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Bula do Revolade

Princípio Ativo: Eltrombopague Olamina

Classe Terapêutica: Agonistas Da Trombopoetina

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 5 de Setembro de 2024.

Revolade, para o que é indicado e para o que serve?

Revolade® está indicado para pacientes adultos (>18 anos) e pediátricos acima de 6 anos com púrpura trombocitopênica idiopática de origem imune que foram tratados previamente com corticosteroides, imunoglobulinas ou tiveram o baço retirado, mas não responderam ao tratamento e que apresentam risco aumentado de sangramento e hemorragia.

Revolade® está indicado também para o tratamento de pacientes com baixas contagens de células do sangue causadas por Anemia Aplásica Severa (AAS) adquirida:

  • Pacientes adultos e pediátricos acima de 6 anos, em combinação com a terapia padrão (também chamada de terapia imunossupressora padrão) como o primeiro tratamento para AAS;
  • Pacientes adultos que não apresentaram resposta à terapia imunossupressora prévia ou que receberam muitos tratamentos anteriormente e não sejam elegíveis ao transplante de células tronco hematopoiéticas (transplante de medula óssea).

Como o Revolade funciona?

A substância ativa de Revolade® é o eltrombopague que pertence a uma classe de medicamentos chamados agonistas dos receptores de trombopoetina. Este medicamento é utilizado para ajudar a aumentar o número de plaquetas no sangue por estimular sua produção a partir de células sanguíneas imaturas. As plaquetas são células sanguíneas que ajudam a reduzir ou prevenir sangramentos.

Quais as contraindicações do Revolade?

Não use Revolade® se você for alérgico ao eltrombopague ou a qualquer componente deste medicamento listado na seção "Qual a composição do Revolade?".

Como usar o Revolade?

Revolade® deve ser ingerido pelo menos duas horas antes ou quatro horas depois de quaisquer produtos, como antiácidos (remédios para digestão/estômago), laticínios (leite, queijos, manteiga) ou suplementos minerais, que contenham cátions polivalentes (por exemplo: alumínio, cálcio, ferro, magnésio, selênio e zinco).

Revolade® pode ser ingerido com alimentos que contém pouco (<50 mg) ou, de preferência, nenhum cálcio.

Populações especiais

Problemas no fígado

Revolade® não deve ser usado em pacientes com PTI e que apresentam problemas no fígado a não ser que a melhora da doença com o tratamento seja mais importante que o risco identificado de um bloqueio na principal veia do fígado, chamada veia porta. Se o tratamento em pacientes com PTI e que apresentam problemas no fígado for considerado necessário, deve-se usar a dose inicial de 25mg uma vez ao dia de Revolade®. Após iniciar o tratamento com Revolade® em pacientes com problemas no fígado, deve-se aguardar 3 semanas antes de se aumentar a dose.

Para pacientes com anemia aplásica severa e problemas no fígado, o médico iniciará o tratamento com Revolade® na dose de 25 mg uma vez por dia.

Problemas nos rins

Não é necessário o ajuste da dose em pacientes com problemas nos rins. No entanto, devido à limitada experiência clínica, os pacientes com comprometimento da função dos rins devem usar Revolade® com cuidado e fazendo exames de sangue e urina, por exemplo, testando creatinina sérica e/ou análise de urina, com frequência.

A segurança e a eficácia de Revolade® não foram testadas em pacientes com problemas nos rins moderado a grave que também apresentavam problemas no fígado.

Idosos - 65 anos ou mais (todas as indicações)

São limitados os dados existentes sobre o uso de Revolade® em indivíduos com 65 anos ou mais. Deve-se ter precaução nestes pacientes.

Crianças (acima de 6 anos) e adolescentes

Revolade® pode ser usado em crianças acima de 6 anos com púrpura trombocitopênica idiopática (PTI).

Revolade® não é recomendado para crianças com baixa contagem sanguínea causada por anemia aplásica severa (AAS) quando outros medicamentos para o tratamento da AAS não apresentaram o resultado esperado.

Revolade® pode ser utilizado com terapia imunossupressora padrão em crianças e adolescentes com idade entre os 6 e 17 anos como primeiro tratamento para anemia aplásica severa.

Se estiver tomando Revolade® com terapia imunossupressora padrão como tratamento de primeira linha para AAS, pare de tomar Revolade® após 6 meses. Seu médico pode aconselhá-lo a interromper o tratamento mais cedo.

Posologia do Revolade


Sempre tome Revolade® exatamente como seu médico prescreveu.

A dosagem de Revolade® tem de ser individualizada, com base na contagem de plaquetas do sangue do paciente.

Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)

Adultos e Crianças acima de 6 anos

A dose inicial recomendada de Revolade® é de 50 mg (1 comprimido de 50 mg ou 2 comprimidos de 25 mg) uma vez ao dia.

Para pacientes que tem parentesco com pessoas de origem asiática (como chineses, japoneses, taiwaneses e coreanos), e também aqueles com problemas no fígado, Revolade® deve ser iniciado com uma dose de 25 mg uma vez ao dia.

Monitoramento e ajuste de dose

Após iniciar o tratamento com Revolade®, a dose pode ser aumentada para atingir e manter a contagem de plaquetas > 50.000/ microL, para redução do risco de sangramento. Não exceder a dose de 75mg uma vez ao dia.

A dose deve ser modificada com base na contagem plaquetária, conforme descrito na Tabela 1.

Durante o tratamento com Revolade® recomenda-se a realização semanal de exame de sangue:

Hemograma completo, incluindo a contagem de plaquetas e exame de lâmina, de modo que os resultados sejam avaliados até que a estabilização da contagem de plaquetas seja alcançada (> 50.000/microL por pelo menos 4 semanas). Após a estabilização da contagem de plaquetas (> 50.000/microL por pelo menos 4 semanas) recomenda-se a realização, mensal, de hemograma completo, incluindo a contagem de plaquetas e exame de lâmina.

O menor esquema de dose efetiva para manutenção da contagem de plaquetas deve ser utilizado, conforme clinicamente indicado.

Tabela 1 – Ajuste de Dose de Revolade® em pacientes com PTI:

Contagem de Plaquetas

Ajuste de dose ou resposta

Menor que 50.000/microL após pelo menos 2 semanas de tratamento

Aumentar a dose diária em 25mg para até o máximo de 75mg/dia#

Maior que 200.000/microL a 400.000/microL

Reduzir a dose diária em 25mg. Aguardar 2 semanas para avaliar os efeitos desta redução e a necessidade de qualquer ajuste de dose subsequente

Maior que 400.000/microL

Descontinuar o tratamento com Revolade®; aumentar a frequência do exame de sangue, hemograma para medir as plaquetas para 2 vezes por semana*. Quando o número de plaquetas atingir uma contagem menor que 150.000/microL, reiniciar o tratamento na menor dose diária *

# - Para pacientes tomando 25 mg de eltrombopague em dias alternados, aumentar a dose para 25 mg uma vez ao dia.
* - Para pacientes tomando 25 mg de eltrombopague uma vez ao dia, considerar utilizar 25 mg em dias alternados.

O ajuste da dose normal, seja para diminuir ou aumentar, seria de 25 mg uma vez ao dia. No entanto, em alguns pacientes, uma combinação de diferentes dosagens dos comprimidos em dias diferentes ou uma menor frequência de dose pode ser necessária.

Depois de qualquer ajuste da dose de Revolade®, seu médico passará exames para medir a contagem plaquetária, pelo menos semanalmente, por duas a três semanas. O efeito de qualquer aumento de dose sobre a resposta de plaquetas só pode ser avaliado após duas semanas, pelo menos. Pacientes com cirrose hepática (ex: insuficiência hepática), devem esperar três semanas antes de aumentar a dose.

Descontinuação

O tratamento com Revolade® deve ser parado, conforme orientação do seu médico, após 4 semanas de tratamento na dose máxima de 75mg uma vez ao dia, caso o número de contagem de plaquetas não aumente o suficiente para evitar casos de sangramento importante.

Anemia Aplásica Severa (AAS) em primeira linha

A dose inicial recomendada de Revolade® para pacientes com AAS quando administrada com terapia imunossupressora padrão como o primeiro tratamento é:

Adultos e adolescentes (12 a 17 anos)

150 mg, uma vez ao dia, durante 6 meses. Se você é de origem asiática (chinesa, japonesa, taiwanesa, tailandesa ou coreana), você deve administrar 75 mg, uma vez ao dia, por 6 meses.

Crianças de 6 a 11 anos

75 mg, uma vez ao dia, durante 6 meses. Crianças de origem asiática (chinesa, japonesa, taiwanesa, tailandesa ou coreana) devem receber 37,5 mg uma vez ao dia por 6 meses. Dadas as apresentações de Revolade® disponíveis no país, para pacientes pediátricos cuja dose recomendada é de 37,5 mg de eltrombopague uma vez ao dia, deve ser tomado um comprimido de 25 mg todos os dias. Em dias alternados, adicionar mais um comprimido de 50 mg. Ou seja, em um dia tomar apenas 1 comprimido de 25 mg, no dia seguinte tomar 1 comprimido de 25 mg + 1 comprimido de 50 mg, no dia seguinte tomar novamente apenas 1 comprimido de 25 mg, e assim por diante.

Você não deve tomar uma dose maior de Revolade® do que o seu médico lhe prescreveu.

O seu médico determinará a dose recomendada de terapia imunossupressora.

Anemia Aplásica Severa (AAS) refratária

Adultos

A dose inicial recomendada de Revolade® para pacientes previamente tratados e que tiveram recidiva é de 50 mg (1 comprimido de 50 mg ou 2 comprimidos de 25 mg) uma vez ao dia.

