatment with Lercanidipine versus anlodipine and lacidipine in eldery hypertensives. AJH 2002;15:932.
5- Borghi C et al. Improved tolerability of the dihydropyridine calcium-channel antagonist Lercanidipine: the Lercanidipine challenge trial. Blood Press 2003; 12 (suppl 1):14.
6- Barrios V, Navarro A, Esteras A et al.; Investigators of ELYPSE Study (Eficacia de Lercanidipino y su Perfil de Seguridad). Antihypertensive efficacy and tolerability of lercanidipine in daily clinical practice. The ELYPSE study. Blood Press 2002; 11: 95–100.
7- Fogari R et al. Comparative effect of lercanidipine and nifedipine gastrointestinal therapeutic system on ankle volume and subcutaneous interstitial pressure in hypertensive patients: a double-blind, randomized, parallel-group study. Curr Ther Res 2000;61:850.
8- Viviani GL et al. Lercanidipine in type II diabetic patients with mild to moderate arterial hypertension. J Cardiovasc Pharmacol 2002; 40: 133.
9- Barrios V. on behalf of LERZAMIG Investigators: The effectiveness and tolerability of Lercanidipine is independent of body mass index or body fat percent. The LERZAMIG study. Br J Cardiol, 13: 434-440, 2006.
10- Cherubini A., Fabris F., Ferrari E., et al. Comparative effects of Lercanidipine, Lacidipine and Nifedipine gastrointestinal therapeutic system on blood pressure and heart rate in elderly hypertensive patients: the elderly and Lercanidipine (ELLE) study. Arch Gerontol Geriatr, 37: 203-212, 2003.
11- Meredith P.A. Lercanidipine: a novel lipophilic dihydropyridine calcium antagonist with long duration of action and high vascular selectivity. Exp. Opin. Invest. Drugs 1999;8 (7): 1043- 1062).
12- Barbagallo Sangiorgi G. A study of the efficacy and tolerability of lercanidipine as sole treatment in elderly patients with isolated systolic hypertension. A multi-center double blind comparison with placebo. Aging Clin.Exp.Res. - Vol. 12, N.5 Pag.375-79.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

O Cloridrato de Lercanidipino, princípio ativo deste medicamento, pertence ao grupo farmacoterapêutico dos bloqueadores seletivos do canal de cálcio. O lercanidipino é um antagonista do cálcio do grupo das diidropiridinas que inibe o influxo transmembrana do íon cálcio no interior dos músculos cardíaco e liso vascular. O mecanismo de ação anti-hipertensiva do lercanidipino deve-se ao seu efeito relaxante direto na musculatura vascular lisa, reduzindo, desta maneira, a resistência periférica total. Apesar da sua curta meia-vida plasmática, o lercanidipino é dotado de prolongada ação anti-hipertensivo, devido ao seu alto coeficiente de partição na membrana bi-lipídica das células musculares dos vasos sanguíneos, e é destituído de efeito inotrópico negativo devido a sua alta seletividade vascular. Uma vez que a vasodilatação induzida pelo Cloridrato de Lercanidipino é gradual no começo, hipotensão aguda com taquicardia reflexa foi raramente observada em pacientes hipertensos.

Assim como outras 1,4-diidropiridinas assimétricas, a ação anti-hipertensiva do lercanidipino deve-se, principalmente, ao seu enantiômero (S).

Propriedades Farmacocinéticas

Cloridrato de Lercanidipino é completamente absorvido após administração oral de 10- 20 mg, e os picos plasmáticos são, respectivamente, 3,30 ng/mL ± 2,09 e 7,66 ng/mL ± 5,90, e ocorrem entre 1,5 a 3 horas após a administração. Os dois enantiômeros de lercanidipino mostram um perfil similar de níveis plasmáticos: o tempo para alcançar o pico da concentração plasmática é o mesmo, o pico da concentração plasmática e área sob a curva (AUC) são, em média, 1,2 vezes mais alto para o enantiômero (S) e a meia-vida de eliminação dos dois enantiômeros é essencialmente a mesma. Nenhuma interconversão “in vivo” dos enantiômeros foi observada. Devido ao alto metabolismo de primeira passagem, a biodisponibilidade absoluta de Cloridrato de Lercanidipino administrado oralmente, após a alimentação, a pacientes sadios, é cerca de 10%, entretanto ela é reduzida a 1/3 quando a administração ocorre em jejum.

