Bula do Azorga
Princípio Ativo: Brinzolamida + Timolol
Classe Terapêutica: Preparações Antiglaucomas E Mióticas Tópicas
Azorga, para o que é indicado e para o que serve?
Azorga® está indicado para redução da pressão intraocular (PIO) em paciente com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular (pressão alta dentro dos olhos).
Como o Azorga funciona?
Azorga® contém dois ingredientes ativos:
- Brinzolamida e maleato de timolol.
Estes dois componentes diminuem a pressão intraocular (dentro dos olhos) elevada, principalmente pela redução da produção do humor (líquido) aquoso dentro do olho. O tempo médio para o início da ação é de aproximadamente 30 minutos após a instilação.
Quais as contraindicações do Azorga?
Este medicamento é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia) ao princípio ativo ou a qualquer excipiente, ou a sulfonamidas. Também é contraindicado a pacientes com doença respiratória reativa, incluindo asma brônquica ou histórico de asma brônquica, ou doença pulmonar obstrutiva crônica grave, pacientes com batimento cardíaco lento, insuficiência cardíaca ou distúrbios do ritmo cardíaco ou choque cardiogênico (redução da capacidade de bombeamento do coração), acidose hiperclorêmica, insuficiência renal (dos rins) grave.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência renal grave.
Como usar o Azorga?
- Você deve usar este medicamento exclusivamente nos olhos;
- Antes de utilizar o medicamento, confira o nome no rótulo, para não haver enganos. Não utilize o medicamento Azorga® caso haja sinais de violação e/ou danificações do frasco;
- A suspensão já vem pronta para uso. Não encoste a ponta do frasco nos olhos, nos dedos e nem em outra superfície qualquer, para evitar a contaminação do frasco e do colírio;
- Agite bem antes de usar;
- Aplicar o número de gotas da dose recomendada pelo seu médico em um ou ambos os olhos. A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), 2 vezes ao dia, com intervalo de aproximadamente de 12 horas entre as doses.
- Feche bem o frasco depois de usar. Se for utilizar mais de um medicamento oftálmico tópico, administre com pelo menos 5 minutos de intervalo. Pomadas devem ser utilizadas por último;
- Ao fazer oclusão nasolacrimal ou fechar as pálpebras durante 2 minutos, a absorção sistêmica é reduzida. Isso pode resultar em uma diminuição das reações adversas sistêmicas e um aumento na atividade local.
A segurança de Azorga® com doses ou frequência de administração maiores, bem como o uso por outras vias de administração não foi estabelecida.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Azorga?
Se esquecer uma dose, administre no próximo horário, conforme planejado. A dose não deve exceder uma gota no olho afetado duas vezes ao dia.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Azorga?
Gerais
- Como outros agentes oftálmicos aplicados topicamente, a brinzolamida e o timolol são absorvidos sistemicamente (pelo organismo). Devido ao timolol, podem ocorrer os mesmos tipos de reações adversas pulmonares, cardiovasculares e outras, ocasionadas por agentes bloqueadores beta-adrenérgicos.
- Se ocorrerem sinais de reações graves ou hipersensibilidade (alergia) incluindo reação cutânea grave, como erupção cutânea, vermelhidão na pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca, descamação da pele e febre (sinais de síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise epidérmica tóxica), descontinuar o uso deste produto e procurar o atendimento médico imediatamente.
Fale com o seu médico ou profissional de saúde antes de utilizar Azorga®, se tem agora ou teve no passado:
- Reações cutâneas graves como erupção cutânea, descamação da pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca.
- Doença cardíaca coronária (os sintomas podem incluir dor ou aperto no peito, falta de ar ou asfixia), insuficiência cardíaca, pressão arterial baixa, distúrbios da frequência cardíaca, como frequência cardíaca lenta/irregular.
- Problemas respiratórios, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica.
- Doença de má circulação sanguínea (como doença de Raynaud ou síndrome de Raynaud).
- Diabetes, pois o timolol pode mascarar sinais e sintomas de baixo nível de açúcar no sangue.
- Hiperatividade da glândula tireoide, pois o timolol pode mascarar sinais e sintomas de doença da tireoide.
