Iclusig
Pint PharmaBula do Iclusig
Iclusig® é indicado para tratar adultos com os seguintes tipos de leucemia que já não se beneficiam do tratamento com outros medicamentos (da classe dos inibidores de tirosino quinase, ou que têm uma determinada característica genética conhecida como mutação T315I:
Leucemia mielóide crônica (LMC)
- Um tipo de câncer do sangue envolvendo muitos glóbulos brancos anormais no sangue e na medula óssea (onde se produzem as células sanguíneas);
Leucemia linfoblástica aguda cromossoma Filadélfia positivo (LLA Ph+)
- Um tipo de leucemia envolvendo excessivos glóbulos brancos imaturos no sangue e na medula óssea que produz células sanguíneas. Neste tipo de leucemia, algo do DNA (material genético) foi reordenado para formar um cromossoma anormal, o cromossoma Filadélfia.
Iclusig® pertence a um grupo de medicamentos chamados inibidores da tirosina quinase. Em pacientes com LMC e LLA Ph+, alterações no DNA (material genético) emitem um sinal que diz ao corpo para produzir glóbulos brancos anormais. Iclusig® bloqueia este sinal, parando assim a produção destas células.
Não tome Iclusig®:
- Se for alérgico ao ponatinibe ou a qualquer outro componente deste medicamento.
Tome os comprimidos inteiros com um copo de água. Os comprimidos podem ser tomados com ou sem alimentos. Não esmague nem dissolva os comprimidos.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Iclusig® está disponível como:
- Um comprimido revestido de 45 mg para a dose recomendada;
- Um comprimido revestido de 15 mg para permitir ajustes da dose.
A dose inicial recomendada é um comprimido revestido de 45 mg uma vez por dia.
O seu médico pode reduzir a sua dose ou suspender temporariamente as doses de Iclusig® em casos de:
- Ser alcançada uma resposta adequada ao tratamento;
- Número reduzido de glóbulos brancos chamados neutrófilos;
- Número de plaquetas reduzido;
- Efeito evento adverso grave que não afete o sangue:
- Inflamação do pâncreas;
- Níveis aumentados das proteínas séricas lipase ou amilase.
- Desenvolver problemas cardíacos ou relacionados com os vasos sanguíneos;
- Ter um distúrbio no fígado.
O Iclusig® pode ser retomado com a mesma dose, ou uma dose reduzida, depois do evento estar resolvido ou controlado.
O seu médico pode avaliar a sua resposta ao tratamento em intervalos regulares.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Não tome duas doses ao mesmo tempo, caso você tenha esquecido alguma dose. Tome a sua dose seguinte à hora habitual.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Fale com o seu médico antes de tomar Iclusig® se tiver:
- Uma alteração do fígado ou pâncreas ou função do rim reduzida. O seu médico poderá querer tomar precauções adicionais;
- Antecedentes de abuso de álcool;
- Sofrido anteriormente um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral;
- Histórico de coágulos nos seus vasos sanguíneos;
- Histórico de estenose da artéria renal (estreitamento dos vasos sanguíneos em um ou ambos os rins);
- Problemas cardíacos, incluindo insuficiência cardíaca, batimentos cardíacos irregulares e prolongamento do intervalo QT;
- Pressão arterial alta;
- Ou tiver tido um aneurisma (dilatação ou enfraquecimento da parede de um vaso sanguíneo) ou uma ruptura na parede de um vaso sanguíneo;
- Histórico de problemas de sangramento;
- Tido anteriormente ou possa ter atualmente uma infeção pelo vírus da Hepatite B. Iclusig® pode fazer com que a doença volte a ficar ativa, o que pode levar à morte em alguns casos. Os pacientes devem ser avaliados cuidadosamente pelo médico para identificar sinais desta infeção antes de iniciarem o tratamento.
O seu médico deverá fazer:
- Avaliações da sua função cardíaca e condição das suas artérias e veias;
- Um hemograma (contagem dos componentes do sangue) completo que será repetido de 2 em 2 semanas durante os primeiros 3 meses após o início do tratamento. Posteriormente será efetuado mensalmente ou conforme indicado pelo seu médico;
- Verificações da proteína sérica conhecida como lípase. Uma proteína sérica chamada lipase será verificada de 2 em 2 semanas durante 2 meses e depois periodicamente. Poderá ser necessário interromper o tratamento ou diminuir a dose quando a lipase está aumentada;
- Testes da função do fígado. Os testes da função do fígado deverão ser feitos periodicamente, conforme indicado pelo seu médico.
Uma condição cerebral chamada síndrome de encefalopatia posterior reversível (PRES) foi reportada em pacientes tratados com ponatinibe. Os sintomas podem incluir o início súbito de dor de cabeça intensa, confusão, convulsões e alterações na visão. Informe imediatamente o seu médico se sentir algum destes sintomas durante o tratamento com ponatinibe, uma vez que poderá ser grave.
Crianças e adolescentes
Não administrar este medicamento a crianças com menos de 18 anos porque não existem dados disponíveis em crianças.
Gravidez e amamentação
Se estiver grávida ou amamentando, se acha que está grávida ou planeja engravidar, consulte o seu médico antes de tomar este medicamento.
Recomendações sobre contracepção para homens e mulheres
As mulheres com potencial para engravidar e que serão tratadas com Iclusig® devem evitar engravidar.
Os homens que estão em tratamento com Iclusig® são recomendados a não ter filhos durante o tratamento.
Devem ser utilizados métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento.
Utilize Iclusig® durante a gravidez apenas se o seu médico lhe disser que é absolutamente necessário, uma vez que existem riscos potenciais para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Amamentação
Pare de amamentar durante o tratamento com Iclusig®. Desconhece-se se o Iclusig® é passa para o leite materno.
Efeitos Sobre a Capacidade de Dirigir e Operar Máquinas
Deverá ter um cuidado especial quando conduzir veículos e utilizar máquinas uma vez que os pacientes que tomam Iclusig® podem apresentar alteração visual, tonturas, sonolência e fadiga.
Iclusig® contém lactose
Se o seu médico lhe disse que tem intolerância ao açúcar do leite (lactose) fale com médico antes de tomar este medicamento.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar reações adversas, embora nem todos os pacientes apresentem tais reações.
Os pacientes com 65 anos ou mais têm maior probabilidade de apresentaram reações adversas. Procure seu médico imediatamente se sentir alguma das seguintes reações adversas graves.
Caso receba resultados de análise de sangue alterada, deve contatar imediatamente seu médico.
