Bula do Keytruda
Princípio Ativo: Pembrolizumabe
Classe Terapêutica: Anticorpos Monoclonais Antineoplásicos, PD-1/PD-L1
Keytruda, para o que é indicado e para o que serve?
Keytruda® é indicado para tratar:
- Um tipo de câncer de pele chamado melanoma em adultos e crianças.
- Um tipo de câncer de pulmão chamado câncer de pulmão de células não pequenas em adultos.
- Um tipo de câncer de cabeça e pescoço chamado de carcinoma de cabeça e pescoço de células escamosas em adultos.
- Um tipo de câncer chamado carcinoma urotelial em adultos, que inclui o câncer de bexiga.
- Um tipo de câncer de estomâgo chamado adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica em adultos.
- Um tipo de câncer chamado de câncer esofágico em adultos.
- Um tipo de câncer chamado de Linfoma de Hodgkin clássico em adultos e crianças com idade igual ou superior a 3 anos.
- Um tipo de câncer chamado de Linfoma de Grandes Células B Primário do Mediastino. em adultos e crianças.
- Um tipo de câncer de rim chamado carcinoma de células renais em adultos.
- Um tipo de câncer em adultos que é demonstrado por um teste laboratorial como sendo de instabilidade microssatélite alta (MSI-H) ou de deficiência nas enzimas de reparo (dMMR) no cólon ou no reto (chamado câncer colorretal), útero (chamado câncer endometrial), estômago (chamado câncer gástrico), intestino delgado (chamado câncer de intestino delgado) ou ducto biliar ou vesícula biliar (chamado câncer do trato biliar).
- Um tipo de câncer uterino chamado de câncer endometrial em mulheres adultas.
- Um tipo de câncer chamado câncer de mama triplo-negativo em adultas.
- Um tipo de câncer chamado de câncer cervical e também conhecido como câncer do colo do útero, em mulheres adultas.
- Um tipo de câncer de pele chamado carcinoma cutâneo de células escamosas.
- Um tipo de câncer em adultos e crianças que é demonstrado por um teste como sendo de alta carga mutacional tumoral (TMB-H).
Keytruda® pode ser administrado em combinação com outros medicamentos anticâncer. É importante que você também leia as informações contidas nas bulas destes outros medicamentos quimioterápicos. Se você tiver alguma dúvida com relação a estes medicamentos, por favor, questione o seu médico.
Keytruda® é recebido por pessoas cujo câncer se espalhou ou não pode ser retirado por cirurgia.
Keytruda® é recebido por pessoas que fizeram cirurgia para remover o melanoma, câncer de pulmão de células não pequenas ou carcinoma de células renais para ajudar a prevenir que o câncer retorne (tratamento adjuvante).
As pessoas recebem Keytruda® antes da cirurgia para tratar o câncer de pulmão de células pequenas ou câncer de mama triplo-negativo e, em seguida, continuam o tratamento com Keytruda® após a cirurgia para ajudar a prevenir o retorno do câncer.
Como o Keytruda funciona?
Keytruda® atua para ajudar o seu sistema imunológico a lutar contra o câncer.
Quais as contraindicações do Keytruda?
Você não deve receber Keytruda® se for severamente alérgico ao pembrolizumabe ou a qualquer um dos componentes do produto. Converse com o seu médico, caso não tenha certeza.
Como usar o Keytruda?
Keytruda® será administrado em você em um hospital ou clínica sob a supervisão de um médico experiente no tratamento de câncer.
A dose recomendada de Keytruda® em adultos é 200 mg a cada 3 semanas ou 400 mg a cada 6 semanas.
A dose recomendada de Keytruda® em crianças com Linfoma de Hodgkin clássico e melanoma é 2 mg/kg (máxima de 200 mg) a cada 3 semanas.
- O seu médico administrará Keytruda® por infusão na sua veia (IV) durante aproximadamente 30 minutos.
- O seu médico decidirá a frequência do seu tratamento.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Keytruda?
- Ligue para o seu médico imediatamente para reagendar a sua consulta.
- É muito importante que você não perca nenhuma dose deste medicamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Quais cuidados devo ter ao usar o Keytruda?
