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Bula do Immunate S/D

Princípio Ativo: Fator VIII de Coagulação

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 3 de Outubro de 2023.

Immunate S/D, para o que é indicado e para o que serve?

Immunate S/D - fator VIII de coagulação (humano) está indicado na terapia e profilaxia de episódios de sangramento causados por deficiência congênita ou adquirida do Fator VIII (hemofilia A, hemofilia A com inibidor do Fator VIII, deficiência adquirida do Fator VIII devido ao desenvolvimento espontâneo do inibidor do Fator VIII) e para a doença de von Willebrand com deficiência do fator VIII.

Como o Immunate S/D funciona?


Immunate S/D é um complexo fator von Willebrand/fator VIII de coagulação preparado do plasma humano. Ele substitui o fator VIII ausente ou i que não funciona adequadamente na Hemofilia A. Hemofilia A é uma doença hereditária ligada ao sexo que causa distúrbio da coagulação sanguínea devido aos níveis baixos de fator VIII:C que resulta em sangramento profuso nas articulações, músculos ou órgãos internos, espontaneamente ou como resultado de trauma cirúrgico ou acidental. Pela terapia de reposição, os níveis de plasma do fator VIII tem um aumento permitindo uma correção temporária do fator de deficiência e correção das tendências hemorrágicas.

Em adição ao seu papel como proteína protetora do fator VIII, o fator von Willebrand (vWF) medeia a adesão plaquetária aos sítios da lesão vascular e desempenha uma função na agregação plaquetária.

Quais as contraindicações do Immunate S/D?

Não utilizar Immunate em caso de:

  • Alergia ao fator VIII de coagulação humano ou a qualquer um dos componentes do produto.

Em caso de dúvida, consultar o médico.

Como usar o Immunate S/D?

Immunate deve ser administrado via intravenosa após preparação da solução com o diluente fornecido. O paciente deve seguir as orientações do médico.

A taxa de administração depende do nível de conforto do paciente e não deve exceder 2mL por minuto.

Aquecer o produto a temperatura ambiente ou a temperatura corporal antes da administração. Para a reconstituição utilize apenas o conjunto de administração fornecido no pacote, pois a falha do tratamento pode ocorrer como consequência da adsorção do fator VIII de coagulação humano na superfície interna de algum equipamento de infusão.

Immunate deve ser reconstituído imediatamente antes da administração. A solução deve ser usada imediatamente, pois não contém conservantes. Antes da administração, o produto reconstituído deve ser visualmente inspecionado para possível presença de material particulado e descoloração. A solução deve ser de clara a levemente opalescente. Soluções turvas ou apresentando depósitos devem ser descartadas.

A solução pronta para uso não deve ser refrigerada novamente.

Reconstituição do pó para preparar a solução para injetáveis:

A solução deve ser preparada sob condições limpas e estéreis.

  1. Aquecer o frasco fechado contendo o diluente (água estéril para injetáveis esterilizada) à temperatura ambiente (máxima de 37°C).
  2. Remover as tampas plásticas protetoras dos frascos do concentrado e do diluente (fig. A) e desinfetar as tampas de borracha de ambos os frascos.
  3. Conectar a parte ondulada do dispositivo de transferência sobre o frasco do diluente e pressionar (fig. B).
  4. Remover a cobertura protetora da outra extremidade do dispositivo de transferência, tendo o cuidado de não tocar na extremidade exposta.
  5. Inverter o frasco de diluente conectado ao dispositivo de transferência, sobre o frasco de concentrado e inserir a extremidade livre com uma agulha através da tampa de borracha do frasco do concentrado (fig. C). O diluente será aspirado para dentro do frasco de concentrado por vácuo.
  6. Após aproximadamente 1 minuto, desconectar os dois frascos removendo o frasco de diluente conectado ao dispositivo de transferência do frasco do condentrado (fig. D). Como o preparo dissolve facilmente, agitar suavemente o frasco do concentrado. Não misturar os conteúdos do frasco. Não inverter o frasco do concentrado até que esteja pronto para retirar os conteúdos.
  7. Após a reconstituição, inspecionar visualmente a solução preparada para material particulado ou descoloração antes da administração. Porém, mesmo quando o procedimento de reconsituição é rigorosamente seguido, algumas pequenas partículas podem ocasionalmente serem vistas. O conjunto de filtro contido na embalagem pode remover partículas e a potência rotulada não será reduzida.

Administração

A solução deve ser preparada sob condições limpas e estéreis.

Deve-se usar o conjunto de filtro contido na embalagem para prevenir a administração de partículas de borracha que possam ter-se separado da tampa (perigo de microembolia). Para remover a solução reconstituída, conectar a o conjunto de filtro na seringa descartável e introduzir através da tampa de borracha (fig. E).

Desconectar a seringa por um momento do conjunto de filtro. O ar entrará no frasco de concentrado e qualquer espumaque se tenha formado desaparecerá. Despois, aspirar a solução para a seringa através do conjunto de filtro (fig.F).

Desconectar a seringa do conjunto de filtro e lentamente injetar a solução por via intravenosa (velocidade máxima de injeção: 2 mL/min) com o conjunto de infusão rápido contido na embalagem (ou a agulha descartável contida na embalagem).

Posologia do Immunate S/D


Hemofilia A

O cálculo da dose necessária de fator VIII, da forma descrita abaixo, se baseia no achado empírico de que 1 UI de fator VIII por kg de peso corpóreo eleva a atividade plasmática do fator VIII em 1,5% a 2%.

Levando em conta a atividade inicial do fator VIII no plasma do paciente, determina-se a dosagem necessária empregando a seguinte fórmula:

Dose de Immunate S/D (UI de Fator VIII) = Peso Corpóreo (kg) x Aumento Desejado de Fator VIII (%) x 0,5.

São necessárias verificações regulares do nível plasmático de fator VIII do paciente para monitorar o curso da terapia e calcular as doses apropriadas de manutenção.