Reações adversas graves (comum: afetam até 1 paciente em 10)
- Infecção pulmonar;
- Inflamação do pâncreas. Informe imediatamente o seu médico se ocorrer inflamação do pâncreas. Os sintomas são dor intensa no estômago e nas costas;
- Febre, frequentemente com outros sinais de infecção devido a número diminuído de glóbulos brancos;
- Ataque de coração;
- Alterações nos níveis do sangue:
- Diminuição do número de glóbulos vermelhos (sintomas incluem: fraqueza, tonturas, fadiga);
- Diminuição do número de plaquetas (sintomas incluem: tendência aumentada de sangramento ou hematoma);
- Diminuição do número de glóbulos brancos chamados neutrófilos (sintomas incluem: tendência aumentada para infecção);
- Nível aumentado da proteína sérica conhecida como lipase;
- Uma arritimia, pulsação anormal;
- Insuficiência cardíaca (sintomas incluem: fraqueza, fadiga, pernas inchadas);
- Pressão desconfortável, sensação de enfartamento, aperto ou dor no centro do peito (angina de peito) e dor no peito não relacionada com o coração;
- Pressão arterial alta;
- Estreitamento das artérias no cérebro;
- Problemas dos vasos sanguíneos no músculo cardíaco;
- Infecção no sangue;
- Lesão renal;
- Zona da pele inchada ou vermelha com sensação de ardor e sensível (celulite);
- Desidratação;
- Infecção urinária;
- AVC (Acidente Vascular Cerebral);
- Dificuldades respiratórias;
- Líquido no tórax (pode provocar problemas respiratórios);
- Diarreia;
- Coágulo numa veia profunda, obstrução repentina de veia, coágulo sanguíneo num vaso sanguíneo do pulmão (sintomas incluem: fogachos, rubores, vermelhidão da face, dificuldade respiratória);
- Acidente vascular cerebral (sintomas incluem: dificuldade em falar ou movimentar-se, sonolência, enxaqueca, sensações anormais);
- Problemas de circulação sanguínea (sintomas incluem: dor nas pernas ou nos braços, frio nas extremidades dos membros);
- Pressão arterial baixa;
- Bactérias no sangue (bacteremia);
- Coagulação do sangue na artéria carótida;
- Colite devido à bactéria C. difficile;
- Prisão de ventre ou constipação;
- Diminuição de sódio no sangue;
- Câncer de pele (câncer de células escamosas da pele);
- Síncope;
- Tendência aumentada para hemorragia ou hematoma.
Outras reações adversas possíveis que podem ocorrer com as frequências seguintes são:
Reações adversas muito comuns (afetam mais de 1 paciente em 10)
- Infecção das vias;
- Diminuição do apetite;
- Insônia;
- Dores de cabeça, tonturas;
- Tosse;
- Diarreia, vômitos, náuseas;
- Níveis sanguíneos aumentados de várias enzimas hepáticas chamadas:
- TGO;
- TGP;
- Erupção na pele, pele seca;
- Dor nos ossos, nas articulações, nas costas, nos braços ou pernas, espasmos musculares;
- Fadiga, acumulo de líquido nos braços e/ou pernas, febre, dor.
Reações adversas comuns (afetam 1 a 10 pacientes em 100)
- Inflamação do folículo piloso, zona da pele inchada e vermelha ou zona subcutânea com sensação de calor e sensível;
- Diminuição da atividade da glândula tiróide;
- Retenção de líquidos;
- Níveis baixos de cálcio, fosfato ou potássio no sangue;
- Níveis aumentados de açúcar ou ácido úrico no sangue, valores elevados de gordura no sangue ou triglicerídeos;
- Perda de peso;
- Mini AVC;
- Alteração do sistema nervoso nos braços e/ou pernas (provoca frequentemente dormência e dor nas mãos e nos pés);
- Letargia, enxaqueca;
- Tato ou sensação aumentado ou diminuído, sensação anormal como picadas, formigueiro e comichão;
- Visão desfocada, olho seco, infecção ocular;
- Edema dos tecidos nas pálpebras ou no contorno dos olhos, provocado por líquido em excesso;
- Palpitação;
- Dor em uma ou nas duas pernas ao caminhar ou fazer exercício, que desaparece ao fim de alguns minutos de descanso;
- Fogachos, rubor;
- Hemorragia nasal, dificuldade em produzir sons vocais, hipertensão nos pulmões;
- Níveis aumentados no sangue de enzimas hepáticas e pancreáticas:
- Amilase;
- Fosfatase alcalina;
- Gama-glutamiltransferase;
- Azia provocada pelo refluxo dos sucos do estômago, inflamação na boca, inchaço abdominal ou desconforto ou indigestão, boca seca;
- Nível aumentado no sangue de bilirrubina - a substância amarela do pigmento do sangue;
- Dor nos músculos, esquelética ou no pescoço;
- Erupção na pele, comichão, pele a descamar, espessamento anormal da pele, vermelhidão, nódoas negras, dor na pele, alterações na cor da pele, perda de cabelo;
- Inchaço do rosto causado por excesso de líquido;
- Suores noturnos, aumento da sudorese;
- Incapacidade de desenvolver ou manter uma ereção;
- Arrepios, estado gripal;
- Hemorragia do estômago (os sintomas incluem: dor de estômago, vomitar sangue).
Reações adversas incomuns (afetam 1 a 10 pacientes em 1.000)
- Alterações metabólicas provocadas pelos produtos de degradação de células cancerígenas mortas;
- Hemorragia no cérebro;
- Obstrução dos vasos sanguíneos no olho, perturbação visual;
- Problemas cardíacos, dor no peito do lado esquerdo, disfunção da cavidade esquerda do coração;
- Estreitamento dos vasos sanguíneos, circulação sanguínea deficiente, aumento súbito da pressão arterial;
- Estenose da artéria renal (estreitamento dos vasos sanguíneos para um ou ambos os rins);
- Problemas circulatórios no baço;
- Danos no fígado, icterícia (sintomas incluem: amarelecimento da pele e dos olhos).
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
- Recorrência (reativação) da infeção por Hepatite B caso tenha tido Hepatite B no passado (uma infecção do fígado);
- Erupções na pele incômodas envolvendo formação de bolhas ou descamação, espalhadas ao longo do corpo, envolvendo cansaço. Informe imediatamente o seu médico caso observe estes sintomas;
- Dor de cabeça, confusão, convulsões e perda de visão, que podem ser sintomas de uma condição cerebral conhecida como síndrome de encefalopatia posterior reversível (PRES);
- Dilatação ou enfraquecimento da parede de vaso sanguíneo ou a ruptura da parede de um vaso sanguíneo (aneurismas e dissecções das artérias).
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Comprimidos revestidos 15 mg e 45 mg
Em embalagens contendo 30 comprimidos.
