Bula do Opsumit
Princípio Ativo: Macitentana
Classe Terapêutica: Anti-hipertensivo
Opsumit, para o que é indicado e para o que serve?
Opsumit® (macitentana) é indicado para tratar a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC) inoperável.
Como o Opsumit funciona?
Opsumit® (macitentana) contém a substância ativa macitentana, que pertence à classe de medicamentos chamados "antagonistas dos receptores da endotelina". Opsumit® (macitentana) dilata as artérias pulmonares, tornando mais fácil para o coração bombear o sangue através delas. Isto reduz a pressão arterial, alivia os sintomas e melhora o curso da doença.
Se você tiver alguma dúvida sobre o tempo de início de ação do medicamento, converse com seu médico.
Quais as contraindicações do Opsumit?
Não use Opsumit® (macitentana):
- Se você é alérgico a macitentana ou a qualquer outro componente deste medicamento.
- Se estiver grávida, se estiver planejando engravidar, ou se você corre o risco de engravidar, pois não está utilizando o controle de natalidade confiável (contracepção).
- Se você estiver amamentando.
- Se você sofre de doença no fígado ou se você tem níveis muito elevados de enzimas hepáticas (do fígado) no sangue. Fale com o seu médico, que irá decidir se este medicamento é adequado para você.
Se alguma destas situações se aplica a você, informe o seu médico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.
Como usar o Opsumit?
Opsumit® (macitentana) deve apenas ser prescrito por um médico experiente no tratamento de HPTEC.
Não há estudos dos efeitos de Opsumit® (macitentana) administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
A dose recomendada de Opsumit® (macitentana) é um comprimido de 10 mg, uma vez por dia. Engula o comprimido inteiro, com um copo de água. Não mastigue ou parta o comprimido. Você pode tomar Opsumit® (macitentana) com ou sem alimentos. Você deve tomar o comprimido sempre à mesma hora do dia.
Não é recomendado tomar mais de 1 comprimido de Opsumit® (macitentana), 10 mg por dia.
Duração do tratamento
O tratamento com Opsumit® (macitentana) deve ser continuado durante o tempo que o seu médico indicar.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Opsumit?
Se você esquecer-se de tomar Opsumit® (macitentana), tome uma dose assim que se lembrar, e depois continue a tomar os comprimidos nos horários habituais. Não tome uma dose dupla para compensar o comprimido esquecido.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Opsumit?
Antes e durante o tratamento com Opsumit® (macitentana), informe ao seu médico:
Se tiver anemia (número reduzido de glóbulos vermelhos- Hemácias)
Para investigação da diminuição do número de glóbulos vermelhos (anemia), seu médico pode recomendar que testes sejam realizados antes do início do tratamento, e repetidos durante o tratamento, conforme indicado. Se uma diminuição clinicamente significativa do número de glóbulos vermelhos for observada durante a terapia, a descontinuação de Opsumit® (macitentana) poderá ser considerada pelo seu médico.
Se tiver problema no rim
Opsumit® (macitentana) pode levar a uma maior redução da pressão arterial e diminuição do número de glóbulos vermelhos em pacientes com problemas no rim.
Se apresentar sinais de que seu fígado pode não estar funcionando corretamente
Os sinais de que o seu fígado pode não estar funcionando corretamente incluem:
- Sensação de enjoo (náuseas);
- Vômitos;
- Febre;
- Dor no estômago (abdómen);
- Amarelamento da sua pele ou da parte branca dos olhos (icterícia);
- Urina de cor escura;
- Coceira da pele;
- Cansaço ou exaustão comum (letargia ou fadiga);
- Sintomas de síndrome gripal (dores articulares e musculares com febre).
Se você notar qualquer um destes sintomas, informe o seu médico imediatamente.