Hemorragias e Cirurgia

A tabela apresentada em seguida indica quais os níveis plasmáticos de fator VIII são necessários para o controle de hemorragias ou para a profilaxia cirúrgica bem como o tempo durante o qual esses níveis devem ser mantidos.

Tipo de Hemorragia ou de
Intervenção Cirúrgica

Nível Plasmático de Fator VIII Terapeuticamente Necessário (%)

Período Necessário para manter o Nível Plasmático de Fator VIII

Fenômenos hemorrágicos de pequeno porte, por exemplo pequenas hemorragias

30%

No mínimo 1 dia, dependendo da gravidade da hemorragia

Fenômenos hemorrágicos de grande porte - hemorragias musculares, na cavidade oral, extrações dentárias, traumatismos cranianos moderados e intervenções

40 – 50%

 3 a 4 dias, ou até a completa absorção das hemorragias teciduais, ou a completa cicatrização dos ferimentos

Risco de vida: hemorragias gastro- intestinais, intra-cranianas, intra- abdominais ou intra-torácicas, fraturas, Intervenções cirúrgicas
de grande porte com alto risco de manifestações hemorrágicas

60 – 100%

Durante 7 dias, no mínimo. O tratamento, após o 7o dia, somente deve ser interrompido após a absorção da hemorragia ou a adequada cicatrização dos ferimentos

Em geral, administra-se fator VIII a intervalos de 8 a 12 horas, correspondendo à meia-vida biológica do fator VIII. Para profilaxia cirúrgica, a dose inicial deve ser administrada uma hora antes da cirurgia. Nos casos de intervenções cirúrgicas de grande porte, deve-se manter intervalos de tratamento de 8 horas durante os primeiros dias de pós-operatório.

Terapia de manutenção profilática

Para a terapia de manutenção profilática de hemofilia A grave, administram-se doses de 10 a 50 UI de fator VIII por kg de peso corpóreo a intervalos de 2 a 3 dias. Em alguns casos, especialmente em pacientes mais jovens, podem ser necessários intervalos mais curtos ou mais longos das doses para prevenir o sangramento.

Hemofilias com inibidor de fator VIII

Em se considerando que a dose necessária depende do título de inibidor do paciente, a mesma deve ser calculada individualmente com base nos testes de coagulação.

A terapia de reposição com fator VIII é eficaz somente em pacientes com baixo índice de resposta, com um título de inibidor inferior a dez Unidades Bethesda. Em pacientes com alto índice de resposta bem como aqueles com baixo índice de resposta com um título de inibidor superior a dez Unidades Bethesda, recomenda-se o emprego de FEIBA – complexo protrombínico parcialmente ativado.

Doença de von Willebrand com deficiência de fator VIII

Immunate S/D - fator VIII de coagulação (humano) está indicado para a terapia de reposição de fator VIII em pacientes portadores da doença de von Willebrand que apresentem atividade de fator VIII reduzida. A terapia de reposição com Immunate S/D - fator VIII de coagulação (humano) para o controle de hemorragias e para a prevenção de episódios de sangramento associados com intervenções cirúrgicas devem seguir as diretrizes indicadas para hemofilia A.

O que devo fazer quando eu me esquecer de usar o Immunate S/D?


Não utilizar dose dupla para compensar uma dose esquecida.

Proceder com a próxima administração imediatamente e continuar com os intervalos regulares conforme recomendação médica.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Immunate S/D?

Caso a alergia ocorrer:

  • Existe uma rara possibilidade de ocorrer uma reação alérgica anafilática (reação repentina, severa) à Immunate. Deve-se estar atento aos sinais de reações alérgicas como rubor, erupção cutânea, urticária, pápulas, coceira generalizada, inchaço dos lábios, pálpebras e língua, dispnéia, chiado, dor do peito, aperto no peito, mal estar generalizado, tontura, taquicardia e queda da pressão sanguínea. Estes sintomas podem consituir um sintoma inicial de um choque anafilático, manifestções que podem adicionalmente incluir tontura, perda de consciência e dificuldade extrema para respirar;
  • Caso esses sintomas ocorram, a infusão deve ser interrompida imediatamente e deve-se consultar o médico. Sintomas severos, incluindo dificuldade para respirar e desmaio (próximo), requerem tratamento de emergência imediato.

Monitoramento é necessário quando:

  • Seu médico pode querer realizar testes para garantir que a dose atual seja suficiente para alcançar e manter os níveis de fator VIII e de von Willbrand adequados.

Caso o sangramento persista:

  • Caso o sangramento não seja controlado com Immunate, consultar o médico imediatamente. Você deve ter desenvolvido anticorpors neutralizantes (inibidores) ao fator VIII. Seu médico pode querer conduzir testes para confirmar este desenvolvimento. Inibidores de fator VIII são anticorpos (inibidores) no sangue que bloqueiam o fator VIII utilizado. Isso torna o fator VIII menos eficaz em controlar o sangramento;
  • Pacientes com a doença de von Willebrand, especialmente o tipo 3, podem desenvolver anticorpos neutralizantes (inibidores) ao fator von Willebrand. Testes podem ser conduzidos para confirmar este desenvolvimento. Inibidores de fator von Willebrand são anticorpos (inibidores) no sangue que bloqueiam o fator von Willebrand utilizado. Isso torna o fator von Willebrand menos eficaz em controlar o sangramento.

Quando medicamentos são fabricados a partir do sangue ou plasma humano, algumas medidas são colocadas em prática para prevenir que infecções sejam passadas para os pacientes. Isto inclui a seleção cuidadosa dos doadores de sangue e plasma humano para garantir que indivíduos com risco de estarem infectados sejam excluídos, assim como teste de cada doação e dos pools de plasma para sinais de vírus/infecção, e a inclusão de etapas no processo de plasma ou sangue que podem inativar ou remover vírus.

