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Deferasirox é indicado para o tratamento de sobrecarga crônica de ferro devido à transfusões de sangue (hemossiderose transfusional) em pacientes adultos e pediátricos (com 2 anos de idade ou mais).
Deferasirox é contraindicado quando o clearance (depuração) de creatinina é < 40 mL/min ou a creatinina sérica > 2 vezes o limite superior da normalidade na idade apropriada.
Em pacientes com síndrome mielodisplásica (SMD) de alto risco e pacientes com outras malignidades hematológicas e não hematológicas, nos quais não se esperam benefícios da terapia de quelação devido à rápida progressão da doença.
Deferasirox é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes da fórmula.
Deferasirox deve ser tomado uma vez por dia com o estômago vazio pelo menos 30 minutos antes da refeição e, de preferência, no mesmo horário todos os dias. Os comprimidos são dispersíveis por agitação em um copo de água ou suco de laranja ou maçã (100 - 200 mL) até que uma fina suspensão seja obtida. Após a ingestão da suspensão, qualquer resíduo deve ser novamente disperso em um pequeno volume de água ou suco de laranja ou maçã e ingerido. Os comprimidos não devem ser mastigados ou engolidos inteiros. A dispersão em bebidas gaseificadas ou leite não é recomendada devido à formação de espuma e à demora para dispersão, respectivamente.
Recomenda-se que a terapia com Deferasirox seja iniciada após a transfusão de aproximadamente 20 unidades (aproximadamente 100 mL/kg) de bolsas de hemácias ou quando há evidência de sobrecarga crônica de ferro por avaliação clínica (p. ex. ferritina sérica > 1000 microgramas/L). As doses (em mg/kg) devem ser calculadas e arredondadas para um número mais próximo de comprimidos inteiros.
A terapia com agentes quelantes de ferro tem o objetivo de remover a quantidade de ferro administrada nas transfusões e, quando necessário, reduzir a carga de ferro existente. A decisão de remover o acúmulo de ferro deve ser individualizada com base no benefício clínico já comprovado e nos riscos da terapia de quelação.
A dose diária inicial de Deferasirox é de 20 mg/kg de peso corpóreo.
Uma dose diária inicial de 30 mg/kg pode ser considerada para pacientes recebendo mais que 14 mL/kg/mês de hemácias (aproximadamente mais de 4 unidades/mês para um adulto) e para aqueles cujo objetivo é reduzir a sobrecarga de ferro.
Uma dose inicial de 10 mg/kg pode ser considerada para pacientes recebendo menos que 7 mL/kg/mês de hemácias (aproximadamente menos de 2 unidades/mês para um adulto) e para aqueles cujo objetivo é a manutenção do nível de ferro no organismo.
Para pacientes que já estão bem controlados com o tratamento com desferroxamina, uma dose inicial de Deferasirox equivale numericamente à metade da dose de desferroxamina administrada [por ex.: um paciente recebendo 40 mg/kg/dia de desferroxamina, por 5 dias na semana (ou equivalente), pode ser transferido para o tratamento com Deferasirox utilizando uma dose inicial de 20 mg/kg/dia].
Recomenda-se que a ferritina sérica seja monitorada todo mês e que a dose de Deferasirox seja ajustada, se necessário, a cada 3 a 6 meses, baseando-se na tendência da ferritina sérica. Ajustes de dose podem ser feitos por etapas de 5 a 10 mg/kg e de acordo com as respostas individuais dos pacientes e seus objetivos terapêuticos (manutenção ou redução da sobrecarga de ferro). Em pacientes não controlados adequadamente com doses de 30 mg/kg (por exemplo, níveis de ferritina sérica persistentemente acima de 2.500 microgramas/L, e não mostrando uma tendência decrescente ao longo do tempo) doses de até 40 mg/kg podem ser consideradas. As doses acima de 40 mg/kg não são recomendadas porque há somente experiências limitadas com doses acima deste nível.
