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Endobulin Kiovig

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Endobulin Kiovig

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Quantidade na embalagem

Ajuda

Isento de Prescrição Médica

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Bula do Endobulin Kiovig

Terapia de reposição em:

Síndromes de imunodeficiências primárias, tais como:

Mieloma ou leucemia linfocítica crônica com hipogamaglobulinemia secundária grave e infecções recorrentes.

Crianças com AIDS congênita e infecções de repetição.

Imunomodulação

  • Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), em crianças ou adultos com alto risco de hemorragias, ou antes de serem submetidos à cirurgia, para corrigir a contagem de plaquetas.
  • Síndrome de Guillain-Barré.
  • Doença de Kawasaki.
  • Transplante de medula óssea alogênico.
  • Neuropatia Motora Multifocal (NMM).

Endobulin Kiovig pertence a uma classe de medicamentos denominada imunoglobulinas. Estes medicamentos contêm anticorpos humanos, que também estão presentes no sangue. Os anticorpos ajudam o corpo a lutar contra as infecções. Os medicamentos como Endobulin Kiovig são utilizados em pacientes que não tem anticorpos suficientes no sangue e tendem a ter infecções mais frequentemente. Estes medicamentos também podem ser utilizados em pacientes que precisam de anticorpos adicionais para a cura de determinadas doenças inflamatórias (doença autoimune).

Não use este medicamento em caso de alergia a imunoglobulinas ou a qualquer um dos componentes do produto.

Por exemplo, se você tem deficiência de imunoglobulina A, você pode ter anticorpos contra imunoglobulina A em seu sangue. Você pode apresentar reação alérgica porque o Endobulin Kiovig contém traços de imunoglobulina A (menos que 0,14 mg/mL).

Endobulin Kiovig destina-se à administração intravenosa (infusão na veia) ou administração subcutânea.

  • Endobulin Kiovig deve ser infundido por via intravenosa a uma taxa inicial de 0,5 mL/kg de peso corpóreo/hora durante 30 minutos. Se bem tolerado, a taxa de administração poderá ser aumentada gradualmente até ao máximo de 6 mL/kg peso corpóreo/hora. Os dados clínicos obtidos de um número limitado de pacientes indicam também que pacientes IDP adultos podem tolerar uma taxa de infusão de até 8 mL/kg peso de corpóreo/h.
  • Caso seja necessário diluir para concentrações mais baixas antes da infusão, Endobulin Kiovig pode ser diluído com solução de glicose a 5% para uma concentração final de 50 mg/mL (5% imunoglobulina).
  • Qualquer evento adverso relacionado com a infusão deve ser tratado diminuindo as taxas de infusão ou interrompendo a infusão.

Precauções especiais

  • Qualquer evento adverso relacionado com a infusão deve ser tratado pela diminuição da taxa de infusão ou pela interrupção da infusão.
  • É recomendado que toda vez que Endobulin Kiovig for administrado, sejam registrados o nome e o lote do produto.

Instruções de manipulação e eliminação

  • O medicamento deve ser deixado à temperatura ambiente ou à temperatura corporal antes da utilização.
  • O produto deve ser inspecionado visualmente quanto à presença de material particulado e descoloração antes da administração. Não utilizar se for observado material particulado ou descoloração. Apenas as soluções claras a levemente opacas e incolores a amarelo pálido devem ser administradas.
  • Se a diluição for necessária, a solução de glicose a 5% é recomendada. Para a obtenção de uma solução de imunoglobulina de 50 mg/mL (5%), o Endobulin Kiovig 100 mg/mL (a 10%) deve ser diluído com um volume igual da solução de glicose. Recomenda-se que durante a diluição o risco de contaminação microbiana seja minimizado.
  • Qualquer solução não usada ou material utilizado deve ser descartado de acordo com as normas locais.

Administração Subcutânea

Não inicie o tratamento subcutâneo com Endobulin Kiovig até que você tenha recebido instruções detalhadas e esteja seguro que você pode executar todos os passos por conta própria.

Administração intravenosa

Quando administrado por via intravenosa, Endobulin Kiovig é administrado pelo médico ou enfermeiro. A dose e frequência da infusão dependem da condição do paciente e do seu peso corpóreo.

No início da infusão, você receberá Endobulin Kiovig a uma baixa taxa de infusão. Dependendo de quão confortável você se sentir, seu médico irá aumentar a taxa de infusão gradualmente.

Uso em crianças e adolescentes

As mesmas indicações, dose e frequência de infusão em adultos são também aplicáveis às crianças e adolescentes (idade de 0 a 18 anos).