Apesar destas medidas, quando medicamentos fabricados a partir do sangue ou plasma humano são administrados, a possibilidade de transmissão de infecção não pode ser totalmente excluída. Isto se aplica também aos patógenos de natureza desconhecida.

As medidas tomadas são consideradas eficazes para vírus encapsulados, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV, o vírus que causa a AIDS), hepatite B e hepatite C, e para o vírus da hepatite A não encapsulado. Os procedimentos de inativação/remoção viral podem ter um valor limitado contra vírus não encapsulados tais como parvovírus B19.

Infecção por Parvovírus B19 pode ser séria para mulheres grávidas (infecção fetal) e para indivíduos com imunodeficiência ou com aumento da metabolização de eritrócitos (por exemplo, anemia falciforme ou anemia hemolítica).

O médico pode recomendar vacinação apropriada contra hepatite A e B para pacientes que recebem regularmente/repetidamente produtos derivados de plasma humano.

É fortemente recomendado que sempre que uma dose de Immunate for administrada o nome e o lote do produto sejam anotados para manter um registro dos lotes usados.

Immunate contém isoaglutininas (anti-A e anti-B). Em pacientes de grupo sanguíneo A, B ou AB, rompimento da hemácia pode ocorrer após administração repetitiva em curto intervalo de tempo ou após administração de grandes doses.

Gravidez, lactação e fertilidade

Antes de administrar o medicamento, o médico ou farmacêutico deverá ser informado caso a paciente esteja grávida ou amamentando ou esteja planejando engravidar.

Não há experiência com relação ao uso de Immunate durante a gravidez, lactação e fertilidade, uma vez que a hemofilia A é rara em mulheres. Immunate só deve ser utilizado durante a gravidez e lactação somente se realmente indicado.

Portanto, o médico deve ser informado caso a paciente esteja grávida ou amamentando. O médico irá decidir se Immunate deve ser utilizado durante a gravidez e lactação.

Condução e utilização de máquinas

Nenhum efeito na habilidade de dirigir e operar máquinas foram observados.

Immunate contém sódio

Em caso de uma dieta baixa de sódio, o médico irá monitorar com atenção particular, pois a quantidade de sódio na dose máxima diária pode exceder 200mg.

Categoria “C” de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Immunate S/D?

Como qualquer outro medicamento, Immunate pode apresentar reações adversas, apesar de nem todos os pacientes apresentarem.

Possíveis reações adversas com produtos fator VIII derivados de plasma humano

Reações alérgicas, que em alguns casos podem progredir a reações severas e que potencialmente representem risco de vida (anafilaxia), tem sido observadas raramente.

Portanto, deve-se estar atento aos sinais iniciais de reações alérgicas como:

Rubor, erupção cutânea, urticária, pápulas, coceira generalizada, inchaço dos lábios, pálpebras e língua, dispnéia, chiado, dor do peito, aperto no peito, mal estar generalizado, tontura, taquicardia e queda da pressão sanguínea. Estes sintomas podem consituir sinal inicial de um choque anafilático. Caso uma reação alérgica ou anafilática ocorrer, deve-se interromper imediatamente a infusão e informar o médico. Sintomas severos requerem tratamento de emergência imediato.

A formação de anticorpos neutralizantes (inibidores) ao fator VIII ou ao fator von Willebrand é uma complicação conhecida no tratamento de pacientes com hemofilia A ou a doença de von Willebrand. Caso anticorpos neutralizantes (inibidores) desenvolvam, eles se manifestam sozinhos como uma resposta clínica insuficiente (sangramento não é controlado com uma dose apropriada) ou na forma de reação alérgica.

Nestes casos, recomenda-se contatar um centro especializado de hemofilia.

Em pacientes com grupo sanguíeno A, B ou AB hemólise pode ocorrer após administração de grandes doses.

Reações adversas reportadas com o uso de Immunate

As seguintes frequências são utilizadas para avaliar as reações adversas:

  • Reação muito comum > 1/10;
  • Reação comum > 1/100 e ≤ 1/10;
  • Reação incomum > 1/1.000 e ≤ 1/100;
  • Reação rara > 1/10.000 e ≤ 1/1.000;
  • Reação muito rara ≤ 1/10.000;
  • Desconhecido a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis.

Dentre as reações adversas listadas na tabela abaixo, a hipersensibilidade foi observada em um ensaio clínico, enquanto que as demais reações foram observadas em experiências pós-comercialização.

Classe de sistema de órgão padrão MedDRA

Reação adversa

Frequência

Distúrbio do sistema imune

Hipersensibilidade

Incomum*

Distúrbio dos sistemas sanguíneo e linfático

Inibição do fator VIII

Desconhecida

Distúrbio de coagulação

Desconhecida

Distúrbio psiquiátrico

Inquietação

Desconhecida

Formigamento ou dormência

Desconhecida

Distúrbio do sistema nervoso

Tontura

Desconhecida

Cefaléia

Desconhecida

Distúrbio ocular

Conjuntivite

Desconhecida

Taquicardia

Desconhecida

Distúrbio cardíaco

Sentir os batimentos cardíacos

Desconhecida

Hipotensão

Desconhecida

Distúrbio vascular

Rubor

Desconhecida

Palidez

Desconhecida

Distúrbios respiratório, torácico e mediastino

Falta de ar

Desconhecida

Tosse

Desconhecida

Distúrbio gastrointestinal

Vômito

Desconhecida

Sensação de mal estar

Desconhecida

Distúrbio da pele e tecido subcutâneo

Urticária

Desconhecida

Erupção

Desconhecida

Coceira

Desconhecida

Rubor

Desconhecida

Aumento da transpiração

Desconhecida

Neurodermatite

Desconhecida

Distúrbios músculo-esquelético e tecido conectivo

Dor muscular

Desconhecida

Distúrbios gerais e no local de administração

Dor do peito

Desconhecida

Desconforto no peito

Desconhecida

Edema (incluindo edema periférica, nas pálpebras e na face)

Desconhecida

Febre

Desconhecida

Calafrios

Desconhecida

Reação no local da injeção

Desconhecida

Dor

Desconhecida

*Uma reação de hipersensibilidade em 329 infusões em um estudo clínico de 5 pacientes.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Qual a composição do Immunate S/D?