- Miastenia gravis (fraqueza neuromuscular crônica).
- Qualquer reação alérgica grave (erupção cutânea, vermelhidão e comichão nos olhos) enquanto estiver utilizando Azorga®, qualquer que seja a causa, uma vez que o tratamento com adrenalina (epinefrina) pode não ser tão eficaz. Portanto, ao receber qualquer outro tratamento, informe seu médico ou profissional de saúde que está tomando Azorga®.
- Se você tem uma doença da superfície do olho (córnea).
- Problemas renais.
- Informe o seu médico ou prestador de cuidados de saúde que está usando Azorga® antes de ser operado, uma vez que o timolol pode alterar os efeitos de alguns medicamentos utilizados durante a anestesia.
- Distúrbios ácido-base têm sido relatados com os inibidores da anidrase carbônica por via oral. Deve ser usado com precaução se você apresenta risco de insuficiência renal, devido ao possível risco de acidose metabólica.
- O possível papel da brinzolamida na função endotelial da córnea não foi investigado em pacientes com córneas comprometidas (particularmente em pacientes com baixa contagem de células endoteliais). Inibidores de anidrase carbônica podem afetar a hidratação da córnea, o que pode levar a uma descompensação da córnea e edema. É recomendada a monitoração cuidadosa de pacientes com córneas comprometidas, tais como pacientes com diabetes mellitus ou com distrofia corneana.
Distúrbios cardíacos
Em pacientes com doenças cardiovasculares (por exemplo, doença cardíaca coronariana, angina de Prinzmetal e insuficiência cardíaca) e hipotensão (pressão sanguínea baixa), o tratamento com betabloqueadores deve ser criticamente avaliado e deve-se considerar o tratamento com outras substâncias ativas. Pacientes com doenças cardiovasculares devem ser observados quanto a sinais de deterioração dessas doenças e de reações adversas.
Distúrbios vasculares
Os pacientes com graves distúrbios circulatórios periféricos (isto é, as formas graves da doença de Raynaud ou síndrome de Raynaud) devem ser tratados com cautela.
Distúrbios respiratórios
Reações respiratórias, incluindo morte devido à broncoespasmo (contração dos brônquios com dificuldade respiratória) em pacientes com asma têm sido relatadas após a administração de alguns betabloqueadores oftálmicos.
Hipoglicemia/diabetes
Os betabloqueadores devem ser administrados com cautela a pacientes sujeitos a hipoglicemia (diminuição da taxa de açúcar no sangue) espontânea ou a pacientes com diabetes instável, uma vez que os betabloqueadores podem mascarar os sinais e sintomas de hipoglicemia aguda.
Hipertireoidismo (produção excessiva de hormônio pela glândula tireoide)
Os betabloqueadores também podem mascarar os sinais de hipertireoidismo.
Fraqueza muscular
Os agentes bloqueadores beta-adrenérgicos têm sido relatados potencializar a fraqueza muscular consistente com certos sintomas miastênicos (por exemplo, diplopia - visão dupla, ptose - queda da pálpebra superior, e fraqueza generalizada).
Outros agentes betabloqueadores
O efeito sobre a pressão intraocular ou os efeitos conhecidos de betabloqueadores sistêmicos podem ser potencializados quando o timolol é administrado a pacientes que já recebem um agente betabloqueador sistêmico. A resposta destes pacientes deve ser cuidadosamente observada pelo médico. Não é recomendado o uso de dois agentes bloqueadores beta-adrenérgicos tópicos.
Reações alérgicas graves
Enquanto estiver utilizando agentes betabloqueadores, os pacientes com história de atopia (tendência hereditária a desenvolver manifestações alérgicas) ou reação anafilática severa a diversos alérgenos, podem ser mais reativos ao uso repetido desses alérgenos e não responsivo a doses usuais de adrenalina usada para o tratamento de reações anafiláticas.
Descolamento de coroide
Tem sido relatado descolamento de coroide com a administração de terapia supressora de humor aquoso (por exemplo, timolol, acetazolamida) após procedimentos de filtração.
Anestesia cirúrgica
As preparações betabloqueadoras oftalmológicas podem bloquear os efeitos beta-agonistas sistêmicos, por exemplo, da adrenalina. O anestesista deve ser informado quando você estiver recebendo timolol.
