Bula do Oncaspar
Princípio Ativo: Pegaspargase
Classe Terapêutica: Todos Os Outros Antineoplásicos
Oncaspar, para o que é indicado e para o que serve?
Oncaspar é indicado como um componente da terapia antineoplásica combinada de pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA).
Como o Oncaspar funciona?
A L-asparaginase é uma enzima que catalisa a conversão do aminoácido L-asparagina em ácido aspártico e amônia. Considera-se que o mecanismo de ação de Oncaspar seja baseado na destruição seletiva das células leucêmicas devido à depleção da asparagina plasmática. Células leucêmicas com baixa expressão de asparagina sintetase tem capacidade reduzida para sintetizar L-asparagina e, portanto, dependem de uma fonte exógena de asparagina para sobreviver. A depleção de asparagina, resultante do tratamento com a enzima L-asparaginase, mata as células leucêmicas. As células normais, no entanto, devido a sua capacidade de sintetizar a L-asparagina, são menos afetadas pela depleção da L-asparagina plasmática.
Quais as contraindicações do Oncaspar?
- Histórico de reações de hipersensibilidade graves, incluindo anafilaxia ao Oncaspar ou outros excipientes;
- Histórico de trombose grave com terapia prévia com L-asparaginase;
- Histórico de pancreatite, incluindo pancreatite relacionada com terapia prévia com L-asparaginase;
- Histórico de eventos hemorrágicos graves com terapia prévia com L-asparaginase;
- Insuficiência hepática grave.
Como usar o Oncaspar?
Oncaspar deve ser prescrito por médicos e administrado por profissionais de saúde com experiência no uso de produtos antineoplásicos. Deve ser administrado apenas em ambiente hospitalar onde houver equipamento apropriado de reanimação disponível.
Pré-medicação
Antes da administração de Oncaspar, você pode receber uma combinação de medicamentos para reduzir a ocorrência de reações alérgicas. O seu médico decidirá se essa pré-medicação é necessária.
Solução injetável 750U/mL
Quando Oncaspar é administrado por via intramuscular, o volume em um único local de aplicação deve ser limitado a 2 mL. Se o volume a ser administrado for maior que 2mL, múltiplos locais de aplicação devem ser utilizados. Oncaspar não contém conservantes. Use apenas uma dose por frasco; descarte o produto não utilizado.
Diluir Oncaspar com cloreto de sódio 0,9% injetável ou dextrose 5% injetável para preparar uma infusão. Para administração intravenosa, usar Oncaspar imediatamente após a diluição.
Após a diluição para uso intravenoso, a solução deve ser utilizada imediatamente. A infusão intravenosa de Oncaspar é geralmente administrada durante um período de 1 a 2 horas. Se o uso imediato não for possível, Oncaspar pode ser armazenado sob temperatura refrigerada (2°C a 8°C) por até 48 horas a partir do tempo de preparação até a completa administração. Proteger as bolsas de infusão da luz solar direta.
A estabilidade físico-química em uso, da solução diluída, foi demonstrada por 48 horas sob temperatura refrigerada (2º a 8ºC). Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente.
Não infundir outros medicamentos intravenosos através da mesma linha intravenosa enquanto infundir Oncaspar.
Pó para solução injetável 3750U
Oncaspar pode ser administrado por via intramuscular (IM) ou por via intravenosa (IV) após a reconstituição do medicamento.
Para volumes menores, a via preferencial de administração é a via intramuscular. Quando Oncaspar é administrado por via intramuscular, o volume injetado no mesmo local não deve exceder 2 mL em crianças e adolescentes, e 3 mL em adultos. Caso seja administrado um volume superior, a dose deverá ser dividida e administrada em vários locais de injeção.
Este medicamento pode causar irritação por contato. O pó deve ser manuseado com cuidado. Deve-se evitar a inalação do vapor e o contato com a pele e mucosas, sobretudo com os olhos. Caso o medicamento entre em contato com os olhos, pele ou mucosas, lavar imediatamente com água abundante por ao menos 15 minutos.
Posologia do Oncaspar
Oncaspar, em geral, é administrado como parte de protocolos quimioterápicos em combinação com outros agentes antineoplásicos.
Pacientes pediátricos e adultos ≤ 21 anos
A dose recomendada de Oncaspar em pacientes com área de superfície corporal ≥ 0,6m2 e com idade ≤ 21 anos é de 2500 U de pegaspargase (equivalentes a 3,3 mL de Oncaspar)/m2 de área de superfície corporal a cada 14 dias.
Crianças com área de superfície corporal < 0,6 m2 devem receber 82,5 U de pegaspargase (equivalentes a 0,1 mL de Oncaspar)/kg de peso corpóreo a cada 14 dias.
Adultos > 21 anos
A menos que prescrito de outra forma, a posologia recomendada em adultos com idade > 21 anos é de 2000 U de pegaspargase (equivalente a 2,67 mL de Oncaspar)/ m2 área de superfície corporal a cada 14 dias.
Populações especiais
Insuficiência renal
Como a pegaspargase é uma proteína com alto peso molecular, não é excretada por via renal e nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal.
Insuficiência hepática
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática.
Idosos
Existem dados limitados disponíveis para pacientes com mais de 65 anos de idade.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Quais cuidados devo ter ao usar o Oncaspar?
Solução injetável 750U/mL
Anafilaxia e reações de hipersensibilidade graves
Anafilaxia e reações graves de hipersensibilidade podem ocorrer em pacientes que estão recebendo Oncaspar. O risco de reação de hipersensibilidade grave é maior em pacientes com hipersensibilidade conhecida às formulações de L-asparaginase derivada de E. coli.
Outras reações de hipersensibilidade podem incluir angioedema, inchaço nos lábios, inchaço nos olhos, eritema, diminuição da pressão arterial, broncoespasmo, dispneia, prurido e erupção cutânea (rash).
Trombose
Eventos trombóticos graves, incluindo trombose do seio sagital, podem ocorrer em pacientes que estão recebendo Oncaspar. Suspender Oncaspar em pacientes com eventos trombóticos graves.
