Bula do Splendil
Princípio Ativo: Felodipino
Classe Terapêutica: Antagonistas do Cálcio Puros
Splendil, para o que é indicado e para o que serve?
- Hipertensão arterial (pressão alta).
- Angina do peito estável (sensação de pressão e dor no peito).
Como o Splendil funciona?
Splendil reduz a pressão arterial e reduz a frequência e intensidade das crises de angina de peito, produzindo dilatação dos vasos sanguíneos.
Geralmente uma redução na pressão arterial é evidente 2 horas após a primeira dose oral e prolonga-se por pelo menos 24 horas. Os comprimidos de liberação prolongada produzem uma fase de absorção prolongada do felodipino, o que resulta em concentrações plasmáticas dentro da faixa terapêutica durante as 24 horas.
Quais as contraindicações do Splendil?
Você não deve utilizar Splendil nas seguintes situações:
- Alergia ao felodipino ou a qualquer um dos componentes da fórmula;
- Gravidez;
- Insuficiência cardíaca descompensada;
- Infarto agudo do miocárdio;
- Angina instável (dor no peito que pode ocorrer em repouso ou aumentar sua gravidade, duração ou frequência);
- Obstrução hemodinamicamente significativa da válvula cardíaca (obstrução de válvulas cardíacas que reduz de maneira intensa a função cardíaca);
- Obstrução dinâmica do fluxo de saída (obstrução que reduz intensamente o bombeamento cardíaco de sangue ao organismo).
Como usar o Splendil?
Os comprimidos de Splendil devem ser engolidos inteiros com água, por via oral, pela manhã. Os comprimidos podem ser administrados sem a ingestão de alimentos ou após uma refeição leve que não seja rica em gorduras e açúcares (carboidratos).
Este medicamento não deve ser partido, amassado ou mastigado.
A dose de Splendil deve ser ajustada individualmente.
A dose máxima diária é de 10 mg.
Posologia do Splendil
Hipertensão arterial
O tratamento deve ser iniciado com a dose de 5 mg, 1 vez ao dia. Se necessário, a dose pode ser reduzida para 2,5 mg ou aumentada para 10 mg, 1 vez ao dia ou um outro anti-hipertensivo pode ser adicionado. O ajuste da dose deve ocorrer em um intervalo de não mais que 2 semanas. As doses de manutenção são em geral de 5 a 10 mg, 1 vez ao dia.
Angina do peito estável
O tratamento deve ser iniciado com 5 mg, 1 vez ao dia. Se necessário, pode-se aumentar a dose para 10 mg, 1 vez ao dia.
Splendil pode ser usado em combinação com betabloqueadores, inibidores da ECA ou diuréticos. Os efeitos na pressão arterial são provavelmente aditivos e, a terapia combinada geralmente aumenta os efeitos anti-hipertensivos. Precauções devem ser tomadas para evitar hipotensão.
Crianças
Devido à experiência limitada em estudos clínicos, felodipino não deve ser utilizado em crianças.
Insuficiência renal
Nos pacientes com insuficiência renal, a farmacocinética não é afetada, inclusive nos pacientes tratados com hemodiálise. Ajuste de dose não é necessário.
Insuficiência hepática
Pacientes com insuficiência hepática podem ter concentração plasmática de felodipino elevada e, portanto, devem responder a doses menores.
Idosos
Pacientes com mais de 65 anos de idade apresentam, em média, concentrações plasmáticas de felodipino maiores do que os pacientes jovens. Portanto, recomenda-se uma dose inicial de 2,5 mg por dia, para pacientes idosos. Além disso, estes pacientes devem ter a pressão arterial mantida sob vigilância cuidadosa durante um ajuste de dose.
In vitro, a liberação do felodipino do comprimido de Splendil é linear com taxa de liberação de 15% da dose por hora e o tempo total de liberação de 7 horas. In vivo, o perfil de liberação é bifásico com as duas fases lineares. A taxa média de liberação é de 6,6% da dose por hora com a duração total de 15 horas.
Splendil deve ser utilizado continuamente até que o médico defina quando deve ser interrompido o uso deste medicamento.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Splendil?
Caso você se esqueça de tomar o comprimido de Splendil, não é necessário tomar a dose esquecida, deve-se apenas tomar a próxima dose, no horário habitual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Splendil?
Splendil pode raramente conduzir a uma grande diminuição da pressão, que em alguns pacientes pode resultar em um suprimento inadequado de sangue para o coração.
Foram relatados casos de hipertrofia gengival discreta em pacientes com gengivites ou periodontites acentuadas. Este efeito pode ser prevenido ou revertido por uma cuidadosa higiene bucal.