Em pacientes nos quais o nível de ferritina sérica atinge o valor desejado (geralmente entre 500 e 1.000 microgramas/L), reduções de doses em etapas de 5 a 10 mg/kg devem ser consideradas até a manutenção do nível de ferritina sérico dentro do intervalo desejado e minimizar o risco de superquelação.
Se a ferritina sérica cair consistentemente abaixo de 500 microgramas/L, deve ser considerada a interrupção do tratamento. Como ocorre com outros quelantes de ferro, o risco de toxicidade de Deferasirox pode ser aumentado quando pacientes com baixa carga de ferro ou com níveis de ferritina sérica ligeiramente elevados recebem doses mais altas inapropriadamente.
As doses recomendadas estão apresentadas na Tabela 5.
Tabela 5 - Sobrecarga de ferro transfusional: Doses recomendadas
- | Deferasirox Comprimidos para suspensão | Transfusões | Ferritina sérica |
Dose inicial | 20 mg/kg/dia | Após 20 unidades (cerca de 100 mL/kg) de bolsas de hemácias | >1,000 µg/L |
Dose inicial alternativa | 30 mg/kg/dia | >14 mL/kg/mês de bolsa de hemácias (aprox. >4 unidades/mês para um adulto) | |
10 mg/kg/dia | <7 mL/kg/mês de bolsa de hemácisas (aprox. <2 unidades/mês para um adulto) | ||
Para pacientes bem administrados com deferoxamina* | Metade da dose de deferoxamina | - | - |
Etapas de ajuste (cada 3 a 6 meses) |
Aumento 5 a 10 mg/kg/dia Até 40 mg/kg/dia |
- | >2,500 µg/L |
Redução 5 a 10 mg/kg/dia Quando o objetivo é atingido |
* | 500 a 1,000 µg/L | |
Dose máxima | 40 mg/kg/dia | - | - |
Considerar a interrupção da dose | - | - | <500 µg/L |
*Conversão de dose (explicação mais detelhada na Tabela 6)
As informações sobre a conversão de dose entre comprimidos para suspensão com a deferoxamina, são mostradas na Tabela 6 abaixo.
Tabela 6 - Conversão de dose
Dose de Deferoxamina** |
Dose diária de Deferasirox Comprimidos para suspensão |
10 mg/kg | 5 mg/kg |
20 mg/kg | 10 mg/kg |
30 mg/kg | 15 mg/kg |
40 mg/kg | 20 mg/kg |
50 mg/kg | 25 mg/kg |
60 mg/kg | 30 mg/kg |
Não aplicável* | 35 mg/kg |
Não aplicável* | 40 mg/kg |
* Não recomendado na bula de deferoxamina.
** Para pacientes já bem administrado em tratamento com deferoxamina.
O tratamento com Deferasirox deve ser usado com cautela em pacientes com níveis de creatinina sérica acima do limite para a idade. Deve-se ter cautela especialmente ao ser usado em pacientes com clearance (depuração) de creatinina entre 40 e 60 mL/min, particularmente nos casos em que há fatores de risco adicionais que podem comprometer a função renal, tais como medicações concomitantes, desidratação, ou infecções graves. As recomendações de dosagem inicial para pacientes com insuficiência renal são as mesmas descritas acima. A creatinina sérica deve ser monitorada mensalmente em todos os pacientes e, se necessário, doses diárias podem ser reduzidas em 10 mg/kg.
Deferasirox foi estudado em um ensaio clínico em pacientes com insuficiência hepática. Para pacientes com insuficiência hepática moderada (Child-Pugh B), a dose inicial deve ser reduzida em aproximadamente 50%. Deferasirox não deve ser utilizado em pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).
A função hepática em todos os pacientes deve ser monitorada antes de iniciar o tratamento, a cada 2 semanas durante o primeiro mês e depois mensalmente.
As recomendações de dosagem para pacientes pediátricos são as mesmas para pacientes adultos. Recomenda-se que a ferritina sérica seja monitorada mensalmente para avaliar a resposta do paciente à terapia e minimizar o risco de superquelação. Mudanças no peso de pacientes pediátricos ao longo do tempo devem ser consideradas no cálculo da dose.
As recomendações de dosagem para pacientes idosos são as mesmas descritas acima.