Cada frasco contendo Immunate S/D liofilizado, após reconstituição utilizando todo o volume do diluente contido nas respectivas embalagens, contém na solução obtida, quando pronta para uso, a seguinte composição:

- 250 UI 500 UI

1.000 UI

Componente Ativo

Fator VIII de coagulação (humano) 
Atividade de fator von Willebrand (vWF:Rco)

250 UI
190 UI
500 UI
375 UI

1.000 UI750 UI

Atividade específica (albumina corrigida)

70 ± 30 UI/mg de proteína

Água para injetáveis

5mL 5mL

10mL

Excipientes: albumina humana, glicina, cloreto de sódio, citrato de sódio di-hidratado, cloridrato de lisina e cloreto de cálcio di-hidratado.

Immunate 250 UI

Após reconstituição com o diluente, o produto contém aproximadamente 50 UI/mL de fator VIII de coagulação derivado de plasma humano e 38 UI/mL de fator von Willebrand derivado de plasma.

Immunate 500 UI e 1000 UI

Após reconstituição com o diluente, o produto contém aproximadamente 100 UI/mL de fator VIII de coagulação derivado de plasma humano e 75 UI/mL de fator von Willebrand derivado de plasma.

Apresentação do Immunate S/D


Immunate S/D é um concentrado preparado de plasma humano contendo o fator VIII de coagulação humana na forma de pó liofilizado, acompanhado do volume apropriado de diluente para reconstituição.

Via intravenosa.

Cada embalagem de Immunate contém:

Immunate S/D 250 UI

  • 1 Frasco contendo Immunate 250 UI. 
  • 1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (5mL).
  • Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (5mL), 1 agulha descartável, 1 conjunto de infusão rápida).

Immunate S/D 500 UI

  • 1 Frasco contendo Immunate 500 UI.
  • 1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (5mL). 
  • Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (5mL), 1 agulha descartável, 1 conjunto de infusão rápida).

Immunate S/D 1.000 UI

  • 1 Frasco contendo Immunate 1.000 UI.
  • 1 Frasco contendo água estéril para injetáveis (10mL).
  • Conjunto de Reconstituição e infusão (1 conjunto de transferência/filtro, 1 seringa descartável de (10mL), 1 agulha descartável, 1 conjunto de infusão rápida).

Uso adulto e pediátrico. 

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Immunate S/D maior do que a recomendada?

Nenhum sintoma de superdose com fator de coagulação VIII foi relatado.

Eventos tromboembólicos podem ocorrer.

Hemólise pode ocorrer em pacientes com grupos sanguíneos A, B ou AB.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Immunate S/D com outros remédios?

Nenhuma interação de Immunate com outros medicamentos foi relatada.

O produto não deve ser misturado com outros medicamentos ou diluente, exceto o diluente água para injetáveis contido na embalagem, antes da administração uma vez que pode prejudicar a eficácia e segurança do produto. É recomendado lavar o acesso venoso com solução apropriada, como por exemplo, solução salina fisiológica antes e depois da infusão de Immunate.

Immunate com alimentos e bebidas

Não há recomedações específicas de quando Immunate deve ser administrado com relação às refeições.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Immunate S/D?

Resultados de Eficácia


Estudo Original Segurança e Eficácia 0699011,2

A segurança, eficácia hemostática, farmacocinética e imunogenicidade do Fator VIII de Coagulação foram avaliadas em um estudo aberto, duplo-cego, randomizado, cruzado, em 111 indivíduos com idade igual ou superior a 10 anos. O estudo clínico foi conduzido em indivíduos previamente tratados (PTPs com ≥ 150 dias de exposição) diagnosticados com hemofilia A moderada a grave (nível de FVIII ≤ 2% do normal) com ≥ 10 anos de idade (20 apresentaram 10 a < 13, 22 apresentaram 13 a < 16 e 69 apresentaram 16 anos ou mais). Foram excluídos os indivíduos com histórico ou nível detectável de inibidor do FVIII.

Os indivíduos autoadministraram o Fator VIII de Coagulação para profilaxia de rotina (≥ 25 UI/kg de peso corporal, 3-4 vezes por semana) e para o tratamento conforme a demanda de episódios hemorrágicos. Uma avaliação geral da eficácia foi realizada pelo indivíduo (para o tratamento residencial) ou pelo investigador do centro do estudo (para o tratamento sob supervisão médica), utilizando uma escala de excelente, boa, regular ou nenhuma, com base na qualidade do hemostase atingida com o Fator VIII de Coagulação para o tratamento de cada novo episódio hemorrágico.

Ao todo, 510 episódios hemorrágicos foram relatados, com média (± DP) de 6,1 ± 8,2 episódios hemorrágicos por indivíduo. Destes 510 episódios, 439 (86%) foram classificados como excelentes ou bons em sua resposta ao tratamento com Fator VIII de Coagulação, 61 (12%) foram classificados como regulares, 1 (0,2%) foi classificada como sem resposta e, para 9 (2%), a resposta ao tratamento foi desconhecida. Um total de 411 (81%) episódios hemorrágicos foi tratado com uma única infusão, 62 (12%) exigiu 2 infusões, 15 (3%) exigiu 3 infusões e 22 (4%) exigiu 4 ou mais infusões de Fator VIII de Coagulação para uma resolução satisfatória. Um total de 162 (32%) episódios hemorrágicos ocorreu de forma espontânea, 228 (45%) resultou de trauma antecedente e, para 120 (24%) episódios hemorrágicos, a etiologia foi desconhecida.

