Fampyra 10mg, caixa com 28 comprimidos revestidos de liberação prolongada
BiogenFampyra 10mg, caixa com 28 comprimidos revestidos de liberação prolongada
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Bula do Fampyra
Fampyra® (fampridina) é indicado no tratamento de incapacidade de deambulação (caminhada) em pacientes com Esclerose Múltipla, para melhorar a capacidade de deambulação (caminhada).
Fampyra® (fampridina) contém uma substância ativa chamada fampridina, que pertence a um grupo de medicamentos chamados bloqueadores do canal de potássio. Estes medicamentos impedem a saída do potássio das células nervosas que foram danificadas pela Esclerose Múltipla. Fampyra® (fampridina) facilita a passagem dos sinais pelos nervos, o que permite uma melhora na sua capacidade para andar.
Não tome este medicamento:
- Se você tem alergia (hipersensibilidade) a fampridina ou a qualquer outro componente da fórmula;
- Se você já teve convulsão;
- Se você tem problemas nos rins;
- Se você está tomando um medicamento chamado cimetidina;
- Se você está tomando outro medicamento que contenha fampridina (também conhecido como 4-aminopiridina). Isto pode aumentar o risco de efeitos colaterais graves.
Fale com seu médico e não tome Fampyra® (fampridina) se alguma destas contraindicações se aplicar a você.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Fampyra® (fampridina) é um comprimido de liberação prolongada. Sempre use Fampyra® (fampridina) exatamente como indicado pelo seu médico.
Os comprimidos de Fampyra® (fampridina) vêm acondicionados em cartuchos com 2 blísteres. Cada blister contém 14 comprimidos.
A dose usual de Fampyra® (fampridina) é de 1 comprimido pela manhã e 1 comprimido à noite, ou a cada 12 horas, conforme orientação médica.
Respeite um intervalo de 12 horas entre os comprimidos.
Engula o comprimido inteiro com um pouco de água. Você não deve dividir, esmagar, dissolver, chupar ou mastigar o comprimido. Isto pode aumentar os riscos de efeitos colaterais.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Caso você esqueça de tomar um comprimido, não tome dois ao mesmo tempo para compensar a dose esquecida. Respeite sempre um intervalo de 12 horas entre os comprimidos.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou do seu médico, ou cirurgião-dentista.
Tenha cuidado ao utilizar Fampyra® (fampridina):
- Se você tiver palpitações (sentir seus batimentos cardíacos);
- Se você está propenso a infecções;
- Se você utiliza um suporte para caminhada, como uma bengala, você deve continuar a utilizá-lo conforme necessário. Este medicamento pode fazer com que sinta tonturas ou instável nas primeiras 4 a 8 semanas.
- Se você tiver algum fator ou estiver tomando algum medicamento que afete seu risco de convulsões;
- Se você tiver problemas nos rins;
- Se você estiver utilizando outros medicamentos que podem afetar o funcionamento dos rins.
Fale com seu médico antes de tomar Fampyra® (fampridina) se algumas destas situações se aplica a você.
Foram observadas reações alérgicas graves em pacientes tratados com Fampyra® (fampridina). Sinais de reação alérgica podem incluir vermelhidão, coceira, dificuldade em respirar, inchaço da face, lábios, língua ou garganta. Em muitos casos, estas reações ocorrem após a primeira dose. Procure socorro médico imediato se você desenvolver algum destes sinais ou sintomas.
Uso pediátrico
Fampyra® (fampridina) não deve ser utilizado por crianças e adolescentes abaixo de 18 anos de idade.
Uso em idosos
Antes de iniciar o tratamento e durante o tratamento seu médico avaliará o funcionamento de seus rins.
Gravidez e lactação
Fale com seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Se você está grávida ou planejando engravidar, fale com seu médico antes de tomar Fampyra® (fampridina). Ele vai considerar o benefício do seu tratamento com este medicamento e o risco para o seu bebê.
Você não deve amamentar enquanto estiver em tratamento com Fampyra® (fampridina).
O medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Habilidade de dirigir e utilizar máquinas
Fampyra® (fampridina) pode afetar a habilidade em dirigir ou utilizar máquinas. Não foram realizados estudos sobre os efeitos na habilidade de dirigir e utilizar máquinas. As reações adversas relacionadas ao sistema nervoso central, como tonturas, vertigens e convulsões associadas ao uso de fampridina, podem influenciar a habilidade de dirigir e utilizar máquinas, por isso se recomenda precaução. Certifique-se de que você não está afetado por este sintoma, antes de dirigir ou utilizar máquinas.
Início e avaliação do tratamento com Fampyra® (fampridina)
Seu médico irá realizar uma prescrição inicial para 2 semanas. Após 2 semanas, seu tratamento será reavaliado.
A segurança de Fampyra® (fampridina) foi avaliada em estudos clínicos controlados e no pós-marketing.
Os estudos clínicos em esclerose múltipla incluíram 1.075 pacientes tratados com Fampyra® (fampridina) durante pelo menos 12 semanas, 819 pacientes por 6 meses, 628 pacientes durante pelo menos um ano e 526 pacientes durante pelo menos dois anos.
As reações adversas identificadas foram principalmente neurológicas e relacionadas à excitação do sistema nervoso, incluindo convulsão, insônia, ansiedade, alterações do equilíbrio, tontura, parestesia, tremor, cefaléia (dor de cabeça) e astenia. Estes dados são consistentes com a atividade farmacológica da fampridina. A reação adversa de maior incidência, identificada a partir dos ensaios clínicos controlados por placebo em pacientes com esclerose múltipla tratados com a dose recomendada de Fampyra® (fampridina), é a infecção do trato urinário (em aproximadamente 12% dos pacientes, e 8% em pacientes que receberam placebo).
Reações Adversas ao medicamento em estudos clínicos
Como os estudos clínicos são conduzidos sob condições muito específicas, as taxas de reações adversas observadas nos estudos clínicos podem não refletir as taxas observadas na prática e não devem ser comparadas com as taxas em estudos clínicos de uma outra droga ou medicamento. As informações sobre reações adversas a medicamentos em estudos clínicos são úteis para identificar eventos adversos relacionados ao medicamento e taxas aproximadas.
A Tabela 1 lista os eventos adversos mais frequentes que ocorreram durante o tratamento ativo em ≥ 1% dos pacientes com esclerose múltipla tratados com Fampyra® (fampridina) em comparação com placebo, em ensaios clínicos controlados.
Tabela 1: Eventos adversos que ocorreram durante o tratamento, com incidência ≥ 1% nos pacientes com esclerose múltipla tratados com Fampyra® (fampridina) e em taxa maior ou igual a 1% comparado ao placebo:
Eventos Adversos | Placebo N=238 |
Fampyra® 10 mg duas vezes ao dia N= 400 |
Infecção do trato urinário |
20 (8.4%) |
48 (12.0%) |
Insônia |
9 (3.8%) |
35 (8.8%) |
10 (4.2%) |
29 (7.3%) |
|
Cefaléia |
9 (3.8%) |
28 (7.0%) |
Náusea |
6 (2.5%) |
28 (7.0%) |
Astenia |
9 (3.8%) |
27 (6.8%) |
Dor nas costas |
5 (2.1%) |
20 (5.0%) |
Transtorno de equilíbrio |
3 (1.3%) |
19 (4.8%) |
Parestesia |
6 (2.5%) |
16 (4.0%) |
Nasofaringite |
4 (1.7%) |
14 (3.5%) |
Constipação |
5 (2.1%) |
13 (3.3%) |
Dor faringolaríngea |
2 (0.8%) |
8 (2.0%) |
2 (0.8%) |
8 (2.0%) |
|
1 (0.4%) |
7 (1.8%) |
|
Ansiedade |
1 (0.4%) |
6 (1.5%) |
0 (0%) |
6 (1.5%) |
|
Outras infecções virais |
1 (0.4%) |
6 (1.5%) |
Prurido |
1 (0.4%) |
6 (1.5%) |
Tremor |
0 (0%) |
4 (1.0%) |
Dispnéia |
0 (0%) |
4 (1.0%) |
Baixa contagem de células brancas |
0 (0%) |
4 (1.0%) |
Hipertrigliceridemia |
0 (0%) |
4 (1.0%) |
Outros eventos adversos observados durante os ensaios clínicos
A seguir apresentamos uma lista dos eventos adversos relatados por pacientes tratados com fampridina em qualquer dose e qualquer formulação na população de segurança (n = 1510). Essa população inclui pacientes que receberam fampridina durante os estudos de farmacologia clínica, estudos controlados com placebo em pacientes com esclerose múltipla, estudos controlados com placebo em pacientes com lesão da medula espinhal e estudos não controlados.