Se apresentar sinais de edema pulmonar (piora da falta de ar principalmente ao se deitar, acordar à noite sem fôlego, tosse)
Casos de edema (acúmulo de líquido) no pulmão foram notificados com vasodilatadores (principalmente prostaciclinas, classe de medicamentos que promovem a dilatação dos vasos sanguíneos) quando utilizados em pacientes com doença veno-oclusiva pulmonar (doença rara que afeta os vasos do pulmão). Por conseguinte, se sinais de edema pulmonar ocorrem quando Opsumit® (macitentana) é administrado em pacientes com HPTEC, a possibilidade de doença veno-oclusiva pulmonar deve ser considerada.
Gravidez
Se você estiver grávida ou amamentando, se existe a hipótese de estar grávida ou está planejando ter um bebê, consulte seu médico antes de tomar este medicamento.
Opsumit® (macitentana) pode prejudicar bebês concebidos antes, durante ou logo após o tratamento.
- Se existe a possibilidade de você engravidar, use uma forma confiável de controle de natalidade (contracepção) enquanto estiver tomando Opsumit® (macitentana). Converse com seu médico sobre isso.
- Não tome Opsumit® (macitentana) se estiver grávida ou planejando engravidar.
- Se ficar grávida ou considerar que pode estar grávida enquanto estiver tomando Opsumit® (macitentana), consulte seu médico imediatamente.
Se você é uma mulher que poderia engravidar, o seu médico irá pedir-lhe para fazer um teste de gravidez antes que você comece a tomar Opsumit® (macitentana) e regularmente (uma vez por mês) enquanto estiver tomando Opsumit® (macitentana).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Amamentação
Não se sabe se Opsumit® (macitentana) é transferido para o leite materno. Não amamente enquanto estiver tomando Opsumit® (macitentana). Converse com seu médico sobre isso.
Fertilidade masculina
O processo de formação de esperma no homem pode ser afetado com o uso de Opsumit® (macitentana). Informe ao seu médico, caso possua dúvida ou alguma preocupação, sobre os possíveis efeitos do uso de Opsumit® (macitentana) sobre a fertilidade.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não há estudos sobre o efeito de Opsumit® (macitentana) sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Opsumit® (macitentana)
Este medicamento contém lactose.
Os comprimidos de Opsumit® (macitentana) contêm pequenas quantidades de um açúcar chamado lactose. Se você tem intolerância à lactose ou quaisquer outros açúcares, entre em contato com seu médico antes de tomar Opsumit® (macitentana).
Comprimidos de Opsumit® (macitentana), contêm lecitina derivada da soja. Se você é alérgico à soja, não utilize este medicamento.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Opsumit?
Como todos os medicamentos, este também pode causar reações adversas, embora nem todas as pessoas apresentem tais reações.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Anemia (baixo número de glóbulos vermelhos - hemácias) ou hemoglobina reduzida;
- Dor de cabeça;
- Bronquite (inflamação das vias aéreas);
- Nasofaringite (inflamação da garganta e vias nasais);
- Edema/Retenção de líquidos (inchaço);
- Hemoglobina diminuída.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Faringite (inflamação da garganta);
- Gripe (influenza);
- Infecção do trato urinário (infecção da bexiga);
- Hipotensão (baixa pressão arterial);
- Infecção do trato respiratório superior.
Algumas mudanças em exames laboratoriais com o uso de Opsumit® (macitentana) foram reportadas tais como diminuição da contagem de leucócitos e plaquetas (células do sangue). Além disso, aumento nas transaminases (enzimas) do fígado foram relatadas em pacientes recebendo Opsumit® (macitentana).
Reações Identificadas durante a experiência pós-comercialização
- Angioedema (reações alérgicas como inchaços);
- Prurido (coceira);
- Erupção Cutânea (bolinhas na pele);
- Congestão Nasal (nariz entupido);
- Edema/Retenção de líquidos (inchaço).
Informe seu médico ou farmacêutico sobre o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso deste medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Neste caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
População Especial do Opsumit
Crianças e adolescentes
A segurança e eficácia de Opsumit® (macitentana) em menores de 18 anos não foi estabelecida.
Pacientes idosos
Existe uma experiência limitada com Opsumit® (macitentana) em pacientes com mais de 75 anos.
Opsumit® (macitentana) deve ser utilizado com precaução neste grupo etário.