Antes de receber Keytruda®, informe ao médico se você:
- Tem uma doença do sistema imunológico como Doença de Crohn, colite ulcerativa ou lúpus;
- Recebeu um transplante de órgão (por exemplo, um transplante de rim) ou recebeu um transplante de medula óssea (células-tronco) que usou células-tronco de doador (alogênico);
- Tem pneumonia ou edema nos seus pulmões (condição chamada de pneumonite);
- Tem algum prejuízo na função do fígado.
Estes efeitos colaterais podem, algumas vezes, se tornar potencialmente fatais e podem levar a morte. Estes efeitos colaterais podem ocorrer a qualquer momento durante o tratamento ou mesmo após o término do seu tratamento. Você pode apresentar mais de um sintoma ao mesmo tempo.
Se você tiver quaisquer dos seguintes sintomas, ligue para o seu médico ou consulte-o imediatamente.
Sinais e sintomas de problemas nos pulmões
- Falta de ar;
- Dor no peito;
- Tosse.
Sinais e sintomas de problemas no intestino
- Diarreia ou mais movimentos intestinais que o usual;
- Fezes pretas, escuras, pegajosas ou com sangue ou muco;
- Sensibilidade ou dor de estômago grave.
Sinais e sintomas de problemas no fígado
- Náusea ou vômito;
- Falta de apetite;
- Dor no lado direito do seu estômago;
- Pele com aparência amarelada;
- Branco dos olhos com aparência amarelada;
- Urina escura;
- Hemorragia ou hematomas que aparecem mais facilmente que o normal.
Sinais e sintomas de problemas no rim
- Alterações na quantidade e na coloração de sua urina.
Sinais e sintomas de problemas nas glândulas hormonais (especialmente nas glândulas tireoideana, hipófise e adrenal)
- Batimento cardíaco rápido;
- Perda de peso;
- Aumento da transpiração;
- Ganho de peso;
- Perda de cabelo;
- Sensação de frio;
- Intestino preso;
- Tom de voz mais grave;
- Dores musculares;
- Tontura ou desmaio;
- Dores de cabeça constantes ou dor de cabeça incomum.
Sinais e sintomas de problemas de açúcar no sangue
- Aumento da fome e sede;
- Necessidade de urinar com mais frequência;
- Perda de peso.
Sinais e sintomas de problema na pele
- Erupção cutânea;
- Coceira;
- Bolhas, descamação ou feridas;
- Úlceras na boca ou na mucosa do nariz, garganta ou área genital.
Sinais e sintomas de problemas em outros órgãos
- Dor muscular ou fraqueza;
- Alteração na visão;
- Inflamação do pâncreas;
- Confusão, febre, problemas de memória ou convulsões (encefalite);
- Inchaço dos nódulos linfáticos, erupções ou protuberâncias moles na pele, tosse, ou dor nos olhos (sarcoidose);
- Falta de ar, batimentos cardíacos irregulares, sensação de cansaço ou dores no peito (miocardite);
- Dor, dormência, formigamento, ou fraqueza nos braços ou pernas, problema na bexiga ou intestino incluindo a necessidade de urinar com mais frequência, incontinência urinária, dificuldade em urinar e constipação (mielite);
- Inflamação dos vasos sanguíneos;
- Diminuição da função da glândula paratireóide, que pode incluir cãibras ou espasmos musculares, fadiga e fraqueza (hipoparatireoidismo);
- Inflamação e cicatrização dos ductos biliares, que pode incluir dor na parte superior direita do estômago, inchaço do fígado ou baço, fadiga, coceira ou amarelamento da pele ou da parte branca dos olhos (colangite esclerosante);
- Inflamação do estômago (gastrite).
Existem possíveis efeitos colaterais do tratamento com Keytruda® em pacientes que já receberam transplantes:
- Rejeição de um orgão transplantado. Pessoas que já tiveram um orgão transplantado podem ter um aumento no risco de rejeição deste orgão. O seu médico deverá te monitorar e dizer quais os sinais e sintomas você deverá reportar, dependendo do seu tipo de transplante.
- Complicações incluíndo doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) em pessoas que receberam um transplante de medula óssea (células-tronco) que usou células-tronