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Flogene 20mg, caixa contendo 10 cápsulas gelatinosas duras

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Bula do Flogene

Este medicamento é destinado ao tratamento de uma variedade de condições que requerem atividade anti-inflamatória e/ou analgésica (que tratam dor), tais como: reumatismo não especificado (doenças de caráter inflamatório que podem afetar as articulações ou outras regiões), distúrbios musculoesqueléticos agudos (transtorno de ocorrência aguda que pode afetar músculos, tendões, ossos ou articulações), dismenorreia primária (cólica menstrual causada por problemas hormonais), cefaleia (dor de cabeça), dor pós-traumatismo e pós-operatória (após realizar alguma cirurgia), e odontalgia (dor de dente).

Flogene é um anti-inflamatório não hormonal, ou seja faz parte de um grupo de medicamentos que tem em comum a capacidade de controlar a inflamação e a dor, sua atividade anti-inflamatória envolve alguns mecanismos, dentre eles a capacidade de interferir na produção de uma substância chamada prostaglandina, a diminuição da produção das prostaglandinas resulta no controle da inflamação. Flogene também é  capaz de afetar a migração de células inflamatórias para os locais afetados, diminuindo assim o processo inflamatório local.

O tempo médio para início da ação depois que você tomar Flogene é de aproximadamente 30 minutos.

Flogene é contraindicado nos casos de alergia ao piroxicam betaciclodextrina ou outros componentes da formulação, úlcera no estômago ou intestino, dispepsia (dificuldade de digestão), distúrbios graves no fígado e rins, insuficiência cardíaca (do coração) grave, pressão alta grave, alterações no sangue graves, presença de diátese hemorrágica (tendência para sangramento sem causa aparente), gravidez confirmada ou provável, durante o período de aleitamento.

É também contraindicado para pacientes nos quais o ácido acetilsalicílico ou qualquer outro anti-inflamatório possa causar sintomas de asma, rinite (inflamação crônica da mucosa do nariz), urticária (coceira), polipo nasal (tumor benigno das narinas), angioedema (inchaço na pele), broncoespasmo (estreitamento dos brônquios que causa dificuldade para respirar) e outros sintomas de alergia ou reações anafilactóides (reações alérgicas graves que podem acontecer após tomar determinados medicamentos ou substâncias).

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.

Tomar uma cápsula por via oral, uma vez ao dia, com um pouco de líquido.

A duração média do tratamento irá variar dependendo da doença a ser tratada (aguda ou crônica) e da intensidade da inflamação (leve, moderada ou intensa).

Uso em idosos

Nos indivíduos idosos deve–se considerar o tempo de tratamento pelo menor período recomendado.

Uso em pacientes com insuficiência hepática

A redução da dose deve ser considerada.

A segurança e eficácia de Flogene somente são garantidas na administração por via oral.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser aberto ou mastigado.

Caso esqueça de administrar uma dose, espere o horário da próxima dose. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

Em pacientes com história de transtornos gastrintestinais o produto somente deve ser utilizado sob rigoroso controle médico. Deve-se adotar especial cuidado também no tratamento de pacientes que tenham  insuficiência cardiocirculatória (quando o coração não consegue mais bombear adequadamente o sangue para o organismo), hipertensão arterial (pressão arterial elevada), comprometimento da função do fígado ou dos rins, histórico de alterações no sangue, asma brônquica (distúrbio dos pulmões marcado por chiados e falta de ar).

Da mesma forma que ocorre com outros medicamentos com atividade parecida, foi observada em raros casos elevação da ureia (aumento de uma substância que é filtrada pelos rins). Estas elevações não se acentuam e, com o decorrer do tratamento, se estabilizam, retornando aos níveis iniciais ao parar o tratamento. O aumento dos níveis de ureia e creatinina no sangue não está associado ao aumento da creatininemia (teor de creatinina no sangue).

O piroxicam, como outros medicamentos anti-inflamatórios não-hormonais (grupo de medicamentos que tem em comum a capacidade de controlar a inflamação), diminui a agregação plaquetária (capacidade de algumas células do sangue responsáveis pela coagulação se agruparem formando o trombo) e prolonga o tempo de coagulação, este dado deve ser lembrado no caso em que sejam realizadas provas hematológicas (exames de sangue) e impõe vigilância quando o paciente é tratado ao mesmo tempo com antiagregantes plaquetários (medicamentos que diminuem a união das plaquetas).