Instruções para uso

  1. Retirar Endobulin Kiovig do refrigerador. Retirar a embalagem do produto do refrigerador e retirar o frasco para fora da embalagem. Deixar os frascos à temperatura ambiente. Isto pode levar até 60 minutos.
    Não aquecer ou agitar o produto.
    Confira:
    • A data de validade. Não usar além da data de validade;
    • O frasco para verificar se ele está límpido e incolor a amarelo claro. Se for turvo ou tiver partículas, não usar;
    • O lacre de proteção está no frasco. Não usar o produto se ele não tiver o lacre.
      Repetir esta etapa com o tanto de caixas de Endobulin Kiovig necessárias.
  2. Reunir todos os suprimentos:
    Coletar todos os itens que você vai precisar para a infusão:
    • Frasco(s) de Endobulin Kiovig, materiais de infusão (conjuntos de agulhas, agulhas de transferência, swab com álcool, seringas, gaze e curativo), recipiente de cortantes, bomba de infusão, e diário de tratamento.
  3. Preparar uma área de trabalho limpa. Limpar uma área de trabalho com um líquido de limpeza antibacteriano e colocar todos os itens reunidos sobre a superfície limpa. Encontrar uma área de trabalho tranquila, com menos distrações possível.
  4. Lavar as mãos. Lavar bem as mãos. Colocar luvas limpas se o profissional da saúde o instrui de usá-las.
  5. Preparação do Endobulin Kiovig. Remover o lacre do frasco. Limpar a tampa do frasco com um swab com álcool e deixar secar ao ar (pelo menos 30 segundos).
  6. Preencher a seringa com o(s) frasco(s) de Endobulin Kiovig. Remover a seringa estéril da embalagem e encaixar uma agulha estéril. Puxar para trás o êmbolo da seringa para enchê-la com ar, que deve ser igual à quantidade de líquido que você vai pegar do frasco. Inserir a agulha no centro da tampa do frasco. Injetar ar no frasco e puxar Endobulin Kiovig para dentro da seringa. (Exemplo: Se puxar 50mL de Endobulin Kiovig, injetar 50mL de ar no frasco). Se múltiplos frascos são necessários para atingir a dose desejada, repetir esta etapa. Se estiver usando ponta perfurante com entrada de ar, não é necessário injetar ar no frasco com a seringa. Anexar uma seringa estéril na ponta, inserir a ponta perfurante no centro da tampa, e puxar o êmbolo para retirar o volume desejado.
  7. Preparar a bomba de infusão e tubos. Se estiver usando uma bomba condutora de seringa, conectar a seringa preenchida com Endobulin Kiovig no conjunto de agulha. Sobre uma superfície rígida, empurrar o êmbolo gentilmente para preencher a tubulação da bomba até o centro da agulha. Isso irá garantir que nenhum ar é deixado na tubulação e agulha (ver imagem). Se estiver usando uma bomba portátil com Endobulin Kiovig, seguir as instruções do fabricante para preparar a bomba e tubulação de administração, se necessário.
  8. Selecionar os locais de infusão. Selecionar o número de locais de infusão com base no volume da dose total. É recomendável que não injetar mais de 20mL para crianças e 30mL para adultos em cada local de infusão. Veja na figura os locais de infusão (por exemplo, braços, abdômen, coxas e região lombar). Os locais de infusão devem estar separados por pelo menos 5cm de distância (2 polegadas). Evitar áreas ósseas, vasos sanguíneos visíveis, cicatrizes e áreas de inflamação (irritação) ou infecção.
  9. Limpar o(s) local(is) de infusão. Limpar o(s) local(is) de infusão com um swab com álcool. Deixai secar (pelo menos 30 segundos).
  10. Inserir a agulha. Retirar a tampa da agulha. Segurar firmemente a pele e beliscar pelo menos 2,5cm (1 polegada) de pele entre os dois dedos. Inserir a agulha com um movimento rápido em linha reta na pele em um ângulo de 90 graus. Fixar a agulha no lugar. Repetir este passo para cada local de infusão.
  11. Verificar a colocação da agulha apropriada. Antes de iniciar a perfusão, verificar a colocação correta de cada agulha puxando o êmbolo da seringa à procura de qualquer vestígio de sangue no tubo da agulha. Se você visualizar algum sangue, remover e jogar fora a agulha no recipiente adequado. Repetir o preenchimento e as etapas de inserção da agulha em um local de infusão diferente com uma agulha nova.
  12. Segurar a agulha na pele e iniciar infusão. Segurar a(s) agulha(s) no local colocando um curativo estéril sobre a agulha. Seguir as instruções do fabricante para ligar bomba. Confira o(s) local(is) de infusão ocasionalmente durante a infusão.
  13. Remover o conjunto de agulhas. Após a conclusão da infusão, remover o conjunto de agulhas puxando-o para fora. Pressionar suavemente um pequeno pedaço de gaze sobre o local da agulha e cobrir com um curativo de proteção.
    Jogar fora qualquer produto no frasco que não foi utilizado e o material descartável no recipiente de objetos cortantes. Descartar no recipiente de objetos cortantes usando instruções fornecidas com o recipiente, ou contate o profissional da saúde.
  14. Registrar a infusão. Retirar a etiqueta com lote e data de vencimento do frasco de Endobulin Kiovig e colar no diário de tratamento. Anotar a data, horário, dose, e qualquer reação após cada infusão.

Posologia do Endobulin Kiovig


Administração intravenosa

Doses recomendadas

Indicação

Dose

Frequência das injeções

Terapia de reposição em imunodeficiência primária

Dose inicial 0,4 – 0,8 g/kg

A cada 3-4 semanas a fim de obter nível mínimo de IgG de 4-6 g/L

Posterior 0,2 – 0,8 g/kg

Terapia de reposição em imunodeficiência secundária

0,2 – 0,4 g/kg

A cada 3-4 semanas a fim de obter nível mínimo de IgG de 4-6 g/L

AIDS congênita

0,2 – 0,4 g/kg

A cada 3-4 semanas

Hipogamaglobulinemia (<4 g/L) em pacientes após transplante alogênico de células estaminais hematopoiéticas

0,2 – 0,4 g/kg

A cada 3–4 semanas para obter um nível mínimo de IgG acima de 5 g/L

Imunomodulação

Púrpura Trombocitopênica Idiopática

0,8 – 1,0 g/kg

No 1º dia, possivelmente repetida uma vez dentro de 3 dias

0,4 g/kg/dia

Durante 2-5 dias

Síndrome de Guillain-Barré

0,4 g/kg/dia

Durante 5 dias

Doença de Kawasaki

1,6 – 2 g/kg ou 

Em doses divididas durante 2-5 dias, em associação com ácido acetilsalicílico

2 g/kg

Em dose única, em associação com ácido acetilsalicílico

Neuropatia Motora Multifocal (NMM)

Dose inicial 2 g/kg

Administrados ao longo de 2-5 dias a cada 2 a 4 semanas

Dose de manutenção 1 g/kg ou 2 g/kg

A cada 4 a 8 semanas

Administração Subcutânea

Dose

Taxa de Infusão Inicial

Taxa de Infusão de Manutenção

Imunodeficiência primária

Dose inicial 1,37 x dose intravenosa prévia dividida pelo número de semanas entre as doses intravenosas

≥ 40kg 30 mL/local de administração a 20 mL/h/local de administração

≥ 40kg 30 mL/local de administração a 20 a 30 mL/h/local de administração

Dose de manutenção é baseada na resposta clínica e nível sérico ideal de IgG

Abaixo de 40kg 20 mL/local de administração a 15 mL/h/local de administração

Abaixo de 40kg 20 mL/local de administração a 15 a 20 mL/h/local de administração

Ajustes de Dose para Administração Subcutânea

Com base nos resultados de estudos clínicos, o aumento esperado no nível sérico de IgG durante um tratamento subcutâneo semanal, na dose ajustada para proporcionar uma AUC (área sob a curva) comparável, é projetada para ser de aproximadamente 281mg/dL maior que o nível mínimo durante o último tratamento intravenoso estável. Para calcular o nível ideal de IgG para o tratamento subcutâneo, adicionar 281 mg/dL ao nível de IgG obtido após o último tratamento intravenoso.