A disponibilidade por via oral do lercanidipino aumenta 4 vezes quando este é ingerido em um período de até 2 horas após uma refeição com alto teor de gordura. A distribuição plasmática para os tecidos e órgãos é ampla e rápida. A taxa de ligação às proteínas plasmáticas do lercanidipino é superior a 98%. Como o nível destas proteínas apresenta-se reduzido em pacientes com grave insuficiência renal ou hepática, a fração livre de lercanidipino nestes pacientes pode estar aumentada. O lercanidipino é amplamente metabolizado no fígado, pela CYP3A4. O fármaco inalterado não é encontrado na urina ou nas fezes. O lercanidipino é, predominantemente, convertido a metabólitos inativos, dos quais cerca de 50% são excretados na urina. Experimentos “in vitro” com microssomos hepáticos humanos demonstraram que lercanidipino apresenta vários graus de inibição de CYP3A4 e CYP2D6, nas concentrações de 160 e 40 vezes, respectivamente, mais altas que aquelas atingidas do pico plasmático depois de doses de 20 mg.

Além disso, estudos de interação em humanos mostraram que lercanidipino não modificou os níveis plasmáticos de midazolam, um substrato típico de CYP3A4, ou de metoprolol, um substrato típico de CYP2D6. Entretanto, inibição da biotransformação de fármacos metabolizados por CYP3A4 e CYP2D6 devido ao Cloridrato de Lercanidipino não é esperada em doses terapêuticas. A meia-vida de eliminação média final de 8- 10 horas foi calculada e a atividade terapêutica dura por 24 horas devido ao alto grau de ligação às membranas lipídicas. Não se observou o acúmulo de lercanidipino após administrações repetidas. A administração oral de Cloridrato de Lercanidipino leva a níveis plasmáticos de lercanidipino indiretamente proporcionais à dose (cinética não linear). Após a administração de 10, 20 ou 40 mg de lercanidipino, os picos de concentração plasmática observadas foram na proporção de 1:3:8 e as áreas das curvas de concentração plasmática versus tempo, na proporção de 1:4:18, sugerindo uma progressiva saturação do metabolismo de primeira passagem. Consequentemente, a disponibilidade da droga aumenta com a elevação da dose. Em pacientes idosos ou portadores de insuficiência renal ou hepática leve ou moderada, o perfil farmacocinético do lercanidipino mostrou-se similar ao observado na população geral de pacientes.

Pacientes com insuficiência renal grave ou dependente de diálise apresentaram níveis mais elevados do fármaco (cerca de 70%). Em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave é provável que ocorra o aumento da biodisponibilidade sistêmica de lercanidipino, pois este, em condições normais, é extensivamente metabolizado pelo fígado.

Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Aspecto do medicamento

  • Comprimido revestido de 10 mg, na cor amarela, circular, biconvexo e liso.
  • Comprimido revestido de 20 mg, na cor rosa, circular, biconvexo e liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

MS-1.0235.1137

Farm. Resp.:
Dra Telma Elaine Spina
CRF-SP nº 22.234

Registrado, fabricado e embalado por:
EMS S/A.
Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08
Bairro Chácara Assay
Hortolândia/SP – CEP: 13186-901
CNPJ: 57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira.

Ou

Para a concentração 10 mg:
Fabricado por:
Novamed Fabricação de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Manaus/AM

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Cloridrato de Lercanidipino EMS

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Necessita de Receita:

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Categoria do Medicamento:

Classe Terapêutica:

Especialidades:

Cardiologia

Angiologia

CLORIDRATO DE LERCANIDIPINO EMS É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


Sobre a EMS

Fundada há mais de 50 anos, a EMS é líder no segmento farmacêutico há mais de uma década. A sua consolidação no panorama nacional é resultado de muito investimento em pesquisa e desenvolvimento.

A liderança de mercado no Brasil também se deu pela agilidade e o caráter pioneiro, que construíram uma relação de confiabilidade com a classe médica. Com diversos produtos no segmento farmacêutico, a EMS continua investindo e crescendo para um futuro ainda mais promissor.

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Imagem 1 do medicamento Cloridrato de Lercanidipino EMS
Imagem 1 do medicamento Cloridrato de Lercanidipino EMS
Cloridrato de Lercanidipino EMS 20mg, caixa com 30 comprimidos revestidosCloridrato de Lercanidipino EMS 10mg, caixa com 30 comprimidos revestidos

Dose

Ajuda

20mg

10mg

Forma Farmacêutica

Ajuda

Comprimido revestido

Comprimido revestido

Quantidade na embalagem

Ajuda

30 Unidades

30 Unidades

Modo de uso

Uso oral

Uso oral

Substância ativa

Cloridrato de LercanidipinoCloridrato de Lercanidipino

Preço Máximo ao Consumidor/SP

R$ 136,31

R$ 112,25

Preço de Fábrica/SP

R$ 98,60

R$ 81,20

Tipo do Medicamento

Ajuda

Genérico

Genérico

Pode partir?

Ajuda

Este medicamento não pode ser partido

Este medicamento não pode ser partido

Registro Anvisa

1023511370088

1023511370037

Precisa de receita

Sim, precisa receita

Sim, precisa receita

Tipo da Receita

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Código de Barras

7896004753102

7896004753089

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