Lentes de contato
Azorga® contém cloreto de benzalcônio que pode causar irritação e sabe-se que descolore lentes de contato gelatinosa. Evite o contato com as lentes de contato gelatinosas. Você será instruído a remover as lentes de contato antes da aplicação e aguardar pelo menos 15 minutos antes de colocá-las novamente.
Fertilidade
Não foram realizados estudos para avaliar o efeito da administração ocular tópica de Azorga® na fertilidade humana. Dados pré-clínicos não mostraram qualquer efeito da brinzolamida ou timolol sobre a fertilidade masculina ou feminina, seguido da administração oral. Nenhum efeito sobre a fertilidade de homens e mulheres é antecipado para Azorga®.
Gravidez
Não foram realizados estudos para avaliar o efeito da administração ocular tópica de Azorga® na gravidez humana. A brinzolamida administrada por via oral não mostrou malformações fetais em ratos e coelhos, mas mostraram uma diminuição do peso corporal fetal e um aumento nas alterações do desenvolvimento em ratos.
Estudos epidemiológicos não indicaram efeitos de malformação, mas mostraram um risco para crescimento intrauterino retardado quando os betabloqueadores são administrados por via oral. Além disso, os sinais e sintomas de betabloqueadores (por exemplo, bradicardia, hipotensão, dificuldades respiratórias e hipoglicemia) foram observados no recém-nascido quando betabloqueadores foram administrados até o parto. Azorga® não deve ser utilizado durante a gravidez a menos que seja claramente necessário. No entanto, se Azorga® for administrado até o parto, o recém-nascido deve ser cuidadosamente monitorado durante os primeiros dias de vida.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
Se você estiver amamentando, converse com seu médico antes de usar Azorga®. O timolol passa para o leite materno.
Estudos em animais demonstraram que após administração oral de brinzolamida, ela é excretada no leite materno. Não se sabe se a brinzolamida oftálmica é excretada no leite materno. Os betabloqueadores são excretados no leite materno apresentado potencial de causar reações adversas graves ao lactente.
Interferência na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Turvação transitória da visão ou outros distúrbios visuais podem afetar a capacidade de dirigir ou operar máquinas. Se a visão turvar após a instilação, você deve esperar até que a visão normalize antes de dirigir ou operar máquinas.
Um dos componentes ativos pode prejudicar a capacidade de realizar tarefas que requeiram agilidade mental e/ou coordenação física.
Este medicamento pode causar doping.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Azorga?
As seguintes reações adversas são classificadas de acordo com a seguinte convenção:
- Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Dentro de cada grupo de frequência as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de seriedade.
Classificação por sistema de órgãos/ Reações adversas
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático
- Incomum: diminuição da contagem de células sanguíneas brancas.
Distúrbios psiquiátricos
- Raro: insônia.
Distúrbios do sistema nervoso
- Comum: disgeusia (alteração do paladar).
Distúrbios oculares
- Comum: ceratite punteada (inflamação e danos na superfície do olho), visão borrada, dor ocular, irritação ocular.
- Incomum: ceratite (inflamação na superfície do olho), coloração na córnea, olho seco, prurido ocular (coceira e/ou ardência nos olhos), vermelhidão ocular, vermelhidão conjuntival, sensação de corpo estranho nos olhos, secreção ocular.
- Raro: erosão corneana, ardor na câmara anterior (precipitação dentro do olho), lacrimação aumentada por fotofobia (sensibilidade exagerada à luz), hiperemia escleral, eritema da pálpebra (vermelhidão), crosta na margem da pálpebra.
Distúrbios cardíacos
- Comum: diminuição da frequência cardíaca.
Distúrbios vasculares
- Incomum: diminuição da pressão sanguínea.
Distúrbios respiratório, torácico e do mediastino
- Incomum: tosse.
- Raro: dor orofaríngea e rinorreia.
Distúrbios renais e urinários
- Incomum: presença de sangue na urina.
Distúrbios gerais e alterações no local da administração
- Incomum: mal-estar.