Eventos que já foram incluídos na Tabela 1 foram excluídos. Embora os eventos relatados tenham ocorrido durante o tratamento com fampridina, eles não foram necessariamente causados pela fampridina.
Os eventos são classificados por sistema de órgãos e frequência, conforme a seguinte definição:
- Muito comuns (> 1/10 ou >10%);
- Comuns (>1/100 e 1% e <10%); ou >1% e <10%);
- Incomuns (>1/1.000 e e <1/100; ou >0,1% e <1%);
- Raros (>1/10.000 e <1/1.000; ou >0,01% e <0,1%);
- Muito raros (<1/10.000 ou <0,01%).
Doenças do sangue e do sistema linfático
- Incomuns: anemia, dor de linfonodo;
- Raros: leucopenia, neutropenia.
Cardiovascular
- Comuns: palpitações, taquicardia;
- Não comuns: bloqueio atrioventricular de primeiro grau, bloqueio de ramo direito, precordialgia, doença arterial coronariana, extra-sístoles ventriculares, hipertrofia ventricular;
- Raros: bloqueio de ramo esquerdo, dilatação ventricular.
Distúrbios do ouvido e do labirinto
- Comuns: tinitus, vertigens;
- Incomuns: otalgia, surdez bilateral.
Disturbios endócrinos
- Incomuns: bócio;
- Raros: cisto na tireóide.
Distúrbios oculares
- Comuns: visão turva, distúrbios visuais;
- Incomuns: blefarospasmo, cegueira, conjuntivite, diplopia, hemorragia ocular, distúrbio de movimento dos olhos, aumento da secreção lacrimal, hiperemia ocular, fotopsia, escotoma;
- Raros: Ptose palpebral.
Doenças gastrointestinais
- Comuns: desconforto abdominal, boca seca, flatulência, desconforto no estômago, dor de dente;
- Incomuns: hérnia abdominal, dor abdominal inferior, sensibilidade abdominal, disfagia, desconforto epigástrico, gastrite, hemorragia hemorroidal, hipoestesia oral, síndrome do intestino irritável;
- Raros: colite, hematemese.
Distúrbios gerais e alterações no local de administração
- Comuns: desconforto no peito, dor torácica, calafrios, sensação de calor, distúrbios da marcha, sintomas de influenza, irritabilidade;
- Incomuns: complicação relacionada com cateter, cisto, edema, eritema no local da injeção, dor suprapúbica, sensibilidade.
Distúrbios do sistema imunitário
- Comuns: hipersensibilidade, alergia sazonal.
Infecções e infestações
- Comuns: bronquite, cistite, infecção do ouvido, infecção fúngica, herpes simplex, abscesso dentário, infecção micótica vulvovaginal;
- Incomuns: infecção bacteriana, candidíase, infecção do trato urinário por Escherichia, infecção do olho, foliculite, infecção por herpesvírus, labirintite, laringite, infecção localizada, candidíase oral, otite externa, faringite, faringite estreptocócica, rinite, infecção da pele, abscesso subcutâneo, outras infecções dentárias;
- Raros: abscesso oral, pielonefrite bacteriana, infecção clostridiana, abscesso gengival, paroníquia, infecção vaginal.
