Este medicamento é indicado para o tratamento de tuberculose (TB) pulmonar e extrapulmonar, na fase inicial ou intensiva do tratamento.
Este medicamento é indicado para o tratamento de tuberculose (TB) pulmonar e extrapulmonar, na fase inicial ou intensiva do tratamento.
Os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol contém quatro diferentes medicamentos conhecidos como rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Todos eles pertencem a um grupo de medicamentos chamados de fármacos antituberculose. Eles funcionam matando a bactéria que causa a tuberculose. O comprimido de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol é usado para tratar a tuberculose.
Este produto não deve ser usado em pacientes que tenham hipersensibilidade (alergia) a qualquer um dos quatro medicamentos (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol) que compõem o comprimido de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol.
Este produto não deve ser usado em pacientes com histórico de doença hepática ou histórico de amarelamento da pele e dos olhos (icterícia) ou histórico de mudanças nos níveis sanguíneos das enzimas hepáticas causadas por fármacos antituberculose no passado, salvo situações com indicação médica.
Este produto não deve ser usado em pacientes com perda de visão por causa de desordem do nervo óptico.
Este medicamento é contraindicado para menores de 10 anos.
Você deve tomar os comprimidos todos os dias, durante todo o tempo que o médico lhe prescreveu (em geral 2 meses).
Não pare e depois recomece a tomar os comprimidos, pois isto pode aumentar os efeitos colaterais e sua tuberculose não será tratada adequadamente.
Engula os comprimidos inteiros, com um pouco de água. Tome-os pelo menos 1 hora antes de uma refeição ou 2 horas após uma refeição ou de acordo com a recomendação de seu médico. Tome todos os comprimidos juntos em dose única.
Os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol devem ser utilizados apenas por pessoas que possam engolir comprimidos sólidos.
Este medicamento não deve ser partido, mastigado ou macerado.
O médico poderá recomendar-lhe o uso de vitamina B6 durante o tratamento com os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol, especialmente se você estiver desnutrido, gestante, for idoso, for pessoa vivendo com HIV/aids ou diabético.
O médico poderá recomendar-lhe o uso de vitamina B6 durante o tratamento com Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol, especialmente se você estiver desnutrido, gestante, for idoso ou diabético.
O médico deve prescrever também a continuação do tratamento (em geral por mais 4 meses) com outros medicamentos. Você deve continuar o tratamento conforme a orientação do médico, a fim de evitar a resistência aos medicamentos e assegurar sua cura.
O médico irá determinar a dose baseando-se em seu peso corporal. A dose usual é como se segue:
Peso corporal do paciente adulto ou adolescente (≥ 10 anos de idade) | Dose única diária | Duração para esquema básico |
20 – 35 kg | 2 comprimidos ao dia | 2 meses |
36 – 50 kg | 3 comprimidos ao dia | |
51 – 70 kg | 4 comprimidos ao dia | |
Acima de 70 kg | 5 comprimidos ao dia |
Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol não é um medicamento adequado para pacientes com peso corporal abaixo de 20 kg, uma vez que os ajustes necessários de dose não podem ser feitos. Nessa situação consulte o seu médico para adequar o tratamento.
Nenhum regime de dosagem especial é necessário, mas insuficiência renal ou hepática deve ser levada em consideração. A suplementação de piridoxina (vitamina B6) pode ser útil.
Se você tem doença renal consulte o seu médico, ele avaliará sobre a dose adequada do medicamento, dependendo do grau de disfunção renal há necessidade de ajuste da dose.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Se você esquecer-se de tomar uma dose, tome-a logo que se lembrar. Porém, se estiver perto de tomar a próxima dose, pule a dose perdida. Não tome uma dose dupla para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Se você não estiver seguro de que algum dos casos acima se aplique a você, fale com seu médico ou farmacêutico antes de usar os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol.
Manter ambientes de moradia e de trabalho sempre bem ventilados e, se possível, com luz solar. Levar o braço ou lenço a boca e ao nariz quando tossir e espirrar.
O tratamento deve ser realizado durante todo o tempo definido pelo médico, para garantir a eficácia do tratamento e evitar o aparecimento de tuberculose resistente. Qualquer dúvida ou dificuldade deve ser informada imediatamente ao médico para orientações sobre o procedimento a ser adotado.