Tabela 1: Resultados de Eficácia Hemostática do Estudo 069901

Endpoint

Resultados em 510 novos episódios hemorrágicos tratados com Fator VIII de Coagulação

 

162 (32%) espontâneos, 228 (45%) com trauma antecedente, 120 (24%) etiologia desconhecida

Qualidade da hemostase

Resposta excelente ou boa

439 (86%)

Resposta regular

61 (12%)

Sem resposta

1 (0,2%)

Resposta desconhecida

9 (2%)

Número de infusões necessárias

Infusão única (1)

411 (81%)

Duas (2) infusões

62 (12%)

Três (3) infusões

15 (3%)

Quatro (4) ou mais infusões

22 (4%)

A taxa de novos episódios hemorrágicos durante o regime profiláctico de 75 dias de exposição foi calculada em função da etiologia dos episódios hemorrágicos, para 107 indivíduos avaliáveis (n = 274 episódios hemorrágicos). Essas taxas são apresentadas na Tabela 2. A taxa global de novos episódios hemorrágicos no estudo da profilaxia foi de 0,52 ± 0,71.

Tabela 2: Taxa de Novos Episódios Hemorrágicos durante a Profilaxia

Etiologia do Episódio Hemorrágico

Média (± DP) de Novos Episódios Hemorrágicos Indivíduo/ Mês

Espontâneo

0,34 ± 0,49

Pós-traumático

0,39 ± 0,46

Desconhecido

0,33 ± 0,34

Estudo de Continuação 0601023,4

Foram coletados dados de segurança e eficácia adicionais (abertos) sobre 82 indivíduos que continuaram com o tratamento após a participação no estudo original de segurança e eficácia. Os episódios hemorrágicos foram tratados com Fator VIII de Coagulação e o resultado do tratamento foi classificado como excelente, bom, regular ou nenhum, com base na qualidade da hemostase alcançada. A análise final da eficácia foi conduzida para 81 indivíduos que autoadministraram o Fator VIII de Coagulação em um regime profilático de rotina, por um período mínimo de 75 dias de exposição.

Ao todo, houve 837 episódios hemorrágicos em 70 dos 81 indivíduos. Os outros 11 indivíduos não apresentaram nenhum episódio hemorrágico. A resposta ao tratamento com Fator VIII de Coagulação foi classificada como excelente ou boa para 80,4% de todos os episódios hemorrágicos. A maioria (88%) dos episódios hemorrágicos exigiu apenas 1 ou 2 infusões para obter a hemostase. Entre os 837 episódios hemorrágicos, 2 (0,3%) não exigiram tratamento (0 infusões), 521 (62,2%) exigiram 1 infusão, 216 (25,8%) exigiram 2 infusões, 23 (2,7%) exigiram 3 infusões e 75 (9,0%) exigiram 4 ou mais infusões. Por etiologia, 45,3% destes eventos hemorrágicos foram secundários ao trauma e 27,7% ocorreram espontaneamente; os outros 27% apresentaram etiologia indeterminada.

Tabela 3: Resultados de Eficácia Hemostática do Estudo 060102

Endpoint

Resultados em 837 novos episódios hemorrágicos tratados com Fator VIII de Coagulação

232 (27,7%) espontâneos, 379 (45,3%) com trauma, 226 (27%) de etiologia desconhecida

Qualidade da hemostase

Resposta excelente ou boa

673 (80,4%)

Resposta regular

140 (16,7%)

Sem resposta

1 (0,1%)

Resposta desconhecida

23 (2,7%)a

Número de infusões necessárias

Infusão única (1)

521 (62,2%)

Duas (2) infusões

216 (25,8%)

Três (3) infusões

23 (2,7%)

Quatro (4) ou mais infusões

75 (9%)

Sem tratamento

2 (0,3%)

a Dos 23 episódios hemorrágicos na categoria "Desconhecido", 20 de 23 não apresentaram registro de tratamento ou não foi possível discernir a necessidade de tratamento, 2 de 23 em 2 indivíduos não exigiram tratamento, e 1 de 23 foi tratado, em parte, com um produto à base do fator VIII não pertencente ao estudo (agrupado como "desconhecido").

Em um estudo com 53 crianças tratadas anteriormente (pelo menos 50 dias de exposição com diferentes preparações derivadas de plasma e de ator VIII de coagulação recombinante) com idade inferior a 6 anos (24 dos quais possuíam < 3 anos), 430 episódios hemorrágicos em 47 crianças foram registrados. Cinquenta e sete (13,3%) destes episódios não exigiram infusão; em 345 das hemorragias tratadas (93,8%) a eficácia de Fator VIII de Coagulação foi avaliada como excelente ou boa, em 18 (4,9%) como moderada, e para 5 (1,4%) episódios não existem dados disponíveis.

A profilaxia padrão (n = 21; 25 – 50 UI/kg, 3 – 4 x/semana) em relação à profilaxia modificada (n = 37) apresentou uma taxa anual de hemorragias de 4 (mediana) em comparação com um regime “sob demanda” (n = 5) com 24 hemorragias (mediana). Em 89% dos 368 episódios hemorrágicos tratados, 1 ou 2 injeções foram suficientes (duração de ≤ 5 minutos) para alcançar a hemostasia. Além disso, em 7 procedimentos cirúrgicos geralmente de pequeno porte em 7 pacientes, a eficácia intraoperatória e pós-operatória foi satisfatória. Em uma duração média de exposição de 156 dias, o inibidor não foi detectado em qualquer destas 53 crianças tratadas.

Estudo do Tratamento Perioperatório 0699023,5

A segurança e eficácia do Fator VIII de Coagulação para o tratamento perioperatório foram investigadas em 59 indivíduos com hemofilia A grave ou moderadamente grave (fator VIII ≤ 2%), com idades entre 7 a 65 anos (3 apresentaram 7 a < 13, 6 apresentaram 13 a < 16 e 50 apresentaram ≥ 16). Um indivíduo optou por não se submeter à cirurgia planejada. Assim, 58 indivíduos foram submetidos a 65 procedimentos cirúrgicos, dentre os quais 6 indivíduos realizaram mais de 1 procedimento cada. Um sujeito foi retirado durante o período pós-operatório; portanto, 57 indivíduos concluíram o estudo. Dos 65 procedimentos, 22 em 22 indivíduos foram classificados como importante, 35 em 28 indivíduos foram classificados como menores e 8 em 8 indivíduos foram odontológicos.