Para orientar o ajuste da dose, calcular a diferença entre o nível sérico ideal de IgG do paciente e o nível sérico de IgG durante o tratamento subcutâneo. Esta diferença pode ser encontrada nas colunas da tabela abaixo, além do valor correspondente (em mL) pelo qual se deve aumentar (ou diminuir) a dose semanal, com base no peso corporal do paciente. Se a diferença entre o nível sérico medido e o nível sérico ideal for menor que 100mg/dL, então o ajuste não é necessário.

No entanto, a resposta clínica do paciente deve ser a principal consideração no ajuste da dose.

Alteração na dose semanal para o ajuste pretendido do nível de IgG séricoa
Diferença entre o nível sérico medido e o nível sérico ideal
Peso corporal 100 mg/dL 200 mg/dL 300 mg/dL 400 mg/dL
10 kg 2 mL 4 mL 6 mL 8 mL
20 kg 4 mL 8 mL 11 mL 15 mL
30 kg 6 mL 11 mL 17 mL 23 mL
40 kg 8 mL 15 mL 23 mL 30 mL
50 kg 9 mL 19 mL 28 mL 38 mL
60 kg 11 mL 23 mL 34 mL 45 mL
70 kg 13 mL 26 mL 40 mL 53 mL
80 kg 15 mL 30 mL 45 mL 60 mL
90 kg 17 mL 34 mL 51 mL 68 mL
100 kg 19 mL 38 mL 57 mL 75 mL
110 kg 21 mL 42 mL 62 mL 83 mL
120 kg 23 mL 45 mL 68 mL 91 mL
130 kg 25 mL 49 mL 74 mL 98 mL
140 kg 26 mL 53 mL 79 mL 106 mL

a Derivados utilizando uma aproximação linear pelo método de nomograma com uma inclinação de 5,3 kg/dL.

Exemplo 1

Um paciente pesando 80kg tem um nível sérico medido de IgG de 800 mg/dL e o nível ideal é de 1000 mg/dL. A diferença para a meta desejada é de 200 mg/dL (1000 mg/dL menos 800 mg/dL). A dose semanal de Imunoglobulina G deve ser aumentada em 30mL (3,0g).

Exemplo 2

Um paciente pesando 60 kg tem um nível sérico medido de IgG de 1000 mg/dL e o nível ideal é de 800 mg/dL. A diferença para a meta desejada é de 200 mg/dL (800 mg/dL menos 1000 mg/dL). A dose semanal de Imunoglobulina G deve ser diminuída em 23mL (2,3g).

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem conhecimento do seu médico.

Converse com seu médico, farmacêutico ou enfermeira antes de usar Endobulin Kiovig.

Por quanto tempo é necessária a monitorização durante a infusão:

  • Você será cuidadosamente observado durante o período de infusão com Kiovig para garantir que não haja reação. Seu médico irá se certificar que a taxa de Endobulin Kiovig infundida seja adequada para você.
  • Se Endobulin Kiovig é administrado a uma taxa elevada, se você apresenta baixos níveis de anticorpos (hipo ou agamaglobulinemia), se você não recebeu esse medicamento antes ou se passou um longo período de tempo (por exemplo, várias semanas) desde a última vez que você recebeu, pode existir um risco maior de reações adversas. Nestes casos, você será cuidadosamente monitorado durante a infusão e por uma hora após a finalização da mesma.
  • Caso você já recebeu Endobulin Kiovig anteriormente e recebeu o último tratamento recentemente, você será observado somente durante a infusão e por pelo menos 20 minutos após a sua infusão.

Quando é necessário diminuir ou parar a infusão:

  • Em casos raros, seu organismo pode ter reagido previamente a anticorpos específicos e, portanto, será sensível a medicamentos contendo anticorpos. Isto pode acontecer particularmente se você apresentar deficiência de imunoglobulina A. Nestes casos raros, você pode apresentar reações alérgicas, tais como uma queda súbita na pressão arterial ou choque, mesmo que você já tenha recebido tratamento com medicamentos contendo anticorpos no passado.
  • Se você apresentar uma reação durante a infusão com Endobulin Kiovig, informe imediatamente seu médico. Dependendo da decisão do seu médico, a infusão poderá ser diminuída ou interrompida completamente.

Informações acerca da origem material de Endobulin Kiovig

Endobulin Kiovig é derivado de plasma humano (a parte líquida do sangue). Quando os medicamentos são produzidos a partir do sangue ou plasma humano, determinadas medidas são adotadas para evitar transmissão de infecções aos pacientes. Estas incluem a seleção de doadores de sangue e plasma para garantir que os portadores de infecções sejam excluídos, e os testes em cada doação e pool de plasma para sinais de vírus/infecções. Os fabricantes destes produtos também incluem etapas de processamento do sangue e plasma para inativar ou remover vírus. Apesar destas medidas, quando medicamentos produzidos a partir de sangue ou plasma humano são administrados, a possibilidade de transmissão de infecções não pode ser totalmente excluída. Isto também se aplica a vírus desconhecidos ou emergentes ou outros tipos de infecções.

As medidas adotadas para fabricação do Kiovig são consideradas eficazes para vírus encapsulados tais como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o vírus da hepatite B e vírus da hepatite C, e para os vírus não encapsulados da hepatite A e parvovírus B19. Kiovig também contém alguns anticorpos que podem prevenir infecção com o vírus da hepatite A e parvovírus B19.