O felodipino, assim como outros antagonistas do cálcio, pode raramente causar síncope (perda súbita de consciência). Pode, ainda, induzir à taquicardia reflexa (aumento dos batimentos do coração), a qual pode precipitar angina do peito (sensação de angústia, pressão e dor no peito) em pacientes suscetíveis.
A experiência clínica do uso de Splendil em crianças é limitada.
Não se espera que Splendil afete a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Este medicamento contém lactose (28,00 mg/comprimido), portanto, deve ser usado com cautela em pacientes com intolerância à lactose. Não deve ser utilizado por pacientes com intolerância hereditária à galactose ou pacientes com má-absorção de glicose-galactose.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Splendil?
Assim como outros medicamentos semelhantes, Splendil pode causar:
- Rubor (vermelhidão na face), dor de cabeça, palpitações, tontura, fadiga (cansaço). A maioria destas reações é dose-dependente e aparece no início do tratamento ou após um aumento da dose. Se tais reações ocorrerem, elas são geralmente transitórias e diminuem com o passar do tempo.
Este medicamento pode ainda causar edema (inchaço) na região do tornozelo, hipertrofia gengival discreta (aumento discreto da gengiva) em pacientes com gengivites (inflamação da gengiva) ou periodontites (inflamação nos tecidos de sustentação que fixam o dente) acentuadas. Esse aumento pode ser evitado ou revertido com uma higiene bucal cuidadosa.
Também podem ocorrer as seguintes reações adversas:
- Reação muito comum (ocorre em 10% ou mais dos pacientes que utilizam este medicamento): edema periférico (inchaço nos tornozelos e nas pernas).
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): rubor (vermelhidão no rosto) e dor de cabeça.
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): exantema (lesões na pele com vermelhidão), prurido (coceira no corpo), tontura, parestesia (sensação de dormência), náuseas (enjoo), dor abdominal, taquicardia (aumento da frequência cardíaca), hipotensão (pressão baixa), palpitações e fadiga (cansaço).
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): erupção cutânea (lesões na pele), urticária (coceira na pele com vermelhidão), artralgia (dores nas articulações), mialgia (dores musculares), vômito, síncope (desmaio), impotência/disfunção sexual e artrites (inflamação das articulações).
- Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): eritema (vermelhidão na pele), fotossensibilidade (sensibilidade à luz), vasculite leucocitoclástica (inflamação nos vasos, rica em glóbulos brancos), insônia, depressão, irritação, nervosismo, sonolência, diminuição da libido (desejo sexual), ansiedade, hiperplasia gengival (aumento discreto da gengiva), gengivite (inflamação da gengiva), flatulência (aumento da produção de gases intestinais), regurgitação ácida (retorno à boca dos alimentos já digeridos e presentes no estômago ou esôfago), boca seca, aumento das enzimas do fígado, infarto do miocárdio (parede muscular do coração), arritmia e pulsação prematura (alterações dos batimentos do coração), polaciúria (aumento da frequência para urinar), poliúria (aumento do volume urinário com aumento da frequência para urinar), disúria (dor ao urinar), frequência urinária, dispneia (dificuldade respiratória), epistaxe (sangramento pelas narinas), insuficiência respiratória (mau funcionamento dos pulmões), reações alérgicas (como urticária, angioedema e febre), anemia, edema facial (inchaço da face) e dor torácica (no tórax).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Apresentações do Splendil
Comprimidos de liberação prolongada 2,5 mg, 5 mg e 10 mg
Embalagens com 30 comprimidos.
Via oral.
Uso adulto.
Qual a composição do Splendil?
Cada comprimido de liberação prolongada de Splendil 2,5 mg contém:
2,5 mg de felodipino.
Excipientes: óleo de rícino hidrogenado polioxil, galato de propila, hipromelose, silicato de alumínio e sódio, celulose microcristalina, lactose anidra, estearil fumarato de sódio, macrogol, dióxido de titânio, óxido férrico amarelo, cera de carnaúba e hiprolose.
Cada comprimido de liberação prolongada de Splendil 5 mg contém:
5 mg de felodipino.
Excipientes: óleo de rícino hidrogenado polioxil, galato de propila, hipromelose, silicato de alumínio e sódio, celulose microcristalina, lactose anidra, estearil fumarato de sódio, macrogol, dióxido de titânio, óxido de ferro marrom-avermelhado, cera de carnaúba e hiprolose.
Cada comprimido de liberação prolongada de Splendil 10 mg contém:
10 mg de felodipino.
