Bula do Esop
Princípio Ativo: Esomeprazol Magnésico
Classe Terapêutica: Inibidores da Bomba de Prótons
Esop, para o que é indicado e para o que serve?
Esop® é indicado para o tratamento de doenças ácido-pépticas e alívio dos sintomas de azia, regurgitação ácida e dor epigástrica.
- Doença do refluxo gastroesofágico (refluxo do estômago para o esôfago) (DRGE):
- Tratamento da esofagite (inflamação do esôfago) de refluxo erosiva.
- Tratamento de manutenção para prevenir a recidiva de esofagite.
- Tratamento dos sintomas da DRGE, tais como: pirose/azia (queimação retroesternal), regurgitação ácida e dor epigástrica.
- Pacientes que precisam de terapia contínua com anti-inflamatórios não-esteroidais (AINE):
- Tratamento dos sintomas gastrointestinais altos associados ao tratamento com anti-inflamatórios.
- Cicatrização de úlceras gástricas associadas ao tratamento com anti-inflamatórios, incluindo aqueles anti-inflamatórios mais novos, da classe “COX-2 seletivos”.
- Prevenção de úlceras gástricas e duodenais associadas ao tratamento com anti-inflamatórios, incluindo COX-2 seletivos, em pacientes com algum risco adicional.
- Tratamento da úlcera duodenal associada à bactéria Helicobacter pylori.
- Erradicação da bactéria Helicobacter pylori em associação com um tratamento antibacteriano adequado.
- Condições patológicas hipersecretoras incluindo síndrome de Zollinger-Ellison (excesso de produção de ácido clorídrico) e hipersecreção idiopática.
- Manutenção da hemostasia e prevenção de ressangramento de úlceras gástrica e duodenal após tratamento com esomeprazol sódico IV.
Como o Esop funciona?
Esop® reduz a produção de ácido no seu estômago, através de um mecanismo de ação específico de inibição da bomba de prótons. Após a dose oral, o início do efeito ocorre dentro de uma hora.
Quais as contraindicações do Esop?
Você não deve utilizar Esop® se tiver alergia ao esomeprazol, a outros benzimidazóis (medicamentos anti-helmínticos benzimidazólicos – medicamentos para tratar infestação por parasitas) ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
Como usar o Esop?
Os comprimidos de Esop® devem ser administrados inteiros por via oral, com líquido. Esop® pode ser administrado com ou sem alimentos.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
Se você tiver dificuldade para engolir o comprimido, poderá colocá-lo em meio copo de água sem gás (não se deve usar outro líquido), mexendo até o comprimido se desintegrar. Se persistirem pequenos grânulos (resíduos) aderidos à parede do copo, adicionar um pouco de água, mexer e tomar, ou administrar o conteúdo por sonda naso-enteral (SNE) em até 30 minutos.
Os pequenos grânulos (resíduos) não devem ser mastigados ou esmagados.
Posologia do Esop
Adultos
Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
Tratamento da esofagite de refluxo erosiva
- 40 mg uma vez ao dia por 4 semanas. Um tratamento adicional de 4 semanas é recomendado para pacientes com esofagite não cicatrizada ou que apresentam sintomas persistentes.
Tratamento de manutenção para prevenir a recidiva em pacientes com esofagite
- 20 mg uma vez ao dia.
Tratamento dos sintomas da DRGE, tais como, pirose/azia (queimação retroesternal), regurgitação ácida e dor epigástrica
- 20 mg uma vez ao dia para os pacientes que não apresentam esofagite. Se o controle dos sintomas não for obtido após 4 semanas, o paciente deve ser investigado. Uma vez resolvidos os sintomas da DRGE, o controle dos sintomas pode ser obtido usando-se Esop® na dose de 20 mg/dia, quando necessário. Em pacientes de risco tratados com anti-inflamatórios, o controle dos sintomas utilizando-se um tratamento sob demanda, não é recomendado.