Intoxicações e complicações processuais
- Comuns: lesão nas costas, entorse articular, tensão muscular, dor de procedimentos, laceração da pele, queimadura térmica;
- Incomuns: mordida por artrópodes, picada por artrópodes, abrasão da córnea, epicondilite, escara, fratura de fíbula, fratura de mão, lesão articular, laceração, lesão ligamentar, lesão no pescoço, fratura de patela, lesão óssea, queimaduras, lesões de tendão, fratura de dentes, fratura no punho;
- Raros: fratura, distensão de ligamento.
Investigações
- Comuns: hipercolesterolemia, creatina fosfoquinase aumentada, aumento da trigliceridemia, aumento da temperatura corporal, aumento da contagem de células brancas do sangue;
- Incomuns: aumento de aspartato aminotransferase, aumento de creatinina sérica, aumento de lactato desidrogenase sérico, hiperfosfatemia, hipocalemia, hipercalemia, hiperuremia, sopro cardíaco, sopro carotídeo, presença de cristais na urina, inversão da onda T do eletrocardiograma, outras alterações no eletrocardiograma, hemograma anormal, taquicardia, bradicardia, frequência cardíaca irregular, aumento de enzimas hepáticas, linfopenia, diminuição da contagem de monócitos, neutropenia, plaquetopenia, eritropenia, policitenia, hematuria micro e macroscópica, aumento de peso, leucocituria;
- Raros: colesterol sanguíneo anormal, a pressão sistólica ventrícular direita aumentada, tiroxina aumentada, citologia urinária anormal.
Distúrbios metabólicos e nutricionais
- Comuns: falta de apetite, hipercolesterolemia;
- Incomuns: diabetes mellitus, hipocalemia;
- Raros: polidipsia.
Distúrbios musculoesqueléticos e dos tecidos conjuntivos
- Comuns: bursite, dor da parede torácica, rigidez muscular, desconforto músculoesquelético, osteosporose;
- Incomuns: dor óssea, espasmo cervical, dor na virilha, instabilidade articular, desconforto nos membros, espasmos musculares, dor músculo-esquelética peitoral, osteoartrite, osteopenia, dor no maxilar, sensação de peso;
- Raros: dedo em gatilho.
Neoplasias benignas e malignas (incluindo cistos e pólipos)
- Comuns: câncer de mama, leiomioma uterino;
- Raros: lentigo.
Distúrbios do sistema nervoso
- Comuns: enxaqueca, nevralgia, sonolência, nevralgia trigeminal;
- Incomuns: amnésia, disestesia, disgeusia, letargia, sinal de Lhermitte, disfunção motora, mioclonia, neuralgia, nistagmo, paralisia do nervo peroneal, ciática, cefaléia na área do seio, síncope;
- Raros: síndrome anticolinérgica, titubeação.
- Desconhecidos: Sintomas de nevralgia trigeminal de novo (sem histórico prévio).
Distúrbios psiquiátricos
- Comuns: sonhos anormais, estado confusional, nervosismo, alterações do sono;
- Incomuns: alucinação, ataque de pânico, paranóia.
Distúrbios renais e urinários
- Comuns: disúria, urgência miccional, incontinência urinária, retenção urinária;
- Incomuns: espasmo da bexiga, nefrolitíase, noctúria, poliúria, piúria, incapacidade de controlar urina, hesitação urinária.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama
- Incomuns: menorragia.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
- Comuns: congestão nasal, congestão do seio;
- Incomuns: asma, atelectasia, epistaxe, soluços, eritema da faringe, rinorréia, chiado;
- Raros: secura nasal, perturbações dos seios.
Distúrbios dos tecidos cutâneos e subcutâneos
- Comuns: bolha, equimose, hiperidrose, úlcera na pele;
- Incomuns: alopecia, suor frio, pele seca, unhas encravadas, livedo reticular, púrpura, exantema macular, sarna, lesão de pele;
- Raros: erupção medicamentosa, hipotricose, fissuras na pele, telangiectasia.