Via oral.
Uso adulto.
Cada comprimido revestido 15 mg contém:
16,03 mg de cloridrato de ponatinibe que equivale a 15 mg de ponatinibe.
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido glicolato de sódio, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, talco, polietilenoglicol, álcool polivinílico e dióxido de titânio.
Cada comprimido revestido 45 mg contém:
48,08 mg de cloridrato de ponatinibe que equivale a 45 mg de ponatinibe (sob a forma de cloridrato).
Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido glicolato de sódio, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, talco, polietilenoglicol, álcool polivinílico e dióxido de titânio.
Fale com o seu médico imediatamente se isto ocorrer.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver tomando, tomou recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos.
Os seguintes medicamentos podem afetar ou ser afetados pelo Iclusig®:
- Cetoconazol, itraconazol, voriconazol: medicamentos para tratar infecções fúngicas;
- Indinavir, nelfinavir, ritonavir, saquinavir: medicamentos para tratar infecções por HIV;
- Claritromicina, telitromicina, troleandomicina: medicamentos para tratar infecções bacterianas;
- Nefazodona: um medicamento para tratar a depressão;
- Erva de São João ou Hypericum perforatum: um medicamento à base de plantas para tratar a depressão;
- Carbamazepina: um medicamento para tratar a epilepsia, fases eufórica/depressiva e determinadas situações de dor;
- Fenobarbital, fenitoína: medicamentos para tratar a epilepsia;
- Rifabutina, rifampicina: medicamentos para tratar a tuberculose ou outras determinadas infecções;
- Digoxina: um medicamento para tratar a fraqueza cardíaca;
- Dabigatrana: um medicamento para prevenir a formação de coágulos sanguíneos;
- Colchicina: um medicamento para tratar ataques de gota;
- Pravastatina, rosuvastatina: medicamentos para reduzir níveis de colesterol elevados;
- Metotrexato: um medicamento para tratar inflamação das articulações grave (artrite reumatóide), câncer e a doença de pele psoríase;
- Sulfassalazina: um medicamento para tratar inflamação intestinal e inflamação reumática das articulações.
Iclusig® com alimentos e bebidas
Evitar produtos de toranja como, por exemplo, suco de toranja.
Informe ao seu médico ou cirurgião – dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Resultados de Eficácia
A eficácia e segurança do Cloridrato de Ponatinibe em pacientes com LMC e LLA Ph+ que foram resistentes ou intolerantes ao tratamento anterior com inibidor da tirosina quinase (ITQ) foram avaliadas em um estudo clínico multicêntrico de um único braço, aberto, internacional. Todos os pacientes receberam 45 mg de Cloridrato de Ponatinibe uma vez ao dia com a possibilidade de diminuições da dose e interrupções da dose seguidas pela retomada e aumento da dose. Os pacientes foram atribuídos a um de seis grupos com base na fase da doença (LMC-FC; LMC-FA; ou LMC-FB/LLA Ph+), resistentes ou intolerantes (R/I) ao dasatinibe ou nilotinibe, e presença da mutação T315I. O estudo está em andamento.
A resistência em LMC - FC foi definida como falha em se obter quer resposta hematológica completa (em 3 meses), resposta citogenética menor (em 6 meses), ou resposta citogenética maior (em 12 meses) durante o tratamento com dasatinibe ou nilotinibe. Pacientes com LMC-FC que experimentaram uma perda de resposta ou desenvolvimento de uma mutação no domínio da quinase na ausência de uma resposta citogenética completa ou progressão para LMC-FA ou LMC-FB a qualquer altura do tratamento com dasatinibe ou nilotinibe também foram considerados resistentes. A resistência em LMC-FA e LMC- FA/LLA Ph+ foi definida como uma falha em obter quer uma resposta hematológica maior (LMC-FA em 3 meses, LMC-FB/LLA Ph+ em 1 mês), perda de resposta hematológica maior (a qualquer altura), ou desenvolvimento de mutação de domínio de quinase na ausência de uma resposta hematológica maior durante o tratamento com dasatinibe ou nilotinibe.
A intolerância foi definida como a descontinuação do dasatinibe ou nilotinibe devido a toxicidades apesar da gestão ótima na ausência de uma resposta citogenética completa para pacientes com LMCFC ou resposta hematológica maior para pacientes com LMC-FA, LMC-FB, ou LLA Ph+.
O desfecho primário de eficácia em LMC-FC foi a resposta citogenética maior (RCyM), que incluiu respostas citogenéticas completas e parciais (RCyC e PCyR). Os desfechos secundários de eficácia em LMC-FC foram a resposta hematológica completa (RHC) e a resposta molecular maior (RMM).
O desfecho primário em LMC-FA e LMC-FB/LLA Ph+ foi a resposta hematológica maior (RHM), definida quer como uma resposta hematológica completa (RHC) ou sem evidência de leucemia (SEL). Os parâmetros de avaliação final secundários em LMC-FA e LMC-FB/LLA Ph+ foram RCyM e RMM.
Para todos os pacientes, desfechos secundários de eficácia adicionais incluíram:
RCyM confirmada, tempo até resposta, duração da resposta, sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG). Também foram realizadas análises de acompanhamento (“post -hoc”) para avaliar a relação de resultados de resposta citogenética (RCyM) e molecular (RMM) de curto prazo com os resultados de SLP e SG de longo prazo, manutenção da resposta (RCyM e RMM) após reduções da dose, e SLP e SG por estado de Evento de Oclusão Arterial.
No estudo, foram recrutados 449 pacientes nos quais 444 foram elegíveis para análise:
- 267 pacientes com LMC-FC (Grupo R/I: n=203, Grupo T315I: n=64), 83 pacientes com LMC-FA (Grupo R/I: n=65, Grupo T315I: n=18), 62 pacientes com LMC-FB (Grupo R/I: n=38, Grupo T315I: n=24) e 32 pacientes com LLA Ph+ (Grupo R/I: n=10, Grupo T315I: n=22). Uma RCyM anterior ou melhor (RCyM, RMM ou RMC) ao dasatinibe ou nilotinibe apenas foi obtida em 26% dos pacientes com LMC-FC e uma anterior RHM ou melhor (RHM, RCyM, RMM ou RMC) foi obtida apenas em 21%, e 24% dos pacientes com LMC-FA e LMC-FB/LLA Ph+, respectivamente. As características demográficas do início estão descritas na tabela 1 abaixo.