Não existe ainda experiência suficiente estabelecendo as indicações e posologia (dosagem) do produto para crianças.

Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em crianças.

Sensibilidade cruzada

Existindo a possibilidade de sensibilidade cruzada (quando o indivíduo tem sensibilidade a um medicamento e isso faz com que ele esteja mais predisposto a ter sensibilidade a um outro medicamento que tem uma estrutura química relacionada), o complexo piroxicam betaciclodextrina não deve ser usado por pacientes nos quais o ácido acetilsalicílico ou outros medicamentos anti-inflamatórios não-hormonais provoquem sintomas de asma, rinite e urticária.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Elevação dos resultados dos exames para avaliação das funções do fígado.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Úlcera gástrica com perfuração (ferida que perfura a parede do estômago), dor epigástrica (dor no estômago), náusea (enjoo), anorexia (falta de apetite), constipação (intestino preso), dor abdominal (dor na barriga), flatulência (gases), diarreia, dispepsia (indigestão), estomatite (inflamação na boca ou gengiva), úlcera gástrica com ou sem hemorragia (ferida no estômago com ou sem sangramento), pancitopenia (diminuição global das células do sangue).

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)

Hipertensão (aumento da pressão da circulação sanguínea) e insuficiência cardíaca (mau funcionamento do coração), icterícia (coloração amarelada na pele), insuficiência renal aguda (mau funcionamento dos rins), alterações visuais.

A literatura cita ainda as seguintes reações adversas, sem freqüência conhecidas:

Vômitos, pirose (azia), edema (inchaço) da natureza alérgica de face e mãos, aumento da fotossensibilidade cutânea (aumento da sensibilidade a luz na pele), anemia aplástica (anemia que ocorre devido a produção insuficiente das células do sangue), trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue), retenção de líquido com inchaço nos tornozelos ou síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica grave com erupções na pele nas mucosas), síndrome de Lyell (doença caracterizada por bolhas e vermelhidão na pele, que fica com a aparência queimada), agranulocitose (redução de alguns tipos de células brancas do sangue), função prejudicada da bexiga urinária, choque e sintomas premonitórios, insuficiência cardíaca aguda (função prejudicada do coração), alopecia (redução parcial ou total de pelos e cabelos) e alterações do crescimento das unhas. Flogene geralmente é melhor tolerado pelo estômago do que o piroxicam isolado.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.

Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Cápsula gelatinosa dura 20 mg:

Embalagens com 10 cápsulas.

Uso oral.

Uso adulto.

Cada cápsula de Flogene contém:

Piroxicam betaciclodextrina 200,8 mg*.

*Equivalente a 20 mg de piroxicam.

Excipientes: estearato de magnésio, dióxido de silício e fosfato de cálcio dibásico di-hidratado.

Em casos de toxicidade leve a moderada a maioria dos pacientes os quais ingerem uma quantidade de anti-inflamatórios acima da indicada não apresentam sintomas ou tem alterações gastrintestinais leves como enjoo, vômito, dor na barriga e algumas vezes hematêmese (vômito com sangue), tais sintomas em geral tendem a se reverter com medidas de suporte.

Nos casos de toxicidade severa pode ocorrer convulsões, delírios, coma, diminuição da pressão arterial, mau funcionamento dos rins,alterações com comprometimento da função do fígado), problema na coagulação, sangramentos do estômago e intestinos,aumento de potássio no sangue e acidose metabólica (excesso de acidez no sangue) tais quadros exigem medidas de suporte médico de urgência e acompanhamento.

Em caso de uso em excesso e/ou ingestão acidental, você deve ter cuidado e procurar o seu médico ou procurar um pronto-socorro e informar a quantidade e o horário que você tomou o medicamento.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

Medicamento-medicamento

Gravidade maior:

A associação do piroxicam betaciclodextrina ao dicumarol pode causar risco aumentado de sangramento.

Já a associação com metotrexato pode aumentar a toxicidade do mesmo aumentando o risco para leucopenia (diminuição do número de glóbulos brancos no sangue), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), anemia (diminuição das células vermelhas do sangue), toxicidade para os rins e feridas nas mucosas.

Gravidade moderada:

Outras medicações que podem causar aumento no risco de sangramento se associadas ao piroxicam betaciclodextrina são o acenocumarol, anisindiona, fenindiona, varfarina.