Distúrbios vasculares
- Comuns: rubor, hipertensão, vasoconstrição periférica;
- Incomuns: trombose venosa profunda, rubor, hematoma, hipotensão, flebite;
- Raros: trombose.
Convulsões
- Casos de convulsão foram pouco frequentes nos ensaios clínicos controlados e nos estudos abertos com fampridina (5/532, 0,9% e 5/660, 0,76%, respectivamente). A maioria destes incidentes foi associada com sobredose não passível de controle, altas doses sistêmicas, ou níveis plasmáticos elevados de fampridina.
Reações Adversas pós-comercialização do medicamento
As seguintes reações adversas foram identificadas durante a experiência pós-comercialização com fampridina:
- Convulsões, exacerbação da neuralgia do trigêmeo (agravamento da dor no nervo da face) em pacientes com histórico de neuralgia do trigêmeo e reações de hipersensibilidade (reações alérgicas graves, incluindo reações anafiláticas/anafilactóides, tais como inchaço na língua e na garganta (edema faríngeo). Para a maioria dos casos de anafilaxia, uma relação com a fampridina não pode ser excluída.
Após a comercialização de Fampyra® (fampridina), houve relatos de que pacientes com esclerose múltipla e história anterior de neuralgia do trigêmeo que foram tratados com fampridina – cerca de um mês após o início do uso da medicação - evoluíram piora e/ou reincidiva da neuralgia. Não é possível precisar uma estimativa da frequência desses casos, ou estabelecer relação causal à exposição à fampridina.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Comprimido revestido de liberação prolongada 10 mg
Cartucho com 2 blísteres com 14 comprimidos cada.
Via oral.
Uso adulto acima de 18 anos.
Cada comprimido revestido contém:
10 mg de fampridina.
Excipientes: hipromelose, celulose microcristalina, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, dióxido de titânio e macrogol.
Contate imediatamente seu médico se você tomar muitos comprimidos de Fampyra® (fampridina).
Em caso de superdosagem você pode apresentar suor, tremores, confusão, amnésia (perda de memória) e convulsões (ataques). Você pode, também, observar outros efeitos colaterais não listados aqui.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou a bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Fale com seu médico se você tomou recentemente ou ainda estiver tomando qualquer outro medicamento. Neste incluem-se fitoterápicos, medicamentos isentos de prescrição médica e outros medicamentos que contenham fampridina.
Não utilize Fampyra® (fampridina) se você estiver tomando qualquer outro medicamento contendo fampridina (4-aminopiridina).
Outros medicamentos que afetam os rins
Seu médico estará atento se Fampyra® (fampridina) for administrado ao mesmo tempo que outro medicamento que afete as funções dos rins, por exemplo, carvedilol, propranolol e metformina.
Interações alimentares
Fampyra® (fampridina) deve ser ingerido sem alimentos, em jejum.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Quando os comprimidos de Fampridina são administrados com alimentos, observou-se um aumento de Cmáx em 15-23%. Uma vez que há uma relação clara entre Cmáx e reações adversas relacionadas à dose, recomenda-se utilizar Fampridina sem alimentos.
Resultados de Eficácia
Dois estudos fase III, randomizados, duplo-cego, controlado por placebo (MS-F203 e MS-F204) demonstraram a eficácia de Fampridina 10 mg na melhora da capacidade de deambulação em pacientes com Esclerose Múltipla recorrenteremitente, secundariamente progressiva e primariamente progressiva. A maioria dos pacientes nesses estudos estava em uso de imunomoduladores (incluindo as interferonas, acetato de glatirâmer e natalizumabe), porém a magnitude da melhora da capacidade de locomoção foi independente da terapia concomitante. Não foram observadas diferenças na eficácia com base no grau de incapacidade, idade, sexo ou índice de massa corporal.
