O Enalaprev® é indicado no tratamento de cães com insuficiência cardíaca leve, moderada ou severa (classe II, III e IV – conforme NYHA modificada) devido à regurgitação da válvula mitral (doença valvular crônica) e/ou contratilidade ventricular reduzida (cardiomiopatia dilatada). Terapias associadas devem ser utilizadas com Enalaprev® incluindo a furosemida com ou sem digoxina no tratamento da doença valvular crônica e furosemida com digoxina no tratamento de cardiomiopatia dilatada.
Enalaprev® é indicado para o tratamento de todos os graus de insuficiência cardíaca em cães. A insuficiência cardíaca é classificada em 3 classes de acordo com a NYHA (Classificação funcional da New York Heart Association).
O maleato de enalapril age mais no sentido de melhorar e controlar os sinais clínicos associados com a insuficiência cardíaca, do que para reverter a degeneração das válvulas átrio-ventriculares ou de resolver as causas correlatas da doença miocárdica na cardiomiopatia dilatada. A eficácia do produto na insuficiência cardíaca causada por etiologias diferentes daquelas citadas acima não foram demonstradas.
Enalaprev® é indicado no tratamento da hipertensão essencial em todos os graus, de hipertensão renovascular e em todos graus de insuficiência cardíaca. Em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática é indicado para aumentar a sobrevida, retardar a progressão e reduzir a hospitalização por insuficiência cardíaca.
A segurança do maleato de enalapril em cães reprodutores ainda não foi estabelecida. O uso em cadelas gestantes e em lactação não é recomendado.
Hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
O produto deve ser administrado por via oral, puro ou misturado no alimento. A dosagem inicial recomendada em cães é de 0,5 mg de maleato de enalapril/kg de peso corporal, administrado por via oral uma vez ao dia com ou sem alimento. Na ausência de uma resposta clínica adequada dentro de duas semanas, a frequência de administração deve ser aumentada para duas vezes ao dia com uma dose total diária de 1 mg/kg.
A resposta clínica deve ser avaliada com base em critérios que incluem exame físico, nível da congestão pulmonar e/ou edema demonstrado por radiografia torácica, nível de atividade do paciente e tolerância a exercícios físicos. O início do aumento da dosagem pode ser antecipado, caso haja sinais de piora dos sintomas clínicos na insuficiência cardíaca.
Os cães devem estar recebendo doses adequadas da furosemida pelo menos 2 dias antes do tratamento com Enalaprev® e caso seja necessário, doses adequadas de digoxina devem estar sendo administradas pelo menos 4 dias antes do início da terapia com o produto.
A síndrome da insuficiência cardíaca congestiva é complexa e usualmente requer múltiplas terapias, sendo importante estabelecer um diagnóstico preciso.
O diagnóstico é baseado num exame clínico completo, auscutação, eletrocardiografia, radiografia, ecocardiografia e testes laboratorias pertinentes que incluem hematologia, bioquímica e urinálise. A observação por parte do proprietário é fundamental para o sucesso da monitoração do paciente.
Durante a terapia de longa duração os cães devem ser avaliados aproximadamente a cada 3 meses, a não ser que necessitem uma avaliação mais frequente. Para cães que recebem terapia com digoxina, a concentração sérica desta droga deve ser monitorada durante as avaliações de rotina ou quando houver sintomas de inapetência, vômitos e diarréia.
Podem ocorrer hipotensão, insuficiência renal aguda e raramente hipercalemia.
Como o tratamento de insuficiência cardíaca envolve 3 drogas, torna-se difícil relacionar efeitos adversos a uma droga individualmente. Foi observada ocorrência de azotemia em 20% a 30% dos animais recebendo tratamento.
Outros efeitos observados foram atribuídos ao tratamento com furosemida e digoxina e ao processo da doença e redução da atividade. Vômitos e outros sinais associados com o trato gastrointestinal podem ser encarados como resultado de toxicidade da associação digoxina e furosemida ou furosemida e maleato de enalapril.
Cartuchos contendo blister com 10, 20 ou 30 comprimidos.
Uso oral.