A associação com diuréticos como a furosemida pode levar a diminuição de sua eficácia em eliminar urina e de sua ação no controle da hipertensão arterial, podendo ainda aumentar o risco para o mau funcionamento dos rins.

O uso associado do piroxicam betaciclodextrina ao lítio pode aumentar a toxicidade do mesmo causando sintomas como fraqueza, tremores, sede excessiva e confusão.

Flogene não interfere com a digoxina e a cimetidina, a taxa de sua absorção não parece ser influenciada pela presença de proteção gástrica à base de hidróxido de alumínio. Não foram constatadas incompatibilidades com os seguintes medicamentos: sais de ouro, cloroquina, calcitonina, broncodilatadores (medicamentos para dilatar os brônquios e melhorar a respiração), hipotensores (medicamentos para diminuir a pressão arterial), hipoglicemiantes orais (medicamentos para diminuir o açúcar do sangue), miorrelaxantes (medicamentos que relaxam os músculos), antibióticos, vitamina B12, vitamina D, antianginosos (medicamentos para diminuir a dor no peito), antivertiginosos (medicamentos para diminuir a tontura), aminofilina, ansiolíticos (medicamentos para diminuir a ansiedade), antiparkinsonianos (medicamentos usados no tratamento da Doença de Parkinson), antagonistas do cálcio (medicamentos para tratar pressão arterial elevada e doenças do coração) e tiroxina.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

Resultados de Eficácia


Cápsula / Comprimido

O piroxicam foi comparado ao naproxeno no tratamento de artrite reumatoide. Melhora significativa foi observada no final do tratamento com cada droga, contudo piroxicam foi significativamente mais eficaz do que o naproxeno em diminuir a duração da rigidez matinal.

Pacientes com dismenorreia primária foram incluídas em um estudo para avaliar a eficácia de piroxicam na cólica menstrual e sintomas associados. O piroxicam proporcionou um alívio significativo da dor menstrual e reduziu a necessidade de paracetamol como analgésico complementar. O fármaco foi bem tolerado e não apresentou diferença com o grupo placebo em relação a eventos adversos.

Em 2 estudos paralelos, piroxicam foi considerado bem tolerado e significativamente mais eficaz do que placebo no alívio da dor moderada a grave, inchaço e limitação de movimentos resultantes de lesões musculoesqueléticas agudas. A eficácia e tolerância de piroxicam foram comparadas a indometacina e naproxeno e em todos os grupos de tratamento, a dor espontânea, dor ao movimento e inchaço das articulações foram significativamente reduzidas em até três dias após o início do tratamento. A avaliação geral da eficácia foi excelente ou boa em mais de 80% dos pacientes. O piroxicam foi significativamente melhor tolerado pelos pacientes.

O piroxicam foi comparado ao paracetamol e placebo no alívio da dor pós-operatória dentária. O piroxicam apresentou mais alívio da dor do que placebo e não apresentou diferença significativa em relação ao paracetamol na eficácia analgésica.

Pacientes com artrite gotosa aguda foram tratados com piroxicam em um estudo multicêntrico. O alívio da dor foi perceptível dentro de 4 horas após a primeira dose e posteriormente, com o alívio precoce de outros sintomas associados com a artrite gotosa aguda. O piroxicam foi bem tolerado e foi altamente eficaz e seguro no tratamento de gota aguda.

Um estudo multicêntrico, não comparativo foi realizado por 156 médicos em 8 países europeus para avaliar a eficácia e tolerância de piroxicam no tratamento da osteoartrose. Na avaliação global, os investigadores avaliaram a eficácia do piroxicam moderada em 82% dos pacientes enquanto a tolerância foi considerada excelente ou boa em 92% dos casos. Os dados mostram que piroxicam é eficaz e proporciona tolerância muito favorável no tratamento da osteoartrite.

Referências

1. Fenton SF, Et al: A double-blind, crossover, multicenter study of piroxicam and naproxen in rheumatoid arthritis. Curr Ther Res 1988; 44:1058-1070.
2. Saltveit T: Piroxicam in primary dysmenorrhea. Acta Obstet Gynecol Scand 64:635 637, 1985.
3. Heere LP: Piroxicam in acute musculoskeletal disorders and sports injuries. Am J Med 1988 May 20;84(5A):50-5.
4. Melzack R, Et al: Piroxicam versus acetaminophen and placebo for the relief of postoperative dental pain. Current Therapeutic Research, 1985, 37:1134-4.
5. Murphy JE: Piroxicam in the treatment of acute gout: A multicenter open study in general practice. J Int Med Res, 1979, 7: 507.
6. Dessaim P, Et al: Piroxicam in the treatment of osteoarthrosis: A multicenter study in general practice involving 1218 patients. J Int Med Res, 1979, 7: 335.

