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Bula do Cod

Princípio Ativo: Fosfato de Codeína

Classe Terapêutica: Analgésicos Narcóticos

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 7 de Dezembro de 2024.

Cod, para o que é indicado e para o que serve?

Cod é indicado para o alívio da dor moderada.

Como o Cod funciona?

Cod é um medicamento que age no sistema nervoso central inibindo a sensação de dor e a resposta emocional relacionada à dor. Cod pertence a uma classe chamada analgésicos opioides.

A ação analgésica de Cod via oral tem início de 30 a 45 minutos após a administração e tem duração de 4 horas.

Quais as contraindicações do Cod?

Você não deve usar Cod comprimidos:

  • Se você for alérgico à codeína ou a outros opioides;
  • Se você estiver com diarreia causada por envenenamento ou associada à colite pseudomembranosa causada por cefalosporina, lincomicina ou penicilina;
  • Se você for dependente de drogas e álcool;
  • Se você sentir dificuldades respiratórias ou estiver com problemas emocionais ou problemas no coração, fígado, rins, intestinos, próstata ou tireoide;
  • Se você estiver com aumento da pressão intracraniana ou tiver convulsões;
  • Se você fez cirurgia recente do trato intestinal ou urinário.

É contraindicado o uso de Cod comprimidos em crianças, recém-nascido e bebês prematuros.

Este medicamento é contraindicado para o uso em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula de Cod.

Cod é contraindicado durante a gravidez e lactação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Como usar o Cod?

Administração oral para adultos

A dose usual para adultos é de 30 mg (de 15 a 60 mg), a cada 4 ou 6 horas, para obtenção do efeito analgésico.

O limite de administração é de até 360 mg/dia.

Duração do tratamento

Você deve tomar o medicamento pelo tempo recomendado pelo seu médico de acordo como tipo de dor que você tem, se é uma dor que dura poucos dias (como a dor após uma cirurgia) ou se é uma dor contínua (que dura mais que um mês). Se você sentir qualquer evento adverso que consta nesta bula ou se a dor não melhorar, procure seu médico para uma nova avaliação. Ele irá decidir a melhor conduta a ser realizada, como por exemplo ajuste de dose ou substituição do medicamento.

Uso em crianças

Cod comprimidos não é adequado para uso pediátrico. Ocorreram mortes de pacientes após adenoidectomia (remoção cirúrgica das adenoides) e amidalectomia (remoção cirúrgica das amigdalas) em crianças com apneia obstrutiva do sono (distúrbio do sono, em que a respiração é repetidamente interrompida e retomada) que receberam codeína. Isto pode ter sido resultado da conversão rápida de codeína em morfina no corpo, uma vez que há evidências de que estes pacientes eram metabolizadores ultrarrápidos de codeína. Cod solução oral e solução injetável estão contraindicados para o tratamento da dor em crianças menores de 12 anos e em menores de 18 anos para o controle da dor pós-operatória da adenoidectomia e amidalectomia. Cod comprimidos é indicado apenas para uso adulto. A codeína deve ser utilizada apenas quando os potenciais benefícios ultrapassarem os riscos.

Uso em idosos

Pacientes idosos são mais susceptíveis a efeitos de depressão respiratória, pois seu metabolismo e eliminação são mais lentos. Para estes pacientes são recomendadas baixas doses ou longo intervalo entre as doses. Pacientes idosos geralmente com hipertrofia ou obstrução prostática e enfraquecimento da função renal, apresentam retenção urinária quando fazem uso de analgésico opioide.

Insuficiência renal

Recomenda-se precaução ao iniciar o tratamento com codeína em pacientes com insuficiência renal. Começar na menor dose efetiva e titular com cautela. Pacientes com insuficiência renal moderada a grave podem necessitar de ajuste de dose. Um aumento da sensibilidade à codeína pode ocorrer na presença de insuficiência renal, porém não relacionado à idade. Pacientes com insuficiência renal em hemodiálise devem ter cautela ao utilizar codeína. Sugerese que sejam reduzidas as doses de manutenção ou aumento dos intervalos entre as doses para diminuir a probabilidade de toxicidade e maximizar a eficácia terapêutica de doses múltiplas quando necessário.

Insuficiência hepática

Recomenda-se iniciar com cautela o tratamento com codeína em pacientes com insuficiência hepática. Iniciar com a menor dose eficaz e titular com cuidado. É provável que uma redução ou ajuste de dose seja necessária.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

O que devo fazer quando me esquecer de usar o Cod?

Se você esquecer uma dose de codeína, tome-a o mais rapidamente possível. No entanto, se estiver quase na hora para tomar sua dose seguinte, saltar a dose esquecida e voltar para a sua programação de dose regular. Não duplique as doses.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Quais cuidados devo ter ao usar o Cod?

Este fármaco pode suprimir os movimentos peristálticos no trato gastrointestinal, sendo contraindicado em pacientes com obstrução gastrointestinal, especialmente íleo paralítico devido ao risco de agravamento da obstrução.

Deve-se ter precaução no uso desse medicamento em pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), cor pulmonal e ou com reserva respiratória diminuída.

Este fármaco pode causar dependência física ou psicológica com o uso crônico.

A suspensão do medicamento pode causar abstinência incluindo ansiedade, tremores, espasmos musculares, sudorese, rinorreia e delírios paranoicos.

Abuso e dependência

A codeína possui potencial de causar abuso e dependência, principalmente quando seu uso é prolongado e em altas doses.

Polimorfismo genético

No corpo, a codeína é convertida em morfina pela enzima CYP2D6. O polimorfismo genético dessa enzima resulta na incapacidade de converter codeína em morfina. Sendo assim, a codeína pode apresentar-se ineficaz em 10% da população caucasiana. Além deste fato, outro tipo de polimorfismo genético incrementa o metabolismo, tornando a população mais sensível ao efeito da codeína. Alguns pacientes que são metabolizadores ultrarrápidos da CYP2D6, convertem a codeína em morfina em uma taxa mais rápida do que o normal, resultando em níveis superiores aos normais de morfina no sangue, podendo conduzir a efeitos tóxicos, tais como dificuldade de respiração. Recomenda-se que para estes pacientes seja indicado outro tipo de analgésico para evitar o risco de ineficácia ou de severa toxicidade.

Uso odontológico

Analgésico opioide diminui ou inibe a formação de saliva, contribuindo para o desenvolvimento da cárie, doença periodontal, candidíase oral e certo desconforto.

Gravidez

Deve ser considerado o risco-benefício, uma vez que o analgésico opioide atravessa a placenta.

O uso regular durante a gravidez pode causar dependência física ao feto, causando ao recém-nascido síndrome de abstinência neonatal:

Em geral, o uso de analgésicos opioides está associado com efeitos adversos no feto, que incluem dependência física, abstinência, retardo do crescimento e depressão respiratória neonatal, malformações do trato respiratório, hérnia inguinal e umbilical estenose do piloro, defeitos do sistema circulatório e cardíaco, fenda palatina e lábio leporino e hidrocefalia, embora não se tenha estabelecida uma relação causal entre estas malformações e o uso de opioides.

A codeína é classificada como categoria C de risco na gravidez: não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.

Trabalho de parto

O uso de analgésico durante o trabalho de parto pode causar depressão respiratória no recém-nascido.

Lactação

O fosfato de codeína é excretado no leite materno. A relação risco-benefício deve ser considerada, uma vez que para algumas mães que são metabolizadoras ultrarrápidas da codeína em morfina, pode haver risco de morte para o lactente. Desta forma, ao prescrever codeína a uma lactante, deve-se selecionar a menor dose possível pelo menor tempo possível e monitorar de perto mãe e lactente. As lactantes devem entrar em contato com o médico ao perceber sinais nelas mesmas, como extrema sonolência, dificuldade para cuidar do bebê e no lactente, como aumento da sonolência, fraqueza, dificuldade para mamar ou respirar. Estes sinais podem ser indício de alto níveis de morfina no organismo. Se você estiver amamentando somente deverá utilizar Cod se o benefício justificar o risco potencial.

Este medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica.

Informe ao seu médico se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso em crianças

Cod comprimidos não é adequado para uso pediátrico. Ocorreram mortes de pacientes após adenoidectomia (remoção cirúrgica das adenoides) e amidalectomia (remoção cirúrgica das amigdalas) em crianças com apneia obstrutiva do sono (distúrbio do sono, em que a respiração é repetidamente interrompida e retomada) que receberam codeína. Isto pode ter sido resultado da conversão rápida de codeína em morfina no corpo, uma vez que há evidências de que estes pacientes eram metabolizadores ultrarrápidos de codeína. Cod solução oral e solução injetável estão contraindicados para o tratamento da dor em crianças menores de 12 anos e em menores de 18 anos para o controle da dor pós-operatória da adenoidectomia e amidalectomia. Cod comprimidos é indicado apenas para uso adulto. A codeína deve ser utilizada apenas quando os potenciais benefícios ultrapassarem os riscos.

Uso em idosos

Pacientes idosos são mais susceptíveis a efeitos de depressão respiratória, pois seu metabolismo e eliminação são mais lentos. Para estes pacientes são recomendadas baixas doses ou longo intervalo entre as doses.

Pacientes idosos geralmente com hipertrofia ou obstrução prostática e enfraquecimento da função renal, apresentam retenção urinária quando fazem uso de analgésico opioide.

Insuficiência renal

Recomenda-se precaução ao iniciar o tratamento com codeína em pacientes com insuficiência renal. Começar na menor dose efetiva e titular com cautela. Pacientes com insuficiência renal moderada a grave podem necessitar de ajuste de dose. Um aumento da sensibilidade à codeína pode ocorrer na presença de insuficiência renal, porém não relacionado à idade. Pacientes com insuficiência renal em hemodiálise devem ter cautela ao utilizar codeína.

Sugere-se que sejam reduzidas as doses de manutenção ou aumento dos intervalos entre as doses para diminuir a probabilidade de toxicidade e maximizar a eficácia terapêutica de doses múltiplas quando necessário.

Insuficiência hepática

Recomenda-se iniciar com cautela o tratamento com codeína em pacientes com insuficiência hepática. Iniciar com a menor dose eficaz e titular com cuidado. É provável que uma redução ou ajuste de dose seja necessária.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas

A codeína pode afetar as habilidades mentais e / ou físicas necessárias para realizar atividades potencialmente perigosas, como dirigir um carro ou operar máquinas.

Dessa forma, deve-se ter cautela ao realizar estas atividades com a utilização de Cod.

Durante o tratamento com Cod, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Informação relacionada ao doping

A codeína não está presente na lista de substâncias proibidas da agência mundial antidoping (AMA), Comitê Olímpico Internacional (COI) e Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e seu uso não caracteriza doping. Contudo, ao ingerir codeína, no corpo ela irá se transformar em morfina, que se presente na urina pode gerar um resultado positivo e ser sugestivo de doping.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis.

Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Cod?

Você deve procurar o seu médico caso você apresente sinais de reações adversas além daquelas normalmente esperadas.

As reações mais comuns da codeína são dores abdominais e sonolência. Você deve relatar qualquer destes sintomas para seu médico.

  • Reações adversas muito comuns (ocorrem em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): sudorese, obstipação, náuseas, vômitos, tontura e vertigem, sedação, sonolência e dispneia.
  • Reações adversas raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): reação anafilática.

Reações adversas com frequências desconhecidas

  • Sem informações detalhadas: náuseas e vômitos, espasmo no esfíncter de Oddi, miastenia gravis, delírio, disfunção sexual, urticária e vasodilatação provavelmente relacionada à liberação de histamina.
  • Ocorrências: hipotensão, síncope, prurido, rash, hipocalcemia, obstrução intestinal, pancreatite, reação de sensibilidade cruzada, reação de hipersensibilidade, rash escarlatiniforme, pressão do líquido cefalorraquidiano aumentada, comprometimento da performance psicomotora, mioclonia, convulsão, ansiedade, disforia, euforia, edema pulmonar e óbito (por depressão respiratória em casos específicos).
  • Relato de caso: transtorno psicótico, alucinações visuais e auditivas, insuficiência renal aguda, cólica renal, oligúria/anúria, poliúria com sede, nefrite intersticial aguda, depressão respiratória.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Apresentações do Cod

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

Comprimidos

  • 30 mg em embalagem com 12 ou 30 comprimidos.
  • 60 mg em embalagem com 30 comprimidos.

Uso oral.

Uso adulto.

Qual a composição do Cod?

Cada comprimido de 30 mg contém:

Fosfato de codeína

30 mg*

Excipientes q.s.p.

1 comprimido

*Equivalente à 30,68 mg de fosfato de codeína hemi-hidratado.

Excipientes: povidona, celulose microcristalina, dióxido de silício, croscarmelose sódica, metabissulfito de sódio, estearato de magnésio.

Cada comprimido de 60 mg contém:

Fosfato de codeína

60 mg*

Excipientes q.s.p.

1 comprimido

*Equivalente à 61,36 mg de fosfato de codeína hemi-hidratado.

Excipientes: povidona, celulose microcristalina, dióxido de silício, croscarmelose sódica, metabissulfito de sódio, estearato de magnésio, corante azul FD&C 2.

Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Cod maior do que a recomendada?

A administração de uma dose maior que a indicada é caracterizada pela depressão respiratória com ou sem depressão do sistema nervoso central além de outros sintomas como:

O tratamento da superdose consiste em assegurar e manter as vias aéreas livres, auxiliar a ventilação com oxigênio e/ou sistema de ventilação assistida ou controlada.

O antídoto específico é a naloxona, na dose de 0,4 a 2 mg administrados intravenosamente e com respiração assistida. A dose de naloxona pode ser repetida num intervalo de 2 a 3 minutos se necessário.

No caso de superdose por ingestão oral da codeína, proceder com o esvaziamento do estômago através de uma lavagem gástrica.

Em caso de superdose procure imediatamente assistência médica.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Cod com outros remédios?

Os efeitos depressores da codeína são potencializados pela administração concomitante de outros depressores do sistema nervoso central como o álcool, sedativos, anti-histamínicos ou fármacos psicotrópicos.

A quinidina pode inibir os efeitos analgésicos da codeína por impedir sua metabolização.

O uso concomitante de anticolinérgicos e codeína pode produzir íleo paralítico.

Abaixo consta um quadro expositivo das interações medicamento-planta medicinal; interações medicamento-substância química, interações medicamento-exame laboratorial e não laboratorial e as interações medicamentos-doenças:

Tipo de efeito Gravidade
Menor Moderada Importante
Interação medicamento – medicamento ¹
Aumento das concentrações plasmáticas do substrato CYP2D6 --- Abiraterona, desvenlafaxina, eliglustate Bupropiona, darunavir, paroxetina
Aumento do prejuízo da função cognitiva e habilidades motoras, aumento do risco (e/ou efeito aditivo) de depressão do SNC, depressão respiratória, hipotensão, sedação excessiva e síncope --- Loxapina Alfentanila, alprazolam, anileridina, baclofen, bromazepam, carbinoxamina, carisoprodol, cetazolam, clobazam, clonazepam, clorazepato, clordiazepóxido, clorzoxazona, dantroleno, diazepam, estazolam, etclorvinol, fentanila, flibanserina, flunitrazepam, flurazepam, halazepam, hidrato de cloral, hidrocodona, hidromorfona, lorazepam, lormetazepam, meclizina, medazepam, mefenesina, mefobarbital, meperidina, meprobamato, metadona, metaxalona, metocarbamol, metoexital, midazolam, morfina, nitrazepam, ópio, rfenadrina, oxazepam, oxibato de sódio, oxicodona, oximorfona, pentazocina, prazepam, propoxifeno, quazepam, remifentanila, sufentanila, sulfato de morfina lipossomal, suvorexanto, temazepam, tizanidina, triazolam
Diminuição das concentrações plasmáticas dos metabólitos ativos da codeína e redução dos efeitos analgésicos Quinidina

Locarserina, mirabegrona

---
Diminuição do limiar de convulsão --- --- Donepezila
Efeito no uso crônico: precipitação de sintomas de abstinência (cólicas abdominais, náuseas, vômitos, lacrimejamento, rinorreia, ansiedade, inquietação, elevação da temperatura ou piloereção) --- --- Buprenorfina, butalbital, dezocina, meptazinol, nalbufina

Efeito no uso agudo: depressão do SNC aditiva e aumento do risco de depressão respiratória

Precipitação de sintomas de abstinência a opioides; diminuição da eficácia do opioide --- ---

Naltrexona (contraindicado o uso concomitante)

Interações medicamento - planta medicinal ¹
Aumento do risco de depressão do SNC --- Kava, valeriana ---
Redução da eficácia analgésica opioide --- Ginseng ---
Interação medicamento - substância química ¹
Aumento da sedação --- Etanol ---
Interações medicamento-exame laboratorial e não laboratorial
Doseamento de morfina em exames antidoping ²
Doseamento de amilase e lipase ³
Interações medicamento-doenças 4
Motilidade gastrointestinal prejudicada, diarreia infecciosa, doença hepática, prematuros, disfunção renal, intoxicação aguda por com álcool, dependência a drogas, hipotensão, trauma craniano, tumor cerebral, desordem cerebral vascular, depressão respiratória --- ---

x

Insuficiência adrenal, espasmo biliar, hipotireoidismo, distúrbios convulsivos, retenção urinária, arritmias --- x ---

1. Micromedex® Solutions. Ann Arbor (MI): Truven Health Analytics Inc.; 2016. Codeine: Drug Interacions; [38 páginas].
2. Kolen FC. Bundel Sport & Retch. Deventer: Kluwer; 2004.
3. Drugs. Codeine Disease Interactions. [Internet]. Auckland: DrugsiteTrust; 2016; [citado 01 apr 2016]. Disponível em: http://www.drugs.com/disease-interactions/codeine.html.
4. Drugs. Codeine Sulfate FDA prescribing information, side effects and uses. [Internet]. Auckland: DrugsiteTrust; 2016; [citado 01 apr 2016]. Disponível em: http://www.drugs.com/pro/codeine-sulfate.html.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Qual a ação da substância do Cod?

Resultado da Eficácia


Estudo controlado, aleatório, com 127 pacientes avaliou a dose analgésica efetiva de codeína, tramadol e hidrocodona no alívio da dor do câncer. Foram incluídos pacientes com diagnósticos de câncer gástrico, de mamas, de próstata, de pulmão, colo de útero e câncer de reto. Quarenta e cinco pacientes receberam hidrocodona, 42 receberam codeína e 40 receberam tramadol. Quanto a intensidade da dor, 86% eram dor moderada e 14%, dor severa. A eficácia analgésica não foi diferente, estatisticamente, entre os três opioides estudados. No grupo que recebeu codeína, 57% dos pacientes obtiveram alívio com dose inicial de 180 mg/dia, 10% com dose de 360 mg/dia e 33% não obtiveram alívio da dor. Apesar de ter produzido mais constipação, a codeína apresentou menor incidência de náuseas e vômitos quando comparada ao tramadol.1

Estudo prospectivo, duplo-cego e comparativo entre a eficácia de codeína e tramadol na analgesia pós-operatória intracraniana foi realizado em 75 pacientes. Os pacientes foram alocados randomicamente. Vinte e cinco pacientes receberam 60 mg de codeína, 50 mg de tramadol ou 75 mg de tramadol intramuscular. Os pacientes que receberam codeína tiveram menores escores de dor ao longo das primeiras 48 horas após a operação (p < 0.0001). O grupo de 75 mg de tramadol teve maiores escores para sedação, náusea e vômito (p < 0.0001). Os autores concluíram que 60 mg de codeína IM proporcionou melhor analgesia pós-operatória do que tramadol após craniotomia e que o uso de tramadol deve ser evitado devido aos efeitos adversos e aumento de sedação, náusea e vômitos.2

O uso de opioide, codeína e oxicodona em pacientes com doença reumática crônica foi avaliado num estudo de coorte, retrospectivo no Minneapolis Veterans Affairs Medical Center (VAMC) Rheumatology Clinics entre 1 de abril e 31 de dezembro 1995. 644 pacientes, 153 pacientes com uso menor que 3 meses, dentre estes, 108 pacientes com uso de codeína e 137 pacientes com uso maior que 3 meses, dentre estes, 100 pacientes com codeína, tiveram seus prontuários revistos. Um grupo de 354 pacientes não foi tratado com opioide e serviu como controle. A codeína foi o opioide mais frequentemente prescrito. Os pacientes foram entrevistados para determinar eficácia, frequência e tipo de reações adversas e histórico de abuso de álcool ou drogas. Os opioides mostraram-se significantemente eficazes na redução da severidade dos sintomas dolorosos contra o grupo que não fez uso de opioides (p < 0,001) sem que houvesse aumento significativo do escalonamento das doses (p > 0,087). Eventos adversos leves como náusea, dispepsia, constipação e sedação foram apresentados por 38% dos pacientes. O tratamento da doença reumática com codeína e oxicodona foram considerados efetivos e de toxicidade leve. As doses utilizadas mantiveram-se estáveis por longos períodos de tempo. O aumento da dose de opioides foi relacionado à piora da dor e com complicações da patologia.3

Num estudo duplo cego, randomizado, sessenta e um pacientes foram randomicamente divididos em dois grupos para receber naproxeno sódico por via oral, comprimido de 550 mg, (Grupo N) ou naproxeno sódico e fosfato de codeína comprimidos de 550 + 30 mg respectivamente, (Grupo NC) antes da cirurgia. A cirurgia foi realizada com anestesia geral. Meperidina intravenosa foi iniciada por meio de analgesia controlada pelo paciente (ACP) para todos os pacientes, com bolus de 10 mg e bloqueio de 20 minutos. O desfecho primário foi o escore de dor na primeira hora de pós-operatório, avaliada com a Escala Visual Analógica (EVA). A sedação foi avaliada usando a Escala de Sedação de Ramsey. No resultado de eficácia, a mediana dos escores EVA em repouso foi significativamente menor no Grupo NC em comparação com o Grupo N em todos os tempos mensurados no pós-operatório (de 15 minutos a 18 horas) (p < 0,001). A mediana dos escores EVA em movimento também foi significativamente menor no Grupo NC que no Grupo N, exceto na avaliação em 18 horas de pós-operatório (p < 0,001). A mediana do tempo até a primeira demanda de ACP foi de 29 minutos no Grupo N (10-240 minutos) versus 135 minutos no Grupo NC (20-600 minutos); esse intervalo de tempo foi significativamente menor no Grupo N (p < 0,001). O consumo de meperidina intravenosa no pós-operatório de 18 horas foi de 20 mg no Grupo NC (10-50 mg) versus 95 mg no Grupo N (10-160 mg) (p < 0,001). Não houve diferença entre os grupos em relação aos efeitos colaterais (p > 0,05). A combinação de naproxeno sódico e fosfato de codeína forneceu analgesia mais efetiva que naproxeno sódico, sem aumentar os efeitos colaterais.4

Foram incluídos neste estudo 60 pacientes politraumatizados. Trinta pacientes foram tratados com 1000 mg de acetaminofeno mais 60 mg de codeína três vezes ao dia por 24 horas (Grupo A), enquanto que os 30 restantes receberam 10 mg de cetorolaco quatro vezes ao dia por 24 horas (Grupo B). A intensidade da dor foi avaliada usando a escala visual analógica (EVA) variando de 0 (sem dor) a 10 (dor muito grave). A intensidade da dor foi avaliada no momento da admissão (T0) assim como após 2 (T2), 12 (T12) e 24 (T24) horas a partir do início da terapia analgésica. Os resultados obtidos pelo grupo A foram comparados com os relatados pelo grupo B. A pontuação média da EVA em T0: Grupo A foi de 6,4 +/- 1,5 comparada com 6,6 +/- 1,5 do Grupo B (p=ns); a pontuação média T2: Grupo A foi de 3,4+/-2,8, comparada com 3,5+/-2,4 do Grupo B (p=ns); a pontuação média T12: Grupo A foi de 3,4+/-3,4 comparada com 3,5+/-3,0 do Grupo B (p=ns); a pontuação média T24: Grupo A foi de 2,9+/-1,5 comparada com 3,0+/-1,6 do Grupo B (p=ns). Todos esses fármacos determinaram uma redução significativa na intensidade da dor durante o decorrer da terapia. A associação do acetaminofeno com a codeína se mostrou efetiva para o controle da dor em pacientes politraumatizados, pelo menos neste estudo e pode representar uma alternativa válida aos AINEs, especialmente em pacientes que apresentam hemorragia ou alto risco hemorrágico.5

Um ensaio randomizado, centro único, duplo-cego, paralelo, prospectivo, comparou 1000 mg de paracetamol com 1000 mg de paracetamol combinado com 30 mg de codeína para alívio da dor após a remoção cirúrgica de terceiros molares retidos, realizando uma análise segundo intenção de tratar (ITT). Oitenta e dois pacientes foram aleatoriamente designados para receber um ou outro fármaco num máximo de três doses. Os pacientes registraram a intensidade da dor uma hora após a cirurgia e, posteriormente, a cada hora, durante 12 horas. O aumento médio da intensidade da dor ao longo de 12 horas foi significativamente menor nos pacientes que receberam paracetamol mais codeína do que naqueles que receberam somente paracetamol (p=0,03). Dos pacientes que receberam a combinação paracetamol + codeína, 62% não necessitaram de analgesia de resgate em comparação com 75% daqueles que utilizaram somente paracetamol (p=0,20). Não houve diferença significativa entre os dois grupos na proporção de pacientes que apresentaram eventos adversos (p = 0,5). A combinação de 1000 mg de paracetamol com 30 mg de codeína foi significativamente mais efetiva no controle da dor por 12 horas após remoção do terceiro molar, sem diferença significativa de reações adversas durante o período estudado de 12 horas.6

Referências Bibliográficas

1. Ref.: Jurado RFR, Bravo LE. Determinación de la dosis oral inicial de opioides débiles en alivio del dolor por cáncer. Rev Col Anest 2003. 31;93(2):93-104.
2. Ref.: Jeffrey HM, Charlton P, Mellor DJ, Moss E, Vucevic M. Analgesia after intracranial surgery: a double-blind, prospective comparison of codeine and tramadol. Br J Anaesth 1999;83:245-9.
3. Ref.: Ytterberg SR, Mahowald ML, Woods SR. Codeine and Oxycodone use in patients with chronic rheumatic disease pain. Arthritis Rheum 1998;41(9):1603-12.
4. Ref: Bali C, Ergenoglu P, Ozmete O, Akin S, Ozyilkan NB, Cok OY, Aribogan A. Comparação dos efeitos analgésicos pós‐operatórios de naproxeno sódico e naproxeno sódico‐fosfato de codeína em artroscopia de menisco. Rev Bras Anestesiol. 2016 Mar-Apr;66(2):151-6.
5. Ref: Franceschi F, Buccelletti F, Marsiliani D, Carroccia A, Giupponi B, De Marco G, Gilardi E, Merra G, Mancini F, Potenza A, Giannuzzi R, Calcinaro S, Marini M, Gentiloni Silveri N. Acetaminophen plus codeine compared to ketorolac in polytrauma patients. Eur Rev Med Pharmacol Sci. 2010 Jul;14(7):629-34.
6. Ref: Macleod AG, Ashford B, Voltz M, Williams B, Cramond T, Gorta L, Simpson JM. Paracetamol versus paracetamol-codeine in the treatment of post-operative dental pain: A randomized, double-blind, prospective trial. Australian Dental Journal 2002;47:(2):147-151.

Características Farmacológicas


Os analgésicos opioides ligam-se aos receptores estereoespecíficos em vários sítios do Sistema Nervoso Central (SNC) para alterar processos que afetam tanto a percepção da dor como a resposta emocional à mesma.