Uso veterinário.
Maleato de enalapril | 5,0 mg |
Excipiente q.s.p. | 230,0 mg |
Animais que receberam maleato de enalapril na dose de 15 mg/kg/dia (15 vezes a dose recomendada) durante cerca de 1 ano, não demonstraram efeitos adversos. Em estudos de toxicidade subaguda, foram administrados em cães, doses de 10 mg, 30 mg, 90 mg, 100 mg e 200 mg/kg/dia por períodos mais curtos. Em estudo de toxicidade oral aguda, foi observada morte com a dose de 200 mg/kg/dia mas isso não ocorreu com a dosagem de 100 mg/kg/dia. Em estudos com duração de 1 a 3 meses, foi observada morte em cães que receberam doses muito altas de 30 mg a 90 mg/kg/dia.
Os sinais registrados nesses animais foram vômitos, anorexia, perda de peso, redução da atividade, desidratação e tremores. Na dose mais alta de 90 mg/kg/dia, foi observada nefrose, caracterizada por danos aos túbulos, cristais e mineralização, vacuolização citoplasmática e lipídios difusamente distribuídos nos túbulos renais. Alterações secundárias consistiram em aumento da ureia e do potássio sérico, com redução de íons cloro no sangue. Não foram verificadas alterações causadas pela droga nas eletrocardiografias.
Enalaprev® pode ser utilizado concomitantemente com outras terapias que podem incluir a furosemida, digoxina, antiarrítmicos, beta bloqueadores, broncodilatadores e antitussígenos utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca em cães. O Enalaprev® pode ser utilizado em combinação com dietas com baixos teores de sódio. A segurança do produto utilizado com outras drogas cardiovasculares, por exemplo: vasodilatadores, ainda não foi estabelecida.
O uso de diuréticos é considerado parte importante da terapia da insuficiência cardíaca. O resultado é que alguns cães são mantidos ligeiramente desidratados para controlar a doença. Se a função cardíaca é deficiente, o volume de sangue que atinge os rins é reduzido, levando a azotemia pré-renal. Se o fluxo renal já prejudicado pela deficiência cardíaca é ainda comprometido pela redução do volume, a azotemia pré-renal é exacerbada.
Em cães normais, a azotemia pré-renal é confirmada pelo exame da densidade da urina. Porém, a administração de diuréticos torna o diagnóstico inválido. Ensaios clínicos indicaram que os cães com insuficiência cardíaca recebendo terapia com furosemida podem ter elevações nos níveis de ureia e creatinina. As manifestações clínicas das síndromes da insuficiência cardíaca podem concluir azotemia pré-renal, que é definida como uma elevação nos níveis da ureia e da creatinina no sangue com urinálise normal. Isso normalmente é resultado de uma redução do fluxo renal induzido por uma performance cardiovascular deficitária.
Compostos que causam depleção de volume, como diuréticos e inibidores de enzimas conversoras de angiotensina, podem baixar a pressão sanguínea sistêmica, o que pode mais tarde diminuir a perfusão renal e levar ao desenvolvimento de azotemia. Cães com doença renal não detectável, podem desenvolver aumentos menores ou transitórios de nitrogênio uréico no sangue ou creatinina sérica, quando o produto é administrado concomitantemente com a furosemida.
Um estudo multicêntrico, duplo-cego e controlado com placebo sobre disfunção ventricular esquerda (Studies of Left Ventricular Dysfunction, SOLVD) avaliou os efeitos de Maleato de Enalapril em 6.797 pacientes; destes, 2.569 pacientes com todos os graus de insuficiência cardíaca sintomática (principalmente leve a moderada, classes II e III da New York Heart Association – NYHA) foram distribuídos de modo randômico para o braço de tratamento e 4.228 pacientes com disfunção assintomática do ventrículo esquerdo, para o braço de prevenção. Os resultados combinados demonstraram redução do risco global dos principais eventos isquêmicos. Maleato de Enalapril reduziu a incidência de infarto do miocárdio e o número de hospitalizações decorrentes de angina instável em pacientes com disfunção ventricular esquerda.