Tabela 1: Características demográficas e da doença:
Características dos pacientes no início | Eficácia População Total N = 449 |
Idade | |
Média, anos (intervalo | 59 (18 a 94) |
Sexo, n (%) | |
Masculino | 238 (53%) |
Raça, n (%) | |
Asiática | 59 (13%) |
Negra ou afro-americana | 25 (6%) |
Branca | 352 (78%) |
Outras | 13 (3%) |
Índice de desempenho ECOG, n (%) | |
ECOG = 0 or 1 | 414 (92%) |
Histórico de doença | |
Tempo médio do diagnóstico a primeira dose, anos (intervalo) | 6,09 (0,33 - 28,47) |
Resistência a terapia anterior com ITQa *, n (%) | 374 (88%) |
Terapia prévia com ITQ – número de regimes, n (%) | 244 (55%) |
Terapia prévia com ITQ – número de ITOs prévios aprovados, n (%) | --- |
1 | 32 (7%) |
2 | 155 (35%) |
≥3 | 262 (58%) |
Mutação BCR-ABL detectada no início, n (%)b | --- |
Nenhum | 198 (44%) |
1 | 192 (43%) |
≥2 | 54 (12%) |
a* De 427 pacientes que reportaram tratamento anterior IQT com dasatinibe ou nilotinibe.
b Dos pacientes com uma ou mais mutações do domínio BCR-ABL quinase detectadas na inclusão, foram detectadas 37 mutações únicas.
No geral, 55% dos pacientes tinham uma ou mais mutações no domínio da quinase BCR-ABL no início sendo as mais frequentes:
- T315I (29%), F317L (8%), E255K (4%) e E359V (4%). Em 67% dos pacientes com LMC-FC no grupo R/I não foram detectadas mutações no início do estudo.
Os resultados de eficácia estão resumidos nas tabelas 2, 3 e 4.
Tabela 2: Eficácia de Cloridrato de Ponatinibe em pacientes com LMC em Fase Crônica resistentes ou intolerantes:
--- | Total (N = 267) | Resistente ou Intolerante | |
Resposta Citogenética | Coorte R/I (N=203) | Coorte T315I (N= 64) | |
Maiora (RCyR)% (IC de 95%) |
55% (50-62) |
51% (44-58) |
70% (58-81) |
Completa (CCyR)% (IC de 95%) |
46% (40-52) |
40% (33-47) |
66% (53-77) |
Resposta Molecular Maiorb % (IC de 95%) |
40% (35-47) |
35% (28-42) |
58% (45-70) |
aDesfecho primário para as coortes LMC-FC foi RCyM, que combina ambas respostas citogenéticas tanto completas (sem células Ph+ detectáveis) como parciais (1% a 35% de células Ph+).
b Medido em sangue periférico. Definido como taxa ≤0,1% de transcrições BCR-ABL a ABL na Escala Internacional (IS) (ie, ≤0,1% BCR-ABLIS; os pacientes devem ter a transcrição b2a2/b3a2 (p210)), medido no sangue periférico por reação em cadeia de polimerase com transcriptase reversa quantitativa (qRT PCR).
Retirada da base de dados de 06 de fevereiro de 2017.
Os pacientes com LMC-FC que receberam menos ITQs anteriormente obtiveram respostas citogenéticas, hematológicas e moleculares maiores. Dos pacientes com LMC-FC previamente tratados com um, dois, três ou quatro ITQs anteriores, 75% (12/16), 68% (66/97), 44% (63/142) e 58% (7/12) obtiveram uma RCyM durante o tratamento com Cloridrato de Ponatinibe, respectivamente.
Dos pacientes com LMC-FC sem mutação detectada no início, 49% (66/136) obtiveram uma RCyM.
Para cada mutação BCR-ABL detectada em mais do que um paciente com LMC-FC no início, obteve-se uma RCyM no seguimento ao tratamento com Cloridrato de Ponatinibe.
Em pacientes com LMC-FC que obtiveram uma RCyM, o tempo médio para RCyM foi de 2,8 meses (intervalo: 1,6 a 11,3 meses) e em pacientes que alcançaram uma RMM, o tempo médio para RMM foi de 5,5 meses (intervalo: 1,8 a 55,5 meses). Na altura da comunicação atualizada, com acompanhamento mínimo de 64 meses para todos os pacientes no estudo, as durações médias de RCyM e de RMM ainda não haviam sido obtidas. Com base nas estimativas de Kaplan-Meier, 82% (95% IC: [74%–88%]) dos pacientes com LMC-FC (mediana de duração do tratamento: 32,2 meses) que obtiveram uma RCyM foram projetados para manter essa resposta aos 48 meses e 61% (95% IC: [51%-70%]) dos pacientes com LMC-FC que obtiveram uma RMM estão projetados para manter essa resposta aos 36 meses. A probabilidade de todos os pacientes com LMC-FC manterem a RCyM e RMM não mudou após a análise ter sido aumentada para 5 anos.
Com um acompanhamento mínimo de 64 meses, 3,4% (9/267) dos pacientes com LMC-FC apresentaram a evolução da doença para LMC-FA ou LMC-FB.
Para o total de pacientes com LMC-FC (N=267), bem como para os pacientes com LMC-FC R/I do Grupo A R/I (N = 203) e do Grupo B T315I (N=64), a mediana da SG ainda não foi atingida. Para o grupo de pacientes LMC-FC, a probabilidade de sobrevivência a 2, 3, 4 e 5 anos é estimada em 86,0%, 81,2%, 76,9% e 73,3%, respectivamente, como demonstrado na Figura 1.
Figura 1- Estimativas de Kaplan-Meier referentes à sobrevida global na população com LMCFC (População Tratada):
Os pacientes com LMC-FC que obtiveram uma resposta de RCyM ou RMM no primeiro ano de tratamento tiveram uma melhoria estatisticamente significativa da sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) em comparação com os pacientes que não cumpriram estes marcos de tratamento. Uma RCyM no período de 3 meses foi correlacionada fortemente e de forma estatisticamente significativa com uma SLP e SG (p<0,0001 e p=0,0006, respectivamente). A significância estatística foi obtida na correlação de SLP e SG com uma RCyM no período de 12 meses (p= < 0,0001 e p=0,0012, respectivamente).