O endpoint primário foi a taxa de resposta na velocidade de caminhada, medida pelo Timed 25-foot Walk (T25FW), um teste quantitativo da capacidade para andar que tem demonstrado ser uma medida útil e confiável do complexo processo neurológico de caminhada. A análise da taxa de resposta determinou o número de pacientes que apresentaram melhora consistente na velocidade de andar durante o tratamento duplocego, ou seja, Timed Walk Responders. Um respondedor (responder) foi definido como um paciente que consistentemente teve uma velocidade maior ao caminhar por, pelo menos, três visitas de um total de quatro possíveis durante o período do tratamento duplo-cego em comparação ao valor máximo entre cinco visitas sem tratamento não-duplo-cego. O significado clínico do endpoint primário (timed walk response) foi validado, demonstrando uma associação significativa entre a melhora na velocidade de andar com a melhora da auto-avaliação do paciente na incapacidade de andar, nos 12 itens da Multiple Sclerosis Walking Scale (MSWS12). O questionário da MSWS12 mede a impressão do paciente quanto aos efeitos de sua incapacidade de andar relacionada a Esclerose Múltipla ao longo das duas semanas anteriores, na habilidade para executar série de atividades cotidianas como ficar em pé, subir escadas, mover-se ao redor da casa e fazer pequenas caminhadas fora de casa.
Uma parte significativamente maior de pacientes que tomaram Fampridina 10 mg tiveram uma melhora consistente na velocidade de caminhada quando comparada aos pacientes que tomaram placebo, como medido pelo T25FW, (estudo MS-F203: 34,8% vs 8,3%, p <0,001; estudo MS-F204: 42,9% vs 9,3%, p <0,001). A taxa de resposta maior na coorte de Fampridina foi observada em todos os tipos de Esclerose Múltipla incluídos nos estudos, independente de estarem em tratamento com DMTs (Disease Modifying Therapies) ou não. Os pacientes Timed Walk Responders também demonstraram uma melhora estatisticamente significativa na média de velocidade de caminhada (ou seja, na magnitude da resposta de caminhada cronometrada) em comparação com placebo (resultados combinados: 25,3% vs 5,8%, p <0,001), conforme relatado por porcentagem de mudança de pontuação da T25FW base. A melhora apareceu rapidamente (dentro de algumas semanas) após o início do tratamento.
Com base na mudança de pontos da MSWS-12, os pacientes Timed Walk Responders que tomaram Fampridina também demonstraram uma melhora estatisticamente e clinicamente significante na capacidade de executar uma série de atividades cotidianas como ficar em pé, subir escadas, mover-se ao redor da casa e fazer pequenas caminhadas fora de casa. Da mesma forma, a pontuação no SIG (Subject Global Impression) e no CGI (Clinician Global Impression) demonstrou que os pacientes respondedores em uso de Fampridina apresentaram uma melhora significativamente maior que os não-respondedores.
Também foram demonstradas melhoras significativas na força das pernas, medida pela Lower Extremity Manual Muscle Test (LEMMT), observada no grupo de tratamento com Fampridina 10mg comparado ao placebo (p <0,003) (estudo MS-F203). Além disso, os resultados combinados indicam uma redução significativa na escala de Ashworth (p <0,001), que mede o grau de espasticidade muscular, no tratamento com Fampridina em comparação ao grupo placebo.
Referências Bibliográficas
Goodman, A. D., Brown, T. R., Edwards, K. R., Krupp, L. B., Schapiro, R. T., Cohen, R., Marinucci, L. N. e Blight A. R., em nome dos investigadores MSF204. A Phase 3 Trial of Extended Release Oral Dalfampridine in Multiple Sclerosis. Ann Neurol., 68: 494–502, 2010.
Goodman, A. D., Brown, T. R., Krupp, L. B., Schapiro, R. T., Schwid, S. R., Cohen, R., Marinucci, L. N. e Blight A. R., em nome dos investigadores MS-F203. Sustainedrelease oral fampridine in multiple sclerosis: a randomized, double-blind, controlled trial. Lancet, 373: 732-738, 2009.