Pancreatite
Pancreatite pode ocorrer em pacientes que estão recebendo Oncaspar. Pancreatite hemorrágica ou necrosante com desfecho fatal foram reportadas. Monitore os níveis séricos de amilase e/ou lipase para identificar sinais precoces de inflamação pancreática. Suspender Oncaspar em pacientes com suspeita de pancreatite. Se a pancreatite for confirmada, Oncaspar não deve ser reiniciado.
Intolerância à glicose
Intolerância à glicose pode ocorrer em pacientes que estão recebendo Oncaspar. Em alguns casos, a intolerância à glicose é irreversível. Monitorar a glicose sérica.
Coagulopatia
Aumento do tempo de protrombina, aumento do tempo de tromboplastina parcial e hipofibrinogenemia podem ocorrer em pacientes que estão recebendo Oncaspar. Monitorar os parâmetros de coagulação no período basal e periodicamente durante e após o tratamento.
Osteonecrose
Um efeito colateral chamado osteonecrose (lesão óssea) foi relatado no cenário pós-comercialização em crianças e adolescentes recebendo Oncaspar (maior incidência observada em meninas), quando tomado concomitantemente com glicocorticóides (por exemplo, dexametasona).
Hepatotoxicidade e função hepática anormal
Hepatotoxicidade e função hepática anormal, incluindo elevações de AST (TGO), ALT (TGP), fosfatase alcalina, bilirrubina (direta e indireta) e diminuição da albumina sérica e fibrinogênio plasmático podem ocorrer. Cuidado é requerido quando Oncaspar é dado em combinação com medicamentos hepatotóxicos. Pode haver um aumento do risco de hepatotoxicidade em pacientes com cromossomo Filadélfia positivo, para os quais o tratamento com inibidores de tirosina quinase (por exemplo.: Imatinibe) é combinado com a terapia com asparaginase. Isto deve ser levado em conta quando considerado o uso de Oncaspar para esta população. Devido ao risco de hiperbilirrubinemia, é recomendado monitorar o nível de bilirrubina no início e antes de cada dose.
Se Oncaspar for utilizado em combinação com outros tratamentos contra o câncer, podem ocorrer lesões nas veias hepáticas (casos graves e potencialmente fatais de doença veno-oclusiva hepática (DVO)) com Oncaspar.
Efeito no Sistema Nervoso Central
A terapia combinada com Oncaspar pode resultar em lesão/toxicidade no sistema nervoso central. Casos de encefalopatia (incluindo a síndrome da leucoencefalopatia posterior reversível) foram reportados com o uso da asparaginase.
Oncaspar pode causar sinais e sintomas no sistema nervoso central, que podem se manifestar como sonolência, confusão, convulsões.
Mielossupressão
Oncaspar pode causar mielossupressão, direta ou indiretamente (ao alterar efeitos mielossupressivos de outros agentes como metrotrexato ou 6- mercaptopurina). Monitore a contagem do sangue periférico e da medula óssea. Considere reduzir a dose dos agentes mielossupressores administrados concomitantemente.
Hiperamonemia
A asparaginase facilita a rápida conversão de asparagina e glutamina em ácido aspártico e ácido glutâmico, tendo a amônia como subproduto de ambas as reações. A administração intravenosa de Oncaspar pode causar aumento nos níveis séricos de amônia após a administração.
Os sintomas de hiperamonemia são geralmente transitórios e podem incluir:
- Náusea, vômito, dor de cabeça, tontura e erupção cutânea. Em casos graves, pode ocorrer encefalopatia com ou sem comprometimento hepático, especialmente em adultos mais velhos, nos quais pode representar risco à vida ou ser fatal. Se surgirem sintomas de hiperamonemia, o paciente deve ser monitorado em relação aos níveis de amônia.
Gravidez
Não há estudos adequados e bem controlados com Oncaspar em mulheres grávidas para informar a existência de algum risco associado ao medicamento. Também não se sabe se Oncaspar pode causar dano fetal quando administrado a gestantes ou pode afetar a capacidade reprodutora. Oncaspar deve ser administrado a gestantes apenas se claramente necessário.
O risco estimado de defeitos congênitos maiores e aborto espontâneo para a população indicada é desconhecido. Uma revisão dos dados disponíveis sugere que, na população geral dos Estados Unidos, a prevalência de defeitos congênitos é de 2-4% e a prevalência de aborto espontâneo é de 15-20%, independente da exposição ao medicamento.
Estudos de embriotoxicidade com L-asparaginase não peguilada demonstraram evidência de potencial teratogenicidade da L-asparaginase em ratos, camundongos e coelhos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Lactação
Não há dados disponíveis a respeito da presença de Oncaspar no leite humano, os efeitos de Oncaspar no lactente ou os efeitos de Oncaspar na produção de leite. Como muitos medicamentos são excretados no leite humano e por causa do potencial de reações adversas graves em lactentes com Oncaspar, deve-se tomar a decisão de suspender a amamentação ou suspender o medicamento, levandose em consideração a importância do medicamento para a mãe bem como os benefícios da amamentação para o desenvolvimento e para a saúde.
Uso criterioso no aleitamento ou na doação de leite humano
O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação e acompanhamento do médico ou cirurgião-dentista.
Potencial reprodutivo de homens e mulheres
Contracepção
Homens e mulheres devem utilizar uma contracepção eficaz, incluindo métodos de barreira, durante o tratamento e por, no mínimo, 6 meses após a suspensão de Oncaspar. Como não pode ser excluída uma interação indireta entre os componentes dos contraceptivos orais e o Oncaspar, o uso concomitante de Oncaspar e contraceptivos orais não é recomendado. Em mulheres em idade fértil, um método contraceptivo, que não seja o contraceptivo oral, deve ser utilizado.
Uso geriátrico
Estudos clínicos de Oncaspar não incluíram números suficientes de pacientes com 65 anos ou mais para determinar se eles respondem de forma diferente que os pacientes mais jovens.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Oncaspar pode exercer influência importante na capacidade de dirigir e operar máquinas. As seguintes reações adversas foram reportadas em pacientes tratados com Oncaspar em associação com outros medicamentos quimioterápicos: sonolência, confusão, tontura, sincope e convulsões. Não dirigir ou operar máquinas enquanto receber Oncaspar se apresentar essas ou outras reações adversas que possam comprometer a capacidade de dirigir e operar máquinas.