Para pacientes que tem parentesco com pessoas nascidas no leste asiático (como chineses, japoneses, taiwaneses e coreanos), e também aqueles com problemas no fígado, Revolade® deve ser iniciado com uma dose de 25 mg uma vez ao dia. O tratamento não deve ser iniciado quando o exame de avaliação citogenética apresentar alteração no cromossomo 7.

O seu médico pode ajustar a dose de Revolade® em incrementos de 50 mg a cada 2 semanas, conforme necessário, para a contagem de plaquetas atingir ≥ 50.000/μL. Não exceder a dose de 150 mg por dia. Os testes hematológicos e hepáticos devem ser monitorados regularmente ao longo do tratamento com Revolade® e o regime de dose modificado com base na contagem de plaquetas, conforme descrito na Tabela 2.

Tabela 2 – Ajuste de Dose de Revolade® em pacientes com AAS:

Contagem de Plaquetas Ajuste de dose ou resposta
Menor que 50.000/microL após pelo menos 2 semanas de tratamento O médico pode aumentar a dose diária de 50 mg até o máximo de 150 mg/dia. Para pacientes que tem parentesco com pessoas nascidas no leste asiático (como chineses, japoneses, taiwaneses e coreanos), e também aqueles com problemas no fígado que utilizam a dose de 25 mg uma vez por dia, o médico pode aumentar a dose para 50 mg uma vez por dia antes de ajustar a dose em incrementos de 50 mg
Maior ou igual que 200.000/microL a menor ou igual que 400.000/microL O médico pode indicar a redução da dose diária de 50mg. Aguarde 2 semanas para avaliar os efeitos desta redução e qualquer ajuste de dose subsequente
Maior que 400.000/microL O médico recomendará a interrupção do tratamento com Revolade® por pelo menos 1 semana. Uma vez atingida a contagem de plaquetas menor que 150.000/microL, ele indicará o reinício do tratamento na dose reduzida de 50 mg
Maior que 400.000/microL após 2 semanas de tratamento na dose mais baixa de Revolade® O médico recomendará a descontinuação do tratamento com Revolade®

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Revolade?

Se você esquecer-se de tomar o medicamento, não tome uma dose duplicada para repor a que foi esquecida. Apenas siga com o tratamento, tomando-o normalmente no dia seguinte.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Revolade?

Siga cuidadosamente todas instruções de seu médico. Elas podem ser diferentes da informação geral contida nesta bula.

  • Há risco de alteração nos exames de sangue que avaliam a função do fígado, e medem a toxicidade e a lesão no fígado, sendo potencialmente fatal;
  • Há risco de complicações trombóticas e tromboembólicas;
  • Há risco de sangramento após a suspensão de tratamento com Revolade®;
  • Há risco de progressão de malignidades hematológicas existentes;
  • Há risco de catarata.

Se algo se aplicar a você, converse com seu médico, farmacêutico ou cuidador antes de iniciar o tratamento com Revolade®:

  • Se você faz tratamento com quimioterapia;
  • Se você tem síndrome mielodisplásica (SMD);
    • Seu médico irá fazer testes para verificar que você não tem esta condição sanguínea antes de iniciar Revolade®. Se você tem SMD e usa Revolade®, sua SMD pode piorar.
  • Se você tem algum problema no fígado, pode precisar reduzir a dose de Revolade®;
  • Se você apresenta fator de risco conhecido de tromboembolismo, como condições chamadas Fator V Leiden, deficiência ATIII, síndrome antifosfolipoide. Você pode ter um alto risco de coágulos sanguíneos se tiver idade avançada, ficar por longos períodos na cama, se você tem câncer, se você está utilizando medicamento contraceptivo ou terapia de reposição hormonal, se você passou por uma cirurgia recentemente ou sofreu alguma lesão física, se você está acima do peso (obeso), se você é fumante ou se você tem doença do fígado crônica avançada;
    • Você não deve usar Revolade® a menos que seu médico considere que os benefícios esperados superam o risco de coágulos sanguíneos.
  • Se você tem histórico de catarata;
  • Se você possui outra condição sanguínea, como síndrome mielodisplásica (SMD). O seu médico irá realizar testes para verificar se você não possui esta condição de sangue antes de começar Revolade®. Se você possui SMD e toma Revolade®, seu SMD pode piorar;
  • Se você faz uso de algum outro medicamento;
  • Se você está grávida, pretende engravidar ou está amamentando.

Converse com seu médico, farmacêutico ou cuidador imediatamente se você sentir algum desses sintomas durante o uso de Revolade®:

  • Se você apresentar sintomas causados por coágulo de sangue na perna, como inchaço ou dor/sensibilidade de uma das pernas;
  • Se você apresentar sintomas causados por problemas de fígado, como amarelamento da pele ou do branco dos olhos (icterícia), escurecimento incomum da urina, cansaço incomum, dor no estômago.

Monitoramento durante o tratamento com Revolade®

No início da terapia, sua contagem de plaquetas e outros parâmetros sanguíneos, como algumas enzimas hepáticas, precisam ser monitorados com frequência.

Em estudos com animais, verificou-se que Revolade® causou o desenvolvimento de catarata (visão embaçada).

O seu médico pode recomendar a monitorização da sua função hepática antes e durante o tratamento.

O tratamento com Revolade® deve ser feito com cautela em pacientes com doença no fígado.

Exame da visão

Seu médico irá recomendar que você realize exames para catarata como parte dos testes de visão de rotina. Se você não realiza exames de visão de rotina, seu médico deve providenciar exames regulares para catarata. Você também deverá ser avaliado quanto à ocorrência de qualquer sangramento do vaso sanguíneo em torno/ou na sua retina (camada de células sensíveis à luz na parte de trás do seu olho).

Você precisará de exames de sangue regulares

Antes de iniciar Revolade®, seu médico irá realizar exames de sangue para verificar suas células sanguíneas, incluindo as plaquetas. Esses exames serão repetidos em intervalos, enquanto você estiver utilizando Revolade®.

Exames de sangue para função do fígado

Revolade® pode causar aumento de algumas enzimas do fígado no sangue, especialmente bilirrubina e transaminases alanina/aspartato. Isto pode ser um sinal de que seu fígado está sendo danificado.

Há um risco aumentado de reações adversas, incluindo problemas no fígado potencialmente fatais e coágulos sanguíneos, em pacientes com baixo número de plaquetas e doença hepática crônica, uma doença de longa duração/crônica ou recorrente que resulta em dano ao fígado reduzindo a seu funcionamento. Se o médico considerar que os benefícios do tratamento superam os riscos, você será monitorado rigorosamente durante o seu tratamento.

Você fará exames de sangue para verificar a função do seu fígado antes de iniciar o uso de Revolade® e em intervalos enquanto você estiver utilizando-o. Você precisará parar de utilizar Revolade® se a quantidade dessas substâncias aumentar muito, ou se você estiver com sinais físicos de danos no fígado.

Exames de sangue para contagem de plaquetas

Se você para de usar Revolade® a sua contagem de plaquetas poderá diminuir novamente dentro de alguns dias. Sua contagem de plaquetas será monitorada e, seu médico irá discutir as precauções apropriadas com você.

Se você tem uma alta contagem de plaquetas no sangue, isto pode aumentar o risco de coagulação sanguínea. Entretanto, coágulos sanguíneos podem ocorrer com contagem normal ou até baixa de plaquetas. Seu médico irá ajustar a sua dose de Revolade® para garantir que a sua contagem de plaquetas não se torne tão alta.

Procure ajuda médica imediatamente se você possui alguns desses sinais de um coágulo sanguíneo:

  • Inchaço, dor ou sensibilidade em uma perna;
  • Falta de ar súbita, especialmente em conjunto com dor aguda no peito ou respiração rápida;
  • Dor abdominal (estômago), abdômen aumentado, sangue nas suas fezes.

Perda de resposta

Em caso de perda de resposta ou falha na manutenção da resposta plaquetária no tratamento com eltrombopague dentro da faixa de dose recomendada o seu médico deve prontamente pesquisar dos fatores causais.

Se você tem anemia aplásica severa, podem ocorrer outros distúrbios da medula óssea. Seu médico pode monitorar a AAS para esses eventos.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Não houve estudos que investigassem o efeito de Revolade® sobre o desempenho na direção ou sobre a capacidade de operar máquinas. Não se prevê um efeito nocivo em tais atividades, tendo-se em vista a farmacologia do eltrombopague. Seu médico levará em conta suas condições clínicas e o perfil de eventos adversos durante o uso de Revolade® ao considerar sua capacidade de desempenhar tarefas que requeiram discernimento e habilidades motoras e cognitivas.

Gravidez e amamentação

O eltrombopague não foi teratogênico (isto é, não produziu dano ao embrião ou feto durante a gravidez) quando estudado em ratas e coelhas prenhas; causou baixa incidência de costela cervical supranumerária (uma anomalia fetal) e redução do peso corporal fetal em doses que se mostraram tóxicas para a mãe. Não há estudos adequados e bem controlados com Revolade® em mulheres grávidas. O efeito sobre a gravidez humana é desconhecido. Revolade® somente deve ser usado durante a gravidez se os benefícios esperados justificarem o risco potencial para o feto.

Se você está grávida, acredita que pode estar grávida ou planeja engravidar, informe ao seu médico antes de tomar este medicamento.

Se você engravidar durante o tratamento com Revolade®, informe seu médico imediatamente.