Seu médico poderá solicitar exames para checar seu sangue antes do início do tratamento com os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol. Esta checagem ajudará o médico caso ocorram mudanças em seu sangue após iniciar o uso do medicamento. Se tiver 35 anos ou mais, você poderá necessitar de exames de sangue periódicos para checar como seu fígado está funcionando, dependendo da avaliação do seu médico.
Categoria de risco à gravidez: C.
O esquema com os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol pode ser administrado nas doses habituais para gestantes e está recomendado o uso de piridoxina (vitamina B6) durante a gestação pelo risco de toxicidade neurológica ao feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Converse com seu médico antes de usar este medicamento se você estiver grávida, se planeja engravidar ou se tem suspeita de gravidez.
Os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol podem reduzir o efeito da pílula contraceptiva (pílula que impede a gravidez). Caso esteja tomando pílula contraceptiva você deverá mudar para um método de contracepção diferente. Você deve usar um método de barreira confiável, tal como preservativos ou “DIU” enquanto estiver usando os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol. Se você tiver qualquer dúvida ou estiver inseguro sobre isto fale com seu médico ou farmacêutico.
Consulte seu médico ou farmacêutico caso esteja amamentando, pois o medicamento Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol passa para o leite materno em pequenas quantidades. Caso esteja amamentando ou se pretende amamentar converse com seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Você pode sentir-se tonto ou fraco, ter problemas com a visão ou ter outros efeitos colaterais que podem afetar sua habilidade para dirigir enquanto estiver usando os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol. Se isto acontecer, não dirija ou use qualquer ferramenta ou máquina.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Como todo medicamento, Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol pode causar efeitos colaterais, embora nem todos os pacientes venham a tê-los.
Os eventos adversos preocupantes com a rifampicina são de hepatotoxicidade, particularmente reações colestáticas (relacionadas ao fluxo da bile), e reações cutâneas (da pele). A rifampicina pode provocar hiperbilirrubinemia (excesso de bilirrubina no sangue, pode levar a icterícia) subclínica, conjugada ou icterícia (caracterizada pela coloração amarela da pele) sem dano hepatocelular, mas ocasionalmente provoca danos hepatocelulares. Ela também pode potencializar a hepatotoxicidade dos outros medicamentos contra tuberculose.
Os eventos adversos preocupantes com a isoniazida são efeitos neurotóxicos periféricos e centrais, e hepatotoxicidade. A hepatite grave, e às vezes fatal, associada à terapia com isoniazida foi relatada. A maioria dos casos ocorreu dentro dos três primeiros meses de terapia, mas a hepatotoxicidade também pode se desenvolver após um tratamento mais longo.
Os eventos adversos preocupantes da pirazinamida são os danos hepáticos, variando desde aumentos assintomáticos de transaminases séricas a disfunções hepáticas sintomáticas e, em raros casos, insuficiência hepática fatal.
O evento adverso preocupante do etambutol é a neurite retrobulbar com diminuição da acuidade (clareza) visual. A frequência depende da dose e da duração da terapia. Os sinais típicos iniciais incluem o comprometimento da visão das cores (daltonismo vermelho-verde) e constrição (diminuição) do campo visual (escotoma central ou periférico). Estas alterações são geralmente reversíveis ao suspender o tratamento. Para evitar atrofia óptica (diminuição da visão) irreversível, a acuidade visual deve ser monitorada regularmente e o etambutol deve ser descontinuado imediatamente caso ocorram distúrbios visuais.
Os eventos adversos possivelmente relacionados ao tratamento estão listados abaixo por sistema corporal, classe de órgãos e frequência. Eles não são baseados adequadamente nos ensaios clínicos controlados aleatórios, mas em dados publicados, gerados principalmente durante o uso após aprovação.
Se você interromper o tratamento e voltar a usar novamente os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol, você pode sentir-se como se estivesse gripado (síndrome gripal). É caracterizada por febre, tremores e possível dor de cabeça, tontura, dor óssea e muscular. Raramente pode desenvolver sangramento intracutâneo, dificuldades respiratórias, ataques semelhantes à asma, anemia, choque e falência renal.
Se você tiver algum dos eventos adversos citados nesta bula ou se você perceber qualquer outro evento adverso não citado, fale com seu médico, profissional de saúde ou farmacêutico.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) pelo telefone 0800 024 1692.
Embalagem com 15 blísteres contendo 6 comprimidos revestidos cada e em embalagem com 30 blísteres contendo 10 comprimidos revestidos cada.
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico, com idade igual ou maior a 10 anos e com peso corporal a partir de 20 kg.
Rifampicina | 150 mg |
Isoniazida | 75 mg |
Pirazinamida | 400 mg |
Cloridrato de etambutol | 275 mg |
Excipientes q.s.p | 1 comprimido revestido |
Excipientes: celulose microcristalina, crospovidona, amido pré-gelatinizado, ácido ascórbico, água purificada, gelatina, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, opadry (álcool polivinílico parcialmente hidrolisado, talco, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho, lecitina de soja e goma xantana).
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
O uso dos comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol pode afetar os resultados de alguns exames de sangue. Em particular, exames de ácido fólico, vitamina B12 e de função hepática. Se você for fazer um exame de sangue, é importante informar ao médico que está usando os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol.
As interações com outros medicamentos dos fármacos antituberculose podem ocorrer na absorção ou no metabolismo do fármaco. A rifampicina, a isoniazida e o etambutol requerem meio ácido para sua absorção, podendo ser reduzida com o uso conjunto de outros fármacos que aumentam o pH do estômago, por isso deve-se evitar medicamentos antiácidos para o estômago. A rifampicina pelo seu metabolismo possui interações com muitos medicamentos.
A presença de outras doenças e a necessidade de outros medicamentos associados ao tratamento da tuberculose requer monitoramento especial e acompanhamento frequente pelo seu médico.
Como a rifampicina é um potente indutor do metabolismo, sua ação muitas vezes interfere de maneira importante com outros medicamentos, por isso as interações medicamentosas podem ser frequentes. Segue abaixo possíveis interações medicamentosas, porém se faz uso de qualquer outra medicação, você deve consultar o seu médico ou farmacêutico antes de iniciar o tratamento da tuberculose.
Antiácidos, derivados imidazólicos e corticóides podem reduzir a ação do medicamento para o tratamento da tuberculose. Fenilhidantoína, acetaminofen, cetoconazol, fluconazol, sulfas aumentam o risco de ocorrência de hepatotoxicidade. Benzodiazepínicos, sulfaniluréias podem ter seu efeito potencializado pela isoniazida, porém reduzido pela ação da rifampicina. Carbamazepina potencializa a toxicidade neurológica. Analgésicos, anticoagulantes orais, anticoncepcionais, barbitúricos, beta-agonistas, cetoconazol, fluconazol, corticóides, digitálicos, enalapril, hipoglicemiantes orais, antirretrovirais inibidores de protease e de integrase, metadona, propafenona, quinidina, teofilina, o tratamento da tuberculose reduz o efeito desses medicamentos por acelerar o seu metabolismo.
Os efeitos atingem seu máximo após cerca de 10 dias de tratamento com rifampicina, e gradualmente, voltam ao normal dentro de 2 semanas ou mais após a sua interrupção. Isso deve ser levado em consideração quando houver tratamento em conjunto com outros medicamentos. Para manter os níveis sanguíneos ideais para o tratamento, as doses de medicamentos metabolizados por essas enzimas podem precisar de ajuste ao iniciar ou parar o uso concomitante com os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol.
A isoniazida diminui a atividade das isoenzimas do citocromo CYP2C19 e CYP3A4 in vitro. Assim, ela poderá aumentar a exposição aos fármacos eliminados principalmente através dessas vias. No entanto, estes efeitos podem ser compensados pelo aumento da atividade de enzimas hepáticas (do fígado) devido à rifampicina nos comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol. Na medida em que tem sido investigado, o efeito geral da rifampicina e isoniazida na eliminação do medicamento será um aumento devido à rifampicina, que é um potente indutor do complexo enzimático P450, em vez de uma diminuição devido à isoniazida.
Devido principalmente à rifampicina, os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol podem interagir com um grande número de medicamentos, principalmente por reduzir a exposição (pela metabolização mais rápida) aos medicamentos tomados juntos, reduzindo sua eficácia e aumentando o risco de que estes não funcionem. Para um grande número de medicamentos, não há dados disponíveis de interação com a rifampicina. No entanto, reduções clinicamente significativas na exposição ao fármaco podem ocorrer. Quando seu médico prescrever qualquer fármaco juntamente com os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol, a possibilidade de uma interação entre os medicamentos deve ser considerada.
Por favor, diga ao seu médico ou farmacêutico se estiver usando ou tenha usado recentemente qualquer outro medicamento. Isto inclui medicamentos comprados sem receita médica, inclusive medicamentos à base de ervas. Os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol podem afetar o modo como os outros medicamentos atuam e/ou alguns medicamentos podem afetar o modo como os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol atuam.
Alguns alimentos podem interagir com os comprimidos de Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol comprometendo a ação do medicamento.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Um grande estudo multinacional randomizado, de grupos paralelos, aberto e de não inferioridade foi conduzido em 11 locais na África, Ásia e América Latina entre 2003 e 2008 (Ensaio de Estudo C). Um total de 1585 adultos com tuberculose pulmonar recém-diagnosticada confirmada por baciloscopia foram randomizados para receber o tratamento diário com 4 fármacos (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e cloridrato de etambutol) dado em um comprimido de combinação de dose fixa (FDC) (n=798 pacientes) ou separadamente (n= 787), na fase intensiva de 8 semanas de tratamento. O resultado favorável do tratamento foi definido como cultura com o resultado negativo 18 meses após a randomização e não tendo sido já classificado como desfavorável. A não inferioridade era dependente de resultados consistentes de uma análise por protocolo e por intenção de tratar modificada, com 2 modelos diferentes para o último, classificando todas as alterações do tratamento ou a recusa em continuar o tratamento (por exemplo, insuficiência/recidiva bacteriológica, eventos adversos, inadimplência, resistência a fármacos) como desfavorável (modelo 1) e classificando as alterações de tratamento por outros motivos que não sejam resultados terapêuticos em função do seu resultado bacteriológico de 18 meses, caso disponível (modelo 2 post hoc). A margem pré-especificada de não inferioridade foi de 4 %. Na análise por protocolo, 555 dos 591 pacientes (93,9%) apresentaram um resultado favorável no grupo FDC contra 548 de 579 (94,6%) no grupo de fármacos separados (diferença de riscos, - 0,7% [intervalo de confiança {CI} 90%, - 3,0% a 1,5 %]). Na análise de modelo 1, 570 dos 684 pacientes (83,3%) apresentaram um resultado favorável no grupo FDC contra 563 de 664 (84,8%) no grupo de medicamentos separados (diferença de riscos, - 1,5% [Cl 90%, - 4,7% a 1,8%]). Na análise de modelo 2 post-hoc, 591 dos 658 pacientes (89,8%) no grupo FDC e 589 de 647 (91,0%) no grupo de fármacos separados teve um resultado favorável (diferença de riscos, - 1,2% [CI 90%, - 3,9% a 1,5%]). Eventos adversos relacionados aos medicamentos do ensaio foram distribuídos de forma similar entre os grupos de tratamento. O Estudo C concluiu que, comparado a um regime de medicamentos administrados separadamente, um regime FDC de 4 fármacos para tratamento da tuberculose satisfez os critérios pré-específicos de não inferioridade em 2 de 3 análises. Embora os resultados não demonstrem plena não inferioridade dos FDCs em comparação com fármacos únicos dados separadamente, utilizando a definição estrita aplicada neste ensaio, o uso de FDCs foi considerado preferível devido às potenciais vantagens associadas à administração de FDCs comparado com fórmulas de fármacos separados.
O uso de comprimidos em combinações de dose fixa (FDCs) contra a tuberculose é recomendado pela OMS e pela União Internacional contra a Tuberculose e Doenças Pulmonares (IUATLD) como uma etapa adicional para garantir o correto tratamento da tuberculose. Os quatro fármacos FDC rifampicina/isoniazida/pirazinamida/cloridrato de etambutol, respectivamente, 150mg/ 75mg/ 400mg/ 275mg, estão incluídas na lista modelo de medicamentos essenciais da OMS. As diretrizes para o tratamento farmacológico da tuberculose, introduzido no Brasil pelo Ministério da Saúde em 2009 (e confirmados em 2011), recomendam para todos os casos novos de tuberculose pulmonar e extrapulmonar, bem como para todos os casos de reincidência e retratamento devido a abandono, o uso de uma combinação de dose fixa em comprimido único de rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol durante dois meses e, na segunda fase, uma combinação de isoniazida e rifampicina por mais quatro meses.