Tabela 3: Eficácia de Cloridrato de Ponatinibe em pacientes com LMC fase avançada resistente ou intolerante:
Taxa de resposta hematológica | LMC de fase acelerada | LMC de fase blástica | ||||
Total (N=83) | Resistente ou Intolerante | Geral (N=62) | Resistente ou Intolerante | |||
Coorte R/I (N=65) | Coorte T315I (N=18) | Coorte R/I (N=38) | Coorte T315I (N=24) | |||
Maiora (RHM) % (IC de 95%) | 57% (45-68) | 57% (44-69) | 56% (31-79) | 31% (20–44) | 32% (18–49) | 29% (13–51) |
Completab (RHC) % (IC de 95%) | 51% (39-62) | 49% (37-62) | 56% (31-79) | 21% (12-33) | 24% (11-40) | 17% (5-37) |
Resposta citogenética maiorc % (IC de 95%) | 39% (28-50) | 34% (23-47) | 56% (31-79) | 23% (13-35) | 18% (8-34) | 29% (13-51) |
a Desfecho primário para as coortes LMC-FA e LMC-FB/LLA Ph+ foi a RHM que combina as respostas hematológicas completas e ausência de sinais de leucemia.
b RHC: WBC ≤ ULN institucional, ANC ≥1000/mm3, plaquetas ≥100.000/mm3, ausência de blastos ou promielócitos no sangue periférico, blastos na medula ≤5%, <5% de mielócitos mais metamielócitos no sangue periférico, basófilos <5% no sangue periférico, sem envolvimento extramedular (incluindo sem hepatomegalia ou esplenomegalia).
c A RCyM combina tanto respostas citogenéticas completas (sem células Ph+ detectáveis) como parciais (1% a 35% de células Ph+).
Retirada da base de dados em 6 de fevereiro de 2017.
Tabela 4: Eficácia do Cloridrato de Ponatinibe em pacientes com LLA Ph+ resistentes ou intolerantes:
Total (N = 32) | Resistente ou Intolerante | ||
Coorte R/I (N=10) | Coorte T315I (N= 22) | ||
Taxa Resposta Hematológica | --- | --- | --- |
Maiora (RHM)% (IC de 95%) | 41% (24-59) |
50% (19-81) |
36% (17-59) |
Completab (CCyR)% (IC de 95%) | 34% (19-53) |
40% (12-74) |
32% |
Resposta Molecular Maiorc % (IC de 95%) | 47% (29-65) |
60% (26-88) |
41% (21-64) |
a Desfecho primário para as coortes LMC-FA e LMC-FB/LLA Ph+ foi a RHM que combina as respostas hematológicas completas e ausência de sinais de leucemia.
b RHC: WBC ≤ ULN institucional, ANC ≥1000/mm3 , plaquetas ≥100.000/mm3 , ausência de blastos ou promielócitos no sangue periférico, blastos na medula ≤5%, <5% de mielócitos mais metamielócitos no sangue periférico, basófilos <5% no sangue periférico, sem envolvimento extramedular (incluindo sem hepatomegalia ou esplenomegalia).
c A RCyM combina tanto respostas citogenéticas completas (sem células Ph+ detectáveis) como parciais (1% a 35% de células Ph+).
Retirada da base de dados em 6 de fevereiro de 2017.
O tempo médio até RHM em pacientes com LMC-FA, LMC-FB e LLA Ph+ foi de 0,7 meses (intervalo: 0,4 a 5,8 meses), 1,0 meses (intervalo: 0,4 a 3,7 meses) e 0,7 meses (intervalo: 0,4 a 5,5 meses), respectivamente. Até o momento da comunicação atualizada, com acompanhamento mínimo de 48 meses para todos os pacientes no estudo, a duração média da RHM para pacientes com LMC-FA (duração média do tratamento: 19,4 meses), LMC-FB (mediana de duração do tratamento: 2,9 meses) e LLA Ph+ (duração média do tratamento: 2,7 meses) foi estimada em 12,9 meses (intervalo: 1,2 a 52+ meses), 6,0 meses (intervalo: 1,8 a 47,4+ meses) e 3,2 meses (intervalo: 1,8 a 12,8+meses), respectivamente.
Para todos os pacientes em estudo de fase 2, a relação intensidade-segurança da dose indicou a existência de aumentos significativos nos eventos adversos de grau ≥ 3 (insuficiência cardíaca, trombose arterial, hipertensão, trombocitopenia, pancreatite, neutropenia, erupção cutânea, aumento de ALT, aumento de AST, aumento da lipase, mielosupressão, artralgia) no intervalo posológico de 15 a 45 mg uma vez ao dia.
A análise da relação intensidade-segurança da dose no estudo de fase 2 concluiu que após o ajuste para as covariáveis, a intensidade geral da dose é significativamente associada a um risco elevado de oclusão vascular, com um índice de probabilidades de aproximadamente 1,6 para cada aumento de 15 mg. Adicionalmente, os resultados de análises de regressão logística de dados de pacientes incluídos no estudo de fase 1 sugerem uma relação entre a exposição sistêmica (AUC) e a ocorrência de eventos trombóticos arteriais. Por conseguinte, prevê-se que uma redução da dose reduza o risco de eventos oclusivos vasculares. No entanto, a análise sugeriu que pode haver um efeito de “transferência” de doses mais elevadas, de tal modo que pode demorar vários meses até uma redução da dose se manifestar em redução do risco. As outras covariáveis que demostram uma associação estatisticamente significativa com a ocorrência de eventos oclusivos vasculares, nesta análise, são a história clínica de isquemia e a idade.
Redução da dose em pacientes com LMC-FC
No estudo de fase 2, foram recomendadas reduções de dose no seguimento de eventos adversos. Adicionalmente, em outubro de 2013, foram introduzidas neste ensaio novas recomendações para a redução prospectiva da dose em todos os pacientes com LMC-FC na ausência de eventos adversos, com o objetivo de reduzir o risco de eventos oclusivos vasculares.
Com acompanhamento mínimo de 48 meses e aproximadamente 2 anos após a recomendação para a redução prospectiva da dose, havia 110 pacientes com LMC-FC em curso. Foi comunicado que a maioria destes pacientes em curso (82/110, 75%) receberam 15 mg na última dose, enquanto 24/110 pacientes (22%) receberam 30 mg e 4/110 (4%) receberam 45 mg. No momento do início do fechamento do estudo (acompanhamento mínimo de 64 meses e mais de 3 anos após a recomendação para redução prospectiva da dose), 99 pacientes com LMC-FC estavam em andamento e 77 (78%) desses pacientes receberam 15 mg como última dose no estudo.
Segurança
No estudo de fase 2, 86 pacientes com LMC-FC alcançaram uma RCyM com uma dose de 45 mg, 45 pacientes com LMC-FC alcançaram uma RCyM após uma redução da dose para 30 mg, a maioria devido a eventos adversos.
Eventos oclusivos vasculares ocorreram em 44 destes 131 pacientes. A maioria destes eventos ocorreu com a dose em que o paciente alcançou uma RCyM; ocorreram menos eventos após a redução da dose.