Não se sabe se eltrombopague é eliminado no leite humano. Revolade® não é recomendado para uso por mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios esperados justifiquem o risco potencial para o bebê.

Mulheres férteis e pacientes do sexo masculino

Revolade® pode prejudicar o feto. Se você é uma mulher que está no período fértil, você deve usar anticoncepcional enquanto estiver tomando Revolade® e por pelo menos 7 dias depois de parar de tomar Revolade®. Pergunte ao seu médico sobre opções efetivas de contracepção.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Revolade?

Como todo medicamento, Revolade® pode provocar efeitos indesejáveis.

As reações adversas graves mais importantes, identificadas nos estudos clínicos foram toxicidade do fígado e alterações na coagulação.

É importante falar com o médico se você desenvolver os sintomas a seguir.

Maior risco de formação de coágulos sanguíneos

Certas pessoas podem ter um risco maior de formação coágulos de sangue e medicamentos como Revolade® podem piorar este problema. O bloqueio repentino de um vaso sanguíneo por um coágulo de sangue é um efeito colateral incomum e pode afetar até 1 em cada 100 pessoas.

Se você desenvolver sinais e sintomas de coágulo sanguíneo, como:

  • Inchaço, dor ou sensibilidade em uma perna;
  • Falta de ar súbita especialmente em conjunto com dor aguda no peito ou respiração rápida;
  • Dor abdominal (estômago), abdômen aumentado, sangue nas suas fezes.

Procure ajuda médica imediatamente.

Problemas com o seu fígado

Revolade® pode causar alterações que aparecem em exames de sangue, e podem ser sinais de danos hepáticos. Problemas no fígado ocorrem comumente e podem afetar até 1 em 10 pessoas.

Problemas no fígado incluem:

Aumento do nível de substâncias (enzimas) produzidas pelo fígado e bile produzida pelo fígado para ajudar na digestão de alimentos não fluindo corretamente (colestase) ocorrem com pouca frequência e podem afetar até 1 em 100 pessoas.

Fale com seu médico imediatamente se você possui algum desses sinais e sintomas de problemas hepáticos:

  • Amarelamento da pele ou da parte branca dos olhos (icterícia);
  • Urina de cor escura não usual.

Sangramento ou hematoma após parar o tratamento

Dentro de duas semanas após parar o tratamento com Revolade®, sua contagem de plaquetas no sangue normalmente irá cair para o que os valores que tinha antes de você começar a tomar Revolade®. A contagem de plaquetas mais baixa pode aumentar o risco de hemorragias ou hematomas. O seu médico irá verificar a sua contagem de plaquetas durante pelo menos 4 semanas depois de parar de tomar Revolade®.

Algumas pessoas podem ter problemas com hemorragias no sistema digestivo após a descontinuação de peginterferon, ribavirina e Revolade®.

Fale com o seu médico se:

  • Você apresentar fezes negras (isto pode ser um sinal de hemorragia gastrointestinal. Evacuações descoloridas é um efeito colateral raro que pode afetar até 1 em cada 100 pessoas);
  • Você apresentar sangue nas fezes;
  • Você vomitar sangue ou vomitar material que se parece com borra de café.

Informe o seu médico se você apresentar qualquer ferimento ou sangramento após parar de tomar Revolade®.

Os seguintes efeitos colaterais têm sido associados ao uso de Revolade® no tratamento de pacientes com púrpura trombocitopênica idiopática:

Alguns efeitos colaterais podem ser graves:

Pare de tomar Revolade® e procure ajuda médica imediatamente se você tiver os seguintes efeitos colaterais graves.

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  •  Dor nas costas.
Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Coágulos de sangue (eventos tromboembólicos);
  • Sensação de enjoo (náusea);
  • Diarreia;
  • Cristalino opaco nos olhos (catarata);
  • Olhos secos;
  • Perda de cabelo ou enfraquecimento não usuais;
  • Manchas na pele;
  • Coceira;
  • Dor muscular, espasmos musculares;
  • Dor nos ossos;
  • Formigamento ou dormência das mãos ou pés;
  • Ciclo ou período menstrual intenso;
  • Feridas (aftas) na boca.
Reações comuns que podem aparecer em exames de sangue
  • Aumento das enzimas hepáticas (aspartato e alanina transaminases);
  • Aumento dos níveis de bilirrubina (uma substância produzida pelo fígado);
  • Aumento dos níveis de algumas proteínas.
Reações incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
  • Interrupção do fornecimento de sangue a uma parte do coração, ataque cardíaco;
  • Falta de ar súbita, especialmente quando acompanhado de dor aguda no peito e/ou respiração rápida, que podem ser sinais de um coágulo de sangue nos pulmões;
  • A perda de função de parte do pulmão causada por um bloqueio na artéria pulmonar;
  • Coração batendo mais rápido, batimento cardíaco irregular, descoloração azulada da pele;
  • Problemas no fígado, incluindo a possibilidade de apresentar olhos e pele de coloração amarelada;
  • Distúrbios do ritmo cardíaco (prolongamento do intervalo QT);
  • Inflamação de uma veia;
  • Inchaço localizado cheio de sangue a partir de uma ruptura em um vaso sanguíneo (hematoma);
  • Dor de garganta e desconforto ao engolir, inflamação dos pulmões, seios nasais, amígdalas, nariz e garganta;
  • Gripe (influenza);
  • Pneumonia;
  • Perda de apetite;
  • Inchaços dolorosos nas articulações causados por ácido úrico (gota);
  • Problemas de sono, depressão, falta de interesse, alterações de humor;
  • Sonolência, problemas com equilíbrio, fala e função nervosa, enxaqueca, agitação;
  • Problemas oculares, incluindo visão turva e menos clara;
  • Dor de ouvido, sensação de rotação (vertigem);
  • Problemas com o nariz, garganta e seios nasais, problemas respiratórios durante o sono;
  • Problemas do sistema digestivo, incluindo: estar enjoado (vômitos), flatulência, evacuações frequentes, dor de estômago e sensibilidade;
  • Intoxicação alimentar;
  • Câncer de reto;
  • Problemas bucais, incluindo língua sensível, boca seca ou ferida, sangramento nas gengivas;
  • Alterações de pele, incluindo, transpiração excessiva, erupção irregular com coceira, manchas vermelhas, mudanças na aparência;
  • Queimaduras solares;
  • Vermelhidão ou inchaço em torno de uma ferida;
  • Sangramento em torno de um cateter na pele;
  • Sensação de corpo estranho;
  • Fraqueza muscular;
  • Problemas renais, incluindo: inflamação do rim, urina excessiva durante a noite, insuficiência renal, infecção do trato urinário;
  • Células brancas na urina;
  • Mal-estar geral (mal-estar), alta temperatura, sensação de estar quente, dor no peito;
  • Suor frio;
  • Gengivite (inflamação da gengiva):
  • Infecção de pele.
  • Lesão no fígado relacionada ao medicamento.
Reações incomuns que podem aparecer em exames de sangue
  • Diminuição do número de células vermelhas do sangue (anemia), glóbulos brancos e plaquetas;
  • Aumento do número de células vermelhas do sangue;
  • Mudanças na composição do sangue;
  • Alterações nos níveis de ácido úrico, de potássio e de cálcio.

Outras possíveis reações adversas em crianças com PTI

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Dor de garganta, coriza, congestão nasal e espirros;
  • Infecção no nariz, seios nasais, garganta e vias aéreas superiores, gripe comum (infecção do trato respiratório superior);
  • Diarreia.

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Dificuldade para dormir (insônia);
  • Dor abdominal;
  • Dor de dente;
  • Tosse;
  • Dor no nariz e garganta;
  • Coceira no nariz, coriza ou entupimento do nariz;
  • Febre.

Se você apresentar qualquer um desses sintomas, avise seu médico imediatamente. Eles podem persistir depois que você interromper o uso de Revolade®.

Se qualquer um dos sintomas listados nesta bula se agravar, ou se você tiver algum sintoma que não tenha sido relacionado aqui, informe seu médico.

Os seguintes efeitos colaterais têm sido associados ao uso de Revolade® no tratamento de primeira linha em pacientes com Anemia Aplásica Severa (AAS) que não tiveram terapia imunossupressora definitiva prévia:

Reações muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Aumento de enzimas hepáticas;
  • Bilirrubina aumentada (uma substância produzida pelo fígado).

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Náusea;
  • Erupção cutânea;
  • Alteração da cor da sua pele, incluindo uma coloração mais intensa (hiperpigmentação da pele) ou menos intensa (descoloração).

Se estes efeitos secundários se agravarem, informe o seu médico.

Os seguintes efeitos colaterais têm sido associados ao uso de Revolade® no tratamento de pacientes com Anemia Aplásica Severa (AAS) quando outros medicamentos para o tratamento da AAS não apresentaram o resultado esperado:

Reações muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Tosse, dor de cabeça, falta de ar (dispneia);
  • Dor no nariz e garganta, corrimento nasal (rinorreia);
  • Dor abdominal, diarreia, náuseas;
  • Hematomas (equimoses), dor nas articulações (artralgia);
  • Espasmos musculares, dor nas extremidades (braços, pernas, mãos e pés);
  • Tonturas, fadiga (sentir-se muito cansado), febre;
  • Insônia (dificuldade de dormir);
  • Aumento de algumas enzimas do fígado (transaminases).