Pacientes que precisam de terapia contínua com anti-inflamatórios
Tratamento dos sintomas gastrointestinais altos associados ao tratamento com anti-inflamatórios
- 20 mg uma vez ao dia em pacientes que continuam precisando tomar anti-inflamatórios. Se os sintomas não forem controlados após 4 semanas, o paciente deve ser investigado.
Cicatrização de úlceras gástricas associadas ao tratamento com anti-inflamatórios
- A dose usual é de 20 mg uma vez ao dia por 4 a 8 semanas. Alguns pacientes podem precisar da dose de 40 mg, uma vez ao dia, por 4 a 8 semanas.
Prevenção de úlceras gástricas e duodenais associadas ao tratamento com anti-inflamatórios em pacientes de risco
- 20 mg uma vez ao dia.
Tratamento da úlcera duodenal associada ao Helicobacter pylori / erradicação do Helicobacter pylori
- 20 mg de Esop® com 1 g de amoxicilina e 500 mg de claritromicina, todos duas vezes ao dia, por 7 dias.
- Não há necessidade da continuidade do tratamento com fármacos antissecretores para a cicatrização e resolução dos sintomas de úlcera.
Condições patológicas hipersecretoras incluindo síndrome de Zollinger-Ellison e hipersecreção idiopática
- A dose inicial recomendada é de 40 mg de Esop® duas vezes ao dia. O ajuste de dose deve ser individualizado e o tratamento continuado pelo tempo clinicamente indicado. Doses de até 120 mg foram administradas duas vezes ao dia.
Manutenção da hemostasia e prevenção de ressangramento de úlceras gástricas e duodenais após tratamento com esomeprazol sódico IV
- 40 mg uma vez ao dia por 4 semanas. O período do tratamento oral deve ser precedido por terapia de supressão ácida com esomeprazol sódico IV 80 mg administrado por infusão em bolus por 30 minutos, seguido por uma infusão intravenosa contínua de 8 mg/h administrada durante 3 dias.
Crianças 12-18 anos
Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE)
Tratamento da esofagite de refluxo erosiva
- 40 mg uma vez ao dia por 4 semanas. Um tratamento adicional de 4 semanas é recomendado para os pacientes com esofagite não cicatrizada ou aqueles que apresentam sintomas persistentes.
Tratamento dos sintomas da DRGE
- 20 mg uma vez ao dia para os pacientes que não apresentam esofagite. Se o controle dos sintomas não for obtido após 4 semanas, o paciente deve ser investigado.
- Uma vez resolvidos os sintomas da DRGE, Esop® pode ser usado na dose de 20 mg/dia e sob supervisão médica.
- O tratamento com Esop® para crianças (12 – 18 anos) deve ser limitado a 8 semanas.
Crianças
- Esop® não deve ser usado em crianças menores de 12 anos, pois não há dados disponíveis.
Insuficiência renal
- Não é necessário ajuste de dose para os pacientes com insuficiência renal. Devido à experiência limitada em pacientes com insuficiência renal grave, esses pacientes devem ser tratados com precaução.
Insuficiência hepática
- Não é necessário ajuste de dose para os pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada. Para os pacientes com insuficiência hepática grave, uma dose máxima diária de 20 mg de Esop® não deve ser excedida.
Idosos
- Não é necessário ajuste de dose para idosos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Esop?
Se você se esquecer de tomar uma dose de Esop®, deve tomá-la assim que lembrar, mas se estiver próximo ao horário da próxima dose, não é necessário tomar a dose esquecida. Deve-se, então, apenas tomar a próxima dose, no horário habitual. Não se deve tomar uma dose dobrada para compensar uma dose perdida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Esop?
Informe ao seu médico se durante o tratamento com Esop® você apresentar perda de peso sem dieta, vômitos, dificuldade para engolir alimentos, evacuar sangue vivo ou fezes escuras (tipo borra de café), e se houver suspeita ou presença de úlcera, pois o tratamento com Esop® pode aliviar esses sintomas e retardar o diagnóstico.
Se você tem problemas hereditários raros de intolerância à frutose, má absorção de glicose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase, você não deve tomar este medicamento.