Tabela 5: Primeiros eventos adversos vasculares oclusivos em pacientes com LMC-FC que alcançaram uma RCyM com a dose de 45 mg ou 30 mg (extração de dados a 7 de abril de 2014):
--- | Dose mais recente desde o início do primeiro evento vascular oclusivo | ||
45 mg | 30 mg | 15 mg | |
Alcançaram RCyM com 45 mg (N=86) | 19 | 6 | 0 |
Alcançaram RCyM com 30 mg (N=45) | 1 | 13 | 5 |
O tempo médio até ao início dos primeiros eventos cardiovasculares, cerebrovasculares e de oclusão arterial vascular periférica foi de 351,611 e 605 dias, respectivamente. Quando ajustado em relação à exposição, a incidência dos primeiros eventos oclusivos arteriais foi superior nos primeiros dois anos de acompanhamento e diminuiu com a redução da intensidade da dose diária (após recomendação para a redução prospectiva da dose). Outros fatores diferentes da dose podem também contribuir para este risco de oclusão arterial.
Eficácia
Estão disponíveis dados preliminares do ensaio de fase 2 sobre a manutenção de resposta (RCyM e RMM) em todos os pacientes com LMC-FC submetidos a redução da dose por qualquer motivo. O quadro 6 mostra estes dados de pacientes que alcançaram RCyM e RMM com a dose de 45 mg; estão disponíveis dados similares para pacientes que alcançaram RCyM e RMM com a dose de 30 mg. A maioria dos pacientes submetidos à redução da dose manteve a resposta (RCyM e RMM) ao longo da duração do acompanhamento atualmente disponível. Uma percentagem de pacientes não foi submetida a qualquer redução da dose, com base na respectiva avaliação benefício-risco.
Tabela 6: Manutenção de resposta em pacientes com LMC-FC que alcançaram RCyM ou RMM com a dose de 45 mg (extração de dados em 6 de fevereiro de 2017):
Alcançaram RCyM com 45 mg (N=86) | Alcançaram RMM com 45 mg (N=63) | |||
Número de pacientes | Mantiveram RCyM | Número de pacientes | Mantiveram RMM | |
Sem redução da dose | 19 | 13 (68%) | 18 | 11 (61%) |
Redução da dose para 30 mg apenas | 15 | 13(87%) | 5 | 3 (60%) |
Redução ≥ 3 meses para 30 mg | 12 | 10 (83%) | 3 | 2 (67%) |
Redução ≥ 6 meses para 30 mg | 11 | 9 (82%) | 3 | 2 (67%) |
Redução ≥ 12 meses para 30 mg | 8 | 7 (88%) | 3 | 2 (67%) |
Redução ≥ 18 meses para 30 mg | 7 | 6 (100%) | 2 | 2 (100%) |
Redução ≥ 24 meses para 30 mg | 6 | 1 (100%) | --- | --- |
Redução ≥ 36 meses para 30 mg | 1 | 1 (100%) | --- | --- |
Qualquer redução da dose para 15 mg | 52 | 51 (98%) | 40 | 36 (90%) |
Redução ≥ 3 meses para 15 mg | 49 | 49 (100%) | 39 | 36 (92%) |
Redução ≥ 6 meses para 15 mg | 47 | 47 (100%) | 37 | 35 (95%) |
Redução ≥ 12 meses para 15 mg | 44 | 44 (100%) | 34 | 33 (97%) |
Redução ≥ 18 meses para 15 mg | 38 | 38 (100%) | 29 | 29 (100%) |
Redução ≥ 24 meses para 15 mg | 32 | 32 (100%) | 23 | 23 (100%) |
Redução ≥ 36 meses para 15 mg | 8 | 8 (100%) | 4 | 4 (100%) |
A atividade anti-leucêmica do Cloridrato de Ponatinibe foi igualmente avaliada num estudo de escalonamento da dose de fase 1 que incluiu 65 pacientes com LMC e LLA Ph+; o estudo está em curso. Dos 43 pacientes com LMC-FC, 31 pacientes com LMC-FC alcançaram uma RCyM com uma duração média de acompanhamento de 55,5 meses (intervalo: 1,7 a 91,4 meses). dano momento da comunicação, 25 pacientes com LMC-FC estavam em RCyM (a duração média da RCyM ainda não tinha sido obtida).
Eletrofisiologia cardíaca
O potencial de prolongamento do intervalo QT de Cloridrato de Ponatinibe foi avaliado em 39 pacientes com leucemia que receberam 30 mg, 45 mg, ou 60 mg de Cloridrato de Ponatinibe uma vez ao dia. Foram coletados ECGs triplicatas, em série, no início e em estado estável para avaliar o efeito do Cloridrato de Ponatinibe nos intervalos QT. Não foram detectadas alterações clinicamente significativas no intervalo QTc médio (i.e., > 20 ms) em relação ao início do estudo. Além disso, os modelos farmacocinéticos-farmacodinâmicos não revelam qualquer relação exposição-efeito, com uma alteração média de QTcF estimada de –6,4 ms (intervalo de confiança superior –0,9 ms) na Cmax para o grupo dos 60 mg.
Características Farmacológicas
Farmacodinâmica
O Cloridrato de Ponatinibe é um potente inibidor pan BCR-ABL com elementos estruturais, incluindo uma ligação tripla carbono-carbono, que permitem a ligação de elevada afinidade ao BCR-ABL nativo e formas mutantes de ABL quinase. O Cloridrato de Ponatinibe inibe a atividade tirosina quinase do ABL e do mutante T315I de ABL com valores IC50 de 0,4 e 2,0 nM, respectivamente. Em estudos celulares, o Cloridrato de Ponatinibe superou a resistência mediada por mutações no domínio da quinase BCR-ABL do imatinibe, dasatinibe e nilotinibe.
Em estudos pré-clínicos de mutagênese, 40 nM foi determinada como a concentração do Cloridrato de Ponatinibe suficiente para inibir a viabilidade das células que expressam todos os mutantes BCR-ABL testados em > 50% (incluindo T315I) e suprimir o surgimento de clones mutantes. Num estudo celular de mutagênese acelerada, não foi detectada nenhuma mutação em BCR-ABL que pudesse conferir resistência a 40 nM de Cloridrato de Ponatinibe.
O Cloridrato de Ponatinibe favoreceu a redução do tumor e prolongou a sobrevida em camundongos com tumores que expressam BCR-ABL nativo ou T315I mutante.
Em doses de 30 mg ou superiores, as concentrações no plasma de Cloridrato de Ponatinibe no estado de equilíbrio estável excedeu tipicamente 21 ng/mL (40 nM).
Em doses de 15 mg ou superiores, 32 de 34 pacientes (94%) demonstraram uma redução ≥ 50% na fosforilação da CRK-like (CRKL), um bio- marcador da inibição BCR-ABL nas células mononucleares do sangue periférico.