Excipientes: óleo de rícino hidrogenado polioxil, galato de propila, hipromelose, silicato de alumínio e sódio, celulose microcristalina, lactose anidra, estearil fumarato de sódio, macrogol, dióxido de titânio, óxido férrico amarelo, óxido de ferro marrom-avermelhado, cera de carnaúba e hiprolose.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Splendil maior do que a recomendada?
Sintomas
Excessiva vasodilatação (dilatação dos vasos) periférica com hipotensão (pressão baixa) acentuada e, eventualmente, bradicardia (batimentos lentos do coração).
Tratamento
Carvão ativado, se necessário lavagem gástrica. Se ocorrer hipotensão grave, deve-se instituir tratamento sintomático. O paciente deve ser colocado em posição supina com as pernas elevadas. Se ocorrer bradicardia, recomenda-se a administração de 0,5 a 1,0 mg de atropina por via intravenosa. Se essa medida não for suficiente, o volume plasmático deve ser aumentado utilizando-se infusões de soluções glicosadas, salinas ou dextrano.
Caso as medidas acima mencionadas ainda sejam insuficientes, pode-se administrar substâncias simpatomiméticas com efeito predominante nos receptores alfa-1-adrenérgicos.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Splendil com outros remédios?
Você deve usar Splendil com cuidado se estiver tomando os seguintes medicamentos:
Substâncias que interferem com o sistema enzimático hepático (sistema de enzimas do fígado), cimetidina, eritromicina, itraconazol, cetoconazol, certos flavonoides presentes em suco de grapefruit (pomelo), fenitoína, carbamazepina, rifampicina, barbitúricos (como por exemplo fenobarbital), tacrolimo, Hypericum perforatum (Erva de São João) e digoxina.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Interação Alimentícia: posso usar o Splendil com alimentos?
Suco de grapefruit resulta em aumento nos níveis plasmáticos e na biodisponibilidade de Felodipino possivelmente devido à interação com os flavonoides presentes na fruta. Esta interação foi observada com outros antagonistas do cálcio diidropiridínicos e representa um efeito da classe. Portanto, não se deve tomar suco de grapefruit concomitantemente com Felodipino.
Qual a ação da substância do Splendil?
Resultados de Eficácia
Hipertensão arterial
A eficácia de Felodipino no tratamento da hipertensão arterial foi comprovada em um estudo importante de grande porte. O estudo HOT (Hypertension Optimal Treatment) avaliou 18.790 pacientes por um período de 4,9 anos. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre eventos cardiovasculares e a redução da pressão arterial. O estudo mostrou que a redução intensa da hipertensão nos pacientes que iniciaram a terapia com o Felodipino levou a uma redução de eventos cardiovasculares e da mortalidade cardiovascular (Hansson, L et al. Lancet. 1998; 351: 1755-1762).
Angina do peito estável
Os antagonistas do canal de cálcio são vasodilatadores potentes e aliviam o espasmo coronariano. Essas substâncias também reduzem a necessidade de oxigênio do miocárdio, atuando na frequência cardíaca, pressão arterial e contratilidade do miocárdio. Um estudo mostrou que a adição do Felodipino ao tratamento com betabloqueador em pacientes portadores de angina estável levou à melhora da capacidade de exercício dos pacientes (Theroux P. Goldman & Bennett (eds.) 2000: 296-304; Ronnevik PK et al. Eur Heart J. 1995 Nov;16(11): 1535-41).
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
O Felodipino é um antagonista de cálcio seletivo para musculatura lisa vascular, o qual diminui a pressão arterial pela redução da resistência vascular sistêmica. Devido ao seu alto grau de seletividade pela musculatura lisa arteriolar, o Felodipino não tem efeito direto na contratilidade ou na condução cardíaca nas doses terapêuticas. Devido à ausência de efeito na musculatura lisa venosa ou no controle vasomotor adrenérgico, o Felodipino não está associado com hipotensão ortostática.
O Felodipino possui um efeito natriurético/diurético discreto, não ocorrendo retenção de líquidos.
O Felodipino é eficaz em todos os graus de hipertensão. Pode ser usado como monoterapia ou em combinação com outros anti-hipertensivos como, por exemplo, betabloqueadores, diuréticos ou inibidores da enzima conversora de angiotensina, para alcançar um maior efeito anti-hipertensivo. O Felodipino reduz tanto a pressão arterial sistólica quanto a diastólica e pode ser usado em hipertensão sistólica isolada.
O Felodipino mantém sua ação anti-hipertensiva durante terapia concomitante com medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs).
O Felodipino possui efeitos antianginoso e anti-isquêmico devido à melhora do equilíbrio entre o suprimento e a demanda de oxigênio para o miocárdio. A resistência vascular coronariana diminui e o fluxo sanguíneo coronariano, bem como o suprimento de oxigênio para o miocárdio são aumentados pelo Felodipino devido à dilatação de artérias e arteríolas epicárdicas. O Felodipino impede eficazmente o vasoespasmo coronariano. A redução da pressão arterial sistêmica leva à diminuição da pós-carga do ventrículo esquerdo e da demanda de oxigênio para o miocárdio.
O Felodipino melhora a tolerabilidade ao exercício e reduz os ataques anginosos em pacientes com angina do peito estável induzida por esforço. Em pacientes com angina vasoespástica, o Felodipino reduz tanto a isquemia miocárdica sintomática como a assintomática. O Felodipino pode ser utilizado como monoterapia ou em associação com betabloqueadores em pacientes com angina do peito estável.
O Felodipino é eficaz e bem tolerado em pacientes adultos, independentemente da idade e da raça, sendo também bem tolerado na presença de doenças concomitantes como insuficiência cardíaca congestiva, asma e outras doenças pulmonares obstrutivas, função renal alterada, diabetes mellitus, gota, hiperlipidemia, doença de Raynaud e em pacientes que sofreram transplante renal. O Felodipino não exerce efeito sobre a glicemia e sobre o perfil lipídico.
Sítio e mecanismo de ação
A característica farmacodinâmica predominante do Felodipino é sua pronunciada seletividade vascular versus a miocárdica. Músculos lisos miogenicamente ativos em vasos de resistência arterial são particularmente sensíveis ao Felodipino. O Felodipino inibe a atividade elétrica e contrátil das células da musculatura lisa vascular por meio de um efeito nos canais de cálcio das membranas celulares.
Efeito hemodinâmico
O efeito hemodinâmico primário do Felodipino é uma redução da resistência vascular periférica total, que conduz a uma diminuição na pressão arterial. Estes efeitos são dose-dependentes. Geralmente uma redução na pressão arterial é evidente 2 horas após a primeira dose oral e prolonga-se por pelo menos 24 horas, e a relação vale/pico é geralmente bem superior a 50%.
As concentrações plasmáticas do Felodipino são positivamente correlacionadas à redução da resistência periférica total e da pressão sanguínea.
Efeitos cardíacos
O Felodipino, nas doses terapêuticas, não tem efeito na contratilidade cardíaca ou na condução atrioventricular ou refratariedade. Em pacientes com insuficiência cardíaca, o Felodipino afeta favoravelmente a função ventricular esquerda, como verificado pela fração de ejeção ou volume de pulsação e não causa ativação neuro-hormonal. Entretanto, o Felodipino não parece afetar a sobrevivência. Em pacientes com hipertensão ou angina do peito Felodipino também pode ser usado em caso de função do ventrículo esquerdo deteriorada.
O tratamento anti-hipertensivo com o Felodipino está associado a uma regressão significativa da hipertrofia ventricular esquerda pré-existente.
Efeitos renais
O Felodipino possui um efeito natriurético e diurético devido à redução da reabsorção tubular do sódio filtrado. Esta característica neutraliza a retenção de sal e água observada com outros vasodilatadores. O Felodipino não afeta a excreção diária de potássio. A resistência vascular renal é reduzida pelo Felodipino. A taxa de filtração glomerular normal não é alterada. Em pacientes com insuficiência renal, a taxa de filtração glomerular pode aumentar. O Felodipino não influencia a excreção urinária da albumina.
Em pacientes que sofreram transplante renal tratados com ciclosporina, o Felodipino reduz a pressão arterial e melhora o fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular. O Felodipino pode também melhorar a função renal dos recém-transplantados.
Dados de mortalidade/morbidade
No estudo HOT (Hypertension Optimal Treatment) foi avaliado o efeito em eventos cardiovasculares maiores (isto é, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte cardiovascular), comparando-se níveis alvo de pressão arterial diastólica (≤ 90 mmHg, ≤ 85 mmHg e ≤ 80 mmHg) com a pressão arterial obtida, usando-se Felodipino como terapia basal.
Um total de 18.790 pacientes hipertensos (PAD 110-115 mmHg) com idades entre 50 e 80 anos foram acompanhados por um período médio de 3,8 anos (variação de 3,3-4,9). O Felodipino foi administrado como monoterapia ou em associação com um betabloqueador e/ou um inibidor da ECA e/ou um diurético. O estudo mostrou benefícios da redução da PAS e da PAD para 139 e 83 mmHg, respectivamente. Cinco a dez eventos cardiovasculares maiores podem ser prevenidos a cada 1.000 pacientes tratados por um ano, quando a PAD basal foi reduzida de 105 mmHg para 83 mmHg. Isto implica em uma redução de risco de 30%. A redução ativa da pressão arterial foi particularmente benéfica no subgrupo de pacientes com diabetes mellitus.