Reações adversas adicionais identificadas a partir da vigilância pós-comercialização, incluem o seguinte (as frequências não puderam ser estimadas a partir dos dados disponíveis):
Distúrbios do sistema imune
- Choque anafilático, hipersensibilidade (alergia).
Distúrbio cardíaco
- Palpitações.
Distúrbio auditivo e do labirinto
- Zumbido
Distúrbios psiquiátricos
- Depressão, alucinação (sentir ou ouvir coisas que não existem).
Distúrbios do sistema nervoso
- Tontura, dor de cabeça, parestesia (formigamentos).
Distúrbios oculares
- Deficiência visual, alergia, edema palpebral, conjuntivite.
Distúrbio vascular
- Aumento da pressão sanguínea.
Distúrbio respiratório, torácico e do mediastino
- Asma, dispneia (dificuldade respiratória), epistaxe (sangramento nasal).
Distúrbios gastrointestinais
- Diarreia, boca seca, náusea, desconforto abdominal.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
- Eritema, alopecia (perda de cabelos e pelos), coceira.
- Alguns efeitos colaterais podem ser graves: erupção cutânea, vermelhidão da pele, descamação da pele, bolhas nos lábios, olhos ou boca, febre ou qualquer combinação destes (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise epidérmica tóxica).
Distúrbios musculoesquelético e do tecido conjuntivo
- Mialgia (dor muscular).
Distúrbios gerais e alterações no local da administração
- Dor no peito, fadiga.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
Apresentações do Azorga
Suspensão Oftálmica Estéril 10 mg/mL / 5 mg/mL
Embalagem contendo 5 mL ou 6 mL de suspensão oftálmica estéril.
Via tópica ocular.
Uso adulto.
Qual a composição do Azorga?
Cada mL (30 gotas) contém:
10 mg brinzolamida e 6,8 mg (5 mg de timolol base) de maleato de timolol, ou seja, 0,33 mg de brinzolamida e 0,23 mg de maleato de timolol (0,17 mg de timolol base) por gota.
Excipientes: manitol, carbômer, tiloxapol, ácido clorídrico e/ou hidróxido de sódio, edetato dissódico di-hidratado, cloreto de sódio, cloreto de benzalcônio e água purificada.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Azorga maior do que a recomendada?
Em caso de ingestão acidental, os sintomas de superdose de betabloqueadores podem incluir diminuição da frequência cardíaca, diminuição da pressão arterial, insuficiência cardíaca, dificuldade respiratória e pode afetar o sistema nervoso.
Devido à brinzolamida podem ocorrer desequilíbrio eletrolítico, desenvolvimento de um estado de acidose e possíveis efeitos no sistema nervoso. Os níveis de eletrólitos séricos (particularmente de potássio) e os níveis sanguíneos de pH devem ser monitorados.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Azorga com outros remédios?
- Azorga® contém brinzolamida, um inibidor da anidrase carbônica e, embora administrado topicamente, é absorvido sistemicamente. Distúrbios ácido-base têm sido relatados com os inibidores de anidrase carbônica por via oral. O potencial para interações deve ser considerado em pacientes que estejam usando Azorga®;
- Há um potencial para efeito aditivo sobre os efeitos sistêmicos conhecidos da inibição da anidrase carbônica se você estiver recebendo um inibidor da anidrase carbônica por via oral e brinzolamida oftálmica. A administração concomitante de colírios contendo brinzolamida e inibidores da anidrase carbônica orais não é recomendada;
- Tem sido relatada a potencialização do bloqueio beta-adrenérgico (por exemplo, diminuição do batimento cardíaco, depressão) durante o tratamento combinado com inibidores da CYP2D6 (por exemplo, quinidina, fluoxetina, paroxetina) e timolol;
- Possibilidade de efeitos aditivos resultando em hipotensão diminuição da frequência cardíaca acentuada quando colírios com betabloqueadores são administrados concomitantemente com bloqueadores de canal de cálcio por via oral, agentes bloqueadores beta-adrenérgicos, antiarrítmicos (incluindo amiodarona), glicosídeos digitálicos ou parasimpatomiméticos.
- Tem sido relatada ocasionalmente midríase (pupila dilatada) com uso concomitante de betabloqueadores oftálmicos e adrenalina (epinefrina).