Gravidez, lactação e fertilidade

  • Pergunte ao seu médico ou farmacêutico antes de usar este medicamentos se você estiver grávida ou amamentando, suspeita estar grávida ou está planejando engravidar.
  • Nenhum estudo clínico com Endobulin Kiovig foi realizado em mulheres grávidas ou lactantes. No entanto, medicamentos contendo anticorpos têm sido utilizados em gestantes e lactantes, e nenhum efeito nocivo foi observado em gestantes e nos bebês.
  • Se você está amamentando e receber Endobulin Kiovig, os anticorpos presentes no medicamento também podem ser encontrados no leite materno. Portanto, o seu bebê pode ficar protegido de algumas infecções.

Categoria “C” de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Condução e utilização de máquinas

Durante o tratamento com Endobulin Kiovig, os pacientes podem apresentar reações (por exemplo, tontura ou náusea), o que pode afetar a habilidade de dirigir e operar máquinas. Caso isto ocorra, você deve aguardar até que as reações desapareçam.

Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar reações adversas, embora estes não se manifestem em todas as pessoas. Determinadas reações adversas, como dor de cabeça ou vermelhidão, podem ser reduzidos diminuindo-se a velocidade de infusão.

Abaixo está uma lista das reações adversas comunicados com Endobulin Kiovig administrado por via intravenosa:

  • Reações adversas muito frequentes (podem afetar mais de 1 em cada 10 pacientes): Dor de cabeça, tosse, náuseas, vômitos, dor nos braços ou pernas, febre, fadiga.
  • Reações adversas frequentes (podem afetar 1 a 10 em cada 100 pacientes): Bronquite, constipação, número baixo de glóbulos vermelhos, gânglios linfáticos inchados, reação alérgica grave, dificuldade em dormir, ansiedade, tonturas, enxaqueca, adormecimento ou formigueiro na pele ou num membro, diminuição da sensibilidade ao toque, inflamação dos olhos, vertigens, batimento cardíaco acelerado, rubor (vermelhidão), tensão alta, nariz com corrimento, tosse crónica ou respiração com ruído (asma), nariz entupido, dor de garganta, diarreia, dor abdominal, comichão, erupção cutânea e urticária, dor nas costas, dor muscular, cãibras musculares, fraqueza muscular, estado gripal, dor ou desconforto no peito, falta de força ou sensação de fraqueza, mal-estar, acumulação de líquido sob a pele nos membros inferiores, dor e inchaço ou outras reações no local de administração, arrepios, tensão arterial aumentada, temperatura corporal aumentada, número de leucócitos diminuído, alanina aminotransferase aumentada (uma enzima hepática), contusão.
  • Reações adversas pouco frequentes (podem afetar 1 a 10 em cada 1.000 pacientes): Sinusite crónica, infeção fúngica, várias infeções (do nariz, garganta, rim ou bexiga), meningite assética, doença da tiroide, resposta excessiva a estímulos, problemas de memória, sensação de queimadura, dificuldade em falar, sabor estranho na boca, perturbação do equilíbrio, tremor involuntário, dor nos olhos ou inchaço dos olhos, líquido no ouvido médio, frequência cardíaca aumentada com um ritmo normal, frio nas extremidades, inflamação de uma veia, rubor quente, dispneia (dificuldade em respirar), inchaço dos ouvidos e da garganta, inchaço rápido da pele, inflamação aguda da pele, suores frios, aumento da reação da pele à luz solar, suor em excesso também durante o sono, fasciculações musculares, excesso de proteína sérica na urina, comichão no local de administração, sensação de calor, sensibilidade ou inflamação de uma veia no local de administração, reação associada à infusão intravenosa, inchaço, calafrios, frequência respiratória aumentada, alteração do resultado de análises ao sangue.
  • Desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis): Destruição dos eritrócitos, reação ou choque alérgico com perigo de vida, AVC transitório, AVC, tensão arterial baixa, ataque do coração, coágulo sanguíneo numa veia principal, coágulo sanguíneo na artéria principal do pulmão, acumulação de líquido no pulmão, resultado positivo do teste de Coombs, saturação de oxigénio diminuída no sangue, lesão traumática pulmonar aguda relacionada com transfusão.

Administração subcutânea

Não foi observada reação adversa grave durante os ensaios clínicos para o tratamento subcutâneo. As reações adversas mais comuns durante o tratamento subcutâneo (observado em ≥5% dos pacientes com imunodeficiência primária) foram reação no local da infusão, cefaleia, fadiga, taquicardia, pirexia, dor abdominal superior, náusea, vômito, asma, aumento da pressão sistólica, diarreia, dor de ouvido, estomatite aftosa, enxaqueca, dor orofaríngea e dor na extremidade.

A segurança da infusão subcutânea de Endobulin Kiovig foi avaliada em 47 indivíduos.

Reações adversas com uma frequência ≥5% estão demonstradas na tabela abaixo (definida como reações adversas ocorridas durante ou após 72 horas da infusão, ou qualquer outro evento relacionado ocorrido no período de estudo clínico).

Reações adversas ocorridas em ≥5% dos indivíduos

Evento

Por infusão
N (%)
(N=2294 infusões)

Por indivíduo
N (%)
(N=47 indivíduos)

Reação no local da infusão

55 (2,4%)

21 (44,7%)

Cefaleia

31 (1,4%)

19 (40,4%)

Fadiga

11 (0,5%)

7 (14,9%)

Taquicardia

11 (0,5%)

3 (6,4%)

Pirexia

11 (0,5%)

9 (19,1%)

Dor abdominal superior

9 (0,4%)

5 (10,6%)

Náusea

7 (0,3%)

3 (6,4%)

Vômito

7 (0,3%)

5 (10,6%)

Asma

6 (0,3%)

4 (8,5%)

Aumento da pressão sistólica

6 (0,3%)

3 (6,4%)

Diarreia

5 (0,2%)

3 (6,4%)

Dor de ouvido

4 (0,2%)

3 (6,4%)

Estomatite aftosa

3 (0,1%)

3 (6,4%)

Enxaqueca

3 (0,1%)

3 (6,4%)

Dor orofaríngea

3 (0,1%)

3 (6,4%)

Dor na extremidade

3 (0,1%)

3 (6,4%)

Das 348 reações adversas não graves, 228 foram classificados como leve (desconforto transitório que se resolve espontaneamente ou com o mínimo de intervenção), 112 foram classificadas como moderada (comprometimento limitado de funções e se resolve espontaneamente ou com o mínimo de intervenção, sem sequelas) e 8 foram classificadas como grave (prejuízo acentuado da função ou pode levar à incapacidade temporária para retomar ao padrão normal de vida; requer intervenção prolongada ou resulta em sequelas). Nenhuma das reações adversas graves necessitou de hospitalização ou resultaram em sequelas.