Pó para solução injetável 3750U
Converse com o seu médico antes iniciar o tratamento com Oncaspar. Este medicamento pode não ser adequado para você.
- Se já teve reações alérgicas graves a outras formas de L-asparaginase, por exemplo coceiras, vermelhidão, ou edema nas vias respiratórias, porque podem ocorrer reações alérgicas graves com Oncaspar;
- Se sofre de uma doença hemorrágica ou já alguma vez teve coágulos de sangue graves;
- Se tiver febre. Este medicamento pode torná-lo mais suscetível a infeções;
- Se já teve problemas na função hepática ou está utilizando outros medicamentos que podem ser prejudiciais ao seu fígado;
- Se Oncaspar for utilizado em combinação com outros tratamentos contra o câncer, podem ocorrer lesões em veias hepáticas (casos graves e potencialmente fatais de doença hepática veno-oclusiva (DVO)) com Oncaspar;
- Se Oncaspar for usado em terapia combinada, isso pode resultar em lesão do sistema nervoso central;
- Se tem dores abdominais. Pode ocorrer inflamação do pâncreas, que, em alguns casos, levou à morte, com o tratamento com Oncaspar.
Este medicamento pode causar flutuações dos fatores de coagulação e pode aumentar o risco de hemorragia e/ou coagulação.
Um efeito indesejável chamado osteonecrose (lesão óssea devido à interrupção do fluxo sanguíneo no local) tem sido reportado na experiência pós-comercialização em crianças e adolescentes recebendo Oncaspar (maior incidência observada no sexo feminino), quando tomado simultaneamente com glicocorticoides (por exemplo, dexametasona).
Se é pai ou mãe de uma criança tratada com Oncaspar, informe ao médico caso o seu filho apresente alguma das condições acima listadas.
Durante o tratamento com Oncaspar
Durante a administração de Oncaspar, você será observado de perto por uma hora após o início do tratamento quanto a quaisquer sinais de reações alérgicas graves. Equipamentos médicos para tratar reações alérgicas estarão disponíveis nas proximidades.
Testes de monitoramento adicionais
Níveis de açúcar no sangue e na urina, função do fígado e pâncreas e outros testes serão realizados regularmente para monitorar sua saúde durante e após o tratamento, pois este medicamento pode afetar seu sangue e outros órgãos.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou amamentando, se suspeita que está grávida ou planeja engravidar, consulte o seu médico antes de utilizar este medicamento.
Não deve utilizar Oncaspar se estiver grávida, uma vez que os seus efeitos durante a gravidez não foram estudados. O seu médico decidirá se a sua doença requer tratamento. As mulheres que podem engravidar devem utilizar um método de contracepção confiável durante o tratamento e também durante pelo menos 6 meses depois da descontinuação de Oncaspar. O contraceptivo oral não é um método de contracepção eficaz durante o tratamento com Oncaspar. Peça aconselhamento ao seu médico sobre o método contraceptivo mais adequado para você. Os homens também devem utilizar um método contraceptivo eficaz quando recebem tratamento com Oncaspar, ou quando as respectivas parceiras estão recebendo o tratamento com Oncaspar.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Não há dados disponíveis a respeito da presença de Oncaspar no leite materno. Como medida de precaução, a amamentação deverá ser descontinuada durante o tratamento com Oncaspar e não deverá ser reiniciada até o tratamento com Oncaspar ter sido descontinuado.
Uso criterioso no aleitamento ou na doação de leite humano
O uso deste medicamento no período da lactação depende da avaliação e acompanhamento do seu médico ou cirurgião-dentista.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Oncaspar tem importante influência na capacidade de dirigir e operar máquinas. As seguintes reações adversas foram reportadas em pacientes tratados com Oncaspar em associação com outros medicamentos quimioterápicos: sonolência, confusão, tontura, síncope e convulsões. Não dirigir ou operar máquinas enquanto receber Oncaspar se apresentar essas ou outras reações adversas que possam comprometer a sua capacidade de dirigir e operar máquinas.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Oncaspar?
Solução injetável 750U/mL / Pó para solução injetável 3750U
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos colaterais, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Efeitos adversos graves
Informe imediatamente o seu médico se tiver algum dos seguintes efeitos colaterais:
Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Inflamação ou outros distúrbios do pâncreas (pancreatite) que causam fortes dores de estômago que podem irradiar para as costas, aumento dos níveis de açúcar no sangue;
- Reações alérgicas graves com sintomas como erupção cutânea, coceira, inchaço, urticária, falta de ar, batimento cardíaco acelerado e queda da pressão arterial;
- Infecção grave com febre muito alta;
- Coágulos de sangue.
Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Sangramento ou hematomas graves;
- Vômitos;
- Agitação violenta (convulsões) e perda de consciência;
- Problemas no fígado (por exemplo, alteração da cor da sua pele ou urina ou fezes e resultados laboratoriais de enzimas hepáticas elevadas ou bilirrubina).
Raros (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Insuficiência hepática;
- Icterícia (coloração amarelada da pele e/ou dos olhos);
- Bloqueio do fluxo de bíle proveniente do fígado (colestase);
- Destruição de células do fígado (necrose de células hepáticas).
Desconhecida (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
- Reação cutânea grave chamada necrólise epidérmica tóxica;
- Perda da função renal (por exemplo, alteração na produção de urina, inchaço dos pés e tornozelos);
- Acidente vascular cerebral;
- Reação alérgica grave que pode causar perda de consciência e pode ser fatal (choque anafilático);
- Lesão óssea (osteonecrose);
- Um tipo grave de lesão nas veias hepáticas (DVO): os sintomas podem incluir rápido ganho de peso, retenção de líquidos no abdômen (ascite), causando inchaço abdominal e aumento do fígado (hepatomegalia).