Alguns estudos sugerem que o tratamento com medicamentos da classe de esomeprazol pode estar associado a um pequeno aumento do risco de fraturas relacionadas com a osteoporose (doença que reduz a densidade e a massa dos ossos). No entanto, em outros estudos semelhantes, nenhum aumento do risco foi evidenciado. Aconselha-se que os pacientes de risco para o desenvolvimento da osteoporose ou fraturas relacionadas à osteoporose tenham um acompanhamento médico adequado. Esop® deve ser utilizado com cuidado em pacientes com problemas graves no fígado ou nos rins. Não se espera que Esop® afete a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
A experiência clínica em crianças abaixo de 12 anos de idade é limitada. Deverá ser utilizado nesta faixa etária somente a critério médico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Como não há dados disponíveis quanto à excreção de esomeprazol no leite materno, Esop® não deve ser usado durante a amamentação.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Esop?
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça, dor na barriga, diarreia, gases, enjoo, vômito e prisão de ventre.
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): inchaço periférico, dificuldade para dormir, tontura, sensação de queimação/dormência na pele, sonolência, vertigem, boca seca, aumento da quantidade das enzimas do fígado (este efeito só pode ser visto quando um exame de sangue é realizado) e reações na pele (dermatite, coceira, urticária e erupções na pele).
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): diminuição dos glóbulos brancos do sangue (leucopenia), diminuição das células de coagulação no sangue (trombocitopenia), reações de hipersensibilidade (alergia) ao medicamento (inchaço, reação/choque anafilático), diminuição de sódio no sangue (hiponatremia), agitação, confusão, depressão, desordens do paladar, visão turva, broncoespasmo, inflamação na mucosa da boca (estomatite), infecção gastrointestinal fúngica (candidíase gastrointestinal), inflamação do fígado (hepatite) com ou sem icterícia (presença de coloração amarela na pele e nos olhos), queda de cabelo, sensibilidade da pele à luz (fotossensibilidade), dores nas articulações, dor muscular, mal-estar, aumento da transpiração e febre.
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): ausência ou número insuficiente de glóbulos brancos granulócitos no sangue (agranulocitose), diminuição de células do sangue (pancitopenia), agressividade, alucinações, comprometimento da função do fígado, encefalopatia hepática, desordens graves na pele (eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (NET), pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) e erupção cutânea à droga com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS)), fraqueza muscular, inflamação dos rins, aumento das mamas em homens, diminuição de magnésio no sangue (hipomagnesemia), hipomagnesemia grave pode resultar em redução de cálcio no sangue (hipocalcemia), a hipomagnesemia também pode causar hipocalemia (baixa concentração de potássio no sangue) e inflamação intestinal (colite microscópica).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Apresentações do Esop
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
Comprimido revestido de liberação retardada de 20 mg e 40 mg
Embalagem contendo 7, 14, 15, 28, 30, 56, 60, 84 ou 90 unidades.
Uso oral.
Uso adulto e pediátrico a partir de 12 anos.
Qual a composição do Esop?
Cada comprimido revestido de liberação retardada de 20 mg contém:
Esomeprazol magnésico tri-hidratado* |
22,3 mg |
Excipiente** q.s.p |
1 comprimido revestido de liberação retardada |
*Equivalente a 20 mg de esomeprazol.
**Lactose monoidratada, celulose microcristalina, crospovidona, amido pré-gelatinizado, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, triacetina, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho, copolímero de ácido metacrílico e acrilato de etila, talco, bicarbonato de sódio, laurilsulfato de sódio, macrogol e simeticona.
Cada comprimido revestido de liberação retardada de 40 mg contém:
Esomeprazol magnésico tri-hidratado* |
44,5 mg |
Excipiente** q.s.p |
1 comprimido revestido de liberação retardada |
*Equivalente a 40 mg de esomeprazol.