Além disso, no braço de prevenção, Maleato de Enalapril preveniu de forma significativa o desenvolvimento da insuficiência cardíaca sintomática e reduziu o número de hospitalizações por insuficiência cardíaca. No braço de tratamento, Maleato de Enalapril, como adjuvante ao tratamento convencional, reduziu significativamente a taxa global de mortalidade e hospitalização por insuficiência cardíaca e melhorou a classificação funcional de acordo com os critérios da NYHA.
Em um estudo semelhante que envolveu 253 pacientes com insuficiência cardíaca grave (classe IV da NYHA), demonstrou-se que Maleato de Enalapril melhorou os sintomas e reduziu a mortalidade significativamente.
As propriedades cardioprotetoras de Maleato de Enalapril foram demonstradas nesses estudos pelos efeitos benéficos na sobrevida e no retardamento da progressão da insuficiência cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca sintomática, no retardamento do desenvolvimento de insuficiência cardíaca sintomática em pacientes assintomáticos com disfunção ventricular esquerda e na prevenção de eventos isquêmicos coronarianos em pacientes com disfunção ventricular esquerda, especificamente na redução da incidência de infarto do miocárdio e de hospitalização por angina instável.
O sal maleato de enalapril, um derivado de dois aminoácidos (L-alanina e L-prolina). Após administração por via oral, o enalapril é rapidamente absorvido e, a seguir, hidrolisado a enalaprilato, um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) não sulfidrílico, de longa ação e altamente específico.
Maleato de Enalapril é indicado para o tratamento de todos os graus de hipertensão essencial e para tratamento da hipertensão renovascular. Pode ser usado isoladamente, como terapia inicial, ou simultaneamente com outros anti-hipertensivos (particularmente diuréticos).
Maleato de Enalapril também é indicado para o tratamento e a prevenção de insuficiência cardíaca.
A enzima conversora da angiotensina (ECA) é uma peptidil-dipeptidase que catalisa a conversão da angiotensina I à substância pressora angiotensina II. Depois da absorção, o enalapril é hidrolisado a enalaprilato, o qual inibe a enzima conversora da angiotensina. A inibição da ECA resulta na diminuição da angiotensina II plasmática, o que aumenta a atividade da renina plasmática (em razão da remoção do feedback negativo da liberação de renina) e diminui a secreção de aldosterona.
A enzima conversora da angiotensina é idêntica à cininase II, portanto o enalapril pode também bloquear a degradação de bradicinina, um potente vasopressor peptídico. Entretanto, ainda não foi esclarecido como isso gera o efeito terapêutico. Apesar de se acreditar que o mecanismo pelo qual o enalapril diminui a pressão arterial seja essencialmente pela supressão do sistema renina-angiotensina-aldosterona, o qual desempenha importante papel na regulação da pressão arterial, o enalapril é anti-hipertensivo mesmo em pacientes hipertensos com renina baixa.
O maleato de enalapril oral é rapidamente absorvido e as concentrações máximas plasmáticas de enalapril ocorrem em uma hora. Com base na recuperação na urina, a taxa de absorção do maleato de enalapril oral é de aproximadamente 60%.
Após a absorção, o enalapril oral é rápida e extensivamente hidrolisado a enalaprilato, um potente inibidor da enzima conversora de angiotensina. As concentrações máximas plasmáticas do enalaprilato ocorrem 3 a 4 horas depois de uma dose oral de maleato de enalapril. A excreção do enalapril é principalmente renal. Os principais componentes na urina são: enalaprilato, que contribui com 40% da dose, e enalapril intacto.
Exceto pela conversão a enalaprilato, não há evidência de metabolismo significante do enalapril. O perfil de concentração sérica do enalaprilato exibe uma fase terminal prolongada, aparentemente associado à ligação com a ECA. Em indivíduos com função renal normal, as concentrações séricas em estado de equilíbrio do enalaprilato foram atingidas por volta do quarto dia da administração do maleato de enalapril.