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use este medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Azorga?
Resultados de Eficácia
Efeitos clínicos
Em um ensaio clínico controlado em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular, que na opinião do investigador poderiam se beneficiar com a terapêutica combinada, e que tinham a média basal de pressão intraocular de 25 a 27 mmHg, o efeito médio da redução da pressão intraocular de Brinzolamida + Timolol, administrado duas vezes por dia foi de 7 a 9 mmHg. A não inferioridade de Brinzolamida + Timolol comparado a dorzolamida 20 mg/mL + timolol 5 mg/mL na redução da pressão intraocular foi demonstrada através de todos os controles e visitas do estudo.1
Em um estudo clínico controlado - seis meses, em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular, com média basal de pressão intraocular de 25 a 27 mmHg, o efeito médio da redução da pressão intraocular de Brinzolamida + Timolol, administrado duas vezes por dia foi de 7 a 9 mmHg, e foi até 3 mmHg maior do que brinzolamida 10 mg/mL duas vezes ao dia e até 2 mmHg maior do que timolol 5 mg/mL duas vezes ao dia. Foi observada uma redução estatisticamente superior à média da pressão intraocular comparada a brinzolamida e timolol, administrados isoladamente, em todos os controles e visitas através do estudo2.
Em três ensaios clínicos controlados, o desconforto ocular após instilação de Brinzolamida + Timolol foi significantemente menor que da dorzolamida 20 mg/mL + timolol 5 mg/mL.3-4
Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos com brinzolamida e timolol não revelam riscos especiais para o ser humano baseados em estudos convencionais de toxicidade de dose única, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e estudos de irritação ocular.
Referências bibliográficas:
1. Akçay BIS et al. The Safety and Efficacy of Brinzolamide 1%/Timolol 0.5% Fixed Combination Versus Dorzolamide 2%/Timolol 0.5% in Patients with Open-Angle Glaucoma or Ocular HypertensionJ Oc Pharmacol &Ther 2013. 29(10):882-886.
2. Kaback M et al. Intraocular Pressure-Lowering Efficacy of Brinzolamide 1%/Timolol 0.5% Fixed Combination Compared with Brinzolamide 1% and Timolol 0.5%. Ophthalmol 2008. 115; 1728-1734.
3.Vold SD et al. A One-Week Comfort Study of BID-Dosed Brinzolamide 1%/Timolol 0.5% Ophthalmic Suspension Fixed Combination Compared to BID-Dosed Dorzolamide 2%/Timolol 0.5% Ophthalmic Solution in Patients with Open-Angle Glaucoma or Ocular Hypertension. J Oc Pharmacol & Ther 2008. 24(6);601-605.
4. Manni G et al. The Safety and Efficacy of Brinzolamide 1%/Timolol 0.5% Fixed Combination Versus Dorzolamide 2%/Timolol 0.5% in Patients With Open-angle Glaucoma or Ocular Hypertension J Glaucoma 2009. 18:293-300.
Características Farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico: preparação antiglaucoma e mióticos.
Código ATC: S01ED51.
Mecanismo de ação
Brinzolamida + Timolol contém dois ingredientes ativos: brinzolamida e maleato de timolol. Estes dois componentes diminuem a pressão intraocular elevada, principalmente pela redução da produção do humor aquoso, e o realizam por diferentes mecanismos de ação. O efeito combinado destas duas substâncias ativas resulta em uma redução adicional da pressão intraocular (PIO) comparado a componentes isolados.
Brinzolamida é um potente inibidor da anidrase carbônica humana II (AC-II), uma isoenzima predominante no olho. A inibição da anidrase carbônica nos processos ciliares do olho diminui a secreção do humor aquoso, presumivelmente por retardar a formação de íons bicarbonatos com subsequente redução no transporte de sódio e fluidos oculares.
Timolol é um agente bloqueador adrenérgico não seletivo que não tem atividade simpatomimética intrínseca, depressora do miocárdio direto ou estabilizadora de membrana. Estudos fluorofotométricos e tonográficos no homem indicam que a ação predominante está relacionada à redução da formação do humor aquoso e um ligeiro aumento na facilidade de escoamento.
O tempo médio para o início da ação é de aproximadamente 30 minutos após a instilação.