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Ansiedade, depressão, sensação de frio, mal-estar;
  • Problemas oculares, incluindo: visão turva, catarata, manchas ou depósitos nos olhos (flocos vítreos), olho seco, coceira no olho, amarelamento do branco dos olhos ou da pele;
  • Sangramento do nariz (epistaxe), sangramento das gengivas, bolhas na boca;
  • Problemas do sistema digestivo, incluindo: vômitos, mudança no apetite (aumento ou diminuição) dor de estômago/desconforto, estômago inchado, gases intestinais passageiros, mudança na cor das fezes;
  • Desmaios;
  • Problemas de pele, incluindo: pequena mancha vermelha ou roxa causada por hemorragia na pele (petéquias); erupção cutânea, coceira, lesão de pele;
  • Dor nas costas, dor muscular, dor óssea, fraqueza (astenia);
  • Inchaço dos tecidos, usualmente nos membros inferiores, devido ao acúmulo de fluidos;
  • Urina de cor anormal;
  • Interrupção no fornecimento de sangue para o baço (infarto do baço);
  • Aumento das enzimas devido à degradação muscular (creatinina fosfoquinase);
  • Acúmulo de ferro no organismo (sobrecarga de ferro);
  • Diminuição do número de glóbulos brancos (neutropenia);
  • Diminuição do nível de açúcar (hipoglicemia);
  • Aumento da bilirrubina (substância produzida pelo fígado).

Reação desconhecida (a frequência desta reação não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis de relatórios espontâneos)

  • Amarelamento ou escurecimento da pele (descoloração da pele).

Dados Pós-Comercialização

A reação adversa a seguir foi relatada durante o uso de Revolade® após a aprovação do registro.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

  • Coágulos em pequenos vasos sanguíneos, o que pode prejudicar órgãos como os rins (microangiopatia trombótica com insuficiência renal aguda).

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.

Apresentações do Revolade

Comprimidos revestidos 25 mg e 50 mg

Cartuchos com 14 comprimidos.

Via oral.

Uso adulto e pediátrico acima de 6 anos.

Qual a composição do Revolade?

Cada comprimido revestido de Revolade® 25 mg contém:

25 mg de eltrombopague como ácido livre equivalente a 31,9 mg de eltrombopague olamina1.

Excipientes: celulose microcristalina, povidona k30, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, manitol, hipromelose*, dióxido de titânio*, macrogol 400*, polissorbato 80*.

Cada comprimido revestido de Revolade® 50 mg contém:

50 mg de eltrombopague como ácido livre equivalente a 63,8 mg de eltrombopague olamina1

Excipientes: celulose microcristalina, povidona k30, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, manitol, hipromelose*, dióxido de titânio*, macrogol 400*, óxido de ferro amarelo*, óxido de ferro vermelho*.

1 Eltrombopague olamina é o sal bis-monoetanolamina de eltrombopague (ácido livre).
*Composição do revestimento.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Revolade maior do que a recomendada?

Se acidentalmente você tomar medicamento a mais, fale com seu médico ou entre em contato com o departamento de emergência do hospital mais próximo para obter instruções. Recomenda-se monitoramento para todos os sinais ou sintomas dos efeitos colaterais para que você receba o tratamento apropriado imediatamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Revolade com outros remédios?

Informe o seu médico, enfermeiro ou farmacêutico se estiver tomando, tomou recentemente ou possa tomar quaisquer outros medicamentos, incluindo os medicamentos que você usa sem prescrição médica e vitaminas.

Existem certos grupos de medicamentos, incluindo medicamentos com e sem prescrição e vitaminas que interagem com Revolade® que não deverão ser tomados ao mesmo tempo ou que precisarão ter sua dose ajustada durante o tratamento com Revolade®.

Esses medicamentos incluem alguns produtos nos seguintes grupos:

  • Medicamentos antiácidos, utilizado para problemas digestivos (no estômago);
  • Estatinas, utilizado para reduzir altos níveis de colesterol e triglicerídeos;
  • Suplementos minerais (cálcio, ferro, alumínio, a combinação de várias substâncias nas vitaminas, etc);
  • Laticínios (derivados do leite) de alto valor calórico ou gorduroso;
  • Medicamentos como metotrexato e topotecana, utilizados para tratar câncer.

Existem certos grupos de medicamentos, que requerem monitoramento adicional das plaquetas. Estes medicamentos incluem:

Converse com o seu médico se você também estiver tomando medicamentos para prevenir a formação de coágulos sanguíneos (medicamentos anticoagulantes ou antiplaquetários), pois há um risco aumentado de sangramento. Se você estiver tomando corticosteroides, danazol e/ou azatioprina você poderá precisar reduzir a dose ou parar de tomar estes medicamentos enquanto estiver tomando Revolade®. Se você precisa de alguma dessas medicações e não há um substituto disponível, discuta isso com seu médico.

Pergunte também ao seu médico ou farmacêutico caso não tenha certeza se o seu medicamento é um dos listados acima.

Interações com alimentos e bebidas

Revolade® é afetado pela ingestão de cálcio. Não tome Revolade® com alimentos ricos em cálcio. Revolade® pode ser tomado com alimentos com baixo teor de cálcio, tais como:

  • Frutas como abacaxi, uva passa e morango;
  • Presunto magro, frango ou carne;
  • Suco de fruta não fortificado, leite de soja e grãos (não fortificado significa que não há adição de cálcio, magnésio ou ferro).

Discuta este assunto com seu médico ou farmacêutico. Eles poderão aconselhar sobre as refeições mais adequadas a serem consumidas enquanto estiver tomando Revolade®.

Não tome Revolade® durante 2 horas antes ou 4 horas depois de tomar:

  • Medicamentos antiácidos para tratar a indigestão;
  • Suplementos minerais, tais como alumínio, cálcio, ferro, magnésio, selênio ou zinco;
  • Lacticínios.

Se você fizer isso, o medicamento não será absorvido corretamente em seu corpo.

Uma maneira de evitar qualquer problema com esses produtos seria ingeri-los pela manhã e tomar Revolade® à noite.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Interação Alimentícia: posso usar o Revolade com alimentos?

A administração de uma dose única de 50 mg de Eltrombopague Olamina com um desjejum padrão com alto teor de calorias e gordura, que inclua laticínios, resultou em redução da AUC0-∞ de eltrombopague em 59% (IC 90%: 54%; 64%) e da Cmáx em 65% (IC 90%: 59%; 70%).

Alimentos com baixo teor de cálcio (< 50 mg de cálcio), incluindo frutas, presunto magro, carne e suco de frutas não-enriquecido (sem a adição de cálcio, magnésio, ferro), leite de soja não-enriquecido e grãos não-enriquecidos não afetaram de maneira significativa a exposição plasmática de eltrombopague, independentemente do teor de calorias e gordura.

Qual a ação da substância do Revolade?

Resultados de Eficácia


Estudos clínicos

Estudos de Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) de origem imune

A eficácia de Eltrombopague Olamina foi demonstrada em dois estudos fase III randomizados, duplo-cegos, controlados com placebo (TRA102537 RAISE e TRA100773B) e em dois estudos abertos (REPEAT TRA108057 e EXTEND TRA105325) em pacientes adultos com PTI crônica previamente tratados. Todos os estudos tinham pacientes com características demográficas das populações de pacientes com PTI crônica, no que tange a raça, cor e sexo, com a maioria dos pacientes sendo brancos e aproximadamente dois terços sendo mulheres.

Estudos duplo-cegos controlados com placebo

TRA102537

No estudo RAISE, o desfecho primário de eficácia foi a probabilidade de atingir uma contagem plaquetária ≥50.000/microL e ≤400.000/microL durante o período de tratamento de seis meses em pacientes que receberam Eltrombopague Olamina em comparação a placebo. Cento e noventa e sete pacientes foram randomizados na proporção de 2:1 de Eltrombopague Olamina (n=135) para placebo (n=62) e estratificados com base no status de esplenectomia, uso de medicação para PTI na avaliação basal e contagem plaquetária basal. Os pacientes receberam a medicação do estudo por até seis meses, durante os quais a dose de Eltrombopague Olamina podia ser ajustada com base nas contagens plaquetárias individuais. Todos os pacientes iniciaram o tratamento com Eltrombopague Olamina 50 mg. Do dia 29 até o final do tratamento, 15 a 28% dos pacientes tratados com Eltrombopague Olamina foram mantidos com ≤ 25 mg e 29 a 53% receberam 75 mg. Além disso, os pacientes podiam ter as doses das medicações concomitantes para a PTI reduzidas e receber tratamento de resgate, conforme as recomendações ditadas pelos padrões locais de cuidados médicos (standard of care). As contagens plaquetárias medianas basais foram 16.000/microL para ambos os grupos.

A probabilidade de atingir uma contagem plaquetária entre 50.000/microL e 400.000/microL durante o período de tratamento de seis meses foi oito vezes mais alta nos pacientes tratados com Eltrombopague Olamina do que nos que receberam placebo (odds ratio [OR] = 8,2; IC de 99%: 3,59-18,73; p<0,001). As contagens plaquetárias medianas foram mantidas em mais de 50.000/microL em todas as visitas durante o tratamento, a começar pelo dia 15, no grupo de Eltrombopague Olamina. Em contraste, no grupo de placebo elas permaneceram abaixo de 30.000/microL ao longo do estudo. Na avaliação basal, 77% dos pacientes do grupo de placebo e 73% dos pacientes do grupo de Eltrombopague Olamina relataram qualquer sangramento (de graus 1-4 da OMS). Sangramento clinicamente significativo (de graus 2-4 da OMS) na avaliação basal foi relatado em 28% e 22% dos pacientes nos grupos de placebo e Eltrombopague Olamina, respectivamente. A proporção de pacientes com qualquer sangramento (de graus 1-4) e sangramento clinicamente significativo (de graus 2-4) diminuiu em relação à avaliação basal em aproximadamente 50% ao longo de todo o período de tratamento de seis meses em pacientes que receberam Eltrombopague Olamina. Na comparação com o grupo de placebo, a probabilidade de qualquer sangramento (de graus 1-4) e a de sangramento clinicamente significativo (de graus 2- 4) foram, respectivamente, 76% e 65% mais baixas em pacientes tratados com Eltrombopague Olamina em relação àqueles que receberam placebo (p<0,001).