O Cloridrato de Ponatinibe inibe a atividade de outras quinases clinicamente relevantes com valores IC50 abaixo de 20 nM e demonstrou atividade celular contra a RET, FLT3, e KIT e membros das famílias FGFR, PDGFR e VEGFR de quinases.
Farmacocinética
Absorção
As concentrações máximas de Cloridrato de Ponatinibe são observadas aproximadamente 4 horas após a administração oral. Dentro do intervalo de doses clinicamente relevantes avaliadas em pacientes (15 mg a 60 mg), o Cloridrato de Ponatinibe exibiu aumentos proporcionais da dose tanto em Cmax como AUC. A média geométrica (CV%) das exposições Cmax e AUC(0-τ) obtidas para 45 mg de Cloridrato de Ponatinibe diários em estado de equilíbrio estacionário foram de 77 ng/mL (50%) e 1296 ng•hr/mL (48%), respectivamente. A exposição a uma dieta rica em gorduras ou uma dieta pobre em gorduras, as exposições plasmáticas do Cloridrato de Ponatinibe (Cmáx e AUC) não foram diferentes das condições em jejum. Cloridrato de Ponatinibe pode ser administrado com ou sem alimentos. A administração concomitante de Cloridrato de Ponatinibe com um inibidor potente da secreção ácida gástrica resultou numa pequena redução da Cmax de Cloridrato de Ponatinibe sem redução da AUC0-∞.
Distribuição
O Cloridrato de Ponatinibe tem uma elevada ligação (> 99%) as proteínas plasmáticas in vitro. A razão sangue/plasma do Cloridrato de Ponatinibe é de 0,96. O Cloridrato de Ponatinibe não é deslocado pela administração concomitante de ibuprofeno, nifedipino, propranolol, ácido salicílico ou varfarina. Com doses diárias de 45 mg, a média geométrica (CV%) do volume de distribuição em estado de equilíbrio estacionário aparente é de 1101 L (94%) sugerindo que o Cloridrato de Ponatinibe é extensivamente distribuído no espaço extravascular. Estudos in vitro sugeriram que o Cloridrato de Ponatinibe ou não é um substrato ou é um substrato fraco para a P-gp e para a proteína de resistência do câncer da mama BCRP. O Cloridrato de Ponatinibe não é um substrato para os polipeptídios humanos transportadores de anions orgânicos, OATP1B1, OATP1B3, e ao transportador de cátions orgânicos, OCT-1.
Biotransformação
O Cloridrato de Ponatinibe é metabolizado num ácido carboxílico inativo por esterases e/ou amidases e é metabolizado pelo CYP3A4 em um metabólito de N-desmetil que é 4 vezes menos ativo do que o Cloridrato de Ponatinibe. O ácido carboxílico e o metabolito N-desmetil compreendem 58% e 2% dos níveis de Cloridrato de Ponatinibe em circulação, respectivamente.
Nas concentrações séricas terapêuticas, o Cloridrato de Ponatinibe não inibiu OATP1B1 ou OATP1B3, OCT1 ou OCT2, os transportadores de anions orgânicos OAT1 ou OAT3, ou a bomba de exportação de sais biliares (BSEP) in vitro. Por esse motivo, é pouco provável que ocorram interações medicamentosas clínicas como resultado da inibição dos substratos mediada por Cloridrato de Ponatinibe para estes transportadores. Os estudos in vitro indicam que há pouca probabilidade de ocorrerem interações medicamentosas clínicas em resultado da inibição mediada pelo Cloridrato de Ponatinibe do metabolismo dos substratos relativos a CYP1A2, CYP2B6, CYP2C8, CYP2C9, CYP2C19, CYP3A ou CYP2D6.
Um estudo in vitro em hepatócitos humanos indicou que é igualmente pouco provável ocorrerem interações medicamentosas clínicas em resultado de indução mediada pelo Cloridrato de Ponatinibe do metabolismo dos substratos relativos a CYP1A2, CYP2B6 ou CYP3A.
Eliminação
No seguimento de doses únicas e múltiplas de 45 mg de Cloridrato de Ponatinibe, a meia vida de eliminação terminal do Cloridrato de Ponatinibe foi de 22 horas e as condições de estado de equilíbrio estacionário são tipicamente obtidas dentro de 1 semana de dose contínua. Com a dose uma vez por dia, as exposições plasmáticas do Cloridrato de Ponatinibe aumentam em cerca de 1,5 vezes entre a primeira dose e condições de estado de equilíbrio estacionário. Embora as exposições plasmáticas do Cloridrato de Ponatinibe aumentaram para níveis de estado de equilíbrio estacionário com a dose contínua, uma análise farmacocinética populacional prevê um aumento limitado na depuração oral aparente nas primeiras duas semanas de dose contínua, que não é considerada clinicamente relevante. O Cloridrato de Ponatinibe é principalmente eliminado através das fezes. Após dose oral única de Cloridrato de Ponatinibe com marcador [14C], aproximadamente 87% da dose radioativa é recuperada nas fezes e cerca de 5% na urina. O Cloridrato de Ponatinibe inalterado representou 24% e < 1%, da dose administrada, nas fezes e urina, respectivamente, com o restante da dose composta por metabólitos.
Insuficiência renal
Cloridrato de Ponatinibe não foi estudado em pacientes com insuficiência renal. Embora a excreção renal não seja uma via principal de eliminação do Cloridrato de Ponatinibe, a possibilidade de insuficiência renal moderado ou grave afetar a eliminação hepática não foi determinada.
Insuficiência hepática
Foi administrada uma dose única de 30 mg de Cloridrato de Ponatinibe a pacientes com insuficiência hepática leve, moderada ou grave e a voluntários saudáveis com função hepática normal. A Cmáx do Cloridrato de Ponatinibe foi comparável em pacientes com insuficiência hepática leve e em voluntários saudáveis com função hepática normal. Nos pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave, a Cmáx e a AUC0-∞ do Cloridrato de Ponatinibe foram inferiores e a meia vida de eliminação plasmática do Cloridrato de Ponatinibe foi mais prolongada em pacientes com insuficiência hepática leve, moderada e grave, mas não significativamente diferente em termos clínicos de voluntários saudáveis com função hepática normal.
Os dados in vitro não demonstraram diferença na ligação às proteínas plasmáticas em participantes saudáveis e participantes com insuficiência hepática (leve, moderada e grave). Em comparação com voluntários saudáveis com função hepática normal, não foram observadas grandes diferenças na farmacocinética do Cloridrato de Ponatinibe em pacientes com diversos graus de insuficiência hepática. Não é necessária uma redução da dose inicial de Cloridrato de Ponatinibe em pacientes com insuficiência hepática.
