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HyQvia 0,1g/mL, 1 frasco-ampola com 300mL + 1 frasco-ampola com 15mL de solução para uso injetável de uso subcutâneo

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Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Não pode ser partido

Não pode ser partido

Temperatura ambiente

De 2 a 8°C

Bula do HyQvia

HyQvia é indicado para pacientes com um sistema imune fraco, que não possuem anticorpos suficientes em seu sangue e tendem a apresentar infecções frequentes. Doses regulares e suficientes de HyQvia podem elevar níveis anormalmente baixos de imunoglobulina em seu sangue para níveis normais (terapia de reposição).

HyQvia é prescrito como terapia de reposição em adultos e crianças que não possuem anticorpos suficientes, incluindo os seguintes casos:

  • Pacientes com incapacidade congênita ou redução da capacidade de produzir anticorpos (imunodeficiências primárias);
  • Pacientes que apresentam infecções graves ou recorrente devido a um sistema imunológico enfraquecido resultante de outras condições ou tratamentos.

HyQvia contém duas soluções para infusão (gotejamento) sob a pele (infusão subcutânea ou SC). É fornecida como embalagem contendo um frasco de imunoglobulina normal humana a 10% (a substância ativa) e um frasco de hialuronidase humana recombinante (uma substância que auxilia a imunoglobulina humana normal a 10% a chegar ao seu sangue).

Imunoglobulina humana normal a 10% pertence a uma classe de medicamentos denominados “imunoglobulinas humanas normais”. Imunoglobulinas também são conhecidas como anticorpos e são encontradas no sangue de pessoas hígidas. Os anticorpos são parte do sistema imune (as defesas naturais do sangue) e auxiliam seu organismo a combater infecções.

O frasco de imunoglobulinas foi preparado a partir do sangue de pessoas sadias. O medicamento atua exatamente do mesmo modo que as imunoglobulinas naturalmente presentes no sangue. Hialuronidase humana recombinante é uma proteína que facilita a infusão de imunoglobulinas (gotejamento) sob a pele e chegar ao seu sistema sanguíneo.

Não injetar ou infundir HyQvia:

  • Caso seja alérgico a imunoglobulinas, hialuronidase, hialuronidase recombinante ou quaisquer outros ingredientes deste medicamento.
  • Caso apresente anticorpos contra imunoglobulina A (IgA) em seu sangue. Isto poderá ocorrer caso apresente deficiência de IgA. Uma vez que HyQvia contém quantidades traço de IgA, você poderá apresentar uma reação alérgica.
  • Em um vaso sanguíneo (via intravenosa).