Em estudos clínicos, pacientes idosos tiveram uma frequência maior de reações adversas do que pacientes mais jovens e devem ser monitorados cautelosamente para reações adversas que podem requerer o ajuste de dose.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A decisão de remover a sobrecarga de ferro deve ser individualizada e baseada nos riscos e benefícios clínicos antecipados da terapia de quelação.
Deve-se ter cautela ao ser usado em pacientes idosos devido à maior frequência de reações adversas.
Aumentos não progressivos na creatinina sérica foram observados em alguns pacientes tratados com Deferasirox, geralmente dentro da variação normal. Isto foi observado em pacientes adultos e pediátricos com sobrecarga de ferro durante o primeiro ano de tratamento. Um estudo que avaliou a função renal de pacientes incluídos nos estudos de registro até 13 anos depois, confirmou a natureza não progressiva dessas observações de creatinina sérica. Casos de insuficiência renal aguda foram relatados após a comercialização de Deferasirox. Embora a relação causal com Deferasirox não pôde ser estabelecida, houve casos raros de insuficiência renal aguda que necessitaram de diálise ou com desfecho fatal.
É recomendado que a creatinina sérica e/ou o clearance (depuração) de creatinina sejam avaliados em duplicata antes de iniciar a terapia e seguida mensalmente durante o tratamento.
Pacientes com condições renais pré-existentes, ou pacientes que estejam recebendo medicamentos que possam deprimir a função renal podem ter maior risco de complicações. Portanto, a creatinina sérica e/ou o clearance de creatinina devem ser monitorados semanalmente no primeiro mês após início ou modificação da terapia, e mensalmente durante o tratamento. Deve-se ter cautela ao ser usado em pacientes com clearance (depuração) de creatinina entre 40 e 60 mL/min, particularmente nos casos em que há fatores de risco adicionais que possam comprometer a função renal, tais como medicações concomitantes, desidratação, ou infecções graves.
Tubulopatia renal foi relatada em pacientes tratados com Deferasirox. A maioria destes pacientes eram crianças e adolescentes com beta-talassemia e níveis de ferritina sérica < 1.500 micrograma/L.
A redução ou interrupção da dose pode ser considerada caso ocorram anormalidades nos níveis de marcadores da função tubular renal e/ou como indicado clinicamente.
Exames de proteinúria devem ser realizados mensalmente.
Deve-se ter cuidado para manter hidratação adequada em pacientes que apresentem diarreia ou vômito.
Para pacientes adultos, a dose diária de Deferasirox pode ser reduzida para 10 mg/kg se um aumento não progressivo na creatinina sérica maior que 33% acima da média das medidas pré-tratamento for detectado em duas consultas consecutivas, e não puder ser atribuído a outras causas. Para pacientes pediátricos, a dose deve ser reduzida para 10 mg/kg se os níveis da creatinina sérica aumentarem acima do limite superior da normalidade para a idade em duas consultas consecutivas.
Se houver um aumento progressivo na creatinina sérica, além do limite superior para a idade, Deferasiroxdeve ser interrompido. A terapia com Deferasirox deve ser reiniciada dependendo das circunstâncias clínicas individuais.
As recomendações para o monitoramento da função renal estão resumidas na Tabela 4.
Tabela 4 Recomendações para o monitoramento da função renal
- | Creatinina sérica | - | Clearance de creatinina |
Antes do início da terapia | Duas vezes (2x) | e/ou | Duas vezes (2x) |
Contraindicado | >2 vezes do LSN* apropriado para a idade | ou | <40 mL/min |
Monitoramento | Mensalmente | e/ou | Mensalmente |
Para pacientes com condições renais pré-existentes, ou pacientes que estão recebendo medicamentos que podem deprimir a função renal, pois podem ter mais risco de complicações | |||
No primeiro mês após o início ou modificação da terapia, o monitoramento deve ser Semanalmente e/ou Semanalmente | |||
Redução da dose diária de 10 mg/kg/dia (Deferasirox comprimidos para suspensão) | |||
Se os seguintes parâmetros renais forem observados em duas visitas consecutivas e não puderem ser atribuídos a outras causas: | - | - | |
Pacientes adultos | >33% acima da média de pré-tratamento (aumento não progressivo) | - | - |
Pacientes pediátricos | > LSN* apropriado para a idade | - | - |
Após a redução da dose, interromper o tratamento, se: | - | - | |
Pacientes adultos e pediátricos | Aumento progressivo da creatinina sérica além do limite superior do normal | - | - |
*LSN: limite superior do normal.
Deferasirox não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática grave (Child-Pugh C).
O tratamento com Deferasirox foi iniciado somente em pacientes com níveis de transaminases hepáticas até 5 vezes o limite superior da normalidade para a idade. A farmacocinética do deferasirox não foi influenciada por tais níveis de transaminase. O deferasirox é eliminado principalmente por glucuronidação e é minimamente (aproximadamente 8%) metabolizado pelas enzimas oxidativas do citocromo P450.
Embora incomuns (0,3%), foram observadas, em estudos clínicos, elevações de transaminases maiores que 10 vezes o limite superior da normalidade, sugerindo hepatite. Houve relatos, pós-comercialização, de falência hepática em pacientes tratados com Deferasirox. A maioria dos relatos de falência hepática envolveram pacientes com comorbidades significativas incluindo cirrose hepática e falência múltipla de órgãos; casos fatais foram relatados em alguns destes pacientes. É recomendado que as transaminases séricas, bilirrubina e fosfatase alcalina sejam monitoradas antes do início do tratamento, a cada 2 semanas durante o primeiro mês e depois mensalmente. Se houver um aumento persistente e progressivo nos níveis de transaminases séricas que não possa ser atribuído a outras causas, Deferasirox deve ser interrompido. Uma vez que a causa dos testes anormais de função hepática sejam esclarecidos ou após retorno aos níveis normais, deve-se ter cautela ao reiniciar o tratamento com Deferasirox em uma dose menor, seguida de um escalonamento gradual de dose.
Após o início da comercialização, houve relatos (ambos espontâneos e de estudos clínicos) de citopenias em pacientes tratados com Deferasirox. A maioria destes pacientes tinham distúrbios hematológicos pré-existentes, que são frequentemente associados à falência medular. A relação destes episódios ao tratamento com Deferasirox é incerta. De acordo com a prática clínica e o padrão de tais distúrbios hematológicos, contagens sanguíneas devem ser avaliadas regularmente. Em pacientes que desenvolvam citopenia de forma inexplicada, deve-se considerar a interrupção do tratamento com Deferasirox. A reintrodução da terapia com Deferasirox pode ser considerada, uma vez que a causa da citopenia seja elucidada.
Podem ocorrer irritações gastrintestinais (GI) durante o tratamento com Deferasirox. Foram relatadas ulcerações gastrintestinais superiores e hemorragia em pacientes recebendo Deferasirox, inclusive em crianças e adolescentes. Houve raros relatos de hemorragias GI fatais, especialmente em pacientes idosos que tinham malignidades hematológicas avançadas e/ou contagem baixa de plaquetas. Em alguns pacientes foram observadas úlceras múltiplas. Médicos e pacientes devem ficar atentos aos sinais e sintomas de ulcerações GI e hemorragias durante a terapia com Deferasirox e, se houver suspeita de um evento adverso GI grave, deve-se iniciar avaliação adicional e tratamento prontamente. Houve relatos de úlceras complicadas com perfuração gastrintestinal (incluindo desfecho fatal).
Deve-se ter cautela em pacientes que estejam tomando Deferasirox em combinação com drogas que são conhecidas como ulcerogênicas potenciais, tais como AINEs, corticosteroides, ou bisfosfonatos orais, em pacientes que estejam recebendo anticoagulantes, e em pacientes com contagem plaquetária < 50 x 109/L.
Casos raros de reações graves de hipersensibilidade (tais como anafilaxia e angioedema) foram relatados em pacientes recebendo Deferasirox, com o começo da reação ocorrendo, na maioria dos casos, dentro do primeiro mês de tratamento. No caso de reações graves, Deferasirox deve ser descontinuado e intervenções médicas apropriadas devem ser instituídas. Deferasirox não deve ser reintroduzido em pacientes que sofreram reações de hipersensibilidade anteriores com deferasirox, devido ao risco de choque anafilático.
Foram relatadas reações adversas cutâneas graves (RCGA), incluindo síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (NET) e reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS), as quais podem cursar com risco de morte ou ser fatais. Pacientes devem ser avisados sobre os sinais e sintomas de reações cutâneas graves adversas e ser monitorados de perto. Se houver suspeita de RCGA , Deferasirox deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser reintroduzido.
Casos raros de eritema multiforme foram relatados durante o tratamento com Deferasirox.
Erupções cutâneas (rash) podem aparecer durante o tratamento com Deferasirox. Para os casos de erupções cutâneas (rash) de severidade leve ou moderada, Deferasirox deve ser continuado sem ajuste de dose, uma vez que a erupção cutâneas (rash) frequentemente se resolve espontaneamente. Para erupções cutâneas (rash) mais graves, onde a interrupção do tratamento pode ser necessária, Deferasirox pode ser reintroduzido após resolução da erupção cutâneas (rash) em uma dose menor, seguida por escalonamento gradual de dose.
Distúrbios auditivos (diminuição de audição) e oculares (opacidade de cristalino) foram reportados com o tratamento com Deferasirox. Testes auditivos e oftalmológicos (incluindo fundoscopia) são recomendados antes do início do tratamento com Deferasirox e em intervalos regulares durante a terapia (a cada 12 meses). A redução ou interrupção da dose pode ser considerada, se estes distúrbios forem observados.
É recomendado que a ferritina sérica seja dosada todo mês para avaliação da resposta do paciente à terapia. Em pacientes nos quais o nível de ferritina sérica atingiu o valor desejado (normalmente entre 500 e 1.000 microgramas/L), reduções de dose em etapas de 5 a 10 mg/kg devem ser consideradas para manter os níveis de ferritina sérica dentro da faixa alvo. Se a ferritina sérica cair consistentemente abaixo de 500 µg/L, a interrupção do tratamento deve ser considerada.
Assim como com outros quelantes de ferro, o risco de toxicidade de Deferasirox pode ser aumentado quando doses mais altas são administradas inapropriadamente a pacientes com baixa sobrecarga de ferro ou com níveis de ferritina sérica que estejam levemente elevados.
O monitoramento mensal da ferritina sérica é recomendado para avaliar a resposta do paciente à terapia e evitar a superquelação. Recomenda-se monitoramento mais rigoroso dos níveis séricos de ferritina, bem como da função renal e hepática, durante os períodos de tratamento com doses elevadas e quando os níveis de ferritina sérica estiverem próximos do intervalo-alvo. A redução da dose pode ser considerada para evitar a superquelação. Deferasirox não foi associado com retardo no crescimento de crianças seguidas por até 5 anos em estudos clínicos com comprimidos para suspensão. Entretanto, como uma medida geral de precaução, o peso corpóreo e o crescimento longitudinal em pacientes pediátricos podem ser monitorados em intervalos regulares (a cada 12 meses).
Os comprimidos contêm lactose (1,1 mg de lactose para cada mg de deferasirox). Este medicamento não é recomendado para pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, de deficiência grave de lactase ou de má absorção de glicose-galactose.
Não estão disponíveis dados clínicos em mulheres grávidas expostas a deferasirox. Estudos em animais têm demonstrado alguma toxicidade reprodutiva em doses tóxicas para as mães. O risco potencial para humanos não é conhecido.
Como uma precaução, é recomendado que Deferasirox não seja usado durante a gravidez, a menos que claramente necessário.
Deferasirox enquadra-se na categoria C de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O potencial de toxicidade para a reprodução foi avaliado em ratos e coelhos.
Estes estudos mostraram que deferasirox não foi teratogênico em ratos ou coelhos, mas causou aumento da frequência de variações esqueléticas e de ratos nascidos mortos com altas doses que foram altamente tóxicas para a mãe não sobrecarregada com ferro.
O deferasirox não causou outros efeitos na fertilidade ou reprodução.
Não se sabe se o deferasirox é transferido para o leite humano.
Em estudos em animais, deferasirox foi demonstrado ser rápido e extensivamente transferido para o leite materno. Não foram observados efeitos na prole com doses não tóxicas de deferasirox para as mães. A lactação não é recomendada durante o tratamento com Deferasirox.
Deve-se ter precaução quando deferasirox for combinado com agentes contraceptivos hormonais que são metabolizados pela CYP3A4 devido a uma possível diminuição na eficácia dos agentes contraceptivos.
Deferasirox não afetou a fertilidade ou reprodução em estudos com ratos mesmo em doses tóxicas.
Não foram realizados estudos para avaliação dos efeitos de Deferasirox sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas. Pacientes que apresentaram tontura, uma reação adversa incomum, devem ter cuidado ao dirigir veículos ou operar máquinas.
A dispersão em bebidas gaseificadas ou leite não é recomendada devido à formação de espuma e lenta dispersão, respectivamente.
As reações mais frequentes reportadas durante o tratamento crônico com Deferasirox comprimidos para suspensão em pacientes adultos e pediátricos incluem distúrbios gastrintestinais em aproximadamente 26% dos pacientes (principalmente náusea, vômito, diarreia ou dor abdominal), e erupção cutânea (rash) em aproximadamente 7% dos pacientes. Estas reações são dose-dependentes, na maioria das vezes leves a moderadas, geralmente transitórias e, na sua maior parte, se resolvem até mesmo se o tratamento for continuado. Aumentos leves, não progressivos, da creatinina sérica, na maioria das vezes dentro dos limites normais, ocorrem em aproximadamente 36% dos pacientes. Estes são dose-dependentes, que frequentemente se resolvem espontaneamente e, algumas vezes, podem ser aliviados pela redução de dose.
Em estudos clínicos com pacientes com sobrecarga de ferro devido a transfusões de sangue, foram reportadas elevações de transaminases hepáticas em aproximadamente 2% dos pacientes. Não houve dependência na dose e a maioria destes pacientes tinha níveis elevados antes de receber Deferasirox. Elevações de transaminases maiores do que 10 vezes o limite superior da normalidade, sugerindo hepatite, foram incomuns (0,3%). Houve relatos pós-comercialização de falência hepática em pacientes tratados com Deferasirox. A maioria dos relatos de falência hepática envolveram pacientes com comorbidades significativas, incluindo cirrose hepática e falência múltipla de órgãos; casos fatais foram relatados em alguns destes pacientes.
Diminuição da acuidade auditiva (principalmente sons de alta frequência) e opacidade do cristalino (catarata prematura) foram incomumente observados em pacientes tratados com Deferasirox, assim como ocorre com outros quelantes de ferro.
Dentro de cada grupo de frequência, reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Tabela 4 - Reações adversas relatadas nos estudos clínicos
Classe de sistema de órgãos | Categoria de frequência | Reações adversas |
Distúrbios psiquiátricos |
Incomum |
Ansiedade, distúrbios do sono |
Distúrbios do sistema nervoso |
Comum |
Cefaleia |
Incomum |
Tontura |
|
Distúrbios visuais |
Incomum |
Catarata, maculopatia |
Rara |
Neurite óptica |
|
Distúrbios auditivos e do labirinto |
Incomum |
Surdez |
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais |
Incomum |
Dor na laringe |
Distúrbios gastrintestinais |
Comum |
Diarreia, constipação, vômito, náusea, dor abdominal, distensão abdominal, dispepsia |
Incomum |
Hemorragia gastrintestinal, úlcera gástrica (incluindo úlceras múltiplas), úlcera duodenal, gastrite, pancreatite aguda |
|
Rara |
||
Distúrbios hepatobiliares |
Comum |
Aumento de transaminases |
Incomum |
Hepatite, colelitíase |
|
Distúrbios da pele e de tecidos subcutâneos |
Comum |
Erupção cutânea (rash), prurido |
Incomum |
Distúrbios de pigmentação |
|
Rara |
Eritema multiforme, reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) |
|
Distúrbios renais e urinários |
Muito comum |
Aumento de creatinina sérica |
Comum |
Proteinúria |
|
Incomum |
Disfunção tubular renal (síndrome de Fanconi) |
|
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
Incomum |
Reações adversas relatadas espontaneamente, apresentadas na Tabela 5, foram reportadas voluntariamente e nem sempre é possível estabelecer uma frequência confiável ou uma relação causal com a exposição à droga.