Antes da cirurgia, os indivíduos receberam uma dose de ataque pré-operatória, destinada a aumentar o nível plasmático do fator VIII para 60% a 100% do normal, para os procedimentos odontológicos, ou 80% a 120% do normal, para todos os demais procedimentos cirúrgicos. Durante a cirurgia, os indivíduos receberam terapia de reposição por bolus (47 procedimentos) ou infusão contínua (18 procedimentos). Para infusão contínua, a taxa inicial foi de 4 UI/kg/h para os indivíduos com idade de > 12 anos e 5 UI/kg/h para indivíduos de 5 a 12 anos de idade. Após a alta hospitalar, os indivíduos continuaram a receber o Fator VIII de Coagulação para o controle da hemostase, conforme prescrito pelo investigador, por até 6 semanas para os procedimentos ortopédicos importantes e até 2 semanas para todos os demais procedimentos.

A eficácia intraoperatória foi classificada como excelente ou boa (a perda sanguínea intraoperatória excelente foi inferior à esperada para o tipo de procedimento realizado; a perda sanguínea intraoperatória boa foi conforme a esperada para o tipo de procedimento realizado) para 61 (93,9%) dos 65 procedimentos; a classificação não foi realizada para 3 procedimentos, sendo desconhecida para 1 procedimento. A eficácia pós-operatória foi classificada como excelente ou boa para 62 (95,4%) dos 65 procedimentos; a avaliação era desconhecida para 2 procedimentos e não foi feita para 1 procedimento. Dos 24 procedimentos que exigiram drenos cirúrgicos, as avaliações da eficácia no momento da remoção do dreno foram classificadas como excelentes ou boas para 20 (83,3%) procedimentos e regulares (a perda sanguínea intraoperatória regular foi superior à esperada para o tipo de procedimento executado) para 2 (8,3%) procedimentos; a classificação foi desconhecida para 1 procedimento e não foi realizada para 1 procedimento. Ambos os procedimentos que exigiram drenos cirúrgicos com classificações regulares foram cirurgias ortopédicas importantes.

Tabela 4: Resultados de Eficácia Hemostática do Estudo 069902

Endpoint

Resultados em 58 indivíduos submetidos a 65 procedimentos cirúrgicos durante o tratamento com Fator VIII de Coagulação (57 indivíduos concluíram o estudo)
(22 procedimentos importantes, 35 menores, 8 odontológicos)

24 avaliações realizadas no momento da remoção do dreno

Qualidade da hemostase intra pós-operatória

Avaliação intraoperatória

Excelente ou boa

61 de 65 (93,9%)

Avaliação pós-operatória

Excelente ou boa

62 de 65 (95,4%)

Controle da hemorragia no local do dreno cirúrgico no momento da remoção

Excelente ou bom

20 de 24 (83,3%)

Regular

2 (8,3%)

Desconhecido

1

Nenhum

1

Estudo da Profilaxia de Rotina 0602013,6

Em um estudo clínico multicêntrico, aberto, prospectivo, randomizado, controlado, pós-comercialização do uso de Fator VIII de Coagulação em dois regimes profiláticos de tratamento, em comparação ao tratamento conforme a demanda, 53 pacientes de 7 a 65 anos de idade com hemofilia A grave a moderadamente grave (nível de FVIII < 2 UI/dL) foram analisados no grupo de acordo com o protocolo. Os indivíduos foram tratados, inicialmente, por 6 meses de terapia conforme a demanda e, em seguida, randomizados para 12 meses de um regime profilático padrão (20-40 UI/kg a cada 48 horas) ou regime profilático direcionado pela PK (20-80 UI/kg a cada 72 horas). Todos os indivíduos apresentaram histórico de, pelo menos, 8 episódios de hemorragia articular por ano ao entrar no estudo clínico. Cada sujeito do grupo de acordo com o protocolo aderiu a > 90% do número prescrito de infusões profiláticas; nenhum sujeito no estudo clínico ultrapassou o limite superior de 110% do número prescrito de infusões profiláticas.

A equação utilizada para determinar a dose do produto, ajustada pelo peso, utilizado no grupo da profilaxia direcionada pela PK, calculada a partir dos valores de recuperação incremental e meia-vida do participante individualmente, para atingir um nível mínimo ≥ 1 UI/dL no intervalo entre as administrações de 72 horas, é definida a seguir:

  • Di = (2)72/ti / ri (i é o indivíduo).
    • D = dose alvo de FVIII (UI/kg) que garante que um nível mínimo ≥1 IU/dL seja atingido após 72 horas;
    • r = Recuperação incremental do FVIII (UI/dL / UI/kg) determinada pela análise PK do indivíduo;
    • t = Meia-vida do FVIII (horas) determinada pela análise PK do indivíduo.

A mediana da taxa de sangramento anual durante o período de terapia conforme a demanda foi de 44 sangramentos por indivíduo por ano, em comparação a 1 sangramento por indivíduo por ano durante qualquer regime profilático, o que foi uma diferença estatisticamente significativa (p < 0,0001). Vinte e dois de 53 (42%) indivíduos não apresentaram nenhum episódio de sangramento durante a profilaxia por um ano. Embora não tenha havido nenhuma diferença estatisticamente significativa na frequência de sangramento observada entre os dois regimes profiláticos estudados, o estudo clínico não apresentou poder para demonstrar equivalência na taxa de sangramento entre os dois grupos de profilaxia.

