A epinefrina (adrenalina) é um hormônio produzido pela medula suprarrenal, classificado como agonista adrenérgico de ação direta e não seletiva nos receptores α1, α2, β1 e β2. Efrinalin® atua no coração, o músculo liso vascular ou outros músculos lisos.
Este medicamento é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos componentes deste produto.
O uso de Efrinalin® é contraindicado em pacientes com glaucoma de ângulo fechado (congestivo), em choque e durante anestesia com hidrocarbonetos halogenados ou ciclopropano e nas lesões cerebrais orgânicas. Também é contraindicado nas anestesias de certas áreas como dedos das mãos e pés devido à vasoconstrição (estreitamento de vaso sanguíneo), que pode levar à gangrena no local; no trabalho de parto; em pacientes com dilatação cardíaca e na insuficiência coronariana (má circulação de sangue no coração).
Efrinalin® está contraindicado para pacientes que estão recebendo antagonistas bloqueadores não seletivos dos receptores β, visto que suas ações sobre os receptores α1 vasculares podem resultar em hipertensão e hemorragia cerebral graves.
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Efrinalin® pode ser administrado por via subcutânea, intramuscular, intravenosa ou intracardíaca.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Efrinalin® é exclusivamente utilizado em tratamentos emergenciais e não deve ser utilizado como tratamento de longo prazo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Não aplique as injeções repetidas de Efrinalin® em um mesmo local. A vasoconstrição (estreitamento de vaso sanguíneo) resultante pode causar necrose do tecido. A injeção na nádega pode não proporcionar um tratamento eficaz da anafilaxia (alergia) e tem sido associada ao desenvolvimento de infecções Clostridiais (gangrena gasosa) (morte do tecido local).
A epinefrina é um forte vasoconstritor. A injeção acidental nas mãos ou pés pode resultar na perda do fluxo sanguíneo para a área afetada e na necrose (morte) dos tecidos.
Quando a adrenalina é administrada por via intravenosa (na veia), verifique frequentemente o local de infusão para garantir um fluxo livre.
Há potencial para gangrena numa extremidade inferior quando são administradas infusões de catecolamina em uma veia do tornozelo.
A resposta individual à epinefrina (adrenalina) pode variar significativamente, devendo-se monitorar a pressão arterial frequentemente e titular (gotejar) a infusão para evitar aumentos excessivos da pressão arterial. Os pacientes que fazem uso de inibidores da monoamina oxidase (IMAO) ou antidepressivos da tríptil ou imipraminétipos podem apresentar hipertensão grave e prolongada ao receberem epinefrina (adrenalina).
A epinefrina (adrenalina) aumenta o débito cardíaco (velocidade do sangue produzido pelo batimento cardíaco) e provoca vasoconstrição periférica, o que pode resultar em edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões).
A epinefrina (adrenalina) contrai os vasos sanguíneos renais, o que pode resultar em oligúria (diminuição de urina) ou insuficiência renal (redução no funcionamento do rim).
A epinefrina (adrenalina) pode induzir arritmias cardíacas e isquemia miocárdica (falta de sangue no coração) em pacientes, especialmente naqueles que sofrem de doença arterial coronária ou cardiomiopatia (doença no coração).
Efrinalin® contém bissulfito de sódio que pode causar reações alérgicas leves a graves, incluindo anafilaxia (alergia) ou episódios asmáticos em indivíduos susceptíveis. Contudo, a presença de bissulfito neste produto não deve impedir a sua utilização para o tratamento de alergias graves ou outras emergências mesmo que o paciente seja sensível ao sulfito, uma vez que as alternativas à utilização de epinefrina (adrenalina) numa situação de risco de vida podem não ser satisfatórias.
Efrinalin® deve ser administrado com cautela em pacientes geriátricos (idosos), nas doenças cardiovasculares (no coração), hipertensão (pressão alta), diabetes mellitus, hipertireoidismo (problema na tireoide), psiconeurose (distúrbio neurótico), asma brônquica de longa duração e enfisema (doença nos pulmões) com desenvolvimento de doença cardíaca degenerativa. A superdose ou a injeção intravenosa acidental pode causar hemorragia cerebrovascular (AVC). Pode ocorrer edema pulmonar (acúmulo de líquido nos pulmões) devido à constrição periférica e estimulação cardíaca produzidas.