Apresentações do Opsumit
Comprimidos revestidos 10 mg
Caixa com 30 comprimidos.
Uso oral.
Uso adulto.
Qual a composição do Opsumit?
Cada comprimido revestido contém:
10 mg de macitentana.
Excipientes: lactose monoidratada, lecitina de soja, celulose microcristalina, povidona, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, polissorbato 80, álcool polivinílico, dióxido de titânio, talco, goma xantana.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Opsumit maior do que a recomendada?
Opsumit® (macitentana) foi administrado em uma dose única de até 600 mg, inclusive, em indivíduos saudáveis. Foram observadas reações adversas como dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Com base na alta ligação de Opsumit® (macitentana) às proteínas plasmáticas, é pouco provável que a diálise seja eficaz.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Opsumit com outros remédios?
Opsumit® (macitentana) pode afetar outros medicamentos.
Se você tomar Opsumit® (macitentana) juntamente com outros medicamentos, incluindo aqueles listados abaixo, os efeitos de Opsumit® (macitentana) ou dos outros medicamentos podem ser alterados.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se estiver tomando algum dos seguintes medicamentos:
- Rifampicina, claritromicina, telitromicina, ciprofloxacino e eritromicina (antibióticos usados no tratamento de infecções);
- Fenitoína (um medicamento usado no tratamento de convulsões);
- Carbamazepina (usada para tratar convulsões, depressão e epilepsia);
- Erva de São João (uma preparação à base de plantas utilizado para tratar depressão);
- Ritonavir, saquinavir (utilizado para o tratamento de infecções por HIV);
- Nefazodona (utilizado para tratar depressão);
- Cetoconazol (exceto xampu), itraconazol, voriconazol e fluconazol (medicamentos usados contra infecções por fungos);
- Ciclosporina (medicamento para controlar o sistema defensivo do seu organismo);
- Diltiazem, verapamil (medicamentos para controlar problemas cardíacos).
Exames laboratoriais
O seu médico solicitará exame de sangue antes de iniciar o tratamento com Opsumit® (macitentana) e durante o tratamento para testar:
- Se você tem anemia (número reduzido de glóbulos vermelhos- Hemácias).
- Se seu fígado está funcionando corretamente.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Opsumit?
Resultados de Eficácia
Eficácia e segurança clínicas
Eficácia em pacientes com hipertensão arterial pulmonar
Um estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo, de grupo paralelo, orientado por eventos, de resultado Fase 3 (AC-055-302/SERAPHIN1) foi conduzido em 742 pacientes com HAP sintomática, que foram randomizados para três grupos de tratamento (placebo [N=250], 3 mg [N=250] ou 10 mg [N=242] de macitentana a uma vez por dia), para avaliar o efeito a longo prazo sobre a morbidade ou mortalidade.
No início do estudo, a maioria dos pacientes inscritos (64%) foi tratada com uma dose estável de terapia específica para a HAP, inibidores da fosfodiesterase orais (61%) e/ou prostanoides inalatórios/orais (6%). Não foi recomendado ajuste de dose para terapia concomitante para a HAP ao se iniciar o medicamento em estudo. Se uma terapia adicional específica para HAP tivesse sido iniciada, o medicamento em estudo não deveria ser descontinuado (a menos que a terapia adicional fosse um antagonista do receptor da endotelina [ARE]).
O desfecho primário (endpoint) do estudo foi o tempo para a primeira ocorrência de um evento de morbidade ou mortalidade, até ao final do tratamento (FT), definida como a morte, ou atriosseptostomia, ou transplante de pulmão, ou introdução de prostanoides intravenosos (iv) ou subcutâneos (s.c.), ou outro agravamento da HAP. Outro agravamento da HAP foi definido como a presença de todos os três dos seguintes componentes: uma diminuição sustentada na distância de caminhada de 6 minutos (DTC6) de pelo menos 15% do valor basal, agravamento dos sintomas de HAP (piora de classe funcional [CF] da OMS ou insuficiência cardíaca direita), e necessidade de novo tratamento para HAP. Todos os eventos foram confirmados por uma comissão de adjudicação independente, cega para alocação do tratamento.