Efeito farmacodinâmico
Os componentes ativos do Brinzolamida + Timolol, brinzolamida e maleato de timolol, são agentes terapêuticos aprovados para a redução da pressão intraocular elevada em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular, com diferentes mecanismos de ação. Brinzolamida + Timolol produz maiores reduções médias de PIO do que aquelas produzidas por qualquer suspensão oftálmica de brinzolamida 1% ou solução oftálmica de maleato de timolol 0,5% usado sozinhos.
Farmacocinética
Absorção
Após administração tópica ocular, brinzolamida e timolol são absorvidos através da córnea na circulação sistêmica. Em um estudo farmacocinético, a indivíduos saudáveis receberam brinzolamida oral (1 mg) duas vezes ao dia durante 2 semanas para encurtar o tempo para atingir o estado estacionário antes de começar o uso de Brinzolamida + Timolol. Após duas doses diária de Brinzolamida + Timolol, por 13 semanas, a concentração de brinzolamida nas hemácias foi em média de 18,8 ± 3,29 µM, 18,1 ± 2,68 µM e 18,4 ± 3,01 µM nas semanas 4, 10 e 15, respectivamente, indicando que as concentrações de estado estacionário da brinzolamida nas hemácias foram mantidos. Em estado estacionário, após a administração de Brinzolamida + Timolol estéril, a média plasmática Cmáx e AUC 0-12h de timolol foram 27% e 28% menor (Cmáx: 0,824 ± 0,453 ng/mL, AUC 0-12h: 4,71 ± 4,29 ng h/mL), respectivamente, em comparação com a administração de timolol 5 mg/mL Cmáx: 1,13 ± 0,494 ng/mL, AUC 0-12h: 6,58 ± 3,18 ng h/mL). A menor exposição sistêmica ao timolol seguida da administração de Brinzolamida + Timolol não é clinicamente relevante. Após a administração de Brinzolamida + Timolol estéril a Cmáx média de timolol foi alcançada em 0,79 ± 0,45 horas.
Distribuição
A ligação da proteína plasmática da brinzolamida é moderada (aproximadamente 60%). A brinzolamida é sequestrada nas hemácias, devido à sua alta afinidade ligação à AC-II e, em menor medida à AC-I. Seu metabólito ativo N-desetil também se acumula nas hemácias, onde se liga primariamente à AC-I. A afinidade da brinzolamida e do metabolito às hemácias e tecidos resultam em uma baixa concentração plasmáticas.
Os dados da distribuição no tecido ocular dos coelhos mostraram que timolol pode ser medido no humor aquoso até 48 horas após administração de Brinzolamida + Timolol. No estado de equilíbrio, timolol é detectado no plasma humano por até 12 horas após administração de Brinzolamida + Timolol.
Biotransformação/Metabolismo
As vias metabólicas para o metabolismo de brinzolamida envolvem o N-desalquilação, O-desalquilação e oxidação da sua sequência lateral. N-desetil brinzolamida é o principal metabólito da brinzolamida formado nos seres humanos, os quais também se ligam ao CA-I na presença de brinzolamida e se acumulam nas hemácias. Estudos in vitro mostram que o metabolismo da brinzolamida envolve principalmente o CYP3A4, assim como pelo menos outras quatro isoenzimas (CYP2A6, CYP2B6, CYP2C8 e CYP2C9).
Em humanos, o timolol é metabolizado por clivagem do anel de morfolina formando dois metabólitos primários. Existe um derivado de amina secundária de acetil etanol que sofre perda da cadeia lateral de acetil para formar um análogo de amina etanólica primária. A hidroxilação do grupo terminal metil na porção t-butil formando um álcool é uma via metabólica secundária em humanos. O timolol é metabolizado principalmente no fígado pela isoenzima CYP2D6. Nenhum metabolismo do timolol ocorre dentro do olho.