Características Farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de ação
A fampridina é um bloqueador dos canais de potássio; é uma droga lipossolúvel que atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. A Esclerose Múltipla é uma patologia caracterizada pela desmielinização, que é a destruição da bainha de mielina dos neurônios do cérebro e da medula espinhal. A fampridina age através do bloqueio dos canais de potássio nos neurônios desmielinizados, o que reduz a fuga de corrente dos axônios, restaurando a condução neuronal.
Efeitos Farmacodinâmicos
Em estudos conduzidos em aninais com neurônios desmielinizados, a fampridina mostrou uma ação reforçadora do potencial de condução nas concentrações de aproximadamente 1 µM (94 ng/mL) com valores de IC50 na faixa de 2-3 µM (188-282 ng/mL). Em contrapartida, o potencial de ação dos axônios mielinizados mostrou pouca ou nenhuma sensibilidade à fampridina em concentrações abaixo de 100 µM.
Ao reduzir a fuga de corrente dos axônios desmielinizados e melhorando a condução neuronal, Fampridina pode afetar uma série de processos neurológicos, que incluem a transmissão de impulsos entre as regiões cerebrais afetadas e entre o cérebro e a medula espinhal. Entre os potenciais efeitos desta melhora da transmissão estão uma maior ativação do neurônio motor inferior e a saída subseqüente nas fibras musculares que, por sua vez, pode levar ao aumento da força muscular através da melhora na função sensorial e na coordenação ao andar.
Com Fampridina, os canais de potássio voltagem-dependentes expostos são bloqueados, modificando a condução neuronal e a formação do potencial de ação, potencialmente restaurando a função neuronal em alguns pacientes com Esclerose Múltipla.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
A fampridina administrada oralmente é rápida e completamente absorvida pelo trato gastrointestinal. A biodisponibilidade absoluta dos comprimidos de liberação prolongada de Fampridina não foi avaliada, mas a biodisponibilidade relativa (em comparação com uma solução aquosa oral) é de 95%. O comprimido de liberação prolongada de Fampridina tem um atraso na absorção de fampridina demonstrado por um aumento lento até um pico de concentração mais baixo, sem qualquer efeito sobre o grau de absorção.
Quando os comprimidos de Fampridina são tomados com alimentos, a redução da área sob a curva de concentração plasmática-tempo (ASC0-∞) de fampridina é de aproximadamente 2 a 7 % (dose de 10 mg). Esta pequena redução na AUC não deve causar uma redução da eficácia terapêutica.
Distribuição
A fampridina é uma droga lipossolúvel, que atravessa facilmente a barreira hematoencefálica. A fampridina é amplamente desacoplada às proteínas plasmáticas (a fração de ligação variou entre 3-7% no plasma humano). A fampridina tem um volume de distribuição de aproximadamente 2,6 L/kg.
A fampridina não é um substrato para a P-glicoproteína.
Metabolismo
A fampridina é metabolizada em humanos por oxidação a 3-hidroxi-4-aminopiridina e posterior conjugação ao sulfato de 3-hidroxi-4-aminopiridina. Nenhuma atividade farmacológica foi encontrada para os metabólitos da fampridina contra os canais de potássio selecionados in vitro.
A 3-hidroxilação da fampridina para 3-hidroxi-4-aminopiridina pelos microssomas do fígado humano pareceram ser catalisadas pelo Citocromo P450 2E1 (CYP2E1). Houve evidência de inibição direta da CYP2E1 pela fampridina a 30 µM (cerca de 12% de inibição), que é aproximadamente 100 vezes a concentração plasmática média de fampridina medida para um comprimido de 10 mg.
O tratamento de culturas de hepatócitos humanos com fampridina apresentou pouco ou nenhum efeito de indução na atividade das enzimas CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2E1 ou CYP3A4/5.
Eliminação
A principal via de eliminação da fampridina é a excreção renal, com aproximadamente 90% da dose recuperada na urina como fármaco inalterado dentro de 24 horas. A depuração renal (CLR 370 mL/min) é substancialmente maior do que a taxa de filtração glomerular devido à combinação de filtração glomerular e excreção ativa pelo transportador renal OCT2. A excreção fecal representa menos de 1% da dose administrada.