Reação adversa local

  • Reações adversas locais reportadas como leve (desconforto transitório que se resolve espontaneamente ou com o mínimo de intervenção) foram rash, eritema, edema, hemorragia e irritação. Reações adversas locais reportadas como leve ou moderada (comprometimento limitado de funções e se resolve espontaneamente ou com o mínimo de intervenção, sem sequelas) foram dor, hematoma, prurido e inchaço.

Um indivíduo abandonou o estudo após 10 tratamentos com infusão subcutânea de Endobulin Kiovig (2,5 meses) devido ao aumento da fadiga e mal-estar.

A taxa global de reações adversas locais (excluindo as infecções) durante o período de tratamento subcutâneo foi de 2,4% por infusão. Nos pacientes não tratados com via subcutânea, a incidência de reação adversa local (N=1757 infusões) foi de 2,8% (2,2% leve e 0,6% moderada, sem reação adversa grave). Nos pacientes que já eram experientes em via subcutânea (N=537 infusões), a incidência de reações adversas locais foi de 1,1% (1,1% leve, sem reação adversa moderada ou grave).

No estudo clínico, após todas as doses subcutâneas serem ajustadas, todos os indivíduos, exceto um, atingiram a taxa máxima permitida no protocolo, 20 mL/local//hora se o peso estava abaixo de 40 kg e 30 mL/hora para peso de 40kg e maior, para uma ou mais das infusões. 70% (31 de 44) desses indivíduos optaram pela taxa mais alta de todas as infusões. Nenhum indivíduo restringiu a taxa a uma reação adversa. No estudo clínico, a duração média de cada infusão semanal foi de 1,2 horas (variação: 0,8-2,3 horas) após todas as doses subcutâneas serem ajustadas. A taxa estabelecida na bomba era a taxa por local multiplicado pelo número de locais, sem máximo.

Durante todo o período de tratamento subcutâneo, 99,8% das infusões foram completadas sem uma redução, interrupção ou suspensão por razões de tolerabilidade. A proporção de indivíduos que apresentaram realações adversas locais (excluindo as infecções) foi maior imediatamente após a mudança de via intravenosa para o tratamento subcutâneo em todos os grupos etários. A taxa de todas as reações adversas locais por infusão, imediatamente após a mudança de via intravenosa para o tratamento subcutâneo, foi de 4,9% (29/595), caindo para 1,5% (8/538) até o final do estudo e 1,1% (10/893) no estudo de extensão. Durante as infusões subcutâneas subseqüentes, houve uma diminuição de reações adversas locais.

Oito (17%) dos indivíduos apresentaram uma reação adversa local durante a primeira infusão, mas essa diminuiu para 1 (2,2%) para as infusões subsequentes, que varia de 0 a 4 (8,7%) durante o primeiro ano de tratamento por via subcutânea. Nenhum indivíduo reportou reação adversa local a partir da semana 53 até o final do estudo na semana 68.

Quando você estiver fazendo o tratamento em casa, você deve ter outra pessoa responsável presente ao seu lado para ajudar a tratar os eventos adversos ou conseguir ajuda de você apresentar uma reação adversa grave. Pergunte ao profissional de saúde de você medicações de resgate, tais como anti-histamínicos e adrenalina.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

O médico terá cuidados especiais caso você seja obeso, idoso, diabético ou hipertenso, ou se você apresenta baixo volume sanguíneo (hipovolemia) ou problemas nos vasos sanguíneos (doenças vasculares). Nestas condições, as imunoglobulinas podem aumentar o risco de infarto, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar ou trombose venosa profunda, embora sejam casos muito raros. Avise seu médico se você for diabético. Embora Endobulin Kiovig não contenha açúcar, ele pode ser diluído com uma solução especial de açúcar (5% glicose), o que poderá afetar seu nível de açúcar no sangue.

O seu médico também terá cuidado especial se você possui histórico de problemas renais ou se você está recebendo medicamentos que podem afetar os rins (medicamentos nefrotóxicos), visto que existe uma possibilidade muito rara de insuficiência renal aguda. Avise seu médico se você tem problema renal. O seu médico irá escolher a imunoglobulina intravenosa adequada para este caso.

Endobulin Kiovig, solução injetável a 10% é fornecido em duas apresentações:

  • Frasco de vidro contendo 25 mL: 2,5 g.
  • Frasco de vidro contendo 50 mL: 5 g.

Endobulin Kiovig, solução injetável a 10%, é um derivado de plasma humano contendo imunoglobulina G humana purificada e intacta, em forma de solução injetável.

Via intravenosa ou subcutânea.

Uso adulto e pediátrico.

O produto contém em cada 1mL da solução, pronta para uso, a seguinte composição:

Imunoglobulina G

100 mg

Água para injetáveis

1m L

Excipiente: glicina.

1 mL de Endobulin Kiovig contém 100 mg de proteína humana, da qual pelo menos 98% é imunoglobulina G (IgG).

Distribuição das subclasses de IgG (valores aproximados): IgG1 ≥ 56,9%; IgG2 ≥ 26,6%; IgG3 ≥ 3,4%; IgG4 ≥ 1,7%.

Conteúdo máximo de IgA: 0,14 mg/mL.