  1. Retirar HyQvia do cartucho:
    • Deixar que os frascos cheguem à temperatura ambiente. Isto poderá levar até 60 minutos. Não utilize aparelhos de aquecimento, incluindo micro-ondas.
    • Não aquecer ou agitar HyQvia.
    • Verificar cada frasco de HyQvia antes do uso:
      • Data de validade: Não utilizar após a data de validade.
      • Cor:
        • Hialuronidase humana recombinante deverá ser límpida e incolor.
        • Imunoglobulina humana normal a 10% deverá ser límpida e incolor ou amarela pálida.
        • Se alguma das soluções estiver turva ou apresentar partículas, não utilize.
      • Tampa: A tampa protetora está na unidade do frasco duplo. Não utilizar o produto se este não possuir a tampa.
  2. Reunir todos os materiais:
    • Reunir todos os itens para sua infusão. Os itens incluem: unidade(s) de frasco duplo de HyQvia, materiais para infusão (conjunto de agulha subcutânea, recipiente com solução (bolsa ou seringa), bandagem e fitas adesivas transparentes estéreis, tubos da bomba, dispositivos de transferência, seringas, gaze e fita adesiva), recipiente para materiais perfurocortantes, bomba de infusão eletromecânica de velocidade variável e livro de registro de tratamento e outros materiais, conforme necessários.
  3. Preparar uma área de trabalho limpa.
  4. Lavar as mãos:
    • Lavar bem as mãos. Posicionar e abrir todos os materiais conforme instruído por seu profissional da saúde.
  5. Abrir a(s) unidade(s) de frasco duplo de HyQvia:
    • Remova a(s) tampa(s) protetora(s) roxa(s) e certifique-se de que as tampas azuis dos frascos foram removidas. Caso contrário, remova manualmente as tampas azuis para expor as tampas dos frascos.
    • Preparar para transferir o componente hialuronidase humana recombinante de HyQvia, limpando a tampa de cada frasco com uma haste de algodão com álcool, caso instruído, e deixar secar ao ar (no mínimo 30 segundos).
  6. Preparar o frasco de hialuronidase humana recombinante (HY):
    • Retirar a seringa estéril menor da embalagem e anexar a um aplicador sem ventilação ou agulha (dispositivo).
    • Puxar o êmbolo, preencher a seringa menor com ar igual à quantidade de hialuronidase humana recombinante no(s) frasco(s) de HY.
    • Retirar a tampa da agulha/dispositivo de transferência sem ventilação.
    • Inserir a extremidade da agulha/dispositivo de transferência sem ventilação no centro da tampa do frasco e empurrar diretamente para baixo. Empurrar o ar no frasco.
    • Virar o frasco de cabeça para baixo, com a agulha/dispositivo de transferência sem ventilação permanecendo no frasco. A ponta da seringa estará apontando para cima.
    • Aspirar todo o conteúdo da hialuronidase humana recombinante na seringa.
    • Repetir a etapa 6, caso mais de um frasco de hialuronidase humana recombinante seja necessário para sua dose.
    • Se possível, combinar toda a hialuronidase humana recombinante necessária para toda a dose de IgG na mesma seringa.
    • Retirar quaisquer bolhas de ar apontando a extremidade da seringa para cima e suavemente batendo na seringa com seu dedo. Empurrar de modo lento e cauteloso o êmbolo para retirar qualquer ar restante.
  7. Preparar o conjunto de agulha com hialuronidase humana recombinante (HY):
    • Anexar a seringa preenchida com hialuronidase humana recombinante ao conjunto da agulha.
    • Empurrar o êmbolo da seringa menor para retirar o ar e preencher o conjunto de agulha até as asas da agulha com hialuronidase humana recombinante.
    • Observação: Seu profissional da saúde poderá recomendar o uso de um conector em “Y” (para mais de um local) ou outra configuração de conjunto de agulha.
  8. Preparar imunoglobulina humana normal a 10% frasco:
    • Preparar para transferir o componente imunoglobulina a 10% de HyQvia, limpando a tampa de cada frasco com uma haste de algodão com álcool, caso instruído, e deixar secar ao ar (no mínimo 30 segundos).
    • Imunoglobulina humana normal a 10% de HyQvia poderá ser infundida:
      • Por agrupamento a partir dos frascos em uma seringa maior (a) ou bolsa de infusão (b) conforme instruído por seu profissional da saúde, dependendo da bomba de infusão eletromecânica de velocidade variável a ser utilizada; ou
      • Diretamente a partir do frasco de IG. Inserir o aplicador do tubo da bomba com ventilação ou aplicador e agulha com ventilação no(s) frasco(s) de imunoglobulina humana normal a 10%. Preencher o tubo da bomba de administração e separar até que hialuronidase humana recombinante tenha sido administrada.
    • Caso seja necessário mais de um frasco para uma dose completa, perfurar frascos subsequentes após a administração completa do primeiro frasco.
  9. Programar a bomba eletromecânica de velocidade variável:
    • Seguir as instruções do fabricante para preparação da bomba eletromecânica de velocidade variável.
  10. Preparar o local de infusão:
    • Escolher um local de infusão na parte intermediária ou superior do abdômen ou coxa. Vide imagem para a localização do local de infusão.
      • Selecionar locais em lados opostos do corpo caso seja instruído a infundir em dois locais para doses acima de 600 mL.
    • Evitar áreas ósseas, vasos sanguíneos visíveis, cicatrizes e quaisquer áreas de inflamação ou infecção.
    • Alternar os locais de infusão, escolhendo lados opostos do corpo entre as futuras infusões.
    • Se instruído por seu profissional da saúde, limpar o(s) local(is) de infusão com uma haste de algodão com álcool. Deixar secar (no mínimo 30 segundos).
  11. Inserir a agulha:
    • Retirar a cobertura da agulha. Pegar firmemente e pinçar no mínimo 2 a 2,5 cm de pele entre dois dedos.
    • Inserir totalmente a agulha até as asas da agulha com um movimento rápido direto na pele, em um ângulo de 90°. As asas da agulha deverão repousar em posição reta na pele.
    • Manter a agulha no lugar com fita adesiva estéril.
    • Repetir esta etapa caso tenha um segundo local de infusão.
  12. Verificar o posicionamento adequado da agulha antes do início da infusão, caso instruído por seu profissional da saúde.
  13. Manter a agulha na pele:
    • Manter a(s) agulha(s) no local, colocando uma bandagem transparente estéril sobre a agulha.
    • Verificar ocasionalmente o(s) local(is) de infusão por toda a infusão quanto ao deslocamento ou extravasamento.
  14. Administrar primeiro a infusão de hialuronidase humana recombinante:
    • Empurrar lentamente o êmbolo da seringa menor com hialuronidase humana recombinante em velocidade inicial por local de infusão até aproximadamente 1 a 2 mL por minuto e aumentar conforme tolerado.
    • Se estiver utilizando uma bomba, programar a bomba para infundir hialuronidase humana recombinante na velocidade inicial por local de infusão de 1 a 2 mL por minuto e aumentar conforme tolerado.
  15. Administrar imunoglobulina humana normal a 10%:
    • Após infusão de todo o conteúdo da seringa menor (hialuronidase humana recombinante), retirar a seringa do centro do conjunto de agulha.
    • Anexar o tubo da bomba ou a seringa maior que contém imunoglobulina humana normal a 10% ao conjunto da agulha.
    • Administrar imunoglobulina humana normal a 10% com uma bomba nas velocidades prescritas por seu profissional da saúde.
  16. Lavar o tubo da bomba quando a infusão estiver concluída, se instruído por seu profissional da saúde:
    • Se instruído por seu profissional da saúde, anexar uma bolsa de solução fisiológica/seringa de lavagem ao tubo da bomba/conjunto de agulha para empurrar imunoglobulina humana normal a 10% até as asas da agulha.
  17. Retirar o conjunto da agulha:
    • Retirar o conjunto da agulha tirando a bandagem em todas as extremidades.
    • Puxar as asas da agulha diretamente para cima e para fora.
    • Pressionar suavemente um pequeno pedaço de gaze sobre o local da agulha e cobrir com bandagem protetora.
    • Descartar a(s) agulha(s) no recipiente para materiais perfurocortantes.
      • Descartar o recipiente para materiais perfurocortantes utilizando as instruções fornecidas no recipiente, ou contatar seu profissional da saúde.
  18. Registrar a infusão:
    • Retirar o rótulo destacável do frasco de HyQvia, que possui o número do lote e data de validade do produto, e colocar o rótulo em seu registro/livro de tratamento.
    • Escrever a data, horário, dose, local(is) de infusão (para auxiliar na rotação dos locais) e quaisquer reações após cada infusão.
    • Descartar qualquer produto não usado no frasco e os materiais descartáveis conforme recomendado por seu profissional da saúde.
    • Acompanhar com seu (sua) médico(a) conforme orientação.

Sempre utilize este medicamento exatamente como seu (sua) médico(a) o informou. Verifique com seu (sua) médico(a) caso não tenha certeza.

HyQvia deverá ser infundido sob a pele (administração subcutânea ou SC).

O tratamento com HyQvia será iniciado pelo seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a), porém você poderá ter permissão para utilizar o medicamento em casa depois de ter recebido as primeiras infusões sob supervisão médica e depois de ter sido adequadamente treinado (e/ou seu tutor). Você e seu (sua) médico(a) decidirão se você poderá utilizar HyQvia em casa. Não inicie o tratamento com HyQvia em casa até que tenha recebido instruções completas.

Dose

Seu (sua) médico(a) calculará a dose correta para você com base em seu peso corporal, qualquer tratamento anterior que possa ter recebido e a sua resposta ao tratamento. A dose inicial recomendada é aquela que fornece 400 a 800 mg de substância ativa por kg de peso corporal ao mês. No início, você receberá um quarto da dose em intervalos de 1 semana. Esta dose será elevada gradualmente para doses maiores em intervalos de 3 a 4 semanas com as infusões seguintes. Algumas vezes, seu (sua) médico(a) poderá recomendar que doses mais elevadas sejam divididas e administradas em dois locais de uma vez. Seu (sua) médico(a) também poderá ajustar sua dose dependendo de sua resposta ao tratamento.

Tratamento inicial

Seu tratamento será iniciado por um(a) médico(a) ou enfermeiro(a) com experiência no tratamento de pacientes com sistema imune fraco e na orientação dos pacientes para tratamento domiciliar. Você será observado cautelosamente por toda a infusão e por no mínimo 1 hora após o término da infusão, para verificar quão bem tolera o medicamento. No início, seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a) utilizará baixa velocidade de infusão e a aumentará gradualmente durante a primeira infusão e nas infusões seguintes. Quando o(a) médico(a) ou enfermeiro(a) tiver encontrado a dose e velocidade de infusão corretas para você, você poderá ter permissão para autoadministrar o tratamento em casa.

Tratamento domiciliar

Você será instruído sobre:

  • Técnicas de infusão sem germes (asséptica);
  • Uso de bomba de infusão ou acionador de seringa (se necessário);
  • Manutenção de diário de tratamento; e
  • Medidas a serem realizadas em caso de efeitos colaterais graves.

Você deverá seguir cautelosamente as instruções de seu (sua) médico(a) sobre a dose, velocidade de infusão e cronograma para infusão de HyQvia, de modo que o tratamento funcione para você.

- Pacientes < 40 kg Pacientes ≥ 40 kg
Intervalo/Minutos Primeiras duas infusões (mL/hora/local de infusão) 2 a 3 Infusões subsequentes (mL/hora/local de infusão) Primeiras duas infusões (mL/hora/local de infusão) 2 a 3 Infusões subsequentes (mL/hora/local de infusão)
10 minutos 5 10 10 10
10 minutos 10 20 30 30
10 minutos 20 40 60 120
10 minutos 40 80 120 240
Restante de infusão 80 160 240 300

Se você tiver um vazamento no local de infusão

Pergunte ao (a) seu (sua) médico(a) ou farmacêutico(a) ou enfermeiro(a) se outro tamanho de agulha seria mais adequado para você.

Qualquer alteração do tamanho da agulha terá de ser supervisionada pelo(a) seu (sua) médico(a).

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem conhecimento do seu médico.

Não infundir duas doses de HyQvia para compensar uma dose esquecida. Caso acredite ter esquecido uma dose, converse com seu (sua) médico(a) o mais rápido possível.

Caso tenha quaisquer outras dúvidas sobre o uso deste medicamento, pergunte ao(a) seu (sua) médico(a), farmacêutico(a) ou enfermeiro(a).

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

As advertências e precauções a seguir deverão ser consideradas antes que você receba ou use HyQvia.

Converse com seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a) em caso de quaisquer dúvidas.

Reações alérgicas

Você pode ser alérgico às imunoglobulinas sem saber. Reações alérgicas como queda súbita na pressão arterial ou choque anafilático (uma queda súbita na pressão arterial com outros sintomas como inchaço de garganta, dificuldades para respirar e erupção cutânea) são raras, porém podem ocorrer ocasionalmente, mesmo que você não tenha apresentado previamente problemas com tratamentos similares. Você apresenta maior risco de reações alérgicas se apresentar deficiência de IgA com anticorpos anti-IgA.

Os sinais ou sintomas destas reações alérgicas raras incluem:

  • Sensação de tontura, tonturas ou desmaio;
  • Erupção cutânea e coceira, inchaço na boca ou garganta, dificuldade para respirar, respiração ruidosa;
  • Frequência cardíaca anormal, dor no peito, lábios ou dedos das mãos ou dos pés azulados;
  • Visão embaçada.

Seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a) infundirá primeiro HyQvia lentamente, e o monitorará atentamente nas primeiras infusões, de modo que qualquer reação alérgica possa ser imediatamente detectada e tratada.

Caso perceba quaisquer destes sinais durante a infusão, informe seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a) imediatamente.

Ele(a) decidirá se reduzirá a velocidade de infusão ou interromperá totalmente a infusão.

Velocidade de infusão

É muito importante infundir o medicamento na velocidade correta. Seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a) o aconselhará sobre a velocidade adequada de infusão a ser utilizada quando estiver infundindo HyQvia em casa.

Monitoramento durante a infusão

Determinados efeitos colaterais poderão ocorrer mais frequentemente se:

  • Você estiver recebendo HyQvia pela primeira vez;
  • Você tiver recebido outra imunoglobulina e tiver sido transferido para HyQvia;
  • Tiver havido um intervalo longo (por exemplo, mais de 2 ou 3 intervalos de infusão) desde a última vez que recebeu HyQvia.

Nestes casos, você será atentamente monitorado durante sua primeira infusão e pela primeira hora após o término de sua infusão.

Em todos os demais casos, você deverá ser monitorado durante a infusão e por no mínimo 20 minutos depois de ter recebido HyQvia pelas primeiras infusões.

Tratamento domiciliar

Antes de iniciar o tratamento domiciliar, você deverá designar uma pessoa como tutor. Você e seu tutor serão treinados a detectar os sinais iniciais de efeitos colaterais, principalmente reações alérgicas. Este tutor deverá auxiliá-lo a estar atento a possíveis efeitos colaterais. Durante a infusão, você deverá monitorar possíveis primeiros sinais de efeitos colaterais.

Caso apresente quaisquer efeitos colaterais, você ou seu tutor deve interromper a infusão imediatamente e contatar um(a) médico(a).

Caso apresente um efeito colateral grave, você ou seu tutor deve buscar imediatamente tratamento emergencial.

Disseminação de infecções localizadas

Não infundir HyQvia no interior ou ao redor de uma área infectada ou com avermelhada e com inchaço na sua pele, uma vez que isso poderá causar disseminação da infecção.

Não foram observadas alterações em longo prazo (crônicas) na pele nos estudos clínicos.

Quaisquer inflamações crônicas, protuberâncias (nódulos) ou inflamações crônicas ocorridas no local de infusão e com duração superior a alguns dias deverão ser relatadas ao (a) seu (sua) médico(a).

Efeitos nos testes sanguíneos

HyQvia contém muitos anticorpos diferentes, alguns dos quais podem afetar os testes sanguíneos (testes sorológicos).

Informe seu (sua) médico(a) sobre seu tratamento com HyQvia antes de qualquer teste sanguíneo.

Informações sobre a matéria-prima de HyQvia

A imunoglobulina humana normal a 10% de HyQvia e albumina sérica humana (um componente da hialuronidase humana recombinante) são produzidas a partir do plasma humano (a parte líquida do sangue).

Quando medicamentos são fabricados a partir do sangue humano ou plasma, determinadas medidas são realizadas para prevenção de transmissão de infecções aos pacientes. Estas incluem:

  • Seleção cautelosa dos doadores de sangue e plasma para garantir que os indivíduos em risco de apresentar infecções sejam excluídos, e
  • Teste de cada doação e pools de plasma quanto aos sinais de vírus/infecções.

Os fabricantes destes produtos também incluem etapas no processamento de sangue ou plasma que podem inativar ou remover vírus. Apesar destas medidas, quando medicamentos preparados a partir do sangue ou plasma humano são utilizados, a possibilidade de transmissão de infecção não poderá ser totalmente descartada. Isto também se aplica a quaisquer vírus desconhecidos ou emergentes ou outros tipos de infecções.

As medidas realizadas para fabricação de HyQvia são consideradas eficazes para vírus envelopados, como vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus da hepatite B e vírus da hepatite C e para os vírus não envelopados de hepatite A e parvovírus B19.

As imunoglobulinas não foram associadas a infecções por hepatite A ou parvovírus B19 possivelmente porque os anticorpos contra estas infecções, que estão presentes em HyQvia, são protetores.

Recomenda-se enfaticamente que a cada vez que utilize HyQvia, os dados a seguir sejam registrados em seu diário de tratamento:

  • Data de administração;
  • Número de lote do medicamento; e
  • Volume injetado, velocidade de fluxo, número e locais de infusão.

Crianças e adolescentes

As mesmas indicações, dose e frequência de infusão para adultos se aplica para crianças e adolescentes.

Dirigir e operar máquinas

Os pacientes poderão apresentar efeitos colaterais (por exemplo, tontura ou náusea) durante o tratamento com HyQvia, que podem afetar a capacidade de dirigir e operar máquinas. Se isto ocorrer, você deverá aguardar até o desaparecimento das reações.

HyQvia contém sódio

Este medicamento contém 5,0 a 60,5 mg de sódio (principal componente do sal de cozinha/mesa) em cada frasco de hialuronidase humana recombinante de HyQvia. Isto é equivalente a 0,25 a 3% da ingestão máxima diária recomendada para um adulto. A IG a 10% é praticamente livre de sódio.

Gestação, lactação e fertilidade

Os dados dos efeitos do uso crônico de hialuronidase humana recombinante na gestação, lactação e fertilidade são limitados. HyQvia deverá ser utilizado por gestantes e lactantes apenas após discussão com seu (sua) médico(a).

Categoria “C” de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como todos os medicamentos, este medicamento poderá causar efeitos colaterais, embora nem todos os apresentem.

Determinados efeitos colaterais, como dor de cabeça, calafrios ou dores no corpo, poderão ser reduzidos pela diminuição da velocidade de infusão.

Efeitos colaterais sérios

Infusões de medicamentos como HyQvia poderão ocasionalmente resultar em reações alérgicas graves, porém raras. Você poderá apresentar uma redução súbita na pressão arterial e, em casos isolados, choque anafilático. Os médicos estão cientes destes possíveis efeitos colaterais e o monitorarão durante e após as infusões iniciais.

Os sinais ou sintomas típicos incluem:

Sensação de tontura leve, tontura ou desmaio, erupção cutânea e coceira, inchaço na boca ou garganta, dificuldade para respirar, respiração ruidosa, frequência cardiaca anormal, dor no peito, lábios ou dedos das mãos ou pés azuis, visão embaçada.

  • Informar imediatamente seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a) caso perceba qualquer destes sinais durante a infusão.
  • Ao usar HyQvia em casa, você deverá realizar a infusão na presença de um tutor designado que o auxiliará a permanecer alerta quanto a reações alérgicas, interromper a infusão e buscar auxílio, se necessário.
  • Veja o item "Quais cuidados devo ter ao usar o HyQvia?" sobre o risco de reações alérgicas e uso domiciliar de HyQvia.

Efeitos colaterais muito comuns (podem afetar mais de 1 em 10 infusões)

  • Dor no local de infusão, incluindo desconforto e sensibilidade leve a moderada. Estas reações geralmente desaparecem em poucos dias.

Efeitos colaterais comuns (podem afetar até 1 em 10 infusões)

  • Reações no local de infusão: Estas incluem vermelhidão, inchaço, coceira, endurecimento e erupção no local de infusão. Estas reações geralmente desaparecem em poucos dias. Dor de cabeça, cansaço, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, dor muscular ou articular, dor no peito, febre, sensação de fraqueza ou mal-estar.

Efeitos colaterais incomuns (podem afetar até 1 em 100 infusões)

  • Calafrios, enxaqueca, aumento da pressão arterial, tontura, distensão abdominal, erupção cutânea/erupção alérgica/vermelhidão, coceira, dor no peito, nos braços e/ou pernas, inchaço genital (resultante da disseminação do inchaço a partir do local de infusão), inchaço das pernas, pés e tornozelos, testes sanguíneos positivos para anticorpos.

Frequência desconhecida (não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)

  • Hipersensibilidade, doenças semelhantes a gripe, vazamento no local de infusão e inflamação das camadas que revestem o cérebro (meningite asséptica).

Efeitos colaterais observados com medicamentos similares

Os efeitos colaterais a seguir foram observados com a infusão de medicamentos como imunoglobulina humana normal a 10% administrados sob a pele (via subcutânea).

Embora estes efeitos colaterais não tenham sido observados até o momento com HyQvia, é possível que algumas pessoas que utilizam HyQvia os apresentem:

  • Tremores, formigamento oral, batimento cardiaco rápido, reações alérgicas, rubor ou palidez, frio nas mãos ou pés, falta de ar, inchaço do rosto, suor excessivo, rigidez muscular, alteração nos testes do sangue para verificar o funcionamento do fígado (aumento de alanino aminotransferase).

Os efeitos colaterais raros a seguir foram observados em pacientes que utilizaram medicamentos como imunoglobulina humana normal a 10% administrados em uma veia (via intravenosa).

Estas reações não foram observadas com HyQvia, porém há uma pequena possibilidade de que algumas pessoas que utilizam HyQvia os apresentem:

  • Coágulos sanguíneos nos vasos sanguíneos (reações tromboembólicas) causando ataque cardiaco, acidente vascular cerebral, bloqueio das veias profundas ou de vasos sanguíneos que chegam ao pulmão (embolismo pulmonar), distúrbio ou insuficiência dos rins, destruição das células vermelhas do sangue (hemólise).

Caso apresente quaisquer efeitos colaterais, converse com seu (sua) médico(a), farmacêutico(a) ou enfermeiro(a). Isto inclui quaisquer possíveis efeitos colaterais não listados nesta bula.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Solução Injetável 0,1 g/mL

HyQvia é uma unidade em frasco duplo composta por um frasco de imunoglobulina humana normal (imunoglobulina a 10% ou IG a 10%) e um frasco de hialuronidase humana recombinante (rHuPH20).

Hialuronidase humana recombinante Imunoglobulina humana normal 10%
Volume (mL) Proteína (g) Volume (mL)
1,25 2,5 25
2,5 5 50
5 10 100
10 20 200
15 30 300

Via subcutânea.

Uso adulto e pediátrico.

Imunoglobulina normal humana (IG a 10%)

Um mL contém:

100 mg de imunoglobulina normal humana (pureza mínima de 98% de imunoglobulina G (IgG).

  • Cada frasco de 25 mL contém: 2,5 g de IgG.
  • Cada frasco de 50 mL contém: 5 g de IgG.
  • Cada frasco de 100 mL contém: 10 g de IgG.
  • Cada frasco de 200 mL contém: 20 g de IgG.
  • Cada frasco de 300 mL contém: 30 g de IgG.

Distribuição das subclasses de IgG (valores aproximados)

  • IgG1 ≥ 56,9%;
  • IgG2 ≥ 26,6%;
  • IgG3 ≥ 3,4%;
  • IgG4 ≥ 1,7%.

O teor máximo de IgA é de 140 microgramas/mL.

Excipientes com efeitos conhecidos: Hialuronidase humana recombinante (rHuPH20). A hialuronidase humana recombinante é uma glicoproteína purificada de 447 aminoácidos obtida de células de ovário de hamster chinês (CHO) por tecnologia de DNA recombinante.

Lista de excipientes

Frasco de imunoglobulina humana normal (IG a 10%)
Frasco de hialuronidase humana recombinante (rHuPH20)
  • Cloreto de sódio;
  • Fosfato de sódio dibásico;
  • Albumina humana;
  • Edetato dissódico;
  • Cloreto de cálcio;
  • Hidróxido de sódio (para ajuste de pH);
  • Ácido clorídrico (para ajuste de pH);
  • Água para injetáveis;
  • Sódio (como cloreto e como fosfato). O conteúdo total de sódio da hialuronidase humana recombinante é 4,03 mg/mL.

Caso acredite ter utilizado mais HyQvia do que deveria, converse com seu (sua) médico(a) tão logo possível.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Informe seu (sua) médico(a), farmacêutico(a) ou enfermeiro(a) caso esteja administrando, tenha administrado recentemente ou possa administrar quaisquer outros medicamentos.

Vacinações

HyQvia poderá reduzir o efeito de algumas vacinas virais, como sarampo, rubéola, caxumba e varicela (vacinas de vírus vivo). Portanto, depois de receber HyQvia, talvez você precise aguardar até 3 meses antes de receber determinadas vacinas. Talvez você precise aguardar até 1 ano depois de receber HyQvia antes que possa receber a vacina de sarampo.

Informe ao seu (sua) médico(a) ou enfermeiro(a) responsável pela vacinação sobre seu tratamento com HyQvia.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Resultado de Eficácia


Imunodeficiências primárias (PID)

Foram realizados dois estudos prospectivos, abertos e multicêntricos para investigar a eficácia, segurança e propriedades farmacocinéticas de Imunoglobulina G 5% em pacientes com PID:

  • No Estudo 9411, Imunoglobulina G 5% foi administrado em 17 pacientes com PID por infusão intravenosa de cerca de 400 mg/kg de peso corporal (8 mL/kg) no intervalo de 3 a 4 semanas ao longo de um período de 6 meses. Critérios para avaliação da eficácia incluíram a taxa de infecção, uso de antibióticos e número de dias com febre acima de 38,0 °C.
  • A taxa de infecção anual de 4,0 ± 3,6 infecções por paciente por ano sob tratamento com Imunoglobulina G 5% foi levemente superior à taxa calculada para os 6 meses anteriores ao estudo (2,5 ± 3,2 infecções por ano). Em uma coleta de dados retrospectiva para o período correspondente a um ano antes do estudo (inverno de 1999/2000), demonstrou-se que a taxa de infecção anual no inverno de 1999/2000 foi ligeiramente superior (4,5 ± 5,3 infecções por ano) do que a taxa quando sob tratamento com Imunoglobulina G 5%. O intervalo de confiança de 95% para a diferença entre os dois períodos de inverno variou entre -2,7 e 3,6 infecções por ano (p = 0,7572).
  • No Estudo 9572 um total de 51 pacientes com PID estavam sob terapia infusional com Imunoglobulina G 5% 0,4-0,8 g/kg de peso corporal durante 12 meses em intervalos de dose de 4 semanas (n = 48) ou 3 semanas (n = 3). Critérios para avaliação da eficácia incluíram a taxa de infecção, ou seja, número de infecções bacterianas graves agudas (IBGA), uso de antibióticos, número de dias com febre acima de 38,0 °C, número de dias hospitalizado, dias de falta na escola / trabalho e ocorrência de novas infecções agudas relevantes (IAR).
  • Apenas uma IBGA foi registrada para aqueles em terapia com Imunoglobulina G 5%. Em um período de observação total de 18.313 dias e 50,17 pacientes-ano no estudo, a taxa de infecção anual foi calculada em 0,02 IBGA / paciente / ano (IC 99%: [0,00; 0,11]). O número total médio de IBGA foi de 0,02 ± 0,14 (mediana: 0,00, intervalo: 0,00-1,00).
  • Um total de 128/630 eventos (20,3%) foram classificados como infecções agudas relevantes (IAR) em 40/51 pacientes (78,4%; 101 respiratórias, 27 outras), mais frequentemente especificadas como bronquite, sinusite, infecção do trato respiratório, rinite e faringite. A taxa anual de IARs primárias respiratórias por paciente foi de 2,0 e a taxa anual por paciente para dias com IARs respiratórias apresentou boa correspondência com os dias em uso de antibióticos, excluindo profiláticos (40,38 vs 32,65).

Tratamento de imunodeficiências secundárias

As quatro doenças seguintes causam imunodeficiência secundária típica:

  • (i) Em 50% dos pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC), as infecções são a causa mais comum de morte. Embora os distúrbios da imunidade celular (linfócitos T, células NK, leucopenia) sejam comuns, a hipogamaglobulinemia profunda foi a causa da alta taxa de infecção em um estudo clínico controlado por placebo (duplo-cego) em pacientes com LLC e hipogamaglobulinemia. Neste estudo, a eficácia de IVIg versus placebo sobre a taxa de infecção foi investigada3 e evidências foram obtidas mostrando que infecções bacterianas em pacientes com LLC podem ser prevenidas com terapia com IVIg, sem efeito sobre a incidência de complicações virais e fúngicas. Há um consenso geral de que os pacientes com LLC e um nível de IgG inferior a 6 g/L e infecções recorrentes (sobretudo com a falta de anticorpos específicos contra pneumococos) devem ser tratados com IVIg.
  • (ii) Mieloma múltiplo. Os pacientes com mieloma múltiplo sofrem mais frequentemente de infecções bacterianas recorrentes, e há evidência de que eles se beneficiem da administração regular de imunoglobulina (0,5 g/kg de peso corporal a cada 4 semanas)4.
  • (iii) Vírus da imunodeficiência humana. Pacientes com infecções por HIV sofrem de distúrbios da imunidade celular (linfócitos T). Deficiência na imunidade humoral também é comum em pacientes pediátricos e isso se correlaciona com infecções recorrentes causadas por Streptococcus pneumoniae. De acordo com os resultados de vários estudos clínicos bem controlados5, o tratamento combinado com antirretrovirais e IVIg é eficaz. As crianças com contagem de CD4 (+) acima de 200/μL se beneficiam significativamente da terapia com IVIg com uma diminuição menos rápida de células-auxiliares. Contudo, os respectivos estudos foram realizados antes da introdução da terapia antirretroviral altamente ativa (do inglês HAART). Ao contrário das crianças infectadas pelo HIV, IVIg em pacientes adultos infectados pelo HIV é ineficaz6.
  • (iv) Transplante alogênico de medula óssea. IVIg provou ser eficaz como parte do regime de condicionamento e após o transplante. Para o tratamento de infecções e profilaxia do enxerto versus doença hospedeira a dosagem deve ser adaptada individualmente. Em caso de diminuição persistente dos níveis de anticorpos, substituições devem ser continuadas até que os níveis de anticorpos retornem ao normal.

Tratamento de doenças autoimunes

As imunoglobulinas intravenosas podem reduzir a resposta imune humoral pela sua ação direta sobre a ativação e a diferenciação de células-B. Outros mecanismos efetores discutidos são o bloqueio anti-idiotípico de auto anticorpos, a inibição de receptores Fcγ e a citotoxicidade celular mediada por anticorpos. A inibição de receptores Fcγ tem uma profunda influência sobre as células efetoras do sistema imune, por exemplo em células NK, monócitos, macrófagos e outros elementos do sistema fagocitário mononuclear (SFM). De um modo semelhante, a inibição dos receptores de complemento e a neutralização de produtos de degradação do complemento ativados têm um efeito anti-inflamatório. IVIg tem uma influência direta sobre a população de células T e pode neutralizar superantígenos e, assim, evitar os processos de ativação relevantes. A ligação plasmática de citocinas pró-inflamatórias, tais como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a interleucina-1 (IL-1) e a interleucina-6 (IL-6) pode impedir os processos de ativação da inflamação.

Os resultados das investigações sobre IVIg influenciaram a imunologia clínica e a imunofarmacologia e vêm ampliando a variedade de doenças autoimunes como indicações para o uso clínico destes medicamentos hematogênicos.

Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI)

No Estudo 9427 Imunoglobulina G 5% foi administrado por via intravenosa em 24 pacientes com PTI 1g/kg de peso corporal por dia durante 2 dias ou 0,4 g/kg de peso corporal por dia, durante 5 dias consecutivos (dose total de 2 g/kg de peso corporal por curso de tratamento).

O parâmetro de eficácia primária foi a resposta de plaquetas. Pacientes foram considerados respondedores se a contagem de plaquetas aumentasse acima de 50/nL durante o estudo. 22/24 pacientes responderam ao tratamento Imunoglobulina G 5%, ou seja, a taxa de resposta global foi de 91,7%; 14/15 (93,3%) no grupo de 2 dias versus 8/9 (88,9%) dos pacientes no grupo de 5 dias, mostrando assim uma resposta significativa para Imunoglobulina G 5% em ambos os regimes de dose. O tempo médio total de resposta foi de 4 ± 2 dias, a duração da resposta foi de 24 ± 4 dias. A média da contagem máxima de plaquetas na população respondedora foi de 245 ± 137/nL. O tempo médio total para até a contagem máxima de plaquetas foi de 9 ± 5 dias.

Para a maioria dos pacientes, durante o período de estudo total de 28 dias, houve aumento na contagem de plaquetas até ao dia 7 ou o dia 14, respectivamente, com uma posterior diminuição nos dias 21 e 28. No entanto, ao final do período de estudo a contagem de plaquetas ainda estava acima de 50/nL em 11/22 respondedores.

Síndrome de Guillain Barré

Foram realizados dois estudos clínicos8,9 de larga escala em pacientes com Síndrome de Guillain Barré comparando a troca de plasma (PE) e terapia com IVIg.

No estudo holandês9 publicado em 1992, 74 pacientes foram tratados com IVIg (2 g/kg de peso corporal) e 73 com troca de plasma. A proporção de pacientes cuja pontuação funcional melhorou em um ou mais graus dentro de 4 semanas após o fim do tratamento foi significativamente mais elevada no grupo tratado com IVIg do que no grupo tratado com a troca de plasma (IVIg; 53%, vs. PE: 34%). O tratamento com IVIg também foi superior em relação aos parâmetros-alvo secundários tais como a duração da ventilação, o número de pacientes ainda sendo ventilados 2 semanas após o final do tratamento, e o tempo de recuperação da capacidade de andar.

Em um segundo estudo clínico multicêntrico randomizado8, 130 pacientes receberam IVIg, 121 foram tratados com PE, e 128 pacientes receberam uma combinação de PE e IVIg. Neste estudo, não houve diferença entre os grupos de tratamento no que diz respeito à pontuação funcional após 4 semanas. Os vários tratamentos foram também igualmente eficazes com relação à duração da ventilação, o tempo de recuperação da capacidade de caminhar, bem como a duração da internação. Além disso, verificou-se que a combinação de PE e IVIg não levou à uma melhora mais rápida das pontuações funcionais10.

Síndrome de Kawasaki

A condução da Síndrome de Kawasaki aguda é direcionada a uma redução na inflamação do miocárdio e da parede da artéria coronária e prevenção de trombose coronária. Ácido acetilsalicílico (AAS) em combinação com altas doses de IVIg é a atual terapia padrão-ouro11. O tratamento de pacientes com Síndrome de Kawasaki com AAS é considerado importante devido à ação anti-inflamatória e antitrombótica do AAS. No entanto, não há dados convincentes disponíveis mostrando que o AAS reduz anomalias da artéria coronária. A combinação de AAS com IVIg mostrou reduzir a febre, a toxicidade, e sintomas articulares dentro de 48 horas. É administrado em doses de 80-100 mg/kg de peso corporal por dia em quatro doses divididas para atingir um nível sérico de salicilato no soro de 20-25 mg/dL durante a fase aguda da doença. Vários estudos demonstraram que altas doses de IVIg (acima de 1 g/kg de peso corporal) em combinação com outra terapia é segura e eficaz na redução da prevalência de anomalias das artérias coronárias na Síndrome de Kawasaki. Rowley et al.12 demonstraram que IVIg não só reduziu a prevalência global de anomalias da artéria coronária, mas também impediu a formação de aneurismas gigantes, a forma mais grave de anomalia coronariana causada pela Síndrome de Kawasaki. As anomalias que afetam a função sistólica do ventrículo esquerdo e contratilidade melhoram mais rapidamente em crianças tratadas na fase aguda com altas doses de IVIg e AAS em comparação com aqueles tratados apenas com AAS.

Referências Bibliográficas

1. Estudo 941. A multicentre, open, prospective study investigating clinical efficacy, safety, and pharmacokinetic properties of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 with intraindividual comparisons to previous standard treatment in patients with primary immunodeficiency disease (PID).
2. Estudo 957. A multicentre, open, prospective study investigating clinical efficacy, safety, and pharmacokinetic properties of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 in patients with primary immunodeficiency disease (PID).
3. Besa EC. Recent advances in the treatment of chronic lymphocytic leukemia: Defining the role of intravenous immunoglobulin. Semin Hematol 1992; 29 (Suppl 2):14-23.
4. Chapel HM et al. Randomised trial of intravenous immunoglobulin as prophylaxis against infection in plateau-phase multiple myeloma. Lancet 1994; 343:1059-63.
5. A National Institute of Child Health and Human Development Intravenous Immunoglobulin Study Group. Intravenous immune globulin for the prevention of bacterial infections in children with symptomatic human immunodeficiency virus infection. N Eng J Med 1991; 325:73-80.
6. Geha RS and Rosen FS. Intravenous immunoglobulin therapy. In: Therapeutic immunology. Austen KF, Burakoff SJ, Rosen FS and Storm TW (eds.). Blackwell science, Oxford, England 1996, pp 280-296.
7. Estudo 942. An open, prospective study investigating clinical efficacy and safety of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 comparing historical data with reference IVIG in patients with idiopathic thrombocytopenic purpura (ITP).
8. Plasma Exchange/Sandoglobulin Guillain-Barrè Syndrome Trial Group. Randomized trial of plasma exchange, intravenous immunogobulin, and combined treatments in Guillain-Barrè syndrome. Lancet 1997; 349:225-230.
9. van der Meché FGA et al. A randomized trial comparing intravenous immune globulin and plasma exchange in Guillain-Barré syndrome. N Engl J Med 1992; 326:1123-1129.
10. Hughes RAC and the GBS Steroid Trial Group. Double-blind trial of intravenous methylprednisolone in GBS; Lancet 1992, 341:586-590.
11. Leung DYM et al. The immunopathogenesis and management of Kawasaki syndrome. Arthritis & Rheumatism 1998; 41:1538-1547.
12. Rowley AH et al. Prevention of giant coronary artery aneurysms in Kawasaki disease by intravenous gamma globulin therapy. J Pediatr 1988; 113:290-294.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: soros imunizantes e imunoglobulinas: imunoglobulina humana normal, para administração intravenosa, código ATC: J06BA02.

Imunoglobulina G contém principalmente imunoglobulina G (IgG) com um amplo espectro de anticorpos contra agentes infecciosos.

Imunoglobulina G contém anticorpos IgG presentes normalmente na população. Geralmente é preparado a partir de um pool de plasma de não menos de 1.000 doações. Imunoglobulina G tem uma distribuição de subclasses IgG aproximadamente proporcional àquela do plasma humano natural. Doses adequadas deste medicamento podem restaurar níveis anormalmente baixos de IgG até a faixa da normalidade.

O mecanismo de ação para outras indicações, além da terapia de reposição, não está totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores.

População pediátrica

Espera-se que as propriedades farmacodinâmicas na população pediátrica sejam as mesmas do que em adultos.

Propriedades Farmacocinéticas

A imunoglobulina humana normal está imediata e completamente biodisponível na circulação do paciente após a administração intravenosa. Ela é distribuída de forma relativamente rápida entre o plasma e o fluido extravascular, e após cerca de 3 a 5 dias, o equilíbrio é atingido entre os meios intra e extravasculares.

Imunoglobulina G tem uma meia-vida de cerca de 27 dias. Esta meia-vida pode variar de paciente para paciente, em especial na imunodeficiência primária.

IgG e os complexos de IgG são digeridos pelas células do sistema retículo-endotelial.

Dados de segurança pré-clínicos

As imunoglobulinas são constituintes normais do corpo humano. Testes de toxicidade por dose repetida e estudos de toxicidade embrionária e fetal são impraticáveis, devido à indução e interferência com anticorpos. Efeitos do produto sobre o sistema imunológico do recém-nascido não foram estudados. Como a experiência clínica não fornece dados sobre os efeitos carcinogênicos e mutagênicos das imunoglobulinas, estudos experimentais, principalmente em espécies heterólogas, não são considerados necessários.

Conservar sob refrigeração entre 2°C e 8°C. Não congelar. Manter o frasco dentro do cartucho para proteger da luz. Não agitar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento

IG 10% é uma solução incolor ou ligeiramente opaca e incolor ou amarelo pálido.

Hialuronidase humana recombinante é uma solução límpida e incolor.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

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Alex Bernacchi
CRF-SP 33.461

Importado por:
Takeda Pharma Ltda.
Rodovia SP 340 S/N, km 133,5, Ed. Adm.
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