Outros efeitos colaterais
Fale com o seu médico se tiver um dos seguintes efeitos colaterais:
Muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Alterações na função do pâncreas;
- Perda de peso;
- Dor nas pernas (que pode ser um sintoma de trombose), dor no peito ou falta de ar (que pode ser um sintoma de coágulos sanguíneos nos pulmões, chamados embolia pulmonar);
- Perda de apetite, fraqueza geral, diarreia, náuseas;
- Aumento dos níveis de açúcar no sangue;
- Diminuição da contagem de células brancas (células sanguíneas).
Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Diminuição do número de glóbulos vermelhos;
- Vômitos;
- Acúmulo de líquido no estômago (ascite);
- Febre e sintomas de gripe;
- Aftas;
- Dores nas costas, articulações ou abdominais;
- Altos níveis de gordura e colesterol no sangue; baixo potássio no seu sangue.
Raros (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento))
- Síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível (PRES), uma síndrome caracterizada por dor de cabeça, confusão, convulsões e perda visual que desaparece após algum tempo.
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
- Diminuição da contagem de plaquetas (células sanguíneas);
- Febre;
- Cistos no pâncreas, inchaço das glândulas salivares;
- Altos níveis de ureia no sangue; anticorpos contra Oncaspar; altos níveis de amônia no seu sangue; níveis reduzidos de açúcar no sangue;
- Sonolência, confusão, leve contração dos dedos.
Comunicação de efeitos colaterais
Se você tiver algum efeito colateral que considere estar relacionado à sua quimioterapia, converse com seu médico. Isto inclui quaisquer efeitos secundários possíveis não mencionados nesta bula.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Exclusivo Solução injetável 750U/mL
As seguintes reações adversas graves estão descritas em maiores detalhes em outras seções desta bula:
- Anafilaxia e reações graves de hipersensibilidade;
- Trombose grave;
- Pancreatite;
- Intolerância à glicose;
- Coagulopatia;
- Hepatotoxicidade e função hepática anormal;
- Efeitos no sistema nervoso central;
- Mielossupressão;
- Hiperamonemia.
Experiência dos estudos clínicos
Como os estudos clínicos são conduzidos sob condições amplamente variantes, as taxas de reações adversas observadas não podem ser diretamente comparadas às taxas de outros estudos clínicos e podem não refletir as taxas observadas na prática clínica.
Resumo do Perfil de Segurança
O perfil de segurança de Oncaspar é baseado em estudos randomizados, controlados, prospectivos, abertos, multicêntricos utilizando Oncaspar na dose de 2500 U/m2 administrado por via intravenosa como tratamento de primeira linha da LLA durante a fase de Indução (estudos DFCI 11-001 e AALL07P4). Adicionalmente estudos de Oncaspar utilizando-se a via de administração intramuscular (estudos CCG-1962 e CCG-1991), bem como outros estudos da literatura, também foram considerados para determinar o perfil de segurança.
As reações adversas mais comuns com Oncaspar (observadas ao menos em 2 estudos com frequência de > 10%) incluem:
- Aumento de alanina aminotransferase, aumento de aspartato aminotransferase, aumento da bilirrubina sanguínea, hipofibrinogenemia, tempo de tromboplastina parcial ativada prolongado, hipertrigliceridemia, hiperglicemia e neutropenia febril.
As reações adversas graves mais comuns observadas com Oncaspar (grau 3 ou 4) observadas nos dois principais estudos (AALL07P4 e DFCI 11-001) com uma frequência > 5% incluem:
- Aumento de alanina aminotransferase, aumento de aspartato aminotransferase, aumento da bilirrubina sanguínea, neutropenia febril, hiperglicemia, aumento de lipase, pancreatite e hipersensibilidade.
Primeira linha na LLA
Os dados apresentados abaixo são derivados de 4 estudos em pacientes com LLA de risco padrão e alto risco que receberam Oncaspar como um componente do regime de tratamento em primeira linha, associado a múltiplos agentes quimioterápicos.
O Estudo CCG-1962 foi um estudo randomizado (1:1), controlado por ativo que incluiu 118 pacientes, com idade mediana de 4,7 anos (1,1-9,9 anos), dos quais 54% eram do sexo masculino e 65% brancos, 14% hispânicos, 8% negros, 8% asiáticos e 6% outras etnias. Dos 59 pacientes no Estudo CCG-1962 que foram randomizados para Oncaspar, 48 pacientes (81%) receberam todas as 3 doses planejadas de Oncaspar, 6 (10%) receberam 2 doses, 4 (7%) receberam 1 dose e 1 paciente (2%) não recebeu o tratamento designado.
No Estudo CCG-1962, informações de segurança detalhadas foram coletadas para reações adversas pré-especificadas identificadas como reações adversas induzidas pela asparaginase e para reações adversas não hematológicas de grau 3 e 4 de acordo com os Critérios de Toxicidade e Complicação do Children’s Cancer Group (CCG).
A incidência por paciente, por grupo de tratamento, para essas reações adversas selecionadas que ocorreram em uma gravidade de grau 3 ou 4 é apresentada na Tabela 1 abaixo:
Tabela 1: (Estudo CCG-1962) Incidência por paciente das Reações Adversas de grau 3 e 4 selecionadas:
--- | Oncaspar (n= 58) | L-asparaginase nativa de E. coli (n = 59) |
Testes hepáticos alterados | 3 (5%) | 5 (8%) |
Elevação das transaminases* | 2 (3%) | 4 (7%) |
Hiperbilirrubinemia | 1 (2%) | 1 (2%) |
Hiperglicemia | 3 (5%) | 2 (3%) |
Trombose no sistema nervoso central | 2 (3%) | 2 (3%) |
Coagulopatia† | 1 (2%) | 3 (5%) |
Pancreatite | 1 (2%) | 1 (2%) |
Reações alérgicas clínicas à asparaginase | 1 (2%) | 0 |
*Aspartato aminotransferase, alanino aminotransferase.
†Tempo de protrombina ou tempo de tromboplastina parcial prolongado; ou hipofibrinogenemia.