Nestes casos, a utilização imediata de vasodilatadores (dilatadores do vaso sanguíneo) como nitritos ou agentes alfa-bloqueadores podem reduzir os fortes efeitos pressores (aumento de pressão) da adrenalina.
A epinefrina (adrenalina) demonstrou ser eficaz em crianças e, nas doses eficazes, não provocou efeitos secundários ou outros problemas diferentes dos observados em adultos.
O produto pode ser utilizado por pacientes com idade acima de 65 anos, desde que se observem as precauções necessárias. Esses pacientes são mais sensíveis aos efeitos da dose utilizada para adultos. Em um estudo farmacocinético de epinefrina administrada por infusão (na veia) em 45 minutos em homens saudáveis com idades entre 20 e 25 anos e entre 60 e 65 anos, a taxa de depuração (purificação) metabólica média de epinefrina (adrenalina) em estado de equilíbrio plasmático (na corrente sanguínea) foi maior entre os homens mais velhos (144,8 contra 78 mL/kg/min para uma velocidade de infusão de 0,0143 μg/kg/min).
Categoria de risco na gravidez: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não foram realizados estudos toxicológicos de epinefrina (adrenalina) na reprodução e desenvolvimento de animais. Não se sabe também se a epinefrina (adrenalina) pode causar dano ao feto quando administrada a uma mulher grávida ou afetar a capacidade reprodutiva. Efrinalin® deve ser administrado a mulheres grávidas apenas se for realmente necessário.
Podem ocorrer efeitos adversos menores e passageiros, especialmente na presença de hipertireoidismo, como: ansiedade, fobias, cefaleia e palpitações. Injeções locais repetidas podem causar necrose devido à constrição vascular. O uso prolongado pode provocar tolerância.
As reações adversas comuns mais frequentes são ansiedade, apreensão, inquietude, tremor, fraqueza, tontura, transpiração, palpitações, palidez, náusea, cefaleia e dificuldades respiratórias. Estes sintomas podem ocorrer em pessoas recebendo doses terapêuticas de epinefrina (adrenalina), mas são mais susceptíveis de ocorrer em pacientes com doenças cardíacas, hipertensão ou hipertiroidismo.
A injeção na nádega resultou em casos de gangrena gasosa.
Casos raros de infecções graves da pele e dos tecidos moles, incluindo fascite necrosante e mionecroses causadas por Clostridia (gangrena gasosa), foram relatados após injeção de epinefrina na coxa.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Solução injetável 1 mg/mL. Embalagem com 100 ampolas de 1 mL.
Via de administração: subcutânea, intramuscular, intravenosa ou intracardíaca.
Uso adulto e pediátrico.
Hemitartarato de epinefrina | 1,82 mg (equivalente a 1 mg de epinefrina base) |
Excipientes q.s.p. | 1,0 mL |
Excipientes: bissulfito de sódio, cloreto de sódio, edetato dissódico, ácido clorídrico e água para injetáveis.
Atenção: Este medicamento contém bissulfito de sódio, que pode causar reações alérgicas graves, principalmente em pacientes asmáticos.
A inativação dos efeitos de Efrinalin® no organismo é o tratamento primário de suporte, visto ser sua duração de ação menor do que 1 a 4 horas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
A Epinefrina subcutânea em solução 1: 1000 é efetiva na reversão da crise asmática aguda grave, segundo evidenciaram Linet all. Os investigadores compararam os resultados obtidos com o uso parenteral da Epinefrina ou a administração de terbutalina pela nebulização no desfecho da crise asmática que atinge crianças. O grupo de crianças que recebeu Epinefrina 0,01mL/Kg na apresentação 1:1000 cursou com melhores valores da saturação de oxigênio (p < 0,001) e de volume expiratório forçado de primeiro segundo (p = 0,027) em relação aos que recebera terbutalina.