Referências utilizadas nos estudos acima:
Tratamento de tuberculose: diretrizes 4.ª edição, OMS, disponível em: http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241547833_eng.pdf.
Orientação Rápida, Tratamento da Tuberculose em Crianças, 2010, disponível no site: Http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241500449_eng.pdf.
As instruções de dosagem da OMS para o uso de medicamentos TB da combinação de dose fixa atualmente disponível para crianças. 2009. Disponível em: http://www.who.int/tb/challenges/interim_paediatric_fdc_dosing_instructions_sept09.pdf.
BjørnBlomberg, Sergio Spinaci, Bernard Fourie E Richard Laing. A lógica para recomendar os comprimidos de doses fixas combinadas para tratamento de tuberculose. Boletim da Organização Mundial de Saúde, 2001, 79: 61-68.
Lista Modelo da OMS de Medicamentos Essenciais, 18a Lista. http://www.who.int/medicines/publications/essentialmedicines/18th_EML_Final_web_8Jul13.pdf.
Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Nota técnica sobre as mudanças no tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescentes - versão 2. Brasília: Ministério da Saúde; 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
Conde MB, Melo FA, Marques AM, Cardoso NC, Pinheiro VG DalcinPde T, et al. III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia. J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-48.
Lienhardt C1, Cook SV, Burgos M, Yorke-Edwards V, Rigouts L, Anyo G, Kim SJ, Jindani UM, Enarson DA, Nunn AJ; Grupo de Ensaio Estudo C. Eficácia e segurança de um regime de combinação de dose fixa de 4-drogas em comparação com drogas separadas para o tratamento de tuberculose pulmonar: o ensaio randomizado e controlado do estudo C. JAMA. 2011, 13;305(14):1415-23.
A rifampicina inibe a atividade RNA polimerase DNA dependente em organismos sensíveis a Mycobacterium tuberculosis. Especificamente, ela interage com a RNA polimerase bacteriana, mas não inibe a enzima de mamíferos.
A isoniazida inibe a biossíntese dos ácidos micólicos, que são os principais componentes da parede celular da Mycobacterium tuberculosis.
O exato mecanismo de ação pelo qual a pirazinamida inibe o crescimento da Mycobacterium tuberculosis é desconhecido. A pirazinamida é tuberculostática em pH ácido e mostra-se eficaz contra microrganismos intracelulares em macrófagos.
O etambutol difunde-se no crescimento ativo de células da Mycobacterium sp., como os bacilos da tuberculose. O etambutol parece inibir a síntese de um ou mais dos seus metabólitos, causando assim o comprometimento do metabolismo celular, a detenção de multiplicação e morte celular.
A Escherichia coli, Pseudomonas sp., Proteus indol negativo e indol positivo, Klebsiella sp., Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase negativa, Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae, Legionella sp., M. tuberculosis, M. kansasii, M. intracellulare e M. avium.
Ela exerce ação bactericida contra a M. tuberculosis em concentrações de 0,05-2,0 mg/L. Outras micobactérias são geralmente resistentes, embora algumas cepas de M. kansasii sejam sensíveis.
Sua atividade contra M. tuberculosis é altamente dependente do pH. É quase inativa em pH neutro; em pH 5,5 o MIC é 16-32 mg/L. Outras micobactérias são resistentes. Sua ação, que depende da conversão intracelular para ácido pirazinóico é bactericida para M. tuberculosis, mas evidentemente não para outras micobactérias.
M. tuberculosis, M. fortuitum, M. kansasii, M. intracellulare, M. avium, M. ulcerans (algumas cepas) e M. marinum (algumas cepas).
A administração oral de rifampicina produz um pico de concentração plasmática em cerca de 2 a 4 horas. A meia-vida da rifampicina varia entre 1,5 a 5 horas e é aumentada na presença de disfunção hepática, que pode ser reduzida em pacientes que receberam isoniazida simultaneamente que são inativadores lentos deste fármaco. Até 30% de uma dose de rifampicina é excretada na urina; menos da metade do mesmo pode ser antibiótico inalterado. O ajuste de dose não é necessário em pacientes com função renal comprometida.