Injetável

Foi realizado um estudo envolvendo 64 pacientes com cólica renal aguda para avaliar os efeitos terapêuticos de piroxicam intramuscular 40 mg versus 75 mg de diclofenaco sódico intramuscular, ambos em dose única. O grau de dor foi analisado segundo a Escala Visual Análoga. O piroxicam intramuscular pode ser usado com sucesso no tratamento de cólica renal aguda e apresenta início de ação mais rápido e efeito prolongado em relação ao diclofenaco sódico.

Um estudo prospectivo e multicêntrico foi desenhado e implementado para determinar a eficácia e segurança de piroxicam solução intramuscular no tratamento de desordens musculoesqueléticas agudas. Um total de 1.058 pacientes de 165 centros médicos na Itália foi estudado. As doenças tratadas com mais frequência foram lombalgia, tensões e periartrite. Em uma dosagem de 40 mg em dose única diária em um período de 2 dias e 5 dias adicionais de doses diárias de 20 mg, os sinais e sintomas de dor e restrição de movimento foram significativamente reduzidos em intensidade já no terceiro dia de tratamento, com melhoria adicional vista sobre o sétimo dia. No início do tratamento, os sintomas foram classificados como de moderada ou grave intensidade em quase todos os pacientes, mas no terceiro dia, a percentagem de pacientes com sintomas leves ou mesmo nenhum variou de 37% a 63%. No sétimo dia, 73% a 84% dos pacientes tiveram sintomas leves ou nenhum. Os efeitos colaterais foram relatados ou observados em 9,2% dos pacientes. A maioria dos efeitos secundários foi de gravidade leve, mas o tratamento foi interrompido em 23 (2,1%) pacientes por causa de reações adversas. Nenhum dos efeitos secundários graves, tais como a úlcera, hemorragia, ou choque anafilático, foram observados ou relatados. A eficácia do tratamento, a partir de uma avaliação global pelos pacientes e investigadores, foi classificada como boa ou muito boa em 75% a 79% dos pacientes; a segurança sistêmica foi considerada boa ou muito boa de 88% a 91%, a segurança local foi boa de 87% a 94% dos pacientes estudados.

Referências

1. M. Eandi et al: injectable piroxicam in acute musculoskeletal disords: results of a large multicenter study. Current Therapeutic Research 1989 Vol 45 385-97.
2. Al-Waili NS1, Saloom KY. Intramuscular piroxicam versus intramuscular diclofenac sodium in the treatment of acute renal colic: double-blind study. Eur J Med Res. 1999 Jan 26;4(1):23-6.

Supositório

A tolerabilidade local, segurança e eficácia do meloxicam supositórios de 15 mg foram comparados com piroxicam 20 mg supositórios ao longo de um período de 3 semanas em um estudo randomizado em pacientes com osteoartrite. Os pacientes foram randomizados 2:1 para receber meloxicam (n = 216) ou piroxicam (n = 109). Mais de 90% de pacientes e pesquisadores avaliaram a tolerabilidade local de ambos os tratamentos como boa ou muito boa (endpoint primário). Não houve diferença significativa entre os grupos. A eficácia global foi relatada por cerca de 80% dos pacientes em ambos os grupos para ser bom ou muito bom.

Um segundo estudo que avaliou a eficácia de supositórios de piroxicam 20 mg, administrada uma vez ao dia durante 4 semanas, incluiu 96 pacientes que sofrem de osteoartrite e 20 pacientes que sofrem de artrite reumatoide. Os escores dos parâmetros medidos (dor, inchaço, limitação de movimento) diminuíram significativamente 2 e 4 semanas após o início da terapia. A auto-avaliação da dor e rigidez dos pacientes também melhoraram significativamente durante o estudo. Avaliação global da eficácia e tolerância foi excelente ou bom em mais de 80% dos pacientes.