**Lactose monoidratada, celulose microcristalina, crospovidona, amido pré-gelatinizado, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, triacetina, dióxido de titânio, óxido de ferro vermelho, copolímero de ácido metacrílico e acrilato de etila, talco, bicarbonato de sódio, laurilsulfato de sódio, macrogol e simeticona.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Esop maior do que a recomendada?
Não é conhecido tratamento específico para o caso de superdosagem com Esop®. Doses de 80 mg de Esop® não apresentaram complicações. Se você tiver ingerido uma quantidade de esomeprazol magnésico tri-hidratado maior do que a recomendada pelo seu médico, converse imediatamente com ele ou com o farmacêutico.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Esop com outros remédios?
Informe também se estiver fazendo uso de algum medicamento antirretroviral (contra um tipo específico de vírus), como o atazanavir e o nelfinavir. O uso concomitante de esomeprazol e clopidogrel deve ser evitado.
Você deve utilizar Esop® com cuidado se estiver tomando os seguintes medicamentos:
- Para o tratamento de infecções por fungos (cetoconazol, itraconazol), erlotinibe, digoxina, ansiedade (diazepam), epilepsia (fenitoína), coagulação do sangue (varfarina ou clopidogrel), acelerar a motilidade do estômago (cisaprida), metotrexato, tratamento da AIDS (atazanavir, nelfinavir e saquinavir), tratamentos com amoxicilina, quinidina, naproxeno, rofecoxibe, claritromicina, voriconazol, rifampicina e erva de São João (Hypericum perforatum), pois estes medicamentos podem ter seu efeito alterado pelo uso concomitante de Esop®.
A administração concomitante de esomeprazol tem sido relacionada ao aumento da concentração de tacrolimo no sangue.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Esop?
Resultados de Eficácia
Efeito na secreção ácida gástrica
Após a dose oral com 20 mg e 40 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, o início do efeito ocorre em uma hora. Após a administração repetida de 20 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, uma vez ao dia, por cinco dias, o pico médio de produção de ácido após a estimulação de pentagastrina é reduzido em 90%, quando medido 6-7 horas após a dosagem no quinto dia1.
Após 5 dias da dose oral com 20 mg e 40 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, o pH intragástrico maior que 4 foi mantido por um período médio de 13 e 17 horas, respectivamente, em um período de 24 horas, em pacientes com DRGE sintomáticos. As proporções de pacientes que mantiveram um pH intragástrico maior que 4 por pelo menos 8, 12 e 16 horas, respectivamente, para 20 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado foram 76%, 54% e 24%. As proporções correspondentes para 40 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado foram 97%, 92% e 56%.
Usando a AUC (área sob a curva) como um parâmetro substituto para a concentração plasmática, foi mostrada uma relação entre a inibição da secreção ácida e a exposição2.
Efeitos terapêuticos da inibição ácida
Cicatrização da esofagite de refluxo com 40 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado ocorre em aproximadamente 78% dos pacientes após 4 semanas, e em 93% após 8 semanas3.
O tratamento de uma semana com 20 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado duas vezes ao dia e antibióticos adequados, resultam em erradicação bem sucedida do Helicobacter pylori em aproximadamente 90% dos pacientes4.
Após o tratamento de erradicação por uma semana, não há necessidade da monoterapia subsequente com fármacos antissecretores para a cicatrização efetiva de úlcera e para o desaparecimento dos sintomas de úlceras duodenais não complicadas (Nader F et al. GED 2005; 24(1): 21-95.
Em um estudo clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado, 764 pacientes receberam 80 mg por infusão intravenosa contínua em bolus de esomeprazol sódico por 71,5 horas, seguido por tratamento contínuo com Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado 40 mg, por via oral, por 27 dias. Aos 7 e 30 dias pós-tratamento, a ocorrência de ressangramento foi de 7,2% no grupo tratamento vs 12,9% no grupo placebo e 7,7% vs 13,6 %, respectivamente6.