O pico das concentrações plasmáticas de 3 a 5 mcg/mL se desenvolve 1 a 2 horas após a ingestão oral de doses normais. De 75 a 95% de uma dose de isoniazida é excretada na urina dentro de 24 horas como metabólitos. Os principais produtos excretados pelo homem são o resultado da acetilação enzimática (acetilisoniazida) e da hidrólise enzimática (ácido nicotínico). A taxa de acetilação altera consideravelmente as concentrações do fármaco, que são alcançadas no plasma e em sua meia-vida em circulação. A meia-vida do fármaco pode ser prolongada na presença de insuficiência hepática.
A pirazinamida é bem absorvida pelo trato gastrintestinal e atinge o pico das concentrações plasmáticas dentro de 2 horas. As concentrações plasmáticas geralmente variam de 30 a 50 mcg/mL, com doses de 20 a 25 mg/kg. É amplamente distribuída nos tecidos e fluidos corporais, incluindo o fígado, os pulmões e o líquido cefalorraquidiano. Está associado em aproximadamente 10% a proteínas plasmáticas. A meia-vida plasmática da pirazinamida é de 9 a 10 horas em pacientes com função renal e função hepática normais. A meiavida do fármaco pode ser prolongada em pacientes com disfunções renal ou hepática. Dentro de 24 horas, cerca de 70% de uma dose oral de pirazinamida é excretada pela urina, principalmente por filtração glomerular. Cerca de 4% a 14% da dose é excretada como fármaco inalterado; o restante é excretado como metabólitos.
Após a administração oral, 75% a 80% do etambutol é absorvido pelo trato gastrintestinal. Uma dose única de 15 mg/kg produz uma concentração plasmática de cerca de 5 mcg/mL em 2 a 4 horas. O fármaco possui uma meia-vida de 3 a 4 horas. Dentro de 24 horas, dois terços de uma dose de etambutol ingerida são excretados inalterados pela urina; até 15% são excretados sob a forma de dois metabólitos, um aldeído e um ácido dicarboxílico derivado. O clearance renal de etambutol é de aproximadamente 7 mL/min/kg, e o fármaco é excretado por secreção tubular, além de filtração glomerular. Após a administração da dose única de 1 comprimido dos comprimidos (fármaco de teste) de rifampicina 150 mg/isoniazida 75 mg/pirazinamida 400 mg/cloridrato de etambutol 275 mg em voluntários sadios, utilizado para comparar a biodisponibilidade deste produto com os fármacos de referência individual, o valor médio (±DP) Cmáx para etambutol foi de 2979,5 ng/mL (± 1202 ng/mL), e o valor correspondente de AUC0-t foi de 15161, 8 ng/mL/hora (± 4036,5 ng/mL/hora). Isto foi comparável ao C máx (2813,4 ± 1133,2 ng/mL), e AUC0-t (14892,5 ± 3960,3 ng/mL/hora), da formulação de etambutol de referência com testes resultantes contra a relação do fármaco de referência para Cmáx e AUC 0-t sendo 104,45% e 100,97% respectivamente.
Farmanguinhos rifampicina + isoniazida + pirazinamida + etambutol deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Comprimido revestido de cor marrom, sulcado (com fenda) em um dos lados e com o outro lado liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
M.S. 1.1063.0140
Responsável Técnico:
Rodrigo Fonseca da Silva Ramos
CRF-RJ 10015
Registrado e Importado por:
Fundação Oswaldo Cruz
Av. Brasil, 4365 – Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 33.781.055/0001-35
Fabricado por e embalado por:
Lupin Ltd.
A-28/1, Midc, Chikalthana, Aurangabad 431 210 - Índia.
Uso sob prescrição médica com retenção da receita.
Venda proibida ao comércio.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 15 de Dezembro de 2023
Medicamento Novo
Sim, Branca 2 Vias (Antibiótico - Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
Antituberculosos, Kits Com 4 Ou Mais Ingredientes
Infectologia, Pneumologia
PMC/SP: R$ 407,06
1106301400033
A Fundação Oswaldo Cruz teve seu início em 1900, inicialmente para fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica. Desde então, a instituição participa intensamente do desenvolvimento da saúde pública no país.
Sua missão é produzir, disseminar e compartilhar os conhecimentos e tecnologias para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), além de poder contribuir para a promoção da saúde e qualidade de vida da população brasileira.
Com mais de cem anos de história, foi responsável por grandes avanços científicos e teve uma trajetória de expansão, criando um caminho que se alimenta sempre de conquistas e desafios para defender o direito à saúde.