Em dor pós-operatória, o piroxicam foi avaliado em um estudo que incluiu um grupo de 51 pacientes submetidos a procedimento cirúrgico ortopédico (reconstrução ligamentar, osteotomia tibial e substituição total de joelho) dos quais 26 receberam piroxicam (40 mg IM seguidos de 20 mg via retal, oral ou IM diariamente) e 25 placebo por período máximo de 6 dias. Os pacientes poderiam solicitar analgesia suplementar se necessário durante o período. Todos os pacientes receberam no dia 1 pós-cirurgia piroxicam 40 mg por via oral, retal ou IM sendo que nos demais dias (2, 3 e, se necessário, 4 e 5) doses complementares de piroxicam ou placebo pela manhã. O grupo tratado com piroxicam apresentou maior eficácia que o placebo tanto em relação a controle de dor, como inchaço e movimentação precoce.

Outro estudo sobre eficácia de piroxicam supositório em dor pós-operatória avaliou de forma aberta e não randomizada 30 pacientes submetidas à perineoplastia. Todas as pacientes incluídas apresentavam dor de moderada a forte intensidade e a posologia de piroxicam foi de 40 mg (1 supositório de 12 em 12 horas) nos dias 1 e 2 e 20 mg (1 supositório ao dia) nos dias 3, 4 e 5. Observou-se a partir da 7ª hora redução significativa da dor em relação ao escore de dor basal (p<0,01). Ao final do período de observação, 10% das pacientes persistiam com edema local leve, 96,7% urinaram espontaneamente logo após a retirada da sonda vesical e a avaliação clínica global foi considerada ótima ou boa em 94% dos casos.

Em dismenorreia primaria foi realizado estudo em 26 mulheres com idades entre 18 e 44 anos randomizado e comparativo entre piroxicam 20 mg por via retal (n=7), placebo (n=6) ou naproxeno sódico 550 mg via retal (n=7). O piroxicam demonstrou maior eficácia no controle da dor e sintomas relacionados à dismenorreia quando comparado tanto a placebo quanto a naproxeno.

O piroxicam por via retal também foi avaliado em um trabalho envolvendo 33 pacientes para uma serie de doenças reumáticas, inflamatórias e articulares degenerativas (poliarterite crônica, espondilite anquilosante, pseudo-poliarterite rizomélica osteoartrite de joelho, artrite gotosa incluindo gota aguda, periarterite escápulohumeral, patologia de disco intervertebral) incluindo quem utilizou piroxicam nas doses de 30 mg ou 40 mg. Seu efeito anti-inflamatório e analgésico foi observado em todos os casos com maior resposta nos pacientes com artrite gotosa aguda. Neste mesmo estudo foi realizada avaliação farmacocinética com comparação de dados históricos relativos à apresentação oral de piroxicam evidenciando concentrações séricas semelhantes nas 2 apresentações (oral e supositórios).

Estudos de farmacocinética também foram realizados e evidenciaram concentrações plasmáticas semelhantes entre as 2 apresentações (oral e retal).

Referências

1. Carrabba M.; Paresce E.; Angelini M.; Galanti A.; Marini M.G.; Cigarini P. A comparison of the local tolerability, safety and efficacy of meloxicam and piroxicam suppositories in patients with osteoarthritis: a single-blind, randomized, multicentre study. Current Medical Research and Opinion. 1995, v. 13, n. 6, p. 343-355.
2. Heynen G, Dessain P: Piroxicam suppositories for osteoarthritis and rheumatoid arthritis: an open multicentre study in 116 patients; Eur J Rheumatol Inflamm. 1983;6(1):134-8
3. Bastos AC, Ramos LO e Bagnoli VR. Piroxicam Supositório no Pós-Operatório de Perineoplastia.J Bras Ginecol 1986; 96(7): 363-368.
4. Costa S, Mioli M, Ravaioli R et al. Prostaglandin Synthetase PiroxicamBeta Cyclodextrin In The Treatment Of Primary Dismenorrhea. Curr Ther Res 1987; 42(1): 156-164.
5. Neuman M. A Clinical And Pharmacokinetic Study of Piroxicam Administered as Rectal Suppository. Drug Expert Clin Res 1981; 7(1): 15-24.
6. Schiantarelli P, Acerbi D, Bovis G. Some Pharmacokinetic Properties and Bioavailability by Oral and Rectal Route of Piroxicam in Rodents and in Man. Drug Res 1981; 31(1): 92-97.
7. Michotte Y, Van Klaveren HP, Detaevenier MR et al. Bioequivalence of Two Formulations of Piroxicam. Drug Res 1991; 41(1): 244-246.