O tratamento com Eltrombopague Olamina permitiu que um número significativamente maior de pacientes reduzisse ou descontinuasse os tratamentos basais de PTI, em comparação com placebo (59% vs 32%; p<0,016).

Um número significativamente menor de pacientes tratados com Eltrombopague Olamina necessitou tratamento de resgate, em comparação com pacientes que receberam placebo [18% vs 40%; p=0,001].

Quatro pacientes que receberam placebo e 14 tratados com Eltrombopague Olamina tiveram pelo menos um estímulo hemostático (definido como um procedimento invasivo de diagnóstico ou cirúrgico) durante o estudo. Um número menor de pacientes tratados com Eltrombopague Olamina (29%) necessitou tratamento de resgate para controlar o estímulo hemostático, em comparação com pacientes que receberam placebo (50%).

Em termos de melhorias da qualidade de vida relacionada à saúde, observaram-se melhoras significativas, em relação à avaliação basal, no grupo tratado com Eltrombopague Olamina para fadiga, incluindo o grau de impacto e severidade nas atividades diárias relacionadas à trombocitopenia [medidos pela subescala de vitalidade do SF36, o inventário de motivação e energia, e pelo extrato de seis itens da subescala de trombocitopenia do FACIT-Th]. Comparandose o grupo de Eltrombopague Olamina com o de placebo, melhoras estatisticamente significativas foram observadas nas atividades diárias relacionadas à trombocitopenia, especificamente no que se refere à motivação, à energia e à fadiga, bem como às funções físicas e emocionais e à saúde mental de modo geral. A probabilidade de melhora na qualidade de vida relacionada à saúde durante o tratamento foi significativamente maior entre pacientes tratados com Eltrombopague Olamina do que com placebo.

TRA100773B

Nesse estudo, o desfecho primário de eficácia foi a proporção de respondedores, definidos como pacientes que tiveram um aumento das contagens plaquetárias ≥50.000/microL no Dia 43 em relação a um valor basal 200.000/microL foram considerados respondedores; aqueles que descontinuaram o tratamento por qualquer outra razão foram considerados não respondedores, independente da contagem plaquetária. Cento e catorze pacientes com PTI crônica previamente tratados foram randomizados na proporção de 2:1, 76 para Eltrombopague Olamina e 38 para placebo. Todos os pacientes iniciaram o tratamento com Eltrombopague Olamina 50 mg. Do dia 22 até o final do tratamento, 6 a 39% receberam até 75 mg. As contagens plaquetárias medianas basais foram 18.000/microL para o grupo tratado com eltrombopague e 17.000/microL para o grupo tratado com placebo, respectivamente.

Cinquenta e nove por cento dos pacientes tratados com Eltrombopague Olamina responderam ao tratamento, em comparação com 16% dos que receberam placebo. A probabilidade de resposta foi 9 vezes mais alta com Eltrombopague Olamina do que com placebo (OR=9,6; IC de 95%: 3,31-27,86; p15.000/microL) na ocasião da randomização, a resposta a Eltrombopague Olamina foi similar à observada com placebo. Nos estudos RAISE e TRA100773B, no subgrupo de pacientes PTI com contagem plaquetária basal ≤15.000/microL, a contagem plaquetária mediana não atingiu o nível alvo (>50.000/microL), apesar de em ambos os estudos, 43 % desses pacientes tratados com Eltrombopague Olamina responderam após 6 semanas de tratamento. Adicionalmente, no estudo RAISE, 42% dos pacientes com contagem plaquetária basal ≤ 15.000/microL tratados com Eltrombopague Olamina responderam ao final do período de 6 meses de tratamento. Quarenta e dois a 60 % dos pacientes tratados com Eltrombopague Olamina no estudo RAISE estavam recebendo 75 mg do Dia 29 até o final do tratamento.

Tabela 1: Resultados de eficácia secundários do Estudo RAISE

- Eltrombopague
N = 135

Placebo
N = 62

Endopoints secundários chave

Número de semanas cumulativas com contagem plaquetárias ≥ 50.000 – 400.00/microL, Média (DS)

11,3 (9,46)

2,4 (5,95)

Pacientes com ≥ 75% de avaliações na faixa alvo (50.000 to 400.00/microL), n (%)
Valor-P a

51 (38)

4 (7)

< 0.001

Pacientes com hemorragia (WHO Graus 1-4) em qualquer momento durante 6 meses, n (%)
Valor-P a

106 (79)

56 (93)

0.012

Pacientes com hemorragia (WHO Graus 2-4) em qualquer momento durante 6 meses, n (%)
Valor-P a

44 (33)

32 (53)

0.002

Exigindo terapia de resgate, n (%)
Valor-P a

24 (18)

25 (40)

0.001

Pacientes recebendo terapia PTI no início do estudo (n)

63

31

Os pacientes que tentaram reduzir ou interromper a terapia no início do estudo, n (%)b
Valor-P a

37 (59)

10 (32)

0.016

a Modelo de regressão logística ajustada para variáveis de aleatorização de randomização.
b 21 de 63 (33%) pacientes tratado com eltrombopague que estavam utilizando um medicamento PTI no início do tratamento permanentemente descontinuaram todos os medicamentos PTI no início do tratamento.

Tabela 2: Resultados de eficácia do Estudo TRA100773B

- Eltrombopague
N = 74

Placebo
N = 38

Endpoints primários chave

Elegível para análise de eficácia, n

73

37

Pacientes com contagem plaquetária ≥ 50.000/microL após até 42 dias de dosagem (comparada com a contagem do início do tratamento de < 30.000/microL), n (%)
Valor-P a

43 (59)

6 (16)

< 0.001

Endpoints secundários chave

Pacientes com uma avaliação de hemorragia Dia 43, n

51 30

Hemorragia (WHO Graus 1-4) n (%)
Valor-P a

206 (39)

18 (60)

0,029

a – Modelo de regressão logística ajustada para variáveis de aleatorização de randomização.

Estudos Abertos

TRA108057

O REPEAT foi um estudo aberto com doses repetidas que avaliou a eficácia, a segurança e a consistência da resposta após a administração repetida, intermitente e de curta duração de Eltrombopague Olamina durante três ciclos de tratamento de adultos com PTI crônica previamente tratados. O ciclo foi definido como um período de até seis semanas de tratamento, seguido de um período de quatro semanas sem tratamento. A duração dos períodos de terapia e pós terapia foi definida pela contagem de plaquetas do paciente. Os pacientes deveriam interromper o tratamento para que o ciclo atingisse uma contagem de plaquetas > 200/microL, ou quando atingiram a 6ª semana. Os pacientes começaram o próximo ciclo quando a contagem de plaquestas caiu abaixo de 20/microL, ou quando atingiu a 4ª semana de pós terapia. O ponto de corte primário nesse estudo foi a proporção de pacientes que atingiram uma contagem plaquetária ≥50.000/microL e pelo menos duas vezes o valor basal nos Ciclos 2 ou 3, considerando-se essa resposta no Ciclo 1.

-

Eltrombopague Olamina 50 mg (N=66)

n de pacientes avaliáveis no Ciclo 1

65

n pacientes respondedores no Ciclo 1, n (%)

52 (80)

n de pacientes avaliáveis nos Ciclos 2 ou 3, n

52

n de pacientes respondedores no Ciclo 1 e nos Ciclos 2 ou 3, n (%)

45 (87)

Proporção

0,87

IC de 95% para a proporção (métodos exatos)

(0,74-0,94)

Dos 52 pacientes que responderam ao tratamento no Ciclo 1, 33 (63%) atingiram contagem plaquetária ≥50.000/microL e pelo menos duas vezes o valor basal no Dia 8 do Ciclo 1. No Dia 15, 37 dos 47 pacientes avaliáveis (79%) atingiram esse nível de resposta.

Demonstrou-se redução de qualquer sangramento (de graus 1-4 da OMS) e do sangramento clinicamente significativo (de graus 2-4 da OMS) durante as fases de tratamento, em cada ciclo. Na visita basal do Ciclo 1, 50% dos pacientes relataram qualquer sangramento e 19% sangramento clinicamente significativo. Na visita do Dia 43 do mesmo ciclo, a proporção de pacientes com sangramento diminuiu: foi de 12% e 0%, respectivamente. Resultados similares foram observados durante os ciclos de tratamento subsequentes.

Oito pacientes controlaram com sucesso dez estímulos hemostáticos sem a necessidade de tratamento adicional para elevar as contagens plaquetárias e sem qualquer sangramento imprevisto.

TRA105325

O EXTEND foi um estudo de extensão, aberto que avaliou a segurança e a eficácia de Eltrombopague Olamina em pacientes com PTI crônica que haviam sido recrutados anteriormente em outro estudo com Eltrombopague Olamina. Neste estudo, os pacientes foram autorizados a modificar a dose da medicação em estudo, reduzi-la ou eliminar medicações concomitantes para PTI.