Tabela 5 - Reações adversas derivadas de relatos espontâneos (frequência não conhecida)
Classe de sistema de órgãos | Reações adversas |
Distúrbios do sistema imunológico |
Reações de hipersensibilidade (incluindo reações anafiláticas e angioedema). |
Distúrbios gastrintestinais |
Perfuração gastrintestinal |
Distúrbios hepatobiliares |
Falência hepática |
Distúrbios da pele e de tecidos subcutâneos |
Síndrome de Stevens-Johnson, vasculite de hipersensibilidade, urticária, alopecia, necrólise epidérmica tóxica (NET). |
Distúrbios renais e urinários |
Necrose tubular renal, falência renal aguda (na maioria, aumentos de creatinina sérica ≥ 2 vezes o limite superior da normalidade e, geralmente, reversível após interrupção do tratamento); nefrite tubulointersticial |
Após a comercialização, ocorreram relatos (ambos espontâneos e de estudos clínicos) de citopenias, incluindo neutropenia, trombocitopenia, e anemia agravada em pacientes tratados com Deferasirox. A maioria destes pacientes tinham distúrbios hematológicos pré-existentes, que são frequentemente associados à falência medular. A relação destes episódios com o tratamento com Deferasirox é incerta.
Casos de pancreatite aguda grave foram observados com e sem condições biliares subjacentes documentadas.
Tubulopatia renal foi relatada em pacientes tratados com Deferasirox. A maioria destes pacientes eram crianças e adolescentes com beta-talassemia e níveis de ferritina sérica < 1.500 micrograma/L.
Em um estudo observacional de 5 anos no qual 267 crianças com idade de 2 a < 6 anos (no momento da inscrição) com hemossiderose transfusional receberam Deferasirox, não foram encontrados dados inesperados de segurança em relação à eventos adversos (EAs) ou alterações laboratoriais. Aumento da creatinina sérica em > 33% e acima do limite superior do normal (LSN) em ≥ 2 ocasiões consecutivas foi observado em 3,1% das crianças e elevação de alanina aminotransferase (ALT) maior do que 5 vezes o LSN foi relatada em 4,3% das crianças. As reações adversas mais frequentemente observadas relatadas com suspeita de relação com o medicamento estudado foram o aumento da ALT (21,1%), aumento da aspartato aminotransferase (AST, 11,9%), vômitos (5,4%), erupção cutânea (5,0%), aumento da creatinina no sangue (3,8 %), dor abdominal (3,1%) e diarreia (1,9%). O crescimento e desenvolvimento globais não foram afetados nesta população pediátrica.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Em estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Deferasirox (dose única de 30 mg/kg, comprimidos para suspensão) e rifampicina, potente indutor de UDP-glucorosiltransferase (UGT) (dose repetida de 600 mg/dia) resultou em diminuição da exposição de deferasirox de 44% (IC de 90%: 37% - 51%). Desta forma, o uso concomitante de Deferasirox com indutores potentes de UGT (ex.: rifampicina, fenitoína, fenobarbital, ritonavir) pode resultar na diminuição da eficácia de Deferasirox. Se Deferasirox e um indutor potente de UGT forem usados concomitantemente, aumentos na dose de Deferasirox devem ser considerados baseando-se na resposta clínica à terapia.