A duração mediana do tratamento foi de 101, 116 e 118 semanas nos grupos placebo, este medicamento (macitentana) 3 mg e 10 mg, respectivamente, até um máximo de 188 semanas neste medicamento (macitentana).
A eficácia foi avaliada até o final do tratamento (FT) duplo-cego. O fim do tratamento coincidiu com o final do estudo (FE), para os pacientes que completaram o estudo conforme programado, ou ocorreu mais cedo em caso de interrupção prematura do medicamento em estudo. Para aqueles pacientes que pararam o tratamento antes do fim do estudo, a terapia de HAP, incluindo este medicamento (macitentana), pode ter sido iniciada. Todos os pacientes foram acompanhados até o fim do estudo para o estado vital. A taxa de verificação para o estado vital no fim do estudo foi superior a 95%.
A idade média dos pacientes era de 46 anos (intervalo de 12-85 anos de idade), com a maioria dos indivíduos sendo Caucasianos (55%) e do sexo feminino (77%). Cerca de 52%, 46% e 2% dos pacientes estavam na Classe funcional II, III, e IV da OMS, respectivamente.
HAP idiopática ou hereditária foi a etiologia mais comum na população estudada (57%), seguido por HAP devido a doenças do tecido conectivo (31%), HAP associada à cardiopatia congênita com shunts (comunicação) (8%), e HAP associada a outras etiologias ( medicamentos e toxinas [3%] e HIV [1%]).
Resultados
O tratamento com 10 mg deste medicamento (macitentana) resultou em uma redução de 45% no risco (razão de risco [RR] 0,55; 97,5% CI: 0,39 a 0,76; logrank p<0,0001) de ocorrência de eventos de morbidade ou mortalidade até o fim do tratamento, comparado com o placebo [Figura 1 e Tabela 1]. O efeito do tratamento foi estabelecido no início e foi sustentado por uma duração mediana de 2 anos.
Eficácia deste medicamento (macitentana) de 10 mg no desfecho primário foi consistente em todos os subgrupos de idade, sexo, origem étnica, região geográfica, etiologia, por monoterapia ou em combinação com outra terapia para HAP e pela classe funcional da OMS (I/II e III/IV).
Figura1 Estimativas de Kaplan-Meier do primeiro evento de morbi-mortalidade no estudo SERAPHIN
Tabela 1 Resumo de eventos de desfecho
Desfechos & Estatística |
Pacientes com eventos |
Comparação do Tratamento: este medicamento (macitentana) 10 mg vs placebo |
||||
Placebo (N=250) |
Este medicamento (macitentana) 10 mg (N=242) |
Redução do Risco Absoluto |
Redução do risco relativo (Cl 97,5%) |
RRa |
Logrank p-valor |
|
Evento de Morbi- mortalidade b |
53% |
37% |
16% |
45% |
0.55 |
< 0.0001 |
Morte c n (%) |
19 (7.6%) |
14 (5.8%) |
2% |
36% −42%, 71% |
0.64 |
0.20 |
Agravamento da HAP |
93 (37.2%) |
59 (24.4%) |
13% |
49% |
0.51 |
< 0.0001 |
iv/sc Introdução de Prostanoide n (5%) |
6 (2.4%) |
1 (0.4%) |
2% | |||
a = baseado no Modelo de Riscos Proporcionais de Cox b = % dos pacientes com um evento em 36 meses = 100 × (1 - estimativa KM) c = toda causa de morte até FT, independentemente do agravamento anterior |
O número de mortes por todas as causas até o FT com este medicamento (macitentana) de 10 mg foi de 35 versus 44 no grupo placebo (RR 0,77; IC 97,5%: 0.46 a 1.28).