Eltrombopague Olamina foi administrado a 302 pacientes com PTI: 218 completaram um ano de tratamento, 180 completaram dois anos, 107 completaram 3 anos, 75 completaram 4 anos, 34 completaram 5 anos e 18 completaram 6 anos de terapia. A contagem plaquetária mediana basal foi de 19.000/microL antes da administração de Eltrombopague Olamina. As contagens medianas aos um, dois, três, quatro, cinco, seis e sete anos de estudo foram de 85.000/microL, 85.000/microL, 105,000/microL, 64,000/microL, 75,000/microL, 119,000/microL e 76,000/microL, respectivamente. A dose diária mediana de Eltrombopague Olamina global foi de 50,8 mg.

Na avaliação basal, 57% dos pacientes tinham qualquer sangramento (de graus 1-4 da OMS) e 17% apresentavam sangramento clinicamente significativo. A proporção relativa a ambos os tipos de sangramento diminuiu em aproximadamente 50% na maioria das avaliações até um ano.

Sessenta e um por cento dos pacientes que receberam a dose de uma medicação basal para PTI descontinuaram permanentemente ou reduziram de forma prolongada pelo menos uma medicação para PTI sem necessidade de tratamento de resgate subsequente. Oitenta e três por cento desses pacientes mantiveram essa descontinuação ou redução por pelo menos 24 semanas. Quarenta e seis por cento desses pacientes descontinuaram completamente pelo menos uma medicação basal para PTI sem necessidade de tratamento de resgate subsequente e 29% interromperam permanentemente todos os medicamentos de PTI sem nunca receber terapia de resgate no tratamento.

Pacientes pediátricos acima de 6 anos

A segurança e a eficácia de Eltrombopague Olamina em pacientes pediátricos com PTI crônica previamente tratada foram demonstradas em dois estudos.

TRA115450 (PETIT2)

O desfecho primário foi uma resposta plaquetária mantida, definida como a proporção de pacientes recebendo Eltrombopague Olamina, em comparação com o placebo, que atingiu contagens de plaquetas ≥ 50.000/microL por pelo menos 6 das 8 semanas (na ausência de terapia de resgate) entre as semanas 5 e 12 durante o período randomizado duplo-cego. Os pacientes foram diagnosticados com PTI crônica há pelo menos 1ano e eram refratários ou recidivantes a pelo menos uma terapia prévia para PTI ou incapaz de continuarem outros tratamentos por razão médica e tiveram contagem de plaquetas ≤ 30.000/microL. Noventa e dois pacientes foram randomizados em três faixas etárias estratificadas (proporção de 2:1) para Eltrombopague Olamina (n = 63) ou placebo (n = 29). A dose de Eltrombopague Olamina poderia ser ajustada com base na contagem individual de plaquetas.

No geral, uma proporção significativamente maior de pacientes do grupo de Eltrombopague Olamina (40%) em comparação com o grupo placebo (3%) alcançou o desfecho primário (taxa de probabilidade: 18,0 [IC de 95%: 2,3; 140,9] p <0,001) que foi semelhante nas três faixas etárias (Tabela 3).

Tabela 3: Taxas de resposta plaquetária mantida por faixa etária em pacientes pediátricos com PTI

- Eltrombopague Olamina n/N (%) [IC de 95%]

Placebo n/N (%) [IC de 95%]

Coorte 1 (12 a 17 anos)

9/23 (39%)
[20%, 61%]

1/10 (10%)
[0%, 45%]

Coorte 2 (6 a 11 anos)

11/26 (42%)
[23%, 63%]

0/13 (0%)
[N/A]

Coorte 3 (1 a 5 anos)

5/14 (36%)
[13%, 65%]

0/6 (0%)
[N/A]

Uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com Eltrombopague Olamina (75%) em comparação com placebo (21%) teve uma resposta plaquetária (pelo menos uma contagem de plaquetas ≥ 50.000/microL durante as primeiras 12 semanas de tratamento randomizado na ausência de terapia de resgate) (taxa de probabilidade: 11,7, [IC de 95%: 4,0; 34,5], p <0,001). A proporção de pacientes que responderam ao Eltrombopague Olamina no período aberto de 24 semanas (80%) foi semelhante à observada durante a parte randomizada do estudo.

Estatisticamente menos pacientes tratados com Eltrombopague Olamina exigiram tratamento de resgate durante o período randomizado, em comparação com os pacientes do grupo placebo (19% [12/63] vs. 24% [7/29], p = 0,032).

Os pacientes foram autorizados a reduzir ou descontinuar a terapia basal para PTI, apenas durante a fase aberta do estudo e 53% (8/15) dos pacientes foram capazes de reduzir (n = 1) ou descontinuar (n = 7) a terapia basal para PTI, principalmente corticosteroides, sem a necessidade de terapia de resgate.

No início do estudo, 71% dos pacientes no grupo de Eltrombopague Olamina e 69% no grupo placebo relataram qualquer sangramento (graus 1 a 4, conforme a OMS). Na semana 12, a proporção de pacientes do grupo de Eltrombopague Olamina que relatou qualquer sangramento foi reduzida para metade do basal (36%). Em comparação, na semana 12, 55% dos pacientes do grupo placebo relataram qualquer sangramento.

TRA108062 (PETIT)

O desfecho primário foi a proporção de pacientes que alcançou contagens de plaquetas ≥ 50.000/microL pelo menos uma vez entre as semanas 1 e 6 do período randomizado. Os pacientes eram refratários ou recidivantes a pelo menos uma terapia prévia para PTI com a contagem de plaquetas ≤ 30.000/microL (n= 67). Durante o período randomizado do estudo, os pacientes foram randomizados em três faixas etárias estratificadas (proporção de 2:1) para Eltrombopague Olamina (n = 45) ou placebo (n = 22). A dose de Eltrombopague Olamina poderia ser ajustada com base na contagem individual de plaquetas.

No geral, uma proporção significativamente maior de pacientes do grupo de Eltrombopague Olamina (62%) em comparação com os pacientes do grupo placebo (32%) alcançou o desfecho primário (taxa de probabilidade: 4,3 [IC de 95%: 1,4; 13,3] p = 0,011). A Tabela 4 mostra a resposta plaquetária nas três faixas etárias.

Tabela 4: Taxas de resposta plaquetária em pacientes pediátricos com PTI crônica

- Eltrombopague Olamina n/N (%) [IC de 95%]

Placebo n/N (%) [IC de 95%]

Coorte 1 (12 a 17 anos)

10/16 (62%)
[35%, 85%]

0/8 (0%)
[N/A]

Coorte 2 (6 a 11 anos)

12/19 (63%)
[44%, 90%]

3/9 (33%)
[7%, 70%]

Coorte 3 (1 a 5 anos)

6/10 (60%)
[26%, 88%]

4/5 (80%)
[28%, 99%]

Uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com Eltrombopague Olamina (36%) em comparação com placebo (0%) teve uma resposta plaquetária (contagens de plaquetas ˃ 50.000/microL por pelo menos 60% de avaliação entre as semanas 2 e 6) (taxa de probabilidade: 5,8, [IC de 95%: 1,2; 28,9], p = 0,002).

Estatisticamente menos pacientes tratados com Eltrombopague Olamina exigiram tratamento de resgate durante o período randomizado, em comparação com os pacientes do grupo placebo (13% [6/45] vs. 50% [11/22], p = 0,002).

Os pacientes foram autorizados a reduzir ou descontinuar a terapia basal para PTI apenas durante a fase aberta do estudo e 46% (6/13) dos pacientes foram capazes de reduzir (n = 3) ou descontinuar (n = 3) a terapia basal para PTI, principalmente corticosteroides, sem a necessidade de terapia de resgate.

No início do estudo, 78% dos pacientes no grupo de Eltrombopague Olamina e 82% no grupo placebo relataram qualquer sangramento (graus 1 a 4, conforme a OMS). A proporção de pacientes do grupo de Eltrombopague Olamina que relatou qualquer sangramento reduziu para 22% na semana 6. Em comparação, 73% dos pacientes do grupo placebo relataram qualquer sangramento na semana 6.

Estudos de Anemia Aplásica Severa (AAS)

Eltrombopague Olamina foi avaliado em um estudo de fase II não randomizado, de braço único, aberto, realizado em um centro em 43 pacientes com AAS, que tiveram uma resposta insuficiente a pelo menos uma terapia imunossupressora prévia e que apresentavam uma contagem de plaquetas ≤ 30.000 / microL.

Foi considerado que a maioria dos pacientes, 33 (77%), apresentava “doença refratária primária”, definida como ausência de resposta prévia adequada à terapia imunossupressora (IST) em qualquer linhagem. Os 10 pacientes restantes apresentaram resposta plaquetária insuficiente às terapias anteriores. Todos os 10 pacientes tinham recebido pelo menos 2 regimes de IST prévios e 50% tinham recebido pelo menos 3 regimes de IST prévios. Os pacientes com diagnóstico de anemia de Fanconi, infecção não responsiva à terapia apropriada, tamanho de clone de PNH em neutrófilos ≥ 50%, foram excluídos da participação.

A população tratada tinha idade mediana de 45 anos (variação de 17 a 77 anos) e 56% dos pacientes eram do sexo masculino. Inicialmente a contagem de plaquetas média foi de 20.000 / microL, a hemoglobina foi de 8,4 g/dL, e CAN foi de 0,58 x 109 /L e a contagem absoluta de reticulócitos foi de 24,3 x 109 /L. Oitenta e seis por cento dos pacientes eram dependentes da transfusão de glóbulos vermelhos, e 91% eram dependente da transfusão de plaquetas. A maioria dos pacientes (84%) tinha recebido pelo menos 2 terapias imunossupressoras anteriores. Três pacientes apresentaram anomalias citogenéticas no início do estudo.