O estudo CGG-1991 foi um estudo multifatorial, no qual todos os pacientes receberam Oncaspar como um dos componentes de vários regimes quimioterápicos com multiagentes. Dados de segurança estão disponíveis para 2.270 pacientes. Os participantes do estudo tinham uma mediana de 4 anos (1-10 anos) e eram 55% do sexo masculino, 68% brancos, 18% hispânicos, 4% negros ou afro-americanos, 3% asiáticos e 7% de outras etnias. Por protocolo, a programação do Oncaspar variou por braço de tratamento, com doses intermitentes de Oncaspar por até 10 meses.
Dados de segurança foram coletados no Estudo CGG-1991 apenas para as toxicidades não hematológicas de grau 3 e 4 de acordo com os Critérios de Toxicidade Comuns do National Cancer Institute (CTC NCI) versão 2.0.
Neste estudo, a incidência por paciente para as seguintes reações adversas que ocorreram durante os ciclos de tratamento nos quais os pacientes receberam Oncaspar foram:
- Elevação das transaminases, 11%; coagulopatia, 7%; hiperglicemia, 5%; trombose/hemorragia no SNC, 2%; pancreatite, 2%; reação alérgica clínica, 1%; e hiperbilirrubinemia, 1%. Houve 3 mortes devido à pancreatite.
Estudo DFCI 11-001 é um estudo em andamento, aberto, randomizado, multicêntrico, com controle ativo, que tratou 237 crianças e adolescentes com diagnóstico recente de LLA, que receberam uma asparaginase peguilada em investigação ou Oncaspar como parte de um protocolo para o tratamento de LLA do Dana Farber Cancer Institute (DFCI). As características da população do estudo foram: idade mediana de 5 anos (variação de 1 a 20 anos), 62% do sexo masculino, 70% de brancos, 5% de negros ou afro-americanos e 25% de outras etnias. A duração mediana da exposição ao Oncaspar foi de 8 meses. Por protocolo, o Oncaspar foi administrado por via intravenosa em uma dose de 2.500 U/ m2 durante a Indução e a cada duas semanas durante a Pós-Indução.
O estudo AALL07P4, conduzido pelo Children's Oncology Group (COG), foi um estudo multicêntrico, randomizado, aberto, ativamente controlado que tratou 163 pacientes com LLA precursor B de alto risco, recém-diagnosticados, que receberam asparaginase peguilada em investigação ou Oncaspar como parte de um regime terapêutico ampliado do Berlim Frankfurt Münster (BFM). As características da população do estudo foram: idade mediana de 11 anos (variação de 1 a 26 anos), 51% do sexo masculino, 82% de brancos, 7% de negros ou afro-americanos e 11% de outras raças. A duração mediana da exposição ao Oncaspar foi de 7 meses. Oncaspar foi administrado em uma dose de 2.500 U/ m2 em timepoints pré-especificados durante as fases de Indução, Indução Estendida, Consolidação, Manutenção Interina e Intensificação Tardia.
As reações adversas consideradas relacionadas ao medicamento em estudo, que foram relatadas nesses dois estudos abertos e controlados (Estudo DFCI 11 001 e Estudo AALL07P4), são apresentadas na Tabela 2:
Tabela 2 – Reações adversas observadas com Oncaspar, no mínimo, em um indivíduo em cada um dos estudos:
Classe de sistemas de órgãos | Termo Preferido | DFCI 11-001 | AALL07P4 |
Oncaspar 2500 IU/m2 N=119 n (%) | Oncaspar 2500 IU/m2 N=52 n (%) | ||
Doenças do sangue e do sistema linfático | Neutropenia febril | 18 (15) | 8 (15) |
Doenças gastrointestinais | Pancreatite | 20 (17) | 4 (8) |
Ascite | 1 (1) | 1 (2) | |
Em Investigação | Alanina aminotransferase aumentada | 62 (52) | 10 (19) |
Aspartato aminotransferase aumentada | 47 (40) | 6 (12) | |
Aumento da bilirrubina no sangue | 28 (24) | 22 (42) | |
Hipofibrinogenemia | 30 (25) | 3 (6) | |
Lipase aumentada | 28 (24) | 5 (10) | |
Amilase aumentada | 20 (17) | 2 (4) | |
Tempo de tromboplastina parcial ativada prolongado | 12 (10) | 9 (17) | |
Relação normatizada internacional (RNI) aumentada | 6 (5) | 4 (8) | |
Doenças do sistema imune | Reação anafilática | 1 (1) | 10 (19) |
Hipersensibilidade | 7 (6) | 3 (6) | |
Infecções | 3 (3) | 1 (2) | |
Doenças do metabolismo e da nutrição | Hipoalbuminemia | 96 (81) | 1 (2) |
Hipertrigliceridemia | 43 (36) | 6 (12) | |
Hiperglicemia | 26 (22) | 22 (42) | |
Hipocalemia | 1 (1) | 6 (5) | |
Doenças do sistema nervoso | Síncope | 2 (2) | 1 (2) |
1 (1) | 1 (2) | ||
Doenças do sistema vascular | Embolia* | 14 (12) | 1 (2) |
*As seguintes reações adversas foram observadas no estudo DFCI 11-001: Embolia Pulmonar (2%), Trombose Venosa (2%), Trombose venosa em membro (1%), tromboflebite superficial (1%) |
LLA anteriormente tratada
Informações sobre reações adversas foram obtidas de 5 estudos clínicos que incluíram um total de 174 pacientes com LLA recidivada que receberam Oncaspar como um agente único ou em combinação com múltiplos agentes quimioterápicos. O perfil de toxicidade de Oncaspar em pacientes com LLA recidivada anteriormente tratada é similar ao relatado acima, com exceção das reações alérgicas clínicas (vide Tabela 3). As reações adversas mais comuns de Oncaspar foram reações alérgicas clínicas, elevação das transaminases, hiperbilirrubinemia e coagulopatias. Os eventos adversos graves mais comuns devido ao tratamento com Oncaspar foram trombose (4%), hiperglicemia exigindo insulinoterapia (3%) e pancreatite (1%).