Em um estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Deferasirox comprimidos para suspensão e midazolam (um substrato do CYP3A4) resultou na diminuição da exposição de midazolam em 17% (IC de 90%: 8% - 26%). Na prática clínica, este efeito pode ser mais pronunciado. Portanto, devido à possível diminuição na eficácia, deve-se ter cautela quando deferasirox for combinado com substâncias metabolizadas pelo CYP3A4 (como ciclosporina, sinvastatina, contraceptivos hormonais).
Em estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Deferasirox (dose repetida de 30 mg/kg/dia, comprimidos para suspensão) com repaglinida, um substrato da CYP2C8 (dose única de 0,5 mg), resultou em aumento na AUC e Cmáx de repaglinida de 131% (IC de 90%: 103% - 164%) e 62% (IC de 90%: 42% - 84%), respectivamente. Quando Deferasirox e repaglinida são usados concomitantemente, deve ser feito monitoramento cuidadoso dos níveis de glicose. A interação entre Deferasirox e outros substratos da CYP2C8, como paclitaxel, não pode ser excluída.
Em um estudo com voluntários sadios, a administração concomitante de Deferasirox (dose repetida de 30 mg/kg/dia, comprimidos para suspensão) com teofilina, um substrato do CYP1A2 (dose única de 120 mg), resultou em aumento da AUC da teofilina em 84% (IC de 90%: 73% a 95%). A Cmáx da dose única não foi afetada, mas um aumento da Cmáx de teofilina deverá ocorrer com administração crônica. Quando Deferasirox e teofilina são utilizados concomitantemente, o monitoramento da concentração de teofilina e uma possível redução da dose de teofilina devem ser considerados. Uma interação entre Deferasirox e outros substratos de CYP1A2 pode ser possível.
Com base nos relatórios da Literatura, a administração concomitante de deferasirox e bussulfano resultou em um aumento da exposição ao bussulfano (AUC). O aumento da AUC variou aproximadamente 40 a 150%. O mecanismo da interação permanece incerto. Deve-se precaução quando o deferasirox é combinado com bussulfano e as concentrações plasmáticas de bussulfano do paciente devem ser monitoradas.
Não foram observadas interações entre Deferasirox e digoxina em voluntários sadios.
A administração concomitante de Deferasirox e vitamina C não foi estudada formalmente. As doses de vitamina C até 200 mg por dia não foram associadas com reações adversas.
O perfil de segurança de Deferasirox em combinação com outros quelantes de ferro (deferoxamina, deferiprona) observado nos estudos clínicos, experiência pós-comercialização ou literatura publicada (conforme o caso) foi consistente com o caracterizado para monoterapia.
A administração concomitante de Deferasirox e preparações antiácidas contendo alumínio não foi estudada formalmente.
Embora deferasirox tenha uma afinidade mais baixa por alumínio que por ferro, comprimidos de Deferasirox não devem ser tomados com preparações antiácidas contendo alumínio.
A administração concomitante de Deferasirox com drogas que são conhecidas como ulcerogênicas potenciais, tais como AINEs, corticosteroides, ou bisfosfonatos orais, e o uso de Deferasirox em pacientes recebendo anticoagulantes podem aumentar o risco de irritação gastrintestinal.
Fabricante | Teva |
Tipo do Medicamento | Genérico |
Necessita de Receita | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) |
Princípio Ativo | Deferasirox |
Categoria do Medicamento | Anemia |
Especialidades | Hematologia |
Registro no Ministério da Saúde | 1557300540036 |
Código de Barras | 7898587901642 |
Temperatura de Armazenamento | Temperatura ambiente |
Produto Refrigerado | Este produto não precisa ser refrigerado |
Modo de Uso | Uso oral |
Pode partir | Esta apresentação não pode ser partida |
A Teva é líder global em medicamentos genéricos e uma das 15 principais empresas farmacêuticas no mundo. Opera em 60 países e tem 46 mil funcionários espalhados pelo globo.
É especializada no desenvolvimento, produção e comercialização de uma ampla gama de produtos genéricos e inovadores, sempre mantendo um diferencial competitivo.
Com o objetivo de melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas, a Teva busca sempre fazer a diferença, oferecendo para seus consumidores qualidade e confiança.
Fonte: https://www.tevabrasil.com.br
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