O risco de morte relacionada com HAP ou hospitalização por HAP até o FT foi reduzido em 50% (RR 0,50; IC 97,5%: 0,34 para 0,75; logrank p<0,0001) em pacientes que receberam este medicamento (macitentana) 10 mg (50 eventos) em comparação com o placebo (84 eventos). Aos 36 meses, 44,6% dos pacientes tratados com placebo e 29,4% dos pacientes tratados com este medicamento (macitentana) 10 mg (redução do risco absoluto = 15,2%) haviam sido hospitalizados por HAP ou morreram de uma causa relacionada com HAP. Estes últimos dados permitem concluir que este medicamento (macitentana) reduz a frequência de hospitalização por HAP..
Desfechos sintomáticos
A capacidade de exercício foi avaliada como desfecho secundário. O tratamento com este medicamento (macitentana) 10 mg no mês 6 resultou em um aumento médio corrigido com placebo em DTC6 de 22 metros (CI 97,5%: 3 a 41; p=0,0078). A avaliação da DTC6 por classe funcional resultou em um aumento médio corrigido pelo placebo do valor basal para o mês 6 em pacientes CF III/IV de 37 metros (CI 97,5%: 5a69, p=0,0088) e na CF I/II de 12 metros (CI 97,5%: -8 a 33, p=0,1762). O aumento da DTC6 obtido com este medicamento (macitentana) foi mantido durante a duração do estudo.
O tratamento com este medicamento (macitentana) de 10 mg levou a uma chance 74% maior de melhora relativa da CF OMS em relação ao placebo (razão de risco 1,74; IC 97,5%: 1,10-2,74; p = 0,0063). O tratamento com este medicamento (macitentana) de 10 mg levou a uma melhoria de pelo menos uma CF OMS no mês 6 em 22% dos pacientes em comparação com 13% dos pacientes tratados com placebo.
Este medicamento (macitentana) de 10 mg melhorou a qualidade de vida avaliada pelo questionário SF-36. Melhorias em comparação com placebo foram observadas em 7 dos 8 domínios em 6 meses, incluindo o funcionamento físico, função física, dor corporal, vitalidade, aspectos sociais, emocionais e domínios da saúde mental do questionário SF-36.
Desfechos hemodinâmicos
Parâmetros hemodinâmicos foram avaliados em um subconjunto de pacientes (placebo [N=67], este medicamento (macitentana) 10 mg [N=57]) após 6 meses de tratamento. Pacientes tratados com este medicamento (macitentana) de 10 mg alcançaram uma redução mediana de 36,5% (IC: 21,7 a 49,2%) na resistência vascular pulmonar e um aumento de 0,58 L/min/m2 (CI: 0,28 a 0,93 l/min/m2) no índice cardíaco em comparação com o placebo.
Referências bibliográficas
- 1 –Pulido T., Adzerikho I., Channick R. et al - Macitentan and morbidity and mortality in Pulmonary Arterial Hypertension – N Engl J Med. 2013; 369:809-818.
Dados Pré-Clínicos de Segurança
Nenhum efeito adverso foi observado em estudos de toxicidade de dose repetida em camundongos, ratos e cães até 39 semanas de tratamento com exposições de 2 a 6 vezes a exposição humana a 10 mg/dia.
Em cães, este medicamento (macitentana) diminuiu a pressão arterial em níveis de exposição semelhantes à exposição terapêutica humana. Em uma exposição 17 vezes superior a observada em humanos, verificou-se um espessamento da camada íntima das artérias coronárias, após 4 a 39 semanas de tratamento. Devido à sensibilidade específica da espécie e à margem de segurança, este achado é considerado não relevante para os seres humanos.
Aumento do peso do fígado e hipertrofia hepatocelular foram observados em camundongos, ratos e cães após tratamento com este medicamento (macitentana). Essas alterações foram amplamente reversíveis e consideradas adaptações não adversas do fígado em função do aumento de demanda metabólica. Não houve achados hepáticos adversos em estudos de longo prazo realizados em camundongos, ratos e cães em exposições 12 a 116 vezes a exposição humana.
Este medicamento (macitentana) não foi genotóxico em uma bateria padrão de testes in vitro e in vivo. Este medicamento (macitentana) não foi fototóxico in vivo.