Reações alérgicas
- As reações alérgicas incluíram as seguintes: broncoespasmo, hipotensão, edema laríngeo, eritema ou edema localizado, rash sistêmico e urticária.
Primeira linha na LLA
Entre os 58 pacientes tratados com Oncaspar incluídos no Estudo CCG-1962, reações alérgicas clínicas foram relatadas em 2 pacientes (3%). Um paciente apresentou uma reação alérgica de grau 1 e o outro, urticária de grau 3; ambas ocorreram durante a primeira fase de intensificação tardia do estudo.
LLA anteriormente tratada
Entre os 62 pacientes com LLA recidivada e reações prévias de hipersensibilidade à asparaginase, 35 pacientes (56%) apresentavam um histórico de reações alérgicas clínicas à L-asparaginase nativa de Escherichia (E.) coli, e 27 pacientes (44%) apresentavam um histórico de reações alérgicas clínicas tanto à L-asparaginase nativa de E. coli quanto à asparaginase nativa de Erwinia. Desses 62 pacientes, 20 (32%), apresentaram reações alérgicas clínicas ao Oncaspar (vide Tabela 3). Entre os 112 pacientes com LLA recidivada sem reações prévias de hipersensibilidade à asparaginase, 11 pacientes (10%) apresentaram reações alérgicas clínicas ao Oncaspar
Tabela 3: Incidência de reações alérgicas clínicas, no geral e por gravidade:
Grau de toxicidade, n (%) | |||||
Status do paciente | 1 | 2 | 3 | 4 | Total |
Pacientes anteriormente hipersensíveis (n=62) | 7 (11) | 8 (13) | 4 (6) | 1 (2) | 20 (32) |
Pacientes não hipersensíveis (n=112) | 5 (4) | 4 (4) | 1 (1) | 1 (1) | 11 (10) |
Primeira linha (n=58) | 1 (2) | 0 | 1 (2) | 0 | 2 (3) |
Imunogenicidade
Em todas as proteínas terapêuticas há um potencial para imunogenicidade, definido como o desenvolvimento de anticorpos de ligação e/ou neutralizantes ao produto. No Estudo CCG-1962, pacientes tratados com Oncaspar foram avaliados para evidência de anticorpos de ligação usando um método de ensaio enzimático imunoabsorvente (ELISA). A incidência de formação de anticorpo de altos títulos” especificado pelo protocolo foi 2% na indução (n = 48), 10% na intensificação tardia 1 (n = 50) e 11% na intensificação tardia 2 (n = 44). Há informação insuficiente para determinar se o desenvolvimento de anticorpos está associado com um aumento do risco de reações alérgicas clínicas, alteração da farmacocinética (isto é, perda da atividade da asparaginase). A detecção da formação de anticorpos é altamente dependente da sensibilidade e especificidade do ensaio e, a incidência observada da positividade de anticorpos em um ensaio pode ser influenciada por diversos fatores incluindo manipulação da amostra, medicações concomitantes e doença de base. Portanto, comparação da incidência de anticorpos para Oncaspar com a incidência de anticorpos com outros produtos pode ser errônea.
Experiência pós-comercialização
As seguintes reações adversas foram identificadas durante o uso pós-comercialização do Oncaspar:
Como essas reações são relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, nem sempre é possível estimar com segurança sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento.
- Doenças do sangue e do sistema linfático: anemia, coagulopatia;
- Cardiopatias: taquicardia;
- Doenças gastrointestinais: dor abdominal, diarreia, cisto pancreático, estomatite, vômitos;
- Perturbações gerais e condições no local de administração: fadiga, dor;
- Afecções hepatobiliares: falência hepática;
- Doenças do sistema imune: choque anafilático;
- Em Investigação: aumento do colesterol sanguíneo, aumento da gama glutamiltransferase, contagem de neutrófilos diminuída e contagem de plaquetas diminuída;
- Doenças do metabolismo e da nutrição: desidratação, hipercalcemia, hipoglicemia e hiponatremia;
- Doenças do sistema nervoso: neuropatia periférica;
- Doenças do sistema vascular: hemorragia, trombose do seio sagital superior.
Apresentações do Oncaspar
Solução injetável 750U/mL
Embalagem com 01 frasco-ampola de 5 mL de solução injetável contendo 3750 U de pegaspargase.
Uso intravenoso ou intramuscular.
Uso adulto e pediátrico.
Pó liofilizado para solução injetável 3750U
Embalagem com 01 frasco ampola contendo pó liofilizado para solução injetável, fornecendo 3750 U de pegaspargase.
Uso intravenoso ou intramuscular.
Uso adulto e pediátrico.
Qual a composição do Oncaspar?
Cada mL de solução injetável de 750U/mL contém:
Pegaspargase* | 750 U** |
Excipientes q.s.p. | 1 mL |
Excipientes: fosfato de sódio monobásico monoidratado, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, cloreto de sódio e água para injetáveis.
* O princípio ativo é um conjugado covalente da L-asparaginase nativa de Escherichia coli com monometoxipropilenoglicol.
** Uma unidade é definida como a quantidade de enzima necessária para a liberação de 1μmol de amônia por minuto em pH 7,3 e a 37°C.
A potência deste produto não deve ser comparada à de outra proteína, peguilada ou não peguilada, da mesma classe terapêutica.
Cada frasco-ampola de 5 mL de solução injetável contém 3750 U de pegaspargase.
Cada frasco-ampola de 3750U fornece:
Pegaspargase* | 3750 U** |
Excipientes q.s.p. | 1 unidade |
Excipientes: sacarose, fosfato de sódio difásico heptaidratado, fosfato de sódio monobásico monoidratado, cloreto de sódio, hidróxido de sódio, ácido clorídrico.
*O princípio ativo é um conjugado covalente da L-asparaginase nativa de Escherichia coli com monometoxipropilenoglicol.
**Uma unidade (U) é definida como a quantidade de enzima necessária para a liberação de 1μmol de amônia por minuto em pH 7,3 e a 37°C.