A fampridina é caracterizada por uma farmacocinética linear (dose-proporcional) com uma meia vida de eliminação terminal de aproximadamente 6 horas. Nos pacientes com função renal normal, as concentrações máximas no estado de equilíbrio são aproximadamente 1,5 vezes superiores aos de uma dose única, o que não é considerado clinicamente significativo. O estado de equilíbrio é esperado dentro de 48 horas após o início da administração. Em pacientes com insuficiência renal ocorre um acúmulo relativo ao grau de insuficiência.
Fampyra® (fampridina) deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Mantenha os comprimidos na embalagem original para protegê-los da luz e da umidade.
Não utilize Fampyra® (fampridina) após o vencimento do prazo de validade impresso no rótulo e no cartucho. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês impresso na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o médico ou o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MS: 1.6993.0003
Farm. Resp.:
Mara Oliveira
CRF GO nº 11.765
Fabricado e embalado por:
Alkermes Pharma Ireland Ltd.
Monksland Industrial Estate, Athlone,
Co. Westmeath, Irlanda
Registrado por:
Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rua Funchal, 418 - 7° andar - Vila Olímpia
CEP 04551-060 - São Paulo - SP
CNPJ 07.986.222/0001-74
Importado e comercializado por:
Biogen Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
Rodovia BR-153, s/n, Km 42 - Parte B, Subparte R
Zona Urbana - Parque Calixtópolis
CEP 75135-040 - Anápolis - GO
CNPJ 07.986.222/0003-36
SAC
0800 7240055
Venda sob prescrição médica.
Nº de lote, data de fabricação e validade: vide rótulo e cartucho.
*Fampyra® é comercializado sob a licença da Acorda Therapeutics, Inc. e é fabricado para Acorda sob a licença da Alkermes Pharma Ireland Limited (APIL), utilizando a tecnologia da APIL MatriX Drug Absorption System (MXDAS®). MXDAS® é uma marca registrada da Alkermes Pharma Ireland Limited (APIL). Fampyra® é uma marca registrada da Acorda Therapeutics, Inc.
Especificações sobre o Fampyra
Caracteristicas Principais
Fabricante:
Tipo do Medicamento:
Novo
Necessita de Receita:
Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)
Principio Ativo:
Categoria do Medicamento:
Classe Terapêutica:
Especialidades:
Neurologia
Preço Máximo ao Consumidor:
PMC/SP R$ 1.003,48
Preço de Fábrica:
PF/SP R$ 753,19
Registro no Ministério da Saúde:
1699300030021
Código de Barras:
7898926573103
Temperatura de Armazenamento:
Temperatura ambiente
Produto Refrigerado:
Este produto não precisa ser refrigerado
Doenças Relacionadas:
Bula do Paciente:
Bula do Profissional:
Modo de Uso:
Uso oral
Pode partir:
Esta apresentação não pode ser partida
FAMPYRA É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.
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Fampyra 10mg, caixa com 56 comprimidos revestidos de liberação prolongada | Fampyra 10mg, caixa com 28 comprimidos revestidos de liberação prolongada | |
Dose | 10mg | 10mg |
Forma Farmacêutica | Comprimido revestido de liberação prolongada | Comprimido revestido de liberação prolongada |
Quantidade na embalagem | 56 Unidades | 28 Unidades |
Modo de uso | Uso oral | Uso oral |
Substância ativa | Fampridina | Fampridina |
Preço Máximo ao Consumidor/SP | R$ 2.007,46 | R$ 1.003,48 |
Preço de Fábrica/SP | R$ 1.506,75 | R$ 753,19 |
Tipo do Medicamento | Novo | Novo |
Pode partir? | Este medicamento não pode ser partido | Este medicamento não pode ser partido |
Registro Anvisa | 1699300030013 | 1699300030021 |
Precisa de receita | Sim, precisa receita | Sim, precisa receita |
Tipo da Receita | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) |
Código de Barras | 7898926573042 | 7898926573103 |