Se você receber mais Endobulin Kiovig do que deveria, o sangue pode torna-se mais espesso (hiperviscoso). Isto pode particularmente ocorrer se você for um pacientes de risco, como por exemplo, pacientes idosos ou pacientes com problemas renais. Certifique-se que você está tomando quantidade adequada de líquido, para evitar desidratação.

Em caso de superdosagem, a administração deve ser interrompida e deve ser obtido cuidado médico.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Avise seu médico ou farmacêutico se você está usando ou recentemente usou qualquer outro medicamento.

Se você recebeu uma vacina nas últimas 6 semanas até 3 meses, a infusão de imunoglobulinas, como Endobulin Kiovig pode prejudicar o efeito de algumas vacinas de vírus vivo atenuado, como sarampo, rubéola, caxumba e varicela. Portanto, após receber imunoglobulina, você deve aguardar até 3 meses antes de receber vacina de vírus vivo atenuado. Você deve aguardar por até 1ano após receber imunoglobulina, antes de receber a vacina contra sarampo.

Efeito em testes sanguíneos

Endobulin Kiovig contém uma grande variedade de diferentes anticorpos, sendo que alguns podem afetar exames de sangue. Se você tiver que fazer exame sanguíneo após administração de Endobulin Kiovig, você deve informar o profissional responsável ou o médico que você recebeu o medicamento.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Resultado de Eficácia


Imunodeficiências primárias (PID)

Foram realizados dois estudos prospectivos, abertos e multicêntricos para investigar a eficácia, segurança e propriedades farmacocinéticas de Imunoglobulina G 5% em pacientes com PID:

  • No Estudo 9411, Imunoglobulina G 5% foi administrado em 17 pacientes com PID por infusão intravenosa de cerca de 400 mg/kg de peso corporal (8 mL/kg) no intervalo de 3 a 4 semanas ao longo de um período de 6 meses. Critérios para avaliação da eficácia incluíram a taxa de infecção, uso de antibióticos e número de dias com febre acima de 38,0 °C.
  • A taxa de infecção anual de 4,0 ± 3,6 infecções por paciente por ano sob tratamento com Imunoglobulina G 5% foi levemente superior à taxa calculada para os 6 meses anteriores ao estudo (2,5 ± 3,2 infecções por ano). Em uma coleta de dados retrospectiva para o período correspondente a um ano antes do estudo (inverno de 1999/2000), demonstrou-se que a taxa de infecção anual no inverno de 1999/2000 foi ligeiramente superior (4,5 ± 5,3 infecções por ano) do que a taxa quando sob tratamento com Imunoglobulina G 5%. O intervalo de confiança de 95% para a diferença entre os dois períodos de inverno variou entre -2,7 e 3,6 infecções por ano (p = 0,7572).
  • No Estudo 9572 um total de 51 pacientes com PID estavam sob terapia infusional com Imunoglobulina G 5% 0,4-0,8 g/kg de peso corporal durante 12 meses em intervalos de dose de 4 semanas (n = 48) ou 3 semanas (n = 3). Critérios para avaliação da eficácia incluíram a taxa de infecção, ou seja, número de infecções bacterianas graves agudas (IBGA), uso de antibióticos, número de dias com febre acima de 38,0 °C, número de dias hospitalizado, dias de falta na escola / trabalho e ocorrência de novas infecções agudas relevantes (IAR).
  • Apenas uma IBGA foi registrada para aqueles em terapia com Imunoglobulina G 5%. Em um período de observação total de 18.313 dias e 50,17 pacientes-ano no estudo, a taxa de infecção anual foi calculada em 0,02 IBGA / paciente / ano (IC 99%: [0,00; 0,11]). O número total médio de IBGA foi de 0,02 ± 0,14 (mediana: 0,00, intervalo: 0,00-1,00).
  • Um total de 128/630 eventos (20,3%) foram classificados como infecções agudas relevantes (IAR) em 40/51 pacientes (78,4%; 101 respiratórias, 27 outras), mais frequentemente especificadas como bronquite, sinusite, infecção do trato respiratório, rinite e faringite. A taxa anual de IARs primárias respiratórias por paciente foi de 2,0 e a taxa anual por paciente para dias com IARs respiratórias apresentou boa correspondência com os dias em uso de antibióticos, excluindo profiláticos (40,38 vs 32,65).

Tratamento de imunodeficiências secundárias

As quatro doenças seguintes causam imunodeficiência secundária típica:

  • (i) Em 50% dos pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC), as infecções são a causa mais comum de morte. Embora os distúrbios da imunidade celular (linfócitos T, células NK, leucopenia) sejam comuns, a hipogamaglobulinemia profunda foi a causa da alta taxa de infecção em um estudo clínico controlado por placebo (duplo-cego) em pacientes com LLC e hipogamaglobulinemia. Neste estudo, a eficácia de IVIg versus placebo sobre a taxa de infecção foi investigada3 e evidências foram obtidas mostrando que infecções bacterianas em pacientes com LLC podem ser prevenidas com terapia com IVIg, sem efeito sobre a incidência de complicações virais e fúngicas. Há um consenso geral de que os pacientes com LLC e um nível de IgG inferior a 6 g/L e infecções recorrentes (sobretudo com a falta de anticorpos específicos contra pneumococos) devem ser tratados com IVIg.
  • (ii) Mieloma múltiplo. Os pacientes com mieloma múltiplo sofrem mais frequentemente de infecções bacterianas recorrentes, e há evidência de que eles se beneficiem da administração regular de imunoglobulina (0,5 g/kg de peso corporal a cada 4 semanas)4.
  • (iii) Vírus da imunodeficiência humana. Pacientes com infecções por HIV sofrem de distúrbios da imunidade celular (linfócitos T). Deficiência na imunidade humoral também é comum em pacientes pediátricos e isso se correlaciona com infecções recorrentes causadas por Streptococcus pneumoniae. De acordo com os resultados de vários estudos clínicos bem controlados5, o tratamento combinado com antirretrovirais e IVIg é eficaz. As crianças com contagem de CD4 (+) acima de 200/μL se beneficiam significativamente da terapia com IVIg com uma diminuição menos rápida de células-auxiliares. Contudo, os respectivos estudos foram realizados antes da introdução da terapia antirretroviral altamente ativa (do inglês HAART). Ao contrário das crianças infectadas pelo HIV, IVIg em pacientes adultos infectados pelo HIV é ineficaz6.
  • (iv) Transplante alogênico de medula óssea. IVIg provou ser eficaz como parte do regime de condicionamento e após o transplante. Para o tratamento de infecções e profilaxia do enxerto versus doença hospedeira a dosagem deve ser adaptada individualmente. Em caso de diminuição persistente dos níveis de anticorpos, substituições devem ser continuadas até que os níveis de anticorpos retornem ao normal.