A potência deste produto não deve ser comparada com a potência de outra proteína, peguilada ou não peguilada, da mesma classe terapêutica.
Cada frasco ampola fornece a dose teórica de 3750 U de pegaspargase. Após a reconstituição, 1 mL da solução contém 750 U de pegaspargase (750 U/mL).
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Oncaspar maior do que a recomendada?
Solução injetável 750U/mL
Três pacientes receberam 10.000 U/m2 de Oncaspar como uma infusão intravenosa. Um paciente apresentou um ligeiro aumento nas enzimas hepáticas. Um segundo paciente desenvolveu uma erupção cutânea 10 minutos após o início da infusão, que foi controlada com a administração de anti-histamínico e diminuição da taxa de infusão. Um terceiro paciente não apresentou quaisquer reações adversas. Não há tratamento farmacológico específico.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Pó para solução injetável 3750U
Oncaspar é um medicamento de uso hospitalar então é pouco provável que o paciente receba mais do que necessita. Caso ocorra, o paciente será monitorado cuidadosamente pela equipe médica para tratar adequadamente os sinais e sintomas de reações adversas, como enzimas hepáticas aumentadas, erupção cutânea e hiperbilirrubinemia.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Oncaspar com outros remédios?
Informe o seu médico se estiver a utilizar, tiver utilizado recentemente ou se vier a utilizar outros medicamentos. Isto é importante porque Oncaspar pode aumentar os efeitos secundários de outros medicamentos através do seu efeito no fígado, que desempenha um papel importante na remoção de medicamentos do organismo.
Além disso, é especialmente importante informar o seu médico se você também estiver usando algum dos seguintes medicamentos:
- Imunização com vacinas vivas no prazo de três meses após a conclusão do tratamento da leucemia. Isso aumentará o risco de infecções graves.
- Vincristina, outro medicamento contra o câncer. Se usado ao mesmo tempo que Oncaspar, há um risco aumentado de efeitos colaterais ou reações alérgicas.
- Medicamentos que reduzem a capacidade de coagulação do sangue, como anticoagulantes (por exemplo, cumarina/varfarina e heparina), dipiridamol, ácido acetilsalicílico ou medicamentos anti-inflamatórios não esteróides (como ibuprofeno ou naproxeno). Se usado ao mesmo tempo que Oncaspar, há um risco maior de distúrbios hemorrágicos.
- Medicamentos que requerem a divisão celular para o seu efeito, por exemplo, o metotrexato (um medicamento utilizado para o tratamento do câncer e da artrite) pode diminuir o seu efeito.
- Prednisona, um medicamento esteróide. Se usado ao mesmo tempo que Oncaspar, os efeitos sobre a capacidade de coagulação do seu sangue aumentam.
- Glicocorticoides quando tomados ao mesmo tempo como parte do tratamento recomendado para a leucemia. Oncaspar pode aumentar o risco de osteonecrose (lesão óssea) induzida por esteroides em crianças e adolescentes, com maior incidência observada em meninas. Portanto, se sentir qualquer nova dor óssea (ou seja, dor nos quadris, joelho ou costas), informe o seu médico o mais rapidamente possível.
- Citarabina, um medicamento que pode ser utilizado no tratamento do cancro e que pode interferir com os efeitos de Oncaspar.
Exclusivo Pó para solução injetável 3750U: Oncaspar também pode causar alterações na função do fígado, que pode afetar o modo como outros medicamentos atuam.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Oncaspar?
Resultados de Eficácia
Estudos clínicos LLA em primeira linha
A segurança e eficácia de Pegaspargase foram avaliadas em um estudo aberto, multicêntrico, randomizado, com controle ativo (Estudo 1). Neste estudo foram randomizados, na proporção de 1:1, Pegaspargase ou L-asparaginase nativa de E. coli, 118 pacientes pediátricos com idade de 1 a 9 anos e LLA de risco padrão, não tratada anteriormente, como parte de uma terapia combinada.
O Pegaspargase foi administrado por via intramuscular, na dose de 2500 Unidades/m2, no Dia 3 da fase de Indução de 4 semanas e no Dia 3 de cada uma dasfases de Intensificação Tardia (DI) de 8 semanas. A L-asparaginase nativa de E. coli foi administrada por via intramuscular, na dose de 6.000 Unidades/m2, três vezes por semana, por 9 doses durante a fase de indução e por 6 doses durante cada fase de intensificação tardia.
A determinação primária da eficácia foi baseada na demonstração da depleção da asparagina similar (magnitude e duração) nos grupos de Pegaspargase e L-asparaginase nativa de E. coli. O objetivo especificado pelo protocolo foi atingir uma concentração sérica de asparagina ≤ 1 µM. A proporção de pacientes com este nível de depleção foi similar entre os 2 braços do estudo, durante todas as 3 fases de tratamento, nos timepoints especificados pelo protocolo.
Em todas as fases de tratamento, as concentrações séricas de asparagina diminuíram dentro de 4 dias após a primeira dose de asparaginase na fase de tratamento, permanecendo baixas por aproximadamente 3 semanas para os grupos de Pegaspargase e L-asparaginase nativa de E. coli.
As concentrações séricas de asparagina durante a fase de indução são demonstradas na Figura 1. Os padrões de depleção da asparagina sérica nas duas fases de intensificação tardia são similares ao padrão de depleção da asparagina sérica na fase de indução.
Figura 1 - Asparagina sérica média (± erro padrão) durante a fase de indução do Estudo 1:
Observação: Pegaspargase (2500 Unidades/m2 por via intramuscular) foi administrado no Dia 3 da fase de indução de 4 semanas. A Lasparaginase nativa de E. coli (6000 Unidades/m2 por via intramuscular) foi administrada 3 vezes por semana, por 9 doses durante a indução.
As concentrações de asparagina no líquido cefalorraquidiano (LCR) foram determinadas em 50 pacientes durante a fase de indução. A asparagina no LCR foi reduzida de uma concentração pré-tratamento média de 3,1 µM para 1,7 µM no Dia 4 ± 1 e 1,5 µM em 25 ± 1 dias após a administração de Pegaspargase. Estes achados foram similares aos observados no grupo de tratamento com a L-asparaginase nativa de E. coli.