Eltrombopague Olamina foi administrado a uma dose inicial de 50 mg uma vez por dia (25 mg para pacientes de ascendência asiática) durante 2 semanas. O aumento gradual da dose em 25 mg ocorreu a cada 2 semanas, com base nos níveis de plaquetas, até no máximo 150 mg uma vez ao dia (75 mg para pacientes da Ásia).

O desfecho primário foi a resposta hematológica avaliada após 12 semanas de tratamento com Eltrombopague Olamina. A resposta hematológica foi definida como sendo um ou mais dos seguintes critérios: 1) aumento na contagem de plaquetas para 20.000/microL acima da linha de base ou a contagem de plaquetas estável com independência de transfusão para um mínimo de 8 semanas; 2) aumento de hemoglobina de > 1,5 g/dL, ou uma redução ≥ 4 unidades de transfusões de glóbulos vermelhos (RBC) durante 8 semanas consecutivas; 3) aumento na contagem absoluta de neutrófilos (CAN) de 100% ou um aumento CAN> 0,5 x 109 / L.

A taxa de resposta hematológica foi de 40% (17/43 pacientes; 95% CI: 25, 56),a maioria das respostas obtidas foi unilinhagem (13/17,76%), mas houve 3 respostas bilinhagem e 1 resposta trilinhagem na avaliação da semana 12. Eltrombopague Olamina foi interrompido após 16 semanas quando não foi observada nenhuma resposta hematológica ou independência de transfusão. Os pacientes que responderam continuaram o tratamento em uma fase de extensão do estudo. Um total de 14 pacientes entrou na fase de extensão do estudo. Nove desses pacientes atingiram uma resposta multilinhagem, 4 dos 9 permanecem em tratamento e 5 reduziram gradualmente a dose do Eltrombopague Olamina e mantiveram a resposta (mediana de acompanhamento: 20,6 meses, intervalo: 5,7 a 22,5 meses). Os 5 pacientes restantes descontinuaram o tratamento, três devido à recidiva na visita de extensão do mês 3.

Durante o tratamento com Eltrombopague Olamina, 59% (23/39) tornaram-se independentes de transfusão plaquetária (28 dias sem transfusão de plaquetas) e 27% (10/37) tornaram-se independentes de transfusão de glóbulos vermelhos (RBC) (56 dias sem transfusão de RBC). O período mais longo sem transfusão de plaquetas em pacientes não respondedores foi de 27 dias (mediana). O período mais longo sem transfusão de plaquetas nos pacientes respondedores foi de 287 dias (mediana). O período mais longo sem transfusão de glóbulos vermelhos (RBC) nos pacientes não respondedores foi de 29 dias (mediana). O período mais longo sem transfusão de glóbulos vermelhos (RBC) nos pacientes respondedores foi de 266 dias (mediana).

Mais de 50% dos pacientes respondedores que eram dependentes de transfusão, no início do tratamento, apresentaram redução >80% na necessidade de transfusão de plaquetas e de RBC em comparação ao início do estudo.

Os resultados preliminares de um estudo de suporte em andamento (Estudo ELT116826) fase II, não randomizado, aberto, de braço único, em pacientes com AAS refratários, apresentaram resultados consistentes. Os resultados são limitados a 21 dos 60 pacientes planejados com respostas hematológicas reportadas por 52% dos pacientes aos 6 meses. Foram notificadas respostas multilinhagem em 45% dos pacientes.

Referências Bibliográficas

1. A randomized, double-blind, placebo-controlled phase III study, to evaluate the efficacy, safety and tolerability of eltrombopag olamine (SB-497115-GR), a thrombopoietin receptor agonist, administered for 6 months as oral tablets once daily in adult subjects with previously treated chronic idiopathic thrombocytopenic purpura (ITP). Study TRA102537. Report UM2008/00026/00, 2008.
2. A double-blind, randomized, placebo-controlled, parallel group study to investigate the efficacy, safety, tolerability, pharmacokinetics and pharmacodynamics of SB-497115-GR, a thrombopoietin receptor agonist, administered at 30, 50 and 75 mg as oral tablets once-daily for 6 weeks to adult male and female subjects with refractory, chronic immune thrombocytopenic purpura. Study TRA100773B. Report RM2006/00266/01
3. An open-label repeat dosing study of eltrombopag olamine (SB-497115-GR) in adult subjects, with chronic idiopathic thrombocytopenic purpura (ITP) REPEAT. Repeated ExPosure To Eltrombopag in Adults with Idiopathic Thrombocytopenic Púrpura. Study TRA108057. Report UM2008/00028/0, 2008.
4. EXTEND (Eltrombopag Extended Dosing Study): An extension study of eltrombopag olamine (SB-497115- GR) in adults with idiopathic thrombocytopenic purpura (ITP) previously enrolled in an eltrombopag study. Study TRA10532. Report UM2008/00050/00, 2008.
5. PETIT (Pediatric patients with Thrombocytopenia from ITP): A three part, staggered cohort, open-label and double blind, randomized, placebo controlled study to investigate the efficacy, safety, tolerability and pharmacokinetics of eltrombopag, a thrombopoietin receptor agonist, in previously treated pediatric patients with chronic idiopathic thrombocytopenic purpura (ITP). Study TRA108062. Report 2013N179281_00, 2014.
6. PETIT2 (Pediatric patients with Thrombocytopenia from ITP): A two-part, double-blind, randomized, placebo-controlled and open-label study to investigate the efficacy, safety and tolerability of eltrombopag, a thrombopoietin receptor agonist, in pediatric patients with previously treated chronic immune (idiopathic) thrombocytopenic purpura (ITP). Study TRA115450. Report 2013N178554_01, 2014.
7. A Pilot Study of a Thrombopoietin-receptor Agonist (TPO-R agonist), Eltrombopag, in Aplastic Anemia Patients with Immunosuppressive-therapy Refractory Thrombocytopenia. Study ELT112523. Report 2013N170687_01, 2014.

Características Farmacológicas


Grupo farmacoterapêutico: agonista do receptor de trombopoetina.
Código ATC: B02BX 05.

Farmacodinâmica

Mecanismo de ação

A trombopoietina (TPO) é a principal citocina envolvida na regulação da megacariopoiese e produção de plaquetas e o principal ligante de receptor de trombopoietina (TPO-R). O eltrombopague interage com o domínio transmembrana do TPO-R e inicia cascatas de sinalização similares, porém não idênticas, às da trombopoietina (TPO) endógena, induzindo a proliferação e a diferenciação de megacariócitos provenientes das células progenitoras da medula óssea.

Efeitos farmacodinâmicos

Eltrombopague Olamina difere da TPO quanto aos efeitos sobre a agregação plaquetária, no sentido de que o tratamento com Eltrombopague Olamina de plaquetas humanas normais não aumenta a agregação induzida por difosfato de adenosina (ADP) nem induz a expressão de P-selectina. Eltrombopague Olamina não antagoniza a agregação plaquetária induzida por ADP ou colágeno.

Farmacocinética

Os parâmetros farmacocinéticos de eltrombopague após a administração de Eltrombopague Olamina a pacientes com PTI são apresentados na Tabela 3.

Tabela 5. Média Geométrica (IC de 95%) dos Parâmetros Farmacocinéticos de eltrombopague no Plasma no Estado de Equilíbrio em Adultos com Púrpura Trombocitopênica Idiopática

Esquema de Eltrombopague Olamina

Cmáx (microg/mL)

AUCtau (microg.h/mL)

50 mg uma vez ao dia (n=34)

8,01
(6,73-9,53)

108 
(88-134)

75 mg uma vez ao dia (n=26)

12,7
(11,0-14,5)

168
(143-198)

O eltrombopague é absorvido com a concentração máxima ocorrendo duas a seis horas após a administração oral.

A administração de Eltrombopague Olamina concomitantemente com antiácidos e outros produtos que contêm cátions polivalentes, como laticínios e suplementos minerais, reduzem de maneira significativa a exposição de eltrombopague (ver Posologia e Interações Medicamentosas). A biodisponibilidade oral absoluta de eltrombopague após administração a seres humanos não foi estabelecida. Com base na excreção urinária e em metabólitos eliminados nas fezes, a absorção oral do material relacionado ao fármaco após a administração de dose única de 75 mg de eltrombopague solução foi estimada como de pelo menos 52%.

Distribuição

O eltrombopague exibe alta ligação às proteínas plasmáticas humanas (>99,9%). É um substrato de proteínas de resistência do câncer de mama (BCRP), mas não de glicoproteína P ou OATP1B1.

Metabolismo

O eltrombopague é metabolizado principalmente por meio de clivagem, oxidação e conjugação com ácido glicurônico, glutationa ou cisteína. Em um estudo com material marcado radioativamente em seres humanos, eltrombopague respondeu por aproximadamente 64% da AUCinf do radiocarbono no plasma. Metabólitos secundários, cada um respondendo por <10% da radioatividade no plasma, originários de glicuronidação e oxidação, também foram detectados. Com base em um estudo em seres humanos com eltrombopague marcado radioativamente, estima-se que aproximadamente 20% de uma dose sejam metabolizados por oxidação.

Eliminação

O eltrombopague absorvido é extensivamente metabolizado. A via predominante de excreção de eltrombopague são as fezes (59%) e 31% da dose são encontrados na urina como metabólitos. O composto original inalterado (eltrombopague) não é detectado na urina. A quantidade de eltrombopague inalterado excretada nas fezes responde por aproximadamente 20% da dose. A meia-vida de eliminação plasmática de eltrombopague é de aproximadamente 21 a 32 horas.