Características Farmacológicas


Cápsula / Comprimido / Injetável / Supositório

Propriedades Farmacodinâmicas

O piroxicam é um agente anti-inflamatório não esteroide que possui também propriedades analgésicas e antipiréticas. Edema, eritema, proliferação tecidual, febre e dor podem ser inibidos em animais de laboratório pela administração de piroxicam. É eficaz independentemente da etiologia da inflamação.

Embora o mecanismo de ação de piroxicam não seja totalmente conhecido, estudos isolados in vitro e in vivo mostraram que piroxicam interage em várias etapas da resposta imune e da inflamação através da:
  • Inibição da síntese de prostanoides, incluindo as prostaglandinas, por inibição reversível da enzima ciclooxigenase;
  • Inibição da agregação dos neutrófilos;
  • Inibição da migração das células polimorfonucleares e monócitos para a área de inflamação;
  • Inibição da liberação de enzimas lisossomais de leucócitos estimulados;
  • Inibição da formação do ânion superóxido pelo neutrófilo;
  • Redução da produção do fator reumatoide sistêmico e do fluido sinovial em pacientes com artrite reumatoide soro-positiva.

Ficou estabelecido que piroxicam não atua pela estimulação do eixo hipófise-adrenal. Estudos in vitro não revelaram qualquer efeito negativo sobre o metabolismo cartilaginoso.

Em estudos clínicos, piroxicam mostrou-se eficaz como analgésico em dores de várias etiologias (pós-trauma, pós-episiotomia e pós-operatório). O início da analgesia é imediato.

Em dismenorreia primária, os níveis aumentados de prostaglandinas endometriais causam hipercontratilidade uterina, resultando em isquemia uterina e consequente dor. O piroxicam, como um potente inibidor da síntese das prostaglandinas, demonstrou reduzir esta hipercontratilidade uterina e ser eficaz no tratamento da dismenorreia primária.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção e Distribuição:

O piroxicam é bem absorvido após a administração oral ou retal. Com a ingestão de alimentos, há uma leve diminuição na velocidade da absorção, porém não atinge a extensão da mesma. Concentrações plasmáticas estáveis são mantidas durante o dia com apenas uma administração diária. Tratamento contínuo com 20 mg/dia, durante um ano, produz níveis sanguíneos similares aos observados depois de alcançado o steady state.

As concentrações plasmáticas do fármaco são proporcionais nas doses de 10 mg e 20 mg e geralmente alcançam o pico dentro de 3 a 5 horas após a administração. A dose única de 20 mg geralmente produz níveis de pico plasmático de piroxicam de 1,5 a 2 mcg/mL, enquanto que a concentração plasmática máxima do fármaco, após ingestão diária contínua de 20 mg de piroxicam, usualmente se estabiliza entre 3 e 8 mcg/mL. A maioria dos pacientes alcançam o steady state dos níveis plasmáticos dentro de 7 a 12 dias.

O tratamento com dose de ataque de 40 mg/dia nos primeiros 2 dias, seguida de 20 mg/dia nos dias subsequentes, permite uma alta porcentagem de alcance (aproximadamente 76%) dos níveis de steady state imediatamente após a segunda dose. Os níveis de steady state, a área sob a curva e a meia-vida de eliminação são similares aos obtidos após administração de 20 mg diários.

Metabolismo e Eliminação:

O piroxicam é extensamente metabolizado, sendo que menos de 5% da dose diária é excretada de forma inalterada na urina e nas fezes. O metabolismo do piroxicam é predominantemente mediado via citrocromo P450 CYP2C9 no fígado. Uma importante via metabólica é a hidroxilação do anel piridil do piroxicam, seguida por conjugação com ácido glicurônico e eliminação urinária. O tempo de meia-vida plasmática é de aproximadamente 50 horas no homem.

O piroxicam deve ser administrado com cautela a pacientes com conhecida ou suspeita de metabolizadores fracos CYP2C9, baseados no histórico prévio/experiência com outros substratos CYP2C9, uma vez que podem apresentar níveis plasmáticos altos anormais devido à redução do clearance metabólico.