A meia-vida efetiva para acúmulo do enalaprilato após múltiplas doses de maleato de enalapril oral é de 11 horas. A absorção do maleato de enalapril oral não é influenciada pela presença de alimentos no trato gastrintestinal. A extensão da absorção e a hidrólise do enalapril são semelhantes para as diversas doses na faixa terapêutica recomendada.
A administração do maleato de enalapril a pacientes hipertensos resulta na redução da pressão arterial tanto na posição supina como de pé sem aumento significativo da frequência cardíaca.
Hipotensão sintomática postural não é frequente. Em alguns pacientes, a redução ideal da pressão arterial pode requerer várias semanas de tratamento. A retirada abrupta de maleato de enalapril não foi associada ao rápido aumento da pressão arterial.
A inibição efetiva da atividade da ECA usualmente ocorre 2 a 4 horas depois da administração oral de uma única dose de enalapril. O início da atividade anti-hipertensiva geralmente foi observado em uma hora e as reduções máximas, 4 a 6 horas após a administração. A duração do efeito é relacionada à dose. Entretanto, nas doses recomendadas, demonstrou-se que os efeitos anti-hipertensivo e hemodinâmico mantêm-se durante 24 horas, no mínimo.
O tratamento anti-hipertensivo com enalapril induz regressão significativa da hipertrofia ventricular esquerda, preservando o desempenho sistólico do ventrículo esquerdo.
Em estudos hemodinâmicos que envolveram pacientes com hipertensão essencial, a redução da pressão arterial foi acompanhada de redução da resistência arterial periférica e aumento do débito cardíaco, bem como pequena ou nenhuma alteração da frequência cardíaca. Após a administração do maleato de enalapril, o fluxo sanguíneo renal aumentou e a taxa de filtração glomerular não se alterou. Entretanto, em pacientes cujas taxas de filtração glomerular eram baixas antes do tratamento, geralmente ocorreu aumento.
A administração crônica de Maleato de Enalapril para pacientes com hipertensão essencial e insuficiência renal pode estar associada à melhora da função renal, evidenciada pelo aumento da taxa de filtração glomerular.
Em estudos clínicos de curta duração que envolveram pacientes nefropatas com e sem diabetes, foram observadas reduções da albuminúria, da excreção de IgG e das proteínas totais na urina após a administração de enalapril.
Quando administrado com diuréticos tiazídicos, os efeitos redutores da pressão arterial de Maleato de Enalapril são, no mínimo, aditivos.Maleato de Enalapril pode reduzir ou evitar o desenvolvimento da hipocalemia induzida pelos tiazídicos.
O tratamento com Maleato de Enalapril geralmente não está associado a reações adversas no ácido úrico plasmático.
O tratamento com Maleato de Enalapril foi associado a efeitos favoráveis nas frações lipoproteicas no plasma e favorável ou sem efeito nos níveis totais de colesterol.
Em pacientes com insuficiência cardíaca sob tratamento com digitálicos e diuréticos, o tratamento com Maleato de Enalapril foi associado à redução da resistência periférica e da pressão arterial. O débito cardíaco aumentou, enquanto a frequência cardíaca (geralmente elevada em pacientes com insuficiência cardíaca) diminuiu. A pressão capilar pulmonar também foi reduzida. A tolerância ao exercício e a gravidade da insuficiência cardíaca, de acordo com os critérios da New York Heart Association, melhoraram. Esses efeitos mantiveram-se durante o tratamento crônico.
Em pacientes com insuficiência cardíaca leve a moderada, o enalapril retardou a dilatação/aumento e insuficiência progressivos, como evidenciado pelos volumes finais diastólico e sistólico do ventrículo esquerdo e pela melhora da fração de ejeção.
Os dados clínicos demonstraram que o enalapril reduziu a frequência de arritmia ventricular em pacientes com insuficiência cardíaca, embora os mecanismos subjacentes e a relevância clínica não sejam conhecidos.
Conservar em local fresco e seco (entre 15ºC e 30ºC), ao abrigo da luz solar direta, fora do alcance de crianças e animais domésticos.
Responsável Técnico:
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Venda sob prescrição do Médico Veterinário.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 04 de Janeiro de 2023