Tratamento de doenças autoimunes

As imunoglobulinas intravenosas podem reduzir a resposta imune humoral pela sua ação direta sobre a ativação e a diferenciação de células-B. Outros mecanismos efetores discutidos são o bloqueio anti-idiotípico de auto anticorpos, a inibição de receptores Fcγ e a citotoxicidade celular mediada por anticorpos. A inibição de receptores Fcγ tem uma profunda influência sobre as células efetoras do sistema imune, por exemplo em células NK, monócitos, macrófagos e outros elementos do sistema fagocitário mononuclear (SFM). De um modo semelhante, a inibição dos receptores de complemento e a neutralização de produtos de degradação do complemento ativados têm um efeito anti-inflamatório. IVIg tem uma influência direta sobre a população de células T e pode neutralizar superantígenos e, assim, evitar os processos de ativação relevantes. A ligação plasmática de citocinas pró-inflamatórias, tais como o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a interleucina-1 (IL-1) e a interleucina-6 (IL-6) pode impedir os processos de ativação da inflamação.

Os resultados das investigações sobre IVIg influenciaram a imunologia clínica e a imunofarmacologia e vêm ampliando a variedade de doenças autoimunes como indicações para o uso clínico destes medicamentos hematogênicos.

Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI)

No Estudo 9427 Imunoglobulina G 5% foi administrado por via intravenosa em 24 pacientes com PTI 1g/kg de peso corporal por dia durante 2 dias ou 0,4 g/kg de peso corporal por dia, durante 5 dias consecutivos (dose total de 2 g/kg de peso corporal por curso de tratamento).

O parâmetro de eficácia primária foi a resposta de plaquetas. Pacientes foram considerados respondedores se a contagem de plaquetas aumentasse acima de 50/nL durante o estudo. 22/24 pacientes responderam ao tratamento Imunoglobulina G 5%, ou seja, a taxa de resposta global foi de 91,7%; 14/15 (93,3%) no grupo de 2 dias versus 8/9 (88,9%) dos pacientes no grupo de 5 dias, mostrando assim uma resposta significativa para Imunoglobulina G 5% em ambos os regimes de dose. O tempo médio total de resposta foi de 4 ± 2 dias, a duração da resposta foi de 24 ± 4 dias. A média da contagem máxima de plaquetas na população respondedora foi de 245 ± 137/nL. O tempo médio total para até a contagem máxima de plaquetas foi de 9 ± 5 dias.

Para a maioria dos pacientes, durante o período de estudo total de 28 dias, houve aumento na contagem de plaquetas até ao dia 7 ou o dia 14, respectivamente, com uma posterior diminuição nos dias 21 e 28. No entanto, ao final do período de estudo a contagem de plaquetas ainda estava acima de 50/nL em 11/22 respondedores.

Síndrome de Guillain Barré

Foram realizados dois estudos clínicos8,9 de larga escala em pacientes com Síndrome de Guillain Barré comparando a troca de plasma (PE) e terapia com IVIg.

No estudo holandês9 publicado em 1992, 74 pacientes foram tratados com IVIg (2 g/kg de peso corporal) e 73 com troca de plasma. A proporção de pacientes cuja pontuação funcional melhorou em um ou mais graus dentro de 4 semanas após o fim do tratamento foi significativamente mais elevada no grupo tratado com IVIg do que no grupo tratado com a troca de plasma (IVIg; 53%, vs. PE: 34%). O tratamento com IVIg também foi superior em relação aos parâmetros-alvo secundários tais como a duração da ventilação, o número de pacientes ainda sendo ventilados 2 semanas após o final do tratamento, e o tempo de recuperação da capacidade de andar.

Em um segundo estudo clínico multicêntrico randomizado8, 130 pacientes receberam IVIg, 121 foram tratados com PE, e 128 pacientes receberam uma combinação de PE e IVIg. Neste estudo, não houve diferença entre os grupos de tratamento no que diz respeito à pontuação funcional após 4 semanas. Os vários tratamentos foram também igualmente eficazes com relação à duração da ventilação, o tempo de recuperação da capacidade de caminhar, bem como a duração da internação. Além disso, verificou-se que a combinação de PE e IVIg não levou à uma melhora mais rápida das pontuações funcionais10.

Síndrome de Kawasaki

A condução da Síndrome de Kawasaki aguda é direcionada a uma redução na inflamação do miocárdio e da parede da artéria coronária e prevenção de trombose coronária. Ácido acetilsalicílico (AAS) em combinação com altas doses de IVIg é a atual terapia padrão-ouro11. O tratamento de pacientes com Síndrome de Kawasaki com AAS é considerado importante devido à ação anti-inflamatória e antitrombótica do AAS. No entanto, não há dados convincentes disponíveis mostrando que o AAS reduz anomalias da artéria coronária. A combinação de AAS com IVIg mostrou reduzir a febre, a toxicidade, e sintomas articulares dentro de 48 horas. É administrado em doses de 80-100 mg/kg de peso corporal por dia em quatro doses divididas para atingir um nível sérico de salicilato no soro de 20-25 mg/dL durante a fase aguda da doença. Vários estudos demonstraram que altas doses de IVIg (acima de 1 g/kg de peso corporal) em combinação com outra terapia é segura e eficaz na redução da prevalência de anomalias das artérias coronárias na Síndrome de Kawasaki. Rowley et al.12 demonstraram que IVIg não só reduziu a prevalência global de anomalias da artéria coronária, mas também impediu a formação de aneurismas gigantes, a forma mais grave de anomalia coronariana causada pela Síndrome de Kawasaki. As anomalias que afetam a função sistólica do ventrículo esquerdo e contratilidade melhoram mais rapidamente em crianças tratadas na fase aguda com altas doses de IVIg e AAS em comparação com aqueles tratados apenas com AAS.