Recomenda-se cuidado na administração de Cloridrato de Ponatinibe em pacientes com insuficiência hepática.
O Cloridrato de Ponatinibe não foi estudado em doses acima de 30 mg em pacientes com insuficiência hepática (Childs-Pugh Classes A, B e C)
Fatores intrínsecos que afetam a farmacocinética do Cloridrato de Ponatinibe
Não foram realizados estudos específicos para avaliar os efeitos do sexo, da idade, da raça e do peso corporal na farmacocinética do Cloridrato de Ponatinibe. Uma análise farmacocinética populacional integrada concluída relativa ao Cloridrato de Ponatinibe sugere que a idade pode ser preditiva da variabilidade da depuração oral aparente (CL/F) do Cloridrato de Ponatinibe. O sexo, a raça e o peso corporal não foram preditivos na explicação da variabilidade farmacocinética do Cloridrato de Ponatinibe entre os participantes.
Dados de segurança pré-clínica
Cloridrato de Ponatinibe foi avaliado em estudos de segurança farmacológica, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, toxicidade reprodutiva, fototoxicidade e carcinogenicidade.
O Cloridrato de Ponatinibe não exibiu propriedades genotóxicas quando avaliado nos sistemas padrão in vitro e in vivo.
As reações adversas não observadas durante os estudos clínicos, mas constatadas em animais sujeitos a níveis de exposição análogos aos níveis de exposição clínica, e com eventual relevância para a utilização clínica, são descritas a seguir.
Observou-se depleção dos órgãos linfoides em estudos de toxicidade de dose repetida em ratos e macacos cynomolgus. Os efeitos revelaram-se reversíveis após suspensão do tratamento.
Observaram-se alterações hiper/hipoplásticas dos condrócitos na placa de crescimento em estudos de toxicidade de dose repetida em ratos.
Em ratos, foram descobertas alterações inflamatórias acompanhadas por aumentos nos neutrófilos, monócitos, eosinófilos e nos níveis de fibrinogênios nas glandes do prepúcio e do clitóris após dosagem crônica.
Observaram-se alterações cutâneas sob a forma de crostas, hiperqueratose ou eritema em estudos de toxicidade em macacos cynomolgus. Observou-se pele seca e escamosa em estudos de toxicidade em ratos.
Em um estudo em ratos, observou-se edema difuso da córnea com infiltração de células neutrofílicas, e alterações hiperplásticas no epitélio lenticular sugestivos de uma reação fototóxica leve em animais tratados com 5 e 10 mg/kg de Cloridrato de Ponatinibe.
Em macacos cynomolgus, foram observados sopros cardíacos sistólicos sem correlações macroscópicas ou microscópicas em animais individuais tratados com 5 e 45 mg/kg no estudo de toxicidade de dose única e a 1, 2,5 e 5 mg/kg no estudo de toxicidade de dose repetida de 4 semanas. Desconhece-se a relevância clínica destes resultados.
Em macacos cynomolgus, observou-se atrofia folicular da glândula tiróide na maior parte dos casos acompanhada por uma redução nos níveis de T3 e uma tendência para níveis TSH aumentados no estudo de toxicidade de dose repetida de 4 semanas em macacos cynomolgus.
Observaram-se achados microscópicos relacionados ao Cloridrato de Ponatinibe nos ovários (atresia folicular aumentada) e testículos (degeneração mínima das células germinais) em animais tratados com 5 mg/kg de Cloridrato de Ponatinibe em estudos de toxicidade de dose repetida em macacos cynomolgus. Cloridrato de Ponatinibe em doses de 3, 10, e 30 mg/kg produziu aumentos no débito de urina e excreções de eletrólitos e provocou uma diminuição no esvaziamento gástrico em estudos de segurança farmacológica em ratos.
Em ratos, observou-se toxicidade embrio-fetal sob a forma de perda pós-implantação, peso fetal reduzido e múltiplas alterações dos tecidos moles e esqueleto em doses tóxicas maternas. Foram também observadas múltiplas alterações dos tecidos moles e esqueleto em doses maternas não tóxicas.
Em um estudo de fertilidade em ratos machos e fêmeas, verificou-se que, para níveis de dose correspondentes às exposições clínicas humanas, os parâmetros de fertilidade femininos foram reduzidos.
Foi relatada evidência de perda de embriões pré e pós implantação em ratos fêmeas e, portanto, o Cloridrato de Ponatinibe poderá comprometer a fertilidade feminina. Não foram observados efeitos nos parâmetros de fertilidade dos ratos machos. A relevância clínica destes resultados na fertilidade humana é desconhecida.
Observou-se, em ratos jovens, mortalidade relacionada com efeitos inflamatórios em animais tratados com 3 mg/kg/dia e observaram-se reduções do aumento de peso corporal com doses de 0,75, 1,5 e 3 mg/kg/dia durante as fases de tratamento pré-desmame e pós-desmame inicial. O Cloridrato de Ponatinibe não afetou de forma adversa importantes parâmetros de desenvolvimento no estudo de toxicidade juvenil.
Em um estudo de carcinogenicidade de dois anos em ratos machos e fêmeas, a administração oral de Cloridrato de Ponatinibe a 0,05, 0,1 e 0,2 mg/kg/dia em machos e a 0,2 e 0,4 mg/kg/dia em fêmeas não resultou em quaisquer efeitos tumorigênicos. A dose de 0,8 mg/kg/dia em fêmeas resultou num nível de exposição plasmática geralmente inferior ou equivalente à exposição humana no intervalo de dose de 15 mg a 45 mg diariamente. Foi observado um aumento estatisticamente significativo da incidência de carcinoma de células escamosas da glândula clitoridiana nessa dose. A relevância clínica deste resultado nos humanos é desconhecida.
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Dose | 15mg | 45mg |
Forma Farmacêutica | Comprimido revestido | Comprimido revestido |
Quantidade na embalagem | 30 Unidades | 30 Unidades |
Modo de uso | Uso oral | Uso oral |
Substância ativa | Cloridrato de Ponatinibe | Cloridrato de Ponatinibe |
Preço Máximo ao Consumidor/SP | R$ 19.969,36 | R$ 45.061,84 |
Preço de Fábrica/SP | R$ 14.988,54 | R$ 33.822,38 |
Tipo do Medicamento | Novo | Novo |
Pode partir? | Este medicamento não pode ser partido | Este medicamento não pode ser partido |
Registro Anvisa | 1390000010014 | 1390000010022 |
Precisa de receita | Sim, precisa receita | Sim, precisa receita |
Tipo da Receita | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) | Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica) |
Código de Barras | 7898994740926 | 7898994740919 |