Tabela 5: Taxa de Sangramento Anual de Profilaxia em Comparação ao Tratamento Conforme a Demanda

Parâmetros Clínicos

Conforme a Demanda
(n=53)
Profilaxia Padrão
(n=30)
Profilaxia Direcionada pela PK
(n=23)

Profilaxia Padrão ou Direcionada pela PK
(n=53)

Taxa de Sangramento Anual (ABR) mediana (IQR) 1

44,0 (20,8) 1,0 (2,1) 1,0 (4,1)

1,0 (4,1)

ABR Articular Mediana (IQR) 1

38,7 (24,8) 0,5 (2,0) 1,0 (4,1)

1,0 (2,1)

ABR Não Articular Mediana (IQR) 1

4,0 (11,9) 0,0 (0,0) 0,0 (0,0)

0,0 (0,0)

ABR Espontânea Mediana (IQR) 1

32,0 (26,8) 0,0 (1,9) 0,0 (2,0)

0,0 (1,9)

ABR Traumática Mediana (IQR) 1

11,5 (17,2) 0,0 (1,0) 1,0 (1,0)

0,0 (1,0)

1 Variação interquartis (IQR) é definida como a diferença entre o 75º percentil (3º quartil) e o 25o percentil (primeiro quartil).

As taxas de sangramento anualizadas por categoria de idade tanto durante os regimes de profilaxia sob demanda e padrão ou conduzidos por PK são mostradas na Tabela 6.

Tabela 6: Taxa de Sangramento Anualizada por Faixa Etária e Qualquer Profilaxia versus Conforme a Demanda (de Acordo com o Protocolo)

Faixa Etária

Sob Demanda

Sob

Mediana Percentagem de Indivíduos com Zero Sangramentos Mediana

Percentagem de Indivíduos com Zero Sangramentos

Crianças (≥7 a <12 anos de idade)

3 5,2 33% 44,0

Todos os indivíduos apresentaram sangramento durante a terapia conforme a demanda

Adolescentes (≥12 a <16 anos de idade)

4 5,0 25% 58,0

Adultos (≥16 anos de idade ou mais)

46 1,0 43% 44,7

Todos os Indivíduos

53 1,0 42% 44,0

Indução da Tolerância Imunológica

Os dados sobre a indução da tolerância imunológica (ITI) em pacientes com inibidores foram coletados em um total de 85 indivíduos. 11 PUPs pediátricos (estudo de PUP 060103), 30 indivíduos pediátricos a partir da revisão do quadro retrospectivo (estudo 060703) e 44 indivíduos pediátricos e adultos dos quais 36 concluíram a terapia de ITI (Estudo de Segurança Pós-autorização - PASS-INT-004) foram documentados com o tratamento de ITI. Nos pacientes em que a tolerância imunológica foi alcançada, os sangramentos foram prevenidos ou controlados com Fator VIII de Coagulação, e os pacientes continuaram com o tratamento profilático com Fator VIII de Coagulação como terapia da manutenção. 7,8,9,10

Referências bibliográficas:

1. Fator VIII de Coagulação (rAHF-PFM) Module 2.7.3 Summary of Clinical Efficacy. Version Date: 05 APR 17.
2. Fator VIII de Coagulação Full Clinical Study Report 069901. 05 JUN 2002.
3. Saenko E L, Ananyeva N M, Tuddenham E G D, and Kemball-Cook G; Factor VIII – Novel Insights into Form and Function. Brit J Haematol 2002; 119: 323-331.
4. ADVATE Full Clinical Study Report 060102. 15 MAR 2006
5. ADVATE Full Clinical Study Report 069902. 23 OCT 2005
6. ADVATE Full Clinical Study Report 060201. 09 DEC 2010
7. ADVATE Full Clinical Study Report 060103. 23 FEB 2011
8. ADVATE Full Clinical Study Report 060703. 22 FEB 2010
9. ADVATE Full Clinical Study Report (PASS-INT-004). 09 OCT 2015
10. ADVATE
Module 2.5 Clinical Overview and Module 2.7.3 Summary of Clinical Efficacy. 05 MAR 2018

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

O complexo fator VIII/fator de von Willebrand é composto por duas moléculas (fator VIII e fator de von Willebrand) com diferentes funções fisiológicas.

Fator VIII de Coagulação possui o fator VIII de coagulação recombinante, uma glicoproteína com uma sequência de aminoácidos semelhante ao fator VIII humano, e com modificações pós-translacionais similares àquelas dos produtos derivados de plasma. O fator VIII ativado atua como um cofator para o fator IX ativado, acelerando a conversão do fator X em fator X ativado. O fator X ativado converte a protrombina em trombina. A trombina, então, converte o fibrinogênio em fibrina e um coágulo de fibrina é formado. A hemofilia A é um distúrbio da coagulação sanguínea hereditário, ligado ao sexo, causado pela diminuição dos níveis de atividade do fator VIII e resulta em sangramento profuso em articulações, músculos ou órgãos internos, seja espontaneamente ou como resultado de trauma acidental ou cirúrgico. Os níveis plasmáticos do fator VIII são aumentados pela terapia de reposição, permitindo assim uma correção temporária da deficiência do fator e correção da tendência hemorrágica. O nível necessário para que uma hemostase adequada seja atingida varia, dependendo da localização anatômica e gravidade do insulto traumático, se presente.

O fator VIII de coagulação recombinante é produzido a partir de células de ovário de hamster chinês (CHO) geneticamente modificadas contendo o gene humano do fator VIII de coagulação. Fator VIII de Coagulação contém traços de IgG murina, proteínas das células CHO e fator de von Willebrand recombinante.

A atividade (UI) é determinada utilizando um teste cromogênico comparado a um padrão interno, referenciado no padrão nº 6 da OMS. A atividade específica é de aproximadamente 4000 – 1.0000 UI/mg de proteína.

Fator VIII de Coagulação é uma preparação estéril, apirogênica e liofilizada, sem conservantes ou aditivos de origem animal ou humana.

Fator VIII de Coagulação é uma glicoproteína composta por 2332 aminoácidos com um peso molecular de cerca de 280 kD. O fator VIII injetado em um paciente com hemofilia A se liga ao fator de von Willebrand na corrente sanguínea.