Embora a Sobrevida Livre de Eventos (SLE) em três anos para os braços de estudo com Pegaspargase e L-asparaginase nativa de E. coli fosse semelhante e na faixa de 80%, o Estudo 1 não foi projetado para avaliar as diferenças nas taxas de SLE.
Pacientes com LLA hipersensíveis à Asparaginase
A segurança e eficácia do Pegaspargase foi avaliada em 4 estudos abertos que registraram um total de 42 pacientes com múltiplas recaídas de leucemia aguda [39 (93%) com LLA] com histórico de reação alérgica clínica prévia à asparaginase. A hipersensibilidade à asparaginase foi definida por histórico de rash sistêmico, urticária, broncoespasmo, edema laríngeo, hipotensão, ou eritema local, urticária, ou inchaço, superior a 2 centímetros, pelo menos 10 minutos após a administração de qualquer forma de L-asparaginase nativa de E. coli. Todos os pacientes receberam Pegaspargase na dose de 2.000 ou 2.500 Unidades/m2 administradas por via intramuscular ou intravenosa a cada 14 dias.
Os pacientes receberam Pegaspargase como agente único ou em combinação com outras quimioterapias. A taxa de resposta à reindução foi de 50% (intervalo de confiança de 95%: 35%, 65%), com base em 36% de remissões completas e 14% de remissões parciais. Estes resultados foram semelhantes às taxas de resposta globais relatadas para pacientes com LLA que receberam quimioterapia de reindução de segunda linha contendo L asparaginase nativa de E. coli. A atividade antitumoral também foi observada com o Pegaspargase como agente único. Três respostas (1 remissão completa e 2 remissões parciais) foram observadas em 9 pacientes adultos e pediátricos com LLA recidivado e hipersensibilidade à L-asparaginase nativa de E. coli.
Características Farmacológicas
Mecanismo de ação
Considera-se que o mecanismo de ação de Pegaspargase seja baseado em morte seletiva das células leucêmicas devido à depleção da asparagina plasmática. Algumas células leucêmicas são incapazes de sintetizar a asparagina devido à falta de asparagina sintetase e são dependentes de uma fonte exógena de asparagina para sobrevivência. A depleção de asparagina, que resulta do tratamento com a enzima L-asparaginase, mata as células leucêmicas. As células normais, no entanto, são menos afetadas pela depleção devido a sua capacidade de sintetizar a asparagina.
Farmacodinâmica
No Estudo 1, a farmacodinâmica foi avaliada em 57 pacientes pediátricos recém diagnosticados com LLA de risco padrão que receberam três doses intramusculares de Pegaspargase (2.500 Unidades/m2), uma durante a fase de tratamento de indução e duas na fase de intensificação tardia.
A atividade farmacodinâmica foi avaliada através de medições seriadas de asparagina no soro (n = 57) e líquido cefalorraquidiano (LCR) (n = 50). Os dados para a depleção de asparagina foram apresentados nos resultados de eficácia.
Farmacocinética
Avaliações farmacocinéticas foram baseadas em um ensaio enzimático medindo a atividade da asparaginase. A farmacocinética sérica foi avaliada em 34 pacientes pediátricos recém diagnosticados com LLA de risco padrão no Estudo 1 após administração intramuscular de 2.500 Unidades /m2. A meia-vida de eliminação de Pegaspargase foi aproximadamente 5,8 dias durante a fase de indução. Meias-vidas de eliminação similares foram observadas durante a fase de intensificação tardia 1 e intensificação tardia 2. Concentrações maiores que 0,1 Unidade/mL foram observadas em mais de 90% das amostras dos pacientes tratados com Pegaspargase durante a fase de intensificação tardia 1 e intensificação tardia 2 por aproximadamente 20 dias.
Em 3 estudos farmacocinéticos, 37 pacientes com LLA recidivada receberam 2.500 Unidades/m2 de Pegaspargase por via intramuscular a cada 2 semanas. A meia-vida plasmática de Pegaspargase foi 3,2 ± 1,8 dias em 9 pacientes que eram hipersensíveis anteriormente à Lasparaginase nativa de E. coli e 5,7 ± 3,2 dias em 28 pacientes não hipersensíveis. A área sob a curva de concentração-tempo (AUC) foi 9,5 ± 4,0 unidades internacionais/mL/dia nos pacientes hipersensíveis anteriormente e 9,8 ± 6,0 unidades internacionais/mL/dia nos pacientes não hipersensíveis.
Como devo armazenar o Oncaspar?
Solução injetável 750U/mL
Oncaspar é fornecido como uma solução estéril em frascos de uso único contendo 3750 U por 5 mL de solução.
Oncaspar deve ser armazenado sob refrigeração, em temperatura entre +2°C e +8°C. Não agitar ou congelar o produto. Proteger da luz. Não use Oncaspar após a data de expiração descrita no frasco.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Solução límpida e incolor. Não utilizar se a solução estiver turva ou com precipitado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Pó para solução injetável 3750U
Oncaspar deve ser armazenado sob refrigeração, em temperatura entre +2°C e +8°C. Não congelar o produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Oncaspar é um pó branco a esbranquiçado. Após a reconstituição, a solução apresenta-se límpida, incolor e isenta de partículas estranhas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Oncaspar
MS 1.1278.0076
Importado e Registrado por:
Laboratórios Servier do Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, nº 4211
Jacarepaguá – RJ
C.N.P.J. 42.374.207/0001-76
Exclusivo Solução injetável 750U/mL:
Produzido por:
Exelead, Inc.
Indianapolis, Estados Unidos da América
Exclusivo Pó para solução injetável 3750U:
Produzido por:
Lyophilization Services of New England, Inc.
Bedford, Estados Unidos da América
SAC
0800 - 703 – 3431
Uso restrito a estabelecimentos de saúde.
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Pegaspargase
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 7 de Dezembro de 2024.
Oncaspar 750U/mL, caixa com 1 frasco-ampola com 5mL de solução de uso intravenoso
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