De acordo com o estudo STOP-2 (Swedish Trial in Old Patients with Hypertension-2), realizado em 6.614 pacientes, com idades entre 70 e 84 anos, antagonistas de cálcio diidropiridínicos (Felodipino e isradipino) mostraram o mesmo efeito preventivo da mortalidade e morbidade cardiovascular como de outras classes de fámacos anti-hipertensivos usados comumente – inibidores da ECA, betabloqueadores e diuréticos.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção e distribuição
O Felodipino é administrado em comprimidos de liberação prolongada, sendo completamente absorvido no trato gastrointestinal. A disponibilidade sistêmica do Felodipino é de aproximadamente 15% e é independente da dose na faixa de doses terapêuticas. A taxa de ligação às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 99%, ligando-se predominantemente à fração de albumina.
Os comprimidos de liberação prolongada produzem uma fase de absorção prolongada do Felodipino, o que resulta em concentrações plasmáticas dentro da faixa terapêutica por 24 horas. As concentrações plasmáticas são diretamente proporcionais à dose dentro da faixa de doses terapêuticas de 2,5-10 mg.
O volume de distribuição do Felodipino é de aproximadamente 10 L/kg.
Metabolismo e eliminação
O Felodipino é extensivamente metabolizado no fígado pelo citocromo P450 3A4 (CYP3A4), sendo que todos os metabólitos identificados são inativos. O Felodipino é um fármaco de alta depuração, com uma depuração sanguínea média de 1.200 mL/min. Não há acúmulo significativo durante tratamento a longo prazo.
A meia-vida de eliminação do Felodipino é de 11 a 16 horas.
Pacientes idosos e pacientes com função hepática reduzida têm, em média, concentrações plasmáticas de Felodipino maiores do que pacientes jovens. A farmacocinética do Felodipino não é alterada em pacientes com insuficiência renal, incluindo aqueles tratados com hemodiálise.
Cerca de 70% da dose administrada é excretada como metabólitos na urina; a fração restante é excretada nas fezes. Menos de 0,5% da dose é recuperada inalterada na urina.
Dados de segurança pré-clínica
Toxicidade reprodutiva
Em um estudo sobre fertilidade e desempenho reprodutivo geral em ratos tratados com Felodipino, foi observado um prolongamento do parto, resultando em trabalho de parto difícil, aumento das mortes fetais e das mortes pós-natais precoces, nos grupos tratados com doses médias e altas. Estes achados foram atribuídos ao efeito inibitório do Felodipino, administrado em altas doses, na contractilidade uterina. Não foram observados distúrbios da fertilidade quando doses dentro da faixa terapêutica foram dadas a ratos.
Estudos de reprodução em coelhos demonstraram um aumento reversível das glândulas mamárias nas mães e anormalidades digitais nos fetos (esses efeitos foram dose-dependentes). As anomalias nos fetos foram induzidas quando o Felodipino foi administrado durante os primeiros períodos do desenvolvimento fetal (antes do 15º dia de gestação).
A dose letal média da administração oral do Felodipino foi de 250 mg/kg em camundongos e de 2.300 mg/kg em ratos.
Como devo armazenar o Splendil?
Você deve conservar Splendil em temperatura ambiente (15°C a 30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Splendil é apresentado conforme abaixo:
- 2,5 mg: comprimidos redondos e de cor amarela.
- 5 mg: comprimidos redondos e de cor rosa.
- 10 mg: comprimidos redondos e de cor marrom-avermelhada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Splendil
MS - 1.1618.0074
Farm. Resp.:
Dra. Gisele H. V. C. Teixeira
CRF-SP nº 19.825.
Fabricado por:
AstraZeneca AB – Gärtunavägen – Södertälje – Suécia.
Importado e embalado por:
AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9
Cotia - SP - CEP 06707-000
CNPJ 60.318.797/0001-00
Indústria Brasileira
Ou
Fabricado por:
AstraZeneca Pharmaceutical Co. Ltd. – Wuxi – Jiangsu – China.
Importado e embalado por:
AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9
Cotia - SP - CEP 06707-000
CNPJ 60.318.797/0001-00
Indústria Brasileira
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Felodipino
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 21 de Maio de 2024.
Splendil 10mg, caixa com 30 comprimidos de liberação prolongada
Ofertas Recomendadas
Melhor Oferta
Informe seu CEP para ver se o produto está disponível na sua região.
Dose
Opções de Genéricos: Clique Aqui e economize