Farmacogenética

A atividade de CYP2C9 é reduzida em indivíduos com polimorfismos genéticos como os polimorfismos CYP2C9*2 e CYP2C9*3. Dados limitados de dois relatórios publicados mostraram que os pacientes com genótipos CYP2C9*1/*2 heterozigótico (n=9), CYP2C9*1/*3 heterozigótico (n=9) e CYP2C9*3/*3 homozigótico (n=1) mostraram níveis sistêmicos de piroxicam 1,7; 1,7 e 5,3 mais altos, respectivamente, que os pacientes com CYP2C9*1/*1 (n=17, genótipo metabolizador normal) após a administração de uma dose oral única. Os valores médios da meia-vida de eliminação de piroxicam dos pacientes com genótipos CYP2C9*1/*3 (n=9) e CYP2C9*3/*3 (n=1) foram 1,7 e 8,8 vezes maiores que dos pacientes com CYP2C9*1/*1 (n=17).

Estima-se que a frequência do genótipo homozigótico *3/*3 seja de 0% a 5,7% em vários grupos étnicos.

Dados de Segurança Pré-clínicos

Estudos de toxicidade subagudos e crônicos foram realizados com ratos, camundongos, cães e macacos, usando doses que variavam de 0,3 mg/kg/dia a 25 mg/kg/dia. A última dose é aproximadamente 90 vezes a dose recomendada para humanos. A única patologia observada foi caracteristicamente associada com a toxicidade em animais por AINEs; isto é, necrose papilar renal e lesão gastrintestinal. No que diz respeito a essas últimas, os macacos mostraram-se os mais resistentes para tais efeitos, enquanto os cães, os mais sensíveis.

Exclusivo Cápsula / Comprimido / Injetável

O estudo comparativo da biodisponibilidade de doses múltiplas de piroxicam nas formas cápsulas e solução para uso intramuscular mostrou que, após a administração intramuscular de piroxicam, o nível plasmático foi significantemente maior do que os obtidos com ingestão de cápsula durante os 45 minutos após a administração no primeiro dia, durante os 30 minutos no segundo dia e os 15 minutos no sétimo dia. As duas formulações são bioequivalentes.

Exclusivo Cápsula

Um estudo comparativo da farmacocinética e biodisponibilidade de doses múltiplas de piroxicam, nas formas de comprimidos orodispersíveis e cápsulas, mostrou que após administração de doses únicas diárias durante 14 dias, os perfis dos tempos das concentrações plasmáticas médias de piroxicam para as duas formas farmacêuticas estudadas foram praticamente sobreponíveis. Não houve diferenças significantes entre os valores médios de Cmáx, Cmín, T1/2 e Tmáx no steady state. Este estudo concluiu que piroxicam comprimidos orodispersíveis é bioequivalente a cápsulas quando administrado em doses únicas diárias. Estudos de doses únicas demonstraram bioequivalência quando os comprimidos orodispersíveis são administrados com ou sem água.

Flogene deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Características físicas e organolépticas

Flogene é uma cápsula rosa e púrpura com gravação “Flogene”, contendo pó fino amarelo esverdeado.

Atenção: não armazenar este produto em locais quentes e úmidos (ex: banheiro, cozinha, carros, etc.).

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

MS - 1.0573.0142

Farmacêutica Responsável:
Gabriela Mallmann
CRF-SP nº 30.138

Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Via Dutra, km 222,2
Guarulhos - SP
CNPJ 60.659.463/0001-91
Indústria Brasileira

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Flogene

Caracteristicas Principais

Fabricante:

Tipo do Medicamento:

Similar

Necessita de Receita:

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Principio Ativo:

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Reumatologia

Preço Máximo ao Consumidor:

PMC/SP R$ 62,51

Preço de Fábrica:

PF/SP R$ 45,22

Registro no Ministério da Saúde:

1057301420083

Código de Barras:

7896658002298

Temperatura de Armazenamento:

Temperatura ambiente

Produto Refrigerado:

Este produto não precisa ser refrigerado

Bula do Paciente:

Bula do Profissional:

Modo de Uso:

Uso oral

Pode partir:

Esta apresentação não pode ser partida

FLOGENE É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.


Sobre a Aché

Com mais de 50 anos de atuação, a Aché consolidou-se como uma empresa inovadora e sustentável. Leva confiança e cuidado para seus consumidores, tudo por meio de produtos e serviços de muita qualidade.

Além disso, possui o compromisso de gerar e compartilhar valor, cumprindo sua missão de promover saúde e bem-estar. Seu objetivo é levar mais vida para as pessoas, onde quer que estejam.

Possui o selo de empresa 100% nacional, empregando atualmente 4600 colaboradores e oferecendo um extenso portfólio, com mais de 326 marcas.

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