Os estudos de carcinogenicidade de 2 anos de duração não revelaram um potencial carcinogênico em exposições 18 vezes e 116 vezes a exposição humana em ratos e camundongos, respectivamente. Este medicamento (macitentana) induziu hiperplasia da mucosa e infiltração inflamatória mínima a leve, na submucosa da cavidade nasal, em todas as doses no estudo de carcinogenicidade em camundongo. Nenhum achado na cavidade nasal foi percebido no estudo de toxicidade de 3 meses em camundongo ou nos estudos em ratos e cachorros.
Dilatação tubular testicular reversível foi observada em estudos de toxicidade crónica em exposições superiores a 7 vezes e 23 vezes a exposição humana em ratos e cães, respectivamente. Após 2 anos de tratamento, foi observada atrofia tubular em ratos a 4 vezes a exposição humana. Este medicamento (macitentana) não afetou a fertilidade masculina ou feminina em exposições que variaram de 18 a 44 vezes a exposição humana, respectivamente, e não teve efeito sobre a contagem, motilidade e morfologia dos espermatozoides em ratos machos. Hipoespermatogênese foi observada no estudo de carcinogenicidade de longo prazo em ratos, e nos estudos de dose repetida em cachorros em exposições que proporcionaram margens de segurança de 9,7 em ratos e 23 em cachorros. Não houve achados testiculares em camundongos após tratamento de até 2 anos. Este medicamento (macitentana) foi teratogênico em coelhos e ratos em todas as doses testadas. Em ambas as espécies, houve anormalidades cardiovasculares e do arco de fusão mandibular.
A administração deste medicamento (macitentana) em ratos fêmea desde o final da gravidez até o aleitamento com uma exposição materna 5 vezes a exposição humana, causou reduzida sobrevivência das crias e comprometimento da capacidade reprodutiva da prole.
O tratamento de ratos jovens do pós-natal do dia 4 ao dia 114 provocou uma diminuição no ganho de peso e atrofia testicular tubular em exposição 7 vezes a exposição humana. O índice de fertilidade não foi afetado. Foram registrados mínimos efeitos nos parâmetros reprodutivos secundários no desenvolvimento.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: outros anti-hipertensivos, código ATC: C02KX04
Mecanismo de ação
A endotelina-1 (ET) e seus receptores (ETA e ETB) mediam uma variedade de efeitos deletérios, tais como a vasoconstrição, fibrose, proliferação, hipertrofia e inflamação. Em condições de doença, tais como HAP, o sistema ET local é regulado positivamente e está envolvido em hipertrofia vascular e em danos aos órgãos.
Este medicamento (macitentana) é um antagonista dos receptores ETA e ETB que evita a ligação de ET-1 aos seus receptores. Este medicamento (macitentana) exibe alta afinidade e ocupação prolongada dos receptores de ET nas células musculares lisas arteriais pulmonares humanas e possui propriedades físico-químicas que favorecem a penetração no tecido pulmonar, particularmente em condições de doença.
Propriedades Farmacocinéticas
As propriedades farmacocinéticas deste medicamento (macitentana) e de seu metabólito ativo foram estudadas principalmente em indivíduos saudáveis. A exposição a este medicamento (macitentana) em pacientes com HAP foi aproximadamente 1,2 vezes superior à observada em indivíduos saudáveis. A exposição ao seu metabólito ativo, que é aproximadamente 5 vezes menos potente que este medicamento(macitentana), foi aproximadamente 1,3 vezes superior à observada em indivíduos saudáveis. A farmacocinética deste medicamento (macitentana) em pacientes com HAP não foi influenciada pela gravidade da doença. Após a administração repetida, a farmacocinética deste medicamento (macitentana) é proporcional à dose até 30 mg, inclusive.
Absorção
As concentrações plasmáticas máximas deste medicamento (macitentana) são atingidas cerca de 8 horas após a administração. Depois disso, as concentrações plasmáticas deste medicamento (macitentana) e seu metabólito ativo diminuem lentamente, com uma meia-vida de eliminação aparente de aproximadamente 16 horas e 48 horas, respectivamente.
