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Carmustina

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Carmustina é indicado em pacientes com glioma de alto grau de malignidade recentemente diagnosticado como um adjuvante à cirurgia e ao tratamento por radiação. Carmustina é indicado como um adjuvante à cirurgia em pacientes com glioblastoma multiforme recorrente para os quais a ressecção cirúrgica é indicada.

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  • Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)
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  • 100mg
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  • Dr. Reddy's
  • Biolab
  • Eisai
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  • Carmustina
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  • Novo
  • Similar Intercambiável
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  • 3 mL
  • 5 x 3 mL
  • 8 Unidades

Bula do Carmustina

Carmustina, para o que é indicado e para o que serve?

Carmustina é indicado em pacientes com glioma de alto grau de malignidade recentemente diagnosticado como um adjuvante à cirurgia e ao tratamento por radiação.

Carmustina é indicado como um adjuvante à cirurgia em pacientes com glioblastoma multiforme recorrente para os quais a ressecção cirúrgica é indicada.

Quais as contraindicações do Carmustina?

Carmustina é contraindicado em indivíduos que demonstraram hipersensibilidade à carmustina ou qualquer um dos componentes do implante.

Tipo de receita

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Como usar o Carmustina?

Cada Carmustina contém 7,7 mg de carmustina, resultando em uma dose de 61,6 mg quando 8 implantes são implantados. É recomendado que no máximo 8 implantes sejam colocados na cavidade de ressecção se o tamanho e formato da mesma permitirem. Se o tamanho e formato não acomodarem 8 implantes, o número máximo de implantes como permitido deve ser colocado. Como não há experiência clínica não mais que 8 implantes devem ser usados por procedimento cirúrgico.

É recomendado que o implante seja retirado da embalagem estéril somente no momento da implantação nas cavidade de ressecção.

Manuseio e Descarte

Os implantes devem ser manuseados somente por pessoal usando luvas cirúrgicas porque a exposição à carmustina pode causar queimadura grave e hiperpigmentação da pele. O uso de luvas duplas é recomendado e as luvas externas devem ser descartadas em um recipiente de lixo de risco biológico após o uso. Um instrumento cirúrgico dedicado ao manuseio dos implantes deve ser usado para a colocação do implante. Se a repetição de uma intervenção neurocirúrgica for indicada, qualquer implante ou resto de implante deve ser manuseado como um agente potencialmente citotóxico. Qualquer produto não usado ou material de descarte deve ser descartado como material citotóxico de acordo com os procedimentos do hospital.

Carmustina deve ser manuseado com cuidado. Os sachês contendo Carmustina devem ser enviados para a sala de cirurgia e permanecerem fechados até que seja o momento da colocação dos implantes.

A superfície externa do sachê não é estéril. Caso derrube um implante, ele deve ser descartado apropriadamente.

Instruções para abertura do sachê contendo implante de Carmustina

  1. Para remover o laminado interno estéril do sachê externo, localizar a extremidade e lentamente puxar em um movimento para fora.
  2. Não puxar em um movimento para baixo apoiando as articulações dos dedos sobre o sachê. Isto pode exercer pressão no implante e causar sua quebra.
  3. Remover o sachê interno prendendo a borda dobrada e puxando para cima.
  4. Para abrir o sachê interno, gentilmente segurar a borda dobrada e cortar em uma forma parecida com um arco ao redor do implante.
  5. Para remover o Carmustina, gentilmente prender o implante com a ajuda de pinças e colocá-lo em um campo estéril designado.

Uma vez que o tumor foi ressectado, a patologia do tumor confirmada, e obtida a hemostasia, até 8 implantes de Carmustina podem ser colocados para cobrir o máximo possível a cavidade de ressecção. Ligeira sobreposição dos implantes é aceitável. Implantes quebrados ao meio podem ser usados, mas implantes quebrados em mais de 2 partes devem ser descartados em um recipiente de risco biológico. Celulose regenerada oxidada (Surgicel®) pode ser colocada sobre os implantes para fixá-los contra a superfície da cavidade. Após a colocação dos implantes, a cavidade da ressecção deve ser irrigada e a dural fechada de modo resistente à água.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Carmustina?

O espectro de eventos indesejáveis observados em pacientes com glioma de alto grau de malignidade recentemente diagnosticado e gliomas malignos recorrentes foi geralmente consistente com aquele encontrado em pacientes submetidos à craniotomia para gliomas malignos.

Reações adversas dos estudos clínicos estão descritos abaixo por frequência.

Os parâmetros de frequência são definidos como:

  • Muito Comum (> 1/10).
  • Comum (> 1 /100 e < 1/10).
  • Incomum (> 1/1.000 e < 1/100).
  • Rara (> 1/10.000 e < 1.000).
  • Muito rara (> 1/10.000).

Cirurgia Primária

Os dados seguintes são os eventos adversos que ocorreram mais frequentemente observados em 5% ou mais dos 120 pacientes com glioma maligno recentemente diagnosticados durante o estudo.

Sistema Endócrino

Transtornos Metabólicos e Nutricionais

Sistema Nervoso

  • Muito Comum: Hemiplegia, convulsão, confusão, edema cerebral, afasia, depressão, sonolência, transtorno da fala.
  • Comum: amnésia, hipertensão intracraniana, transtorno de personalidade, ansiedade, paralisia facial, neuropatia, ataxia, hipoestesia, parestesia, pensamento anormal, marcha anormal, tontura, convulsão grand mal, alucinações, insônia, tremor.

Transtornos visuais

  • Comum: edema conjuntival, visão anormal, defeito de campo visual.

Sistema Cardiovascular

Sistema Respiratório

  • Comum: pneumonia.

Sistema Digestório

  • Muito Comum: náusea, vômito, constipação.
  • Comum: diarreia, dor abdominal.

Pele Anexos

  • Muito Comum: rash, alopecia.

Sistema Urogenital

Distúrbios Gerais e Condições do Local de Administração

  • Muito Comum: Reação de agravamento, dor de cabeça, astenia, infecção, febre, dor.
  • Comum: dor nas costas, edema facial, dor no peito, abcesso, injúria acidental.
  • Hipertensão intracraniana foi presente em mais pacientes tratados com Carmustina do que em pacientes do grupo placebo (9.2% vs. 1.7%). Este índice foi observado tardiamente, ou seja, na recorrência do tumor, e, era improvável estar associado ao uso de Carmustina.

Vazamento de fluido cérebro-espinhal foi mais comum em pacientes tratados com Carmustina do que em pacientes do grupo placebo. No entanto, infecções intracranianas e cicatrização anormal não foram aumentados.

Cirurgia para Doença Recorrente

Os seguintes eventos adversos pós-operatórios foram observados em 4% ou mais dos 110 pacientes recebendo Carmustina na cirurgia recorrente. Exceto para efeitos do sistema nervoso, onde há possibilidade que os implantes de placebo possam ter sido responsáveis, somente os eventos mais comuns no grupo do Carmustina foram listados.

Estes eventos adversos não estavam presentes no período pré-operatório nem pioraram no pós-operatório durante o período de acompanhamento. O período de acompanhamento foi de até 71 meses.

Transtornos Metabólicos e Nutricionais

  • Muito Comum: cicatrização anormal.

Sistema Nervoso Muito Comum

  • Convulsão, hemiplegia, dor de cabeça, sonolência, confusão.
  • Comum: afasia, estupor, edema cerebral, hipertensão intracraniana, meningite ou abscesso.

Sistema Digestório

  • Comum: náusea, náusea e vômito.

Pele e Anexos

  • Comum: rash.

Sistema Urogenital

  • Muito Comum: Infecção do trato urinário.

Corpo como um todo

  • Muito Comum: febre.
  • Comum: dor.

Os seguintes eventos adversos foram relatados em menos que 4% mas pelo menos 1% dos pacientes tratados com Carmustina em todos os estudos. Os eventos listados não estavam presentes no pré-operatório nem pioraram no pós-operatório. Não se pode determinar se Carmustina causou estes eventos.

Sistema Hêmico e Linfático

  • Comum: trombocitopenia, leucocitose.

Transtornos Metabólicos e Nutricionais

  • Comum: hiponatremia, hiperglicemia, hipocalemia.

Sistema Nervoso

  • Comum: Hidrocefalia, depressão, pensamento anormal, ataxia, tontura, insônia, monoplegia, coma, amnésia, diplopia, reação paranoide.
  • Incomum: hemorragia cerebral, infarto cerebral.

Transtornos Visuais

  • Comum: defeito do campo visual, dor no olho.

Sistema Cardiovascular

  • Comum: hipertensão, hipotensão.

Sistema Respiratório

  • Comum: infecção, pneumonia aspirativa.

Sistema Digestório

  • Comum: diarreia, constipação, disfagia, hemorragia gastrointestinal, incontinência fecal.

Pele e Anexos

  • Comum: rash.

Sistema Musculoesquelético

  • Comum: infecção.

Sistema Urogenital

  • Comum: incontinência urinária.

Distúrbios Gerais e Condições do Local de Administração

  • Muito Comum: edema periférico, dor no pescoço, injúria acidental, dor nas costas, reação alérgica, astenia, dor no peito, sepse.

As 4 categorias seguintes de eventos adversos são possivelmente relacionadas ao tratamento com Carmustina:

A frequência com a qual elas ocorreram nos estudos randomizados junto com os detalhes descritivos é fornecida abaixo.

  1. Convulsões: No estudo de cirurgia inicial, a incidência de convulsões dentro dos primeiros 5 dias após a colocação do implante foi de 2,5% no grupo de pacientes que recebeu Carmustina. No estudo de cirurgia para doença recorrente, a incidência de convulsões pós-operatórias foi 19% em ambos pacientes recebendo Carmustina. No estudo, 12/22 (54%) dos pacientes tratados com Carmustina experimentaram a primeira convulsão nova ou piorada dentro dos primeiros cinco dias pós-operatórios. O tempo mediano de início da primeira convulsão nova ou piorada foi 3,5 dias em pacientes tratados com Carmustina.
  2. Edema Cerebral: No estudo de cirurgia inicial, edema cerebral foi notado em 22,5% dos pacientes tratados com Carmustina e em 19,2% dos pacientes tratados com placebo. Desenvolvimento de edema cerebral com efeito de massa (devido à recorrência do tumor, infecção intracraniana, ou necrose) pode necessitar reoperação e, em alguns casos, remoção de Carmustina ou seus restos.
  3. Anormalidades de Cicatrização: As seguintes anormalidades de cicatrização foram relatadas nos estudos clínicos de Carmustina:
    • Deiscência da ferida, cicatrização da ferida retardada, efusões subdurais, subgaleais ou da ferida, e vazamento de fluido cérebro-espinhal. No estudo de cirurgia inicial, vazamentos de fluido cérebro-espinhal ocorreram em 5% dos recipientes de Carmustina. Durante a cirurgia, um fechamento dural resistente à água deve ser obtido para minimizar o risco de vazamento de fluido cérebro-espinhal.
  4. Infecção Intracraniana: No estudo de cirurgia inicial, a incidência de abscesso cerebral ou meningite foi 5% em pacientes tratados com Carmustina. No estudo de recorrência, a incidência de abscesso cerebral ou meningite foi 4% em pacientes tratados com Carmustina.

Atenção: este produto é um medicamento que possui forma farmacêutica nova no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Carmustina maior do que a recomendada?

Não existe experiência clínica com o uso de mais que 8 implantes de Carmustina por procedimento cirúrgico.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Carmustina com outros remédios?

As interações de Carmustina com outras drogas não foram formalmente avaliadas.

Quais cuidados devo ter ao usar o Carmustina?

Pacientes submetidos à craniotomia para glioma maligno e implantação de carmustina devem ser monitorados de perto para complicações conhecidas de craniotomia, incluindo convulsões, infecções intracranianas, cicatrização anormal e edema cerebral. Casos de efeito de massa intracerebral não responsiva a corticosteroides foram descritos em pacientes tratados com Carmustina, incluindo um caso levando à herniação cerebral.

O desenvolvimento de edema cerebral com efeito de massa (devido à recorrência do tumor infecção intracraniana, ou necrose) podem necessitar de reoperação e, em alguns casos, a remoção de Carmustina. Deve ser garantida a monitorização cuidadosa de pacientes tratados com Carmustina para edema cerebral/hipertensão craniana, com consequente uso de esteroides. O vazamento de fluido cerebroespinal foi mais comum em pacientes tratados com o implante de carmustina do que em pacientes tratados com placebo. Atenção para um fecho dural à prova d´água e cuidado com a ferida são indicados.

Comunicação entre a cavidade da ressecção cirúrgica e o sistema ventricular deve ser evitada para prevenir a migração dos implantes para o sistema ventricular e causar uma hidrocefalia obstrutiva. Se existir uma comunicação maior que o diâmetro de um implante, esta deve ser fechada antes da implantação do implante.

Tomografia computadorizada e imagem de ressonância magnética da cabeça podem demonstrar o aumento do tecido cerebral circundando a cavidade de ressecção após a implantação de carmustina. Este aumento pode representar edema e inflamação causada pelo Carmustina de carmustina ou progressão do tumor.

Gravidez (categoria D): Este medicamento não deve ser usado em mulheres grávidas sem orientação médica. Informe a seu médico imediatamente em caso de suspeita de gravidez.

Resumo do risco

Carmustina pode causar dano fetal quando administrado a mulher grávida. Não há estudos com Carmustina; entretanto, carmustina, o componente ativo do Carmustina, é embriotóxica e teratogênica em ratos em exposições menores que a exposição na dose humana recomendada em uma base de mg/m2 e embriotóxica em coelhos em exposições similares às exposições na dose humana recomendada em uma base de mg/m2. Se esta droga for usada durante a gravidez, ou se a paciente ficar grávida durante o tratamento, a paciente deve ser avisada do dano potencial para o feto.

Dados em Animais

Não há estudos de avaliação da toxicidade reprodutiva de Carmustina; entretanto, carmustina, o componente ativo de Carmustina, é embriotóxica e teratogênica em ratos em doses intraperitoniais de 0,5 mg/kg/dia ou maiores quando dadas do dia 6 ao dia 15 da gestação. Carmustina causou malformações fetais (anoftalmia, micrognatia, onfalocele) a 1,0 mg/kg/dia (cerca de 0,12 a dose humana recomendada, oito implantes de 7.7 mg carmustina/implante, em uma base de mg/m2). Carmustina foi embriotóxica em coelhos em doses intravenosas de 4,0 mg/kg/dia (cerca de 1,2 vezes a dose humana recomendada em uma base de mg/m2). Embriotoxicidade foi caracterizada por mortes embriofetais aumentadas, número de filhotes reduzido, e tamanho reduzido dos filhotes.

Lactação

Não se sabe se a carmustina, ou os componentes do implante são excretados no leite humano. Como muitas drogas são excretadas no leite humano e há potencial para reações adversas graves com o uso da carmustina em bebês durante o aleitamento, é recomendado que as pacientes recebendo Carmustina descontinuem a amamentação.

Carcinogênese, Mutagênese, Dano à Fertilidade

Não foram conduzidos estudos de carcinogenicidade, mutagenicidade ou dano à fertilidade com Carmustina. Estudos de carcinogenicidade, mutagenicidade e de danos à fertilidade foram conduzidos com carmustina, o componente ativo do Carmustina. A carmustina foi carcinogênica em ratos e camundongos quando administrada por injeção intraperitoneal em doses mais baixas àquelas liberadas pelo Carmustina na dose recomendada. Houve aumento na incidência de tumor em todos os animais tratados. A carmustina foi mutagênica in vitro (ensaio de Ames, ensaio HGPRT de linfoblasto humano) e clastogênica tanto in vitro (ensaio de micronúcleo de célula de hamster V79) quanto in vivo (ensaio SCE em tumores cerebrais de roedores, ensaio de micronúcleo de medula óssea de camundongo).

Em ratos machos a carmustina causou degeneração testicular em doses intraperitoniais de 8 mg/kg/semana por oito semanas (cerca de 1,3 vezes a dose humana recomendada em uma base de mg/m2).

Efeitos sobre a Habilidade de Dirigir Veículos ou Operar Maquinário

O paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Uso Pediátrico

A segurança e eficácia do Carmustina em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.

Pacientes Idosos

Os estudos clínicos conduzidos com Carmustina não incluíram número suficiente de pacientes maiores de 65 anos de idade para determinar se há resposta de eficácia e segurança diferente de pacientes mais jovens.

Qual a ação da substância do Carmustina?

Resultados de Eficácia


Cirurgia Primária

Em estudo clínico randomizado, duplo-cego, placebo-controlado conduzido em 240 pacientes adultos com glioma de alto grau de malignidade recentemente diagnosticado submetidos à craniotomia inicial para ressecção do tumor (Estudo 1), a sobrevida mediana foi aumentada de 11,6 meses com placebo para 13,9 meses com o implante de carmustina Carmustina (valor-p 0.079, não estratificado teste log-rank) na fase do estudo original.

O placebo utilizado era um implante sem carmustina, mas com a mesma matriz polimérica do medicamento em estudo.

A população no Estudo 1 foi 67% do sexo masculino, 97% brancos, a idade mediana foi 53 anos (variação: 21 – 72). No Estudo 1, 87% tinham um performance status de Karnofsky ≥ 70 e 71% tinham um performance status de Karnofsky de ≥ 80%. No Estudo 1, 78% tinham o subtipo histológico de glioblastoma multiforme como determinado pela revisão de patologia central. E 38% dos pacientes receberam 8 implantes e 78% receberam ≥ 6 implantes. Começando 3 semanas após a cirurgia, 80% dos pacientes receberam terapia de radiação de campo limitado padrão (RT) descrito como 55 – 60 Gy em 28 a 30 frações ao longo de 6 semanas; um adicional de 11% não recebeu nenhuma radioterapia e o restante recebeu radioterapia não padrão ou uma combinação de radioterapia padrão e não padrão. No momento da progressão, 24% receberam quimioterapia sistêmica.

Ocorreram mortes dentro de 30 dias da implantação em 5 pacientes (4%) recebendo Carmustina comparado a 2 pacientes (2%) recebendo placebo. As mortes no braço Carmustina resultaram de hematoma/edema cerebral (n = 3), embolismo pulmonar (n = 1) e evento coronário agudo (n = 1). As mortes no braço placebo resultaram de sepse (n = 1) e doença maligna (n = 1).

Tabela 1: Sobrevida Global em Pacientes com Glioma Recentemente Diagnosticado, Estudo 1:

Sobrevida Global – ITT* Carmustina (n = 120) Placebo Implante (n = 120)
Número de mortes, n (%) 111 (93%) 117 (98%)
Sobrevida global mediana, meses (95% CI) 13.9 (12.1, 15.1) 11.6 (10.2, 12.7)
Razão de risco (95% CI) 0.73 (0.56, 0.95)
Test Log-Rank valor-p < 0.02**

*Baseado na análise final, teste log-rank não estratificado especificado no protocolo.
**Valor-p não ajustado par comparações múltiplas.

Figura 1: Sobrevida Global para Pacientes com Glioma de Alto Grau de Malignidade Recentemente Diagnosticado – Curvas Kaplan-Meier por Grupo de Tratamento*

*Baseado na análise final, teste log-rank não estratificado especificado no protocolo; valor-p não ajustado par comparações múltiplas.

Glioblastoma Multiforme Recorrente

A segurança de Carmustina foi avaliada em um estudo multicêntrico, randomizado (1:1), duplo-cego, placebo controlado de 222 pacientes com glioma de alto grau de malignidade recorrente que receberam até 8 Carmustina ou placebo correspondente, implantados contra as superfícies da ressecção após a ressecção máxima do tumor (Estudo 2). Era solicitado que os pacientes tivessem recebido previamente terapia de radiação de feixe externo suficiente para desqualificá-los de terapia de radiação adicional. Todos os pacientes foram elegíveis para receber quimioterapia que foi suspensa por pelo menos 4 semanas (6 para nitrosoureias) antes e 2 semanas após a cirurgia.

A população no Estudo 2 era de 64% do sexo masculino, 92% brancos, e tinha uma idade mediana de 49 anos (variação: 19 – 80). No Estudo 2, 65% tinham subtipo histológico de glioblastoma multiforme, 26% tinham astrocitoma anaplástico ou outra variante anaplástica, 73% tinham um performance status de Karnofsky ≥ 70, 53% tinham um performance status de Karnofsky de ≥ 80%, 73% tinham somente uma cirurgia prévia, e 46% tinham tratamento prévio com nitrosoureia. No Estudo 2, 81% dos pacientes receberam 8 implantes e 96% receberam ≥ 6 implantes.

No Estudo 2, 64 reações adversas graves foram relatadas em 43 pacientes (39%) recebendo Carmustina. As reações adversas observadas nos pacientes tratados com Carmustina estão na Seção 9. REAÇÕES ADVERSAS. Meningite ocorreu em 4 pacientes recebendo Carmustinas e em nenhum dos pacientes recebendo placebo.

Meningite bacteriana foi confirmada em 2 pacientes:

  • O primeiro com início quatro dias após a implantação de Carmustina; o Segundo após ressecção para recorrência do tumor 155 dias após a implantação de Carmustina. Um caso, atribuído à meningite química resolveu após tratamento com esteroide. A causa do quarto caso foi indeterminada, mas resolveu após tratamento com antibiótico.

As taxas de sobrevida e mortalidade em 6 meses no subgrupo de pacientes com glioblastoma multiforme recorrente foram medidas de desfecho exploratórias e estão resumidas na Tabela 2 e Figuras 2 e 3. Não foi observado prolongamento da sobrevida em pacientes com diagnósticos patológicos diferentes de glioblastoma multiforme.

Tabela 2: Principais medidas de desfecho de eficácia em pacientes com glioblastoma multiforme recorrente, Estudo 2:

--- Carmustina Placebo
Glioblastoma multiforme  n = 72 n = 73
Sobrevida em 6 Meses
Número de mortes, n (%) 32 47
Taxa de sobrevida em 6 meses (%) 56% 36%
Valor-p do teste Log-Rank 0,013**
Valor-p do teste Gehan’s generalized Wilcoxon 0,015**
Sobrevida global
Número de mortes, n (%) 71 (99%) 72 (99%)
Mediana da sobrevida global (95% CI) (meses) 6,51 (5,32; 7,49) 4,63 (3,78; 5,52)
Valor-p do teste Log-Rank 0,181**
Valor-p do teste Gehan’s generalized Wilcoxon 0,021**

**Valor-p não ajustado para comparações múltiplas.

Figura 2: Sobrevida em 6 Meses para Pacientes com Glioblastoma Multiforme Recorrente – Curvas de Kaplan-Meier por Grupo de Tratamento:

Figura 3: Sobrevida Global (meses) para Pacientes com Glioblastoma Multiforme Recorrente – Curvas de Kaplan-Meier por grupo de tratamento:

Referências Bibliográficas:

1. Estudo 1: Westphal, M., Hilt, D.C., Bortey, E., Delavault, P., Olivares, R., Warnke, P.C., Whittle, l.R., Jaaskelainen, J., and Ram, Z. (2003) A phase 3 trial of local chemotheraphy with biodegradable carmustine (BCNU) wafers (Carmustina wafers) in patients with primary malignant glioma. Neuro- Oncology [serial online], Doc. 02-023, February 10, 2003. URL http://neurooncology.mc.duke.edu - A phase 3 trial of local chemotherapy with biodegradable carmustine (BCNU) wafers (Carmustina wafers) in patients with primary malignant glioma.
2. Estudo 2: Brem, H., Piantadosi, S., Burger, P.C., Walker, M., Selker, R., Vick, N.A., Black, K., Sisti, M., Brem, S., Mohr, G., Muller, P., Morawetz, R., Schold, S.C. (1995) Placebo-controlled trial of safety and efficacy of intraoperative controlled delivery by biodegradable polymers of chemotherapy for recurrent gliomas. Lancet; 345, No. 8956, p1008-1012, April 22, 1995. URL http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(95)90755-6/abstract - Placebo-controlled trial of safety and efficacy of intraoperative controlled delivery by biodegradable polymers of chemotherapy for recurrent gliomas.

Características Farmacológicas


Farmacodinâmica

Carmustina foi desenhado para difundir carmustina diretamente na cavidade cirúrgica criada quando um tumor cerebral é ressectado. Na exposição ao ambiente aquoso da cavidade da ressecção, as ligações anidrido no copolímero são hidrolisadas, liberando carmustina, carboxifenoxipropano, e ácido sebácico. A carmustina liberada do implante Carmustina difunde no tecido cerebral circundante e produz um efeito antineoplásico pela alquilação de DNA e RNA.

A carmustina mostrou degradar tanto espontaneamente quanto metabolicamente. A produção de uma entidade alquilante, hipoteticamente um íon cloroetil carbônio, leva à formação de ligações cruzadas de DNA.

A atividade tumoricida de Carmustina é dependente da liberação da carmustina na cavidade do tumor em concentrações suficientes para citotoxicidade efetiva.

Mais que 70% do copolímero degrada-se em 3 semanas. A disposição metabólica e excreção dos monômeros diferem. O carboxifenoxipropano é eliminado pelo rim e ácido sebácico, um ácido graxo endógeno, é metabolizado pelo fígado e eliminado como CO2 em animais.

Farmacocinética

A absorção, distribuição, metabolismo e excreção do copolímero em humanos são desconhecidos. As concentrações de carmustina liberadas pelo Carmustina no tecido do cérebro humano não foram determinadas. Os níveis plasmáticos de carmustina após Carmustina ser implantado não foram determinados. Em coelhos que receberam implantes contendo 3,85% de carmustina, não foram encontrados níveis detectáveis de carmustina no plasma ou fluido cérebro-espinhal.

Após uma infusão intravenosa de carmustina em doses variando de 30 a 170 mg/m2, a meia-vida terminal, clearance (depuração), e volume de distribuição no estado de equilíbrio foram 22 minutos, 56 mL/min/kg, e 3,25 L/kg, respectivamente. Aproximadamente 60% da dose intravenosa de 200 mg/m2 de 14C-carmustina foram excretados na urina ao longo de 96 horas e 6% foram eliminadas como CO2.

Os implantes de Carmustina são biodegradáveis no cérebro humano quando inseridos na cavidade após a ressecção do tumor. A taxa de biodegradação é variável de paciente para paciente.

DCB (Denominação Comum Brasileira)

01781.

Fontes consultadas

  • Bula do Profissional do Medicamento Gliadel®.

Nomes comerciais

Especialidades Médicas

Oncologia

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