Outros efeitos relacionados com a inibição ácida
Durante o tratamento com substâncias antissecretoras, a gastrina sérica aumenta em resposta à diminuição da secreção ácida. Também aumenta a cromogranina A (CgA) devido à diminuição da acidez gástrica. O nível aumentado de CgA pode interferir nas investigações de tumores neuroendócrinos. Relatos na literatura indicam que o tratamento com inibidor de bomba de próton deve ser interrompido de 5 a 14 dias antes das medidas de CgA. As medidas devem ser repetidas se os níveis não forem normalizados neste período.
Um número aumentado de células enterocromafins, possivelmente relacionado com o aumento dos níveis séricos de gastrina, foi observado em crianças e adultosdurante tratamento em longo prazo com Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado. Os achados não são considerados de relevância clínica. Foi relatado que durante o tratamento prolongado com drogas antissecretoras cistos glandulares gástricos ocorreram em uma frequência relativamente elevada. Essas alterações são uma consequência fisiológica da inibição pronunciada da secreção ácida, são benignas e parecem ser reversíveis7.
Com a acidez gástrica reduzida, qualquer que seja a maneira de ocorrência, incluindo inibidores da bomba de prótons, há aumento da contagem gástrica de bactérias normalmente presentes no trato gastrointestinal. Tratamento com inibidores da bomba de prótons pode levar a um leve aumento do risco de infecções gastrointestinais, como Salmonella e Campylobacter8. Em pacientes hospitalizados, possivelmente o mesmo também ocorra em relação ao Clostridium difficile.
Estudos clínicos comparativos
Em cinco estudos cruzados, o perfil do pH intragástrico em 24 horas foi avaliado em 24 pacientes com DRGE sintomáticos após administração de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado 40 mg oral, lansoprazol 30 mg, omeprazol 20 mg, pantoprazol 40 mg e rabeprazol 20 mg uma vez ao dia. No quinto dia, o pH intragástrico foi mantido acima de 4,0 por uma média de 15,3 horas com Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, 13,3 horas com rabeprazol, 12,9 horas com omeprazol, 12,7 horas com lansoprazol e 11,2 horas com pantoprazol (p ≤ 0,001 para as diferenças entre Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado e todos os outros comparados). O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado também levou a um aumento significativo na porcentagem de pacientes com pH intragástrico maior que 4,0 por mais de 12 horas comparativamente aos outros inibidores da bomba de prótons (p < 0,05)9.
Pacientes que precisam de tratamento contínuo com anti-inflamatórios não-esteroidais (AINE)
Tratamento dos sintomas gastrointestinais altos associados ao tratamento com anti-inflamatórios nãoesteroidais (AINE)
Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado foi significativamente melhor que o placebo no tratamento dos sintomas gastrointestinais altos em pacientes usando tanto AINEs não-seletivos ou COX-2 seletivos10.
Cicatrização de úlceras gástricas associadas ao tratamento com anti-inflamatórios não-esteroidais (AINE)
Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado foi significativamente melhor que a ranitidina na cicatrização de úlceras gástricas em pacientes usando AINEs, incluindo AINEs COX-2 seletivos11.
Prevenção de úlceras gástricas e duodenais associadas à terapia com anti inflamatórios não-esteroidais (AINE) em pacientes de risco
Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado foi significativamente melhor que o placebo na prevenção de úlceras gástricas e duodenais associadas ao tratamento passado ou atual com AINEs, incluindo os COX-2 seletivos12.
Referências:
1. Andersson T et al. Aliment Pharmacol Ther 2001; 15(10): 1563-9.
2. Lind T et al. Aliment Pharmacol Ther 2000;14:861-7.
3. Richter JE et al. Am J Gastroenterol 2001; 96(3): 656-65.
4. Nader F et al. GED 2005; 24(1): 21-9.
5. Nader F et al. GED 2005; 24(1): 21-9.
6. Sung JJ et al. Ann Intern Med 2009.
7. Maton P et al. Gastroenterology 2000; 118(4): A19 Abs337; Genta RM et al. Gastroenterology 2000; 118(4): A16 Abs326.
8. Dial S et al. CMAJ 2004; 171(1):33-8; Dial S et al. JAMA 2005; 294 (23): 2989-95.
9. Miner P Jr. et al. Am J Gastroenterol 2003; 98: 2616-20.
10. Hawkey CJ et al. Gut 2003; 52(Suppl 6): A226, Abs WED-G-253.
11. Goldstein JL et al. Gastroenterology 2004; 126(4 suppl 2): A610, Abs W1310.
12. Yeomans ND et al. Gastroenterology 2004; 126(4 suppl 2): A604 Abs W1278.
Características Farmacológicas
Cada comprimido contém Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado distribuído, juntamente aos excipientes, em aproximadamente 1.000 microgrânulos gastro resistentes. Os comprimidos se dispersam no estômago, mas o revestimento gastro-resistente dos microgrânulos garante que Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado esteja protegido até alcançar o intestino delgado, onde é absorvido.
Propriedades Farmacodinâmicas
O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado é o isômero S do omeprazol e reduz a secreção ácida gástrica através de um mecanismo de ação específico e direcionado. É um inibidor específico da bomba de prótons na célula parietal. O isômero S e o isômero R de omeprazol possuem atividades farmacodinâmicas semelhantes.
Local e mecanismo de ação
O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado é uma base fraca, sendo concentrado e convertido para a forma ativa no meio altamente ácido dos canalículos secretores da célula parietal, onde inibe a enzima H+K+-ATPase - a bomba de prótons, inibindo as secreções ácidas basal e estimulada.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção e distribuição
O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado é instável em meio ácido, sendo administrado oralmente em grânulos de revestimento entérico. A conversão in vivo para o isômero R é insignificante. A absorção de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado é rápida, com níveis de pico plasmático ocorrendo aproximadamente em 1-2 horas após a dose. A biodisponibilidade absoluta é de 64% após uma dose única de 40 mg e aumenta para 89% após a administração de dose única diária repetida. Para Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado 20 mg os valores correspondentes são 50% e 68%, respectivamente. O volume aparente de distribuição no estado de equilíbrio em indivíduos sadios é de aproximadamente 0,22 L/kg de peso corpóreo. O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado tem uma taxa de ligação às proteínas plasmáticas de 97%.
A ingestão de alimentos retarda e diminui a absorção de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, porém não influencia significativamente o efeito de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado sobre a acidez intragástrica.
Metabolismo e excreção
O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado é totalmente metabolizado pelo sistema citocromo P450 (CYP). A parte principal de seu metabolismo é dependente de CYP2C19 polimórfico, responsável pela formação de hidróxi e desmetila, metabólitos do Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado. A parte restante é dependente de outra isoforma específica, CYP3A4, responsável pela formação de sulfona Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, o metabólito principal no plasma.
Os parâmetros abaixo refletem principalmente a farmacocinética em indivíduos com uma enzima CYP2C19 funcional, metabolizadores extensivos.
A depuração plasmática total é de cerca de 17 L/h após uma dose única e cerca de 9 L/h após administração repetida. A meia-vida de eliminação plasmática é de cerca de 1,3 horas após doses repetidas uma vez ao dia. A área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC) aumenta com a administração repetida de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado.
Esse aumento é dose-dependente e resulta em uma relação dose/ASC não linear após administração repetida. Essa dependência em relação ao tempo e à dose é devido a uma redução do metabolismo de primeira passagem e depuração sistêmica provavelmente causada por uma inibição da enzima CYP2C19 pelo Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado e/ou seu metabólito sulfona. O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado é totalmente eliminado do plasma entre as doses, sem tendência de acúmulo durante administração uma vez ao dia.
Os principais metabólitos de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado não têm efeito sobre a secreção ácida gástrica.
Aproximadamente 80% de uma dose oral de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado são excretados como metabólito na urina e o restante pelas fezes. Menos que 1% do fármaco inalterado é encontrado na urina.