Referências Bibliográficas

1. Estudo 941. A multicentre, open, prospective study investigating clinical efficacy, safety, and pharmacokinetic properties of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 with intraindividual comparisons to previous standard treatment in patients with primary immunodeficiency disease (PID).
2. Estudo 957. A multicentre, open, prospective study investigating clinical efficacy, safety, and pharmacokinetic properties of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 in patients with primary immunodeficiency disease (PID).
3. Besa EC. Recent advances in the treatment of chronic lymphocytic leukemia: Defining the role of intravenous immunoglobulin. Semin Hematol 1992; 29 (Suppl 2):14-23.
4. Chapel HM et al. Randomised trial of intravenous immunoglobulin as prophylaxis against infection in plateau-phase multiple myeloma. Lancet 1994; 343:1059-63.
5. A National Institute of Child Health and Human Development Intravenous Immunoglobulin Study Group. Intravenous immune globulin for the prevention of bacterial infections in children with symptomatic human immunodeficiency virus infection. N Eng J Med 1991; 325:73-80.
6. Geha RS and Rosen FS. Intravenous immunoglobulin therapy. In: Therapeutic immunology. Austen KF, Burakoff SJ, Rosen FS and Storm TW (eds.). Blackwell science, Oxford, England 1996, pp 280-296.
7. Estudo 942. An open, prospective study investigating clinical efficacy and safety of the human normal immunoglobulin for intravenous administration BT681 comparing historical data with reference IVIG in patients with idiopathic thrombocytopenic purpura (ITP).
8. Plasma Exchange/Sandoglobulin Guillain-Barrè Syndrome Trial Group. Randomized trial of plasma exchange, intravenous immunogobulin, and combined treatments in Guillain-Barrè syndrome. Lancet 1997; 349:225-230.
9. van der Meché FGA et al. A randomized trial comparing intravenous immune globulin and plasma exchange in Guillain-Barré syndrome. N Engl J Med 1992; 326:1123-1129.
10. Hughes RAC and the GBS Steroid Trial Group. Double-blind trial of intravenous methylprednisolone in GBS; Lancet 1992, 341:586-590.
11. Leung DYM et al. The immunopathogenesis and management of Kawasaki syndrome. Arthritis & Rheumatism 1998; 41:1538-1547.
12. Rowley AH et al. Prevention of giant coronary artery aneurysms in Kawasaki disease by intravenous gamma globulin therapy. J Pediatr 1988; 113:290-294.

Características Farmacológicas


Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: soros imunizantes e imunoglobulinas: imunoglobulina humana normal, para administração intravenosa, código ATC: J06BA02.

Imunoglobulina G contém principalmente imunoglobulina G (IgG) com um amplo espectro de anticorpos contra agentes infecciosos.

Imunoglobulina G contém anticorpos IgG presentes normalmente na população. Geralmente é preparado a partir de um pool de plasma de não menos de 1.000 doações. Imunoglobulina G tem uma distribuição de subclasses IgG aproximadamente proporcional àquela do plasma humano natural. Doses adequadas deste medicamento podem restaurar níveis anormalmente baixos de IgG até a faixa da normalidade.

O mecanismo de ação para outras indicações, além da terapia de reposição, não está totalmente elucidado, mas inclui efeitos imunomoduladores.

População pediátrica

Espera-se que as propriedades farmacodinâmicas na população pediátrica sejam as mesmas do que em adultos.

Propriedades Farmacocinéticas

A imunoglobulina humana normal está imediata e completamente biodisponível na circulação do paciente após a administração intravenosa. Ela é distribuída de forma relativamente rápida entre o plasma e o fluido extravascular, e após cerca de 3 a 5 dias, o equilíbrio é atingido entre os meios intra e extravasculares.

Imunoglobulina G tem uma meia-vida de cerca de 27 dias. Esta meia-vida pode variar de paciente para paciente, em especial na imunodeficiência primária.

IgG e os complexos de IgG são digeridos pelas células do sistema retículo-endotelial.

Dados de segurança pré-clínicos

As imunoglobulinas são constituintes normais do corpo humano. Testes de toxicidade por dose repetida e estudos de toxicidade embrionária e fetal são impraticáveis, devido à indução e interferência com anticorpos. Efeitos do produto sobre o sistema imunológico do recém-nascido não foram estudados. Como a experiência clínica não fornece dados sobre os efeitos carcinogênicos e mutagênicos das imunoglobulinas, estudos experimentais, principalmente em espécies heterólogas, não são considerados necessários.

Conservar sob refrigeração entre 2°C e 8°C. Proteger da luz. Não congelar.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Prazo de validade: 24 meses.

Antes da administração, este medicamento deve ser visualmente inspecionado quanto a partículas e descoloração.

Características do produto

A solução deve ser transparente ou ligeiramente opalescente e incolor ou amarelo pálido. Soluções que se apresentemturvas ou tenham depósito, não devem ser utilizadas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

M.S.: 1.0639.0301

Farm. Resp.:
Alex Bernacchi
CRF/SP 33.461

Importado por:
Takeda Pharma Ltda.
Rodovia SP 340 S/N, km 133,5, Ed. Adm.
Jaguariúna-SP
CNPJ 60.397.775/0001-74

Fabricado por:
Baxalta Belgium Manufacturing S.A.
Lessines, Bélgica

SAC
0800-7710345

Uso restrito a hospitais.

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Endobulin Kiovig

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Necessita de Receita:

Branca Comum (Dispensação Sob Prescrição Médica Restrito a Hospitais)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Infectologia

Reumatologia

Imunologia clínica

Neurologia

Angiologia

Bula do Paciente:

ENDOBULIN KIOVIG É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


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Modo de uso

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