Interações Farmacocinéticas

Com base em um estudo em seres humanos com eltrombopague marcado radioativamente, a glicuronidação desempenha um papel secundário no metabolismo desse medicamento. Estudos em microssomos hepáticos humanos identificaram a UGT1A1 e a UGT1A3 como as enzimas responsáveis pela glicuronidação de eltrombopague. O eltrombopague foi um inibidor de várias enzimas UGT in vitro. Interações medicamentosas clinicamente significativas envolvendo a glicuronidação não são previstas, devido à contribuição limitada das enzimas UGT individuais na glicuronidação de eltrombopague e de comedicações potenciais.

De acordo com um estudo em seres humanos com eltrombopague marcado radioativamente, aproximadamente 21% de uma dose desse medicamento podem sofrer metabolismo oxidativo. Estudos em microssomos hepáticos humanos identificaram o CYP1A2 e o CYP2C8 como as enzimas responsáveis pela oxidação de eltrombopague. Em estudos que utilizaram microssomos hepáticos humanos, eltrombopague (até 100 microM) não mostrou nenhuma inibição in vitro das enzimas CYP450 1A2, 2A6, 2C19, 2D6, 2E1, 3A4/5 e 4A9/11 e foi um inibidor de CYP2C8 e CYP2C9, conforme medido usando-se paclitaxel e diclofenaco como substratos de teste, com valores de IC50 de 24,8 microM (11 microg/mL) e 20,2 microM (8,9 microg/mL), respectivamente.

Estudos in vitro demonstram que eltrombopague é um inibidor do transportador do polipeptídeo transportador de ânions orgânicos OATP1B1, com valor de IC50 de 2,7 microM (1,2 microg/mL), e um inibidor do transportador BCRP, com valor de IC50 de 2,7 microM (1,2 microg/mL).

Estudos in vitro identificaram o CYP1A2 e o CYP2C8 como as isoenzimas responsáveis pelo metabolismo oxidativo, a UGT1A1 (uridina difosfato glicuronosiltransferase 1A1) e a UGT1A3 como as isoenzimas responsáveis pela glicuronidação; apontam ainda que as bactérias do trato gastrointestinal inferior podem ser responsáveis pelas vias de clivagem.

Estudos in vitro demonstraram que eltrombopague não é um substrato para o polipeptídeo transportador de ânions orgânicos, OATP1B1, mas é um inibidor desse transportador. Estudos in vitro também demonstraram que eltrombopague é um substrato e inibidor de proteínas de resistência do câncer de mama (BCRP).

Populações especiais

Insuficiência Renal

A farmacocinética de eltrombopague foi estudada após o uso de Eltrombopague Olamina em pacientes adultos com insuficiência renal. Com a administração de dose única de 50 mg, a AUCinf de eltrombopague diminuiu em 32% (IC de 90%: redução de 63%; aumento de 26%) em pacientes com insuficiência renal leve, 36% (IC de 90%: redução de 66%; aumento de 19%) em pacientes com insuficiência renal moderada e 60% (IC de 90%: redução de 18%; redução de 80%) em pacientes com insuficiência renal grave, em comparação com voluntários sadios. Observou-se tendência de redução da exposição plasmática de eltrombopague nos pacientes com insuficiência renal, mas houve uma variabilidade substancial e uma sobreposição significativa nas exposições entre esses pacientes e os voluntários sadios. Eltrombopague Olamina é um medicamento com alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas e as concentrações do fármaco não ligado (ativa) não foram medidas neste estudo. Deve-se ter cautela ao usar Eltrombopague Olamina em pacientes com função renal comprometida e realizar monitorização cuidadosa, por exemplo, através de teste de creatinina sérica e/ou análise da urin. A segurança e a eficácia de Eltrombopague Olamina não foram estabelecidas em pacientes com insuficiência renal moderada a severa que também apresentavam insuficiência hepática.

Insuficiência Hepática

A farmacocinética de eltrombopague foi estudada após o uso de Eltrombopague Olamina em voluntários adultos com insuficiência hepática. Com a administração de dose única de 50 mg, a AUCinf de eltrombopague aumentou em 41% (IC de 90%: redução de 13%; aumento de 128%) em pacientes com insuficiência hepática leve, 93% (IC de 90%: 19%; 213%) em pacientes com insuficiência hepática moderada e 80% (IC de 90%: 11%; 192%) em pacientes com insuficiência hepática grave, em comparação com voluntários sadios. Houve uma variabilidade substancial e uma sobreposição significativa nas exposições entre os pacientes com insuficiência hepática e os voluntários sadios. A meia-vida do eltrombopague foi prolongada em 2 vezes em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. O eltrombopague é um medicamento com alta taxa de ligação a proteínas plasmáticas e as concentrações do fármaco não ligado (ativa) não foram medidas neste estudo.

A influência da insuficiência hepática na farmacocinética do eltrombopague após administração de doses repetidas foi avaliada utilizando uma análise de farmacocinética populacional em pacientes sadios e pacientes trombocitopênicos com doença hepática crônica. Em comparação aos pacientes sadios, os pacientes com insuficiência hepática leve tiveram aumento de 87% a 110% na AUCtau plasmática de eltrombopague e pacientes com insuficiência hepática moderada tiveram aumento de aproximadamente 141% a 240% da AUCtau plasmática. Portanto, o eltrombopague não deve ser usado em pacientes com insuficiência hepática (Child Pugh ≥ 5, correspondente à insuficiência hepática leve, moderada ou grave) a não ser que o benefício esperado supere o risco identificado de trombose na veia portal.

Raça/ Etnicidade

A influência da etnia asiática sobre a farmacocinética de eltrombopague foi avaliada usando-se uma análise farmacocinética da população em 111 adultos sadios (31 asiáticos) e 88 pacientes com PTI (18 asiáticos). Com base em estimativas da análise farmacocinética da população, pacientes asiáticos com PTI (ou seja, japoneses, chineses, taiwaneses e coreanos) tiveram valores de AUCtau de eltrombopague no plasma aproximadamente 87% mais altos em relação aos pacientes não asiáticos que eram predominantemente caucasianos. Não se realizou ajuste para diferenças de peso corporal.

Gênero

A influência do gênero sobre a farmacocinética de eltrombopague foi avaliada usando-se uma análise farmacocinética da população em 111 adultos sadios (14 mulheres) e 88 pacientes com PTI (57 mulheres). Com base nas estimativas da análise farmacocinética da população, pacientes com PTI do sexo feminino tiveram valores de AUCtau de eltrombopague no plasma aproximadamente 50% mais altos em comparação aos pacientes do sexo masculino com PTI. Não se realizou ajuste para diferenças de peso corporal.

População pediátrica acima de 6 anos

A farmacocinética do Eltrombopague Olamina foi avaliada em 168 pacientes pediátricos com PTI medicados uma vez por dia em dois estudos, TRA108062/PETIT e TRA115450/PETIT-2. A depuração aparente de Eltrombopague Olamina no plasma, após a administração oral (CL/F) aumentou com o aumento do peso corporal. Os pacientes pediátricos de ascendência asitática com PTI apresentaram valores de AUCtau de Eltrombopague Olamina no plasma aproximadamente 43% superiores aos de pacientes não-asiáticos. Os pacientes pediátricos com PTI do sexo feminino apresentaram valores de AUCtau de Eltrombopague Olamina no plasma de cerca de 25% superiores aos do sexo masculino. Os parâmetros farmacocinéticos do Eltrombopague Olamina em pacientes pediátricos com PTI são apresentados na Tabela 6.

Tabela 6: Parâmetros farmacocinéticos do Eltrombopague Olamina no plasma durante o estado de equilíbrio estável em pacientes pediátricos com PTI

Idade

Cmáx (microg/mL)

AUCtau (microg.hr/mL)

12 a 17 anos (n = 62)

6.80
(6,17, 7,50)

103
(91,1, 116)

6 a 11 anos (n = 68)

10,3
(9,42, 11,2)

153
(137, 170)

1 a 5 anos (n = 38)

11,6
(10,4, 12,9)

162
(139, 187)

Os dados apresentados como média geométrica (IC de 95%). AUCtau e Cmáx baseados na estimativa da população Farmacocinética post-hoc para uma dose de 50 mg uma vez por dia.

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Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos/características organolépticas

Os comprimidos são redondos, biconvexos e revestidos. Têm gravados em uma face o número 25 ou 50 e na outra GS NX3 (25 mg) ou GS UFU (50 mg) e são de cor branca (25 mg) ou marrom (50 mg).

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Revolade

MS: 1.0068.1132

Farm. Resp.:
Flavia Regina Pegorer
CRF-SP 18.150

Importado por:
Novartis Biociências S.A.
Av. Prof. Vicente Rao, 90
São Paulo - SP
CNPJ: 56.994.502/0001-30
Indústria Brasileira.

Fabricado por:
Glaxo Operations UK Limited.
Ware, Reino Unido
Ou
Siegfried Barbera S.L.
Barbera del Vallès, Espanha.
Ou
Novartis Pharmaceutical Manufacturing LLC,
Ljubljana, Eslovênia (vide cartucho).

Embalado por:
Glaxo Wellcome S.A.
Aranda de Duero (Burgos), Espanha.
Ou
Siegfried Barbera S.L.
Barberà del Vallès, Espanha
Ou
Novartis Pharmaceutical Manufacturing LLC,
Ljubljana, Eslovênia (vide cartucho).

® = Marca registrada de Novartis AG, Basileia, Suíça.

Venda sob prescrição médica.

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O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 5 de Setembro de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 5 de Setembro de 2024.

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