Excreção
A brinzolamida é eliminada principalmente por excreção renal e nas fezes em quantidades comparáveis, 32% e 29% respectivamente. Cerca de 20% da dose é encontrada na urina como metabólito. Brinzolamida e N-desetil-brinzolamida são os componentes predominantemente encontrados na urina, com leves traços (1%) de metabólitos N-desmetoxipropil e O-desmetil. Timolol e seus metabólitos são principalmente excretados pelos rins. Aproximadamente 20% da dose de timolol é excretada na urina não modificada e o restante excretado na urina como metabólitos. O t1/2 plasmático de timolol é 4,8 horas após administração de Brinzolamida + Timolol.
Dados em animais
Não foram realizados estudos de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento com Brinzolamida + Timolol.
Brinzolamida
Os estudos de desenvolvimento embriofetal foram conduzidos em ratas grávidas às quais foram administrados 0, 2, 6 ou 18 mg/kg/dia de brinzolamida por sonda oral nos dias 6 a 17 de gestação para atingir o período de organogênese. A diminuição do ganho de peso materno foi observada com 6 e 18 mg/kg/dia. O peso corporal fetal diminuído e ossificação esquelética reduzida foram observados com 18 mg/kg/dia (91 vezes o MROHD com base na BSA). O nível de efeito não observado (NOEL) foi de 2 mg/kg/dia (10 vezes o MROHD com base em BSA).
Os estudos de desenvolvimento embriofetal foram conduzidos em coelhas grávidas às quais foi administrado 0, 1, 3 ou 6 mg/kg/dia de brinzolamida por sonda oral nos dias 6 a 18 de gestação para atingir o período de organogênese. Foi observada perda de peso materno durante a gravidez com 3 mg/kg/dia (30 vezes a MROHD com base na BSA) e acima. Foram observados em coelhos mortalidade, emagrecimento, falta de fezes e abortos com doses 6 mg/kg/dia. O NOEL para toxicidade materna foi de 1 mg/kg/dia (10 vezes o MROHD com base na BSA). Nenhum efeito fetal relacionado ao tratamento foi observado até a dose máxima testada de 6 mg/kg/dia (61 vezes o MROHD com base na BSA).
Em um estudo peri/pós-natal em ratos, a brinzolamida foi administrada por via oral em doses de 1, 5 e 15 mg/kg/dia desde o dia 16 de gestação até o dia 20 de lactação. Foram observados decréscimo no consumo de alimentos e ganho médio de peso corporal nas mães durante a gestação e lactação com 15 mg/kg/dia. A diminuição do peso corporal dos filhotes foi observada com 15 mg/kg/dia (76 vezes a MROHD com base na BSA). O NOEL para toxicidade materna e de desenvolvimento foi de 5 mg/kg/dia (25 vezes o MROHD com base na BSA).
Após a administração oral de 14C-brinzolamida a ratas grávidas, verificou-se que a radioatividade atravessa a placenta e os níveis de radioatividade nos tecidos fetais foram 3 a 10 vezes inferiores aos medidos nas mães.
Timolol
Os estudos de teratogenicidade com timolol em camundongos, ratos e coelhos em doses orais de até 50 mg/kg/dia (≥254 vezes a MROHD com base na BSA) não demonstraram evidência de malformações fetais. Embora tenha sido observada ossificação fetal atrasada com esta dose em ratos, nenhum efeito adverso foi observado no desenvolvimento pós-natal da prole. Doses de 1000 mg/kg/dia (5085 vezes o MROHD com base na BSA) foram maternalmente tóxicas em camundongos e resultaram em um aumento do número de reabsorções fetais. Também foram observadas reabsorções fetais aumentadas em coelhos com doses de 100 mg/kg/dia (2034 vezes a MROHD com base na BSA), sem toxicidade materna aparente.
Como devo armazenar o Azorga?
Azorga® deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, o produto é válido por 56 dias.
Características do medicamento
Azorga® é uma suspensão opaca branca a quase branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Azorga
MS - 1.0068.1108
Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer
CRF-SP N° 18.150
Registrado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo - SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira.
Fabricado por:
Neolab Soluções Farmacêuticas Estéreis do Brasil Ltda.
São Paulo – SP
® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.
Venda sob prescrição médica.
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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 7 de Dezembro de 2024.
Azorga 10mg/mL + 5mg/ml, caixa com 1 frasco gotejador com 5mL de suspensão de uso oftálmico
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Dorflex Max 600mg + 70mg + 100m
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