Em indivíduos saudáveis, as exposições à este medicamento (macitentana) e seu metabólito ativo são inalteradas na presença de alimentos e, por conseguinte, este medicamento (macitentana) pode ser tomado com ou sem alimentos.
Após múltiplas doses, foram obtidas as condições de estado de equilíbrio deste medicamento (macitentana) e seu metabólito ativo (ACT-132577) após 3 dias e 7 dias, respectivamente. Como previsto, a partir do t1/2 observado, a acumulação deste medicamento (macitentana) foi mínima (cerca de 1,5 vezes), enquanto que ACT- 132577 foi cerca de 8,5 vezes. No estado de equilíbrio, os metabólitos ACT-132577 e ACT-373898 contribuíram em cerca de 74% e 3% da exposição total ao medicamento, respectivamente.
Distribuição
Este medicamento (macitentana) e seu metabólito ativo ACT -132577 são bem distribuídos nos tecidos como indicado por um volume aparente de distribuição (Vss/F) de cerca de 50 L e 40 L, respectivamente. Este medicamento (macitentana) e seu metabólito ativo são altamente ligados às proteínas plasmáticas (> 99%), principalmente à albumina e em menor extensão à glicoproteína ácida alfa-1.
Biotransformação
Este medicamento (macitentana) tem quatro vias metabólicas primárias. Outras vias metabólicas fornecem produtos sem atividade farmacológica. Vários membros da família CYP2C, conhecidos como CYP2C8, CYP2C9 e CYP2C19, bem como a CYP3A4, estão envolvidos na formação destes metabólitos. Depropilação oxidativa da sulfamida produz um metabólito farmacologicamente ativo. Esta reação é dependente do sistema do citocromo P450, principalmente CYP3A4, (cerca de 99%) com menores contribuições de CYP2C8, CYP2C9 e CYP2C19. O metabólito ativo circula no plasma humano e pode contribuir para o efeito farmacológico.
Eliminação
Este medicamento (macitentana) só é excretado após metabolização extensa. A principal via de excreção é através da urina, correspondendo a cerca de 50% da dose.
Populações especiais
Não há efeito clinicamente relevante da idade, sexo ou origem étnica na farmacocinética deste medicamento (macitentana) e seu metabólito ativo.
Insuficiência renal
A exposição à este medicamento (macitentana) e seu metabólito ativo foi aumentada em 1,3 e 1,6 vezes, respectivamente, em pacientes com insuficiência renal grave. Este aumento não é considerado clinicamente relevante, mas algumas precauções devem ser tomadas em pacientes com insuficiência renal (ver seções "8 - Posologia e modo de usar" e "5 – Advertências e Precauções").
Insuficiência hepática
A exposição à este medicamento (macitentana) foi reduzida em 21%, 34% e 6% e, para o metabólito ativo em 20%, 25% e 25%, em indivíduos com insuficiência hepática leve, moderada ou grave, respectivamente. Esta diminuição não é considerada clinicamente relevante, mas algumas precauções devem ser tomadas em pacientes com insuficiência hepática (ver seções "8 - Posologia e modo de usar" e "5 – Advertências e Precauções").
Como devo armazenar o Opsumit?
Opsumit® (macitentana) deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15º C e 30º C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os medicamentos não devem ser eliminados em água corrente ou lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
Características do medicamento
Comprimidos revestidos de cor esbranquiçada, biconvexos, arredondados, de 5,5 mm, com “10” gravado em um lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Opsumit
MS - 1.1236.3432
Farm. Resp.:
Erika Diago Rufino
CRF/SP n° 57310
Registrado por:
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 2041
São Paulo – SP
CNPJ 51.780.468/0001-87
Fabricado por:
Excella GmbH & Co.KG
Feucht - Alemanh
Embalado por:
Patheon France
Bourgoin Jallieu - França
Importado por:
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Rodovia Presidente Dutra, km 154
São José dos Campos – SP
CNPJ 51.780.468/0002-68
® Marca Registrada.
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Macitentana
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 11 de Novembro de 2022.
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