Kitoet all realizaram um estudo com oitenta pacientes, estado físico ASA I ou ASA II, que iriam realizar cirurgia urológica ou ginecológica. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em quatro grupos de acordo com a mistura das drogas injetadas. Todos os grupos receberam 60mg de lidocaína hiperbárica em 7,5% de solução de dextrose com as seguintes associações: grupo A (controle) - 0,6mL de solução isotônica de cloreto de sódio; grupo B - Epinefrina (1: l000) 0,2mL (0,2mg) + solução isotônica de cloreto de sódio 0,4mL; grupo C - Epinefrina 0,4mL (0,4mg) + solução isotônica de cloreto de sódio 0,2mL e grupo D - Epinefrina 0,6mL (0,6mg). A adição de Epinefrina (Grupos B, C, e D) prolongou o tempo para a regressão do nível analgésico para com os do grupo A (P < 0,05), com maior prolongamento observado no grupo D. O uso do fármaco na solução 1: 1000 em associação com o anestésico lidocaína resulta em maior duração do efeito analgésico, sendo este tempo dependente diretamente da dose de Epinefrina empregada. Assim, a Epinefrina possibilita a postergação da ação analgésica dos anestésicos aplicados nos segmentos lombossacro e torácico da coluna vertebral.
Referências bibliográficas
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Lin YZ, Hsieh KH, Chang LF, Chu CY. Terbutaline nebulization and epinephrine injection in treating acute asthmatic children. PediatrAllergyImmunol. 1996 May; 7 (2): 95 - 9.
A ação da Epinefrina assim como as demais substâncias simpatomiméticas, correlaciona-se principalmente ao receptor ao qual se interage. Após a ocorrência dessa interação, há uma alteração da permeabilidade da membrana celular, desencadeando uma série de reações intracelulares, na dependência do tipo de receptor e tecido envolvido com o local onde se deu a ligação.
Especificamente, a Epinefrina interage-se com os receptores α e β, assim como com alguns de seus subtipos. Esses receptores localizam-se nas terminações nervosas pré-sinápticas e em algumas pós-sinápticas. Essas terminações podem sem observadas perifericamente, no tecido vascular e adiposo, assim como no coração, pulmões, plaquetas, leucócitos, rins, entre outros.
Existem dois subtipos de receptores α-adrenérgicos (α1 e α2, sendo esses subdividos em outros três subtipos) e três subtipos de receptores β-adrenérgicos (β1, β2 e β3). Ao serem ativados, observam-se os seguintes principais eventos:
Por via subcutânea, a Epinefrina apresenta uma absorção lenta, em decorrência da vasoconstrição local. Contudo, pela via muscular, sua absorção se dá de forma mais rápida, tendo em vista a maior vascularização.
A Epinefrina atravessa pouco a barreira hematoencefálica, pois possui baixa lipossolubilidade, apresentando, portanto, poucos efeitos no encéfalo. Não obstante, a Epinefrina é capaz de atravessar a barreira placentária e afetar a circulação fetal.
A Epinefrina é rapidamente metabolizada e inativada por processos que incluem difusão e degradação enzimática, tanto no fígado, quanto nos tecidos em que atua nos sítios de sua utilização neuronal.
É degradada pelas enzimas catecol-O-metiltransferase (COMT) e monoamino oxidase (MAO), presentes em grande quantidade no fígado. De forma geral, a Epinefrina é convertida em metanefrina, através de uma reação de metilação promovida pela COMT e, posteriormente, sofre um processo de oxidação, desempenhado pela MAO, gerando o ácido 3-metoxi-4-hidroxifenilglicol (ácido vanilmandélico – VMA) ou então é convertido, também por essa enzima, em ácido 3,4-dihidroximandélico. Este último ácido pode ser novamente metilado pela COMT e transformado, mais uma vez, em 3-metoxi-4-hidroxifenilglicol.
Os produtos da conversão da Epinefrina são eliminados principalmente pela urina em indivíduos normais. Entretanto, na presença de situações patológicas como o feocromocitoma (um tumor da medula adrenal produtos de catecolaminas), pode-se observar uma elevada concentração desses metabólitos, como também de Epinefrina e norepinefrina.
O tempo de meia-vida da Epinefrina é extremamente curto (cerca de 1 minuto).
Efrinalin® deve ser conservado na embalagem original, em temperatura entre 2°C e 8°C (refrigerador) e protegido da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Desprezar o restante da solução não utilizado da ampola.
Solução límpida, incolor a levemente amarelada, inodora, ligeiramente ácida, e isenta de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Registro M.S. n°: 1.1637.0081
Farm. Resp.:
Eliza Yukie Saito
CRF-SP n° 10.878
Registrado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0001-60
Rodovia Raposo Tavares Km 30,5 n° 2833 - Prédio 100
CEP 06705-030 - Cotia – SP
Fabricado por:
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SAC:
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Venda sob prescrição médica.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 22 de Setembro de 2023