Propriedades Farmacocinéticas

Todos os estudos farmacocinéticos com Fator VIII de Coagulação foram conduzidos em pacientes com hemofilia A grave ou moderada (atividade de fator VIII ≤ 2%).

Ao todo, 260 indivíduos forneceram os parâmetros PK que foram incluídos no conjunto total da análise PK. Deste conjunto de análise, 208 indivíduos forneceram os parâmetros PK incluídos no conjunto de análise da PK de acordo com o protocolo. As categorias destas análises para os bebês (1 mês a < 2 anos de idade), crianças (2 a < 12 anos de idade), adolescentes (12 a < 16 anos de idade) e adultos (16 anos de idade ou mais) foram utilizadas para resumir os parâmetros PK, onde a idade foi definida como a idade no momento da infusão de PK.

Tabela 7: Resumo dos parâmetros farmacocinéticos de Fator VIII de Coagulação por faixa etária

Parâmetro PK (média ± Desvio padrão [DP])

Crianças pequenas (1 mês até < 2 anos)
n = 7
Crianças (2 até < 12 anos)
n = 56
Adolescentes (12 até < 16 anos)
n = 35

Adultosa (16 anos e superior)
n = 162

AUC total (UI * h/dL)

1240 ± 330 1263,40 ± 470,90 1300 ± 469

1554,88 ± 507,92

Recuperação incremental ajustada na Cmax (UI/dL por UI/kg)b

2,07 ± 0,54 1,91 ± 0,50 2,05 ± 0,49

2,23 ± 0,61

Meia-vida (h)

8,67 ± 1,43 10,22 ± 2,72 12,00 ± 2,92

12,96 ± 4,02

Concentração máxima de plasma após infusão - Cmax (UI/dL)

104 ± 27 97,16 ± 27,13 103 ± 25

112,35 ± 30,27

Tempo médio de permanência (h)

10,42 ± 2,54 12,87 ± 3,70 14,89 ± 4,61

16,37 ± 5,80

Volume de distribuição no estado estacionário [Vss] (dL/kg)

0,43 ± 0,10 0,55 ± 0,15 0,60 ± 0,14

0,55 ± 0,17

Clearance (mL/kg*h)

4,26 ± 1,00 4,53 ± 1,51 4,21 ± 1,16

3,56 ± 1,21

a Avalição de PK de 162 indivíduos. 
b Calculada como (Cmax - fator VIII basal) dividida pela dose em UI/kg, em que C máx é a medida máxima do fator VIII pós-infusão.

Crianças

Não houve diferenças nos parâmetros farmacocinéticos entre as faixas etárias observadas em adultos (16 anos ou mais em comparação com 18 anos ou mais). Entre as crianças (2 até <12 anos), as crianças mais velhas (5 até <12 anos) apresentaram valores mais elevados do que as crianças mais jovens (2 até < 5 anos) nos parâmetros farmacocinéticos AUC total, recuperação incremental na Cmax, t½, Cmax e tempo de retenção médio. O parâmetro farmacocinético Vss foi semelhante para ambos os subgrupos de crianças e o CI foi menor em crianças mais velhas (5 até < 12 anos) do que em crianças mais jovens (2 até < 5 anos).

A recuperação corrigida e a meia-vida foram inferiores em cerca de 20% do que nos adultos.

Atualmente, não existem dados sobre a farmacocinética de Fator VIII de Coagulação em pacientes não tratados anteriormente.

Absorção

Consulte a tabela 7 acima para um resumo da recuperação, AUC e VSS ajustadas nas populações de crianças pequenas, crianças, adolescentes e adultos.

Distribuição

Quando infundido em um paciente hemofílico, o Fator VIII de Coagulação liga-se ao fator de von Willebrand endógeno na circulação do paciente. O complexo do fator VIII/fator de von Willebrand é distribuído primariamente no espaço intravascular.

Metabolismo

Não se aplica.

Eliminação

O clearance do fator VIII é mediado por receptores vasculares, incluindo proteínas relacionadas ao receptor de lipoproteínas de baixa densidade (LPR) e proteoglicanos de sulfato de heparina (HSPGs), por mecanismos que não foram totalmente elucidados.

Estudos não clínicos

Toxicologia Reprodutora

Não foram realizados estudos reprodutores em animais. Devido à resposta imunológica a proteínas heterólogas em animais, após a administração repetida e devido ao risco de reações de incompatibilidade baseadas numa reação de antígeno-anticorpo, os estudos da toxicidade reprodutora e do desenvolvimento não seriam representativos da situação em humanos.

Como devo armazenar o Immunate S/D?

Immunate possui prazo de validade de 24 meses. Immunate deve ser armazenado e transportado sob refrigeração a uma temperatura entre +2°C e +8°C. O produto não deve ser congelado.

Mantenha o frasco na embalagem original para protegê-lo da luz.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Immunate é um pó ou sólido friável de coloração branca ou amarela clara.

Os medicamentos não devem ser eliminados na água residual ou lixo doméstico. Perguntar ao farmacêutico como eliminar o medicamento que não será mais utilizado. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.

A data de validade refere-se ao último dia do mês.

Após preparo, a solução deve ser utilizada imediatamente.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Immunate S/D

MS n° 1.0683.0160.

Farm. Resp.:
Jônia Gurgel Moraes.
CRF/SP 10.616.

Fabricado por:
Baxter AG, Viena, Áustria.

Importado por:
Baxter Hospitalar Ltda.
Rua Henri Dunant, 1.383 – Torre B.
12° andar, Conj. 1201 e 1204 - CEP 04709-110.
São Paulo – SP.
CNPJ: 49.351.786/0001-80.

SAC:
08000 12 5522

Venda sob prescrição médica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Fator VIII de Coagulação


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 3 de Outubro de 2023.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 3 de Outubro de 2023.

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