Populações especiais de pacientes
Aproximadamente 3% da população não têm a enzima CYP2C19 funcional e são chamados de metabolizadores fracos. Nesses indivíduos, o metabolismo de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado é provavelmente catalisado principalmente pelo CYP3A4. Após administração repetida de uma vez ao dia de 40 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, a média da AUC foi aproximadamente 100% mais elevada nos metabolizadores fracos do que nos indivíduos que têm enzima CYP2C19 funcional (metabolizadores extensivos). A média do pico das concentrações plasmáticas (Cmax) apresentou um aumento de cerca de 60%.
Estas descobertas não têm implicações na posologia de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado.
O metabolismo de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado não é significativamente alterado em idosos (71-80 anos de idade). Após a administração de uma dose única de 40 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, a média da AUC, é aproximadamente 30% maior em mulheres do que em homens. Não é observada diferença entre os sexos masculino e feminino após administração única diária repetida. Estas descobertas não têm implicações na posologia de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado.
O metabolismo de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado em pacientes com insuficiência hepática de leve à moderada pode ser prejudicado. A taxa metabólica é reduzida nos pacientes com insuficiência hepática grave resultando em uma duplicação da AUC do Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado. Portanto, não se deve exceder um máximo de 20 mg em pacientes com insuficiência hepática grave. O Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado ou seus metabólitos principais não mostram qualquer tendência de acúmulo com a dosagem de uma vez ao dia.
Não foram realizados estudos em pacientes com função renal reduzida. Considerando que o rim é responsável pela excreção dos metabólitos de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, mas não pela eliminação do composto inalterado, não é esperado que o metabolismo de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado seja alterado em pacientes com função renal deficiente.
Após administração de doses repetidas de 20 mg e 40 mg de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado, a exposição total (AUC) e o tempo para alcançar a concentração plasmática máxima do fármaco (tmax), em pacientes de 12 a 18 anos, foi similar à de adultos para ambas as doses de Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado.
Dados de segurança pré-clínica
Os estudos pré-clínicos não revelaram risco particular para os humanos com base nos estudos convencionais de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade e toxicidade para reprodução. Os estudos de carcinogenicidade em ratos com a mistura racêmica apresentaram hiperplasia de células enterocromafins gástricas e carcinoides. Esses efeitos gástricos em ratos são o resultado da hipergastrinemia pronunciada e constante, secundária à produção reduzida do ácido gástrico, e são observados após o tratamento prolongado em ratos com inibidores da bomba de prótons.
Não houve toxicidade e/ou outros efeitos inesperados após o tratamento com Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado em ratos ou cães, desde o período neonatal, durante a amamentação e após o desmame, em comparação com aqueles previamente observados em animais adultos. Tampouco houve qualquer ocorrência indicando que os animais em idade neonatal/juvenil são mais suscetíveis a alterações proliferativas na mucosa gástrica após o tratamento com Esomeprazol Magnésico Tri-Hidratado. Portanto, não houve indícios nesses estudos de toxicidade juvenil que indiquem qualquer risco específico na população pediátrica.
Como devo armazenar o Esop?
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto do medicamento
Comprimido revestido de liberação retardada de 20 mg e 40 mg, na cor rosa, circular, biconvexo e liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Esop
MS-1.1819.0340
Farm. Resp.:
Dr. Carlos Alberto Fonseca de Moraes
CRF - SP nº 14.546
Registrado por:
Multilab Indústria e Comércio de Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08
Bairro Chácara Assay
Hortolândia/SP – CEP: 13186-901
CNPJ: 92.265.552/0009-05
Indústria Brasileira.
Fabricado e embalado por:
EMS S/A.
Hortolândia/SP
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Esomeprazol Magnésico
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 7 de Novembro de 2024.
Esop 40mg, caixa com 28 comprimidos revestidos de liberação retardada
Ofertas Recomendadas
Melhor Oferta
À partir de
R$
44,99
Informe seu CEP para ver se o produto está disponível na sua região.
Dose
Quantidade na embalagem
À partir de
R$
44,99
Voltar
Dorflex Max 600mg + 70mg + 100m
Ao fazer seu pedido, você concorda com a Política de Privacidade e Termos de Uso