Mecanismo de Ação

Embora não tenham sido determinados completamente os sítios precisos ou os mecanismos de ação, as alterações na liberação de vários neurotransmissores dos nervos aferentes sensitivos aos estímulos da dor, podem ser responsáveis pelos efeitos analgésicos.

Quando estes medicamentos são usados como adjuvantes na anestesia, as ações analgésicas podem proporcionar proteção dose-relacionada contra as respostas hemodinâmicas ao estresse cirúrgico.

Foi proposta a existência de múltiplos subtipos de receptores opioides, cada um mediando vários efeitos terapêuticos e/ou reações adversas dos fármacos opioides. Estas ações dependem da afinidade de ligação pelo tipo do receptor e se sua ação é como um agonista pleno ou parcial ou se é inativo em cada tipo de receptor.

Pelo menos dois tipos de receptores de opioides (mu e kappa) mediam a analgesia.

A codeína exerce sua atividade agonista primariamente no receptor mu. Os receptores mu são amplamente distribuídos através do SNC, especialmente no sistema límbico (córtex frontal, córtex temporal, amígdala e hipocampo), tálamo, corpo estriado, hipotálamo e mesencéfalo assim como as lâminas I, II, IV e V do corno dorsal e na coluna vertebral. Os receptores kappa estão localizados primariamente na coluna vertebral e no córtex cerebral.

A codeína liga-se muito fracamente as proteínas.

Farmacocinética

A codeína possui meia vida de 2,5 a 4 horas que pode ser aumentada em pacientes geriátricos devido à diminuição do clearance.

No corpo, a codeína é convertida em morfina pela enzima CYP2D6. Alguns pacientes que são metabolizadores ultrarrápidos da CYP2D6 convertem a codeína em morfina em uma taxa mais rápida do que o normal, resultando em níveis superiores aos normais de morfina no sangue, podendo conduzir a efeitos tóxicos, tais como dificuldade de respiração.

Cerca de 10% da dose é desmetilada para morfina no fígado, o que pode contribuir para ação terapêutica.

A eliminação primária é essencialmente renal (5 - 15%), sendo que cerca de 10% são excretadas sem modificação.

Exclusivo Comprimido/Solução Oral

O início da ação analgésica por via oral ocorre entre 30 a 45 minutos e a duração da ação é de 4 horas, sendo que o pico do efeito analgésico é obtido entre 60 a 120 minutos.

Equivalência: 200 mg de codeína por via oral equivalem a 10 mg de morfina intramuscular.

Exclusivo Solução injetável

O início da ação analgésica por via subcutânea ocorre entre 10 a 30 minutos e a duração da ação é por 4 horas.

Equivalência: 120 mg de codeína por via intramuscular equivalem a 10 mg de morfina intramuscular.

Como devo armazenar o Cod?

Cod comprimidos deve ser conservado na embalagem fechada, à temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido da luz e da umidade. O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos e organolépticos

  • Comprimido de 30 mg: Comprimido branco a levemente amarelado plano, sulcado, com 7 mm de diâmetro.
  • Comprimido de 60 mg: Comprimido azul plano, sulcado, com 7 mm de diâmetro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Dizeres Legais do Cod

MS: 1.0372.0285

Farm. Resp.:
Dra. Silmara Souza Carvalho Pinheiro
CRF-SP n° 37.843

Registrado por:
Supera Farma Laboratórios S.A.
Avenida das Nações Unidas, 22532, bloco 1, Vila Almeida
São Paulo – SP
CNPJ: 43.312.503/0001-05
Indústria Brasileira.

Fabricado por:
Cristália - Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
Rod. Itapira-Lindóia, km 14
Itapira / SP

Comercializado por:
Supera RX Medicamentos Ltda.
Pouso Alegre – MG

Nº do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.

Venda sob prescrição médica.

Só pode ser vendido com retenção de receita.

Atenção: pode causar dependência física ou psíquica.

Quer saber mais?

Consulta também a Bula do Fosfato de Codeína


O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 7 de Dezembro de 2024.

Karime Halmenschlager SleimanRevisado clinicamente por:Karime Halmenschlager Sleiman. Atualizado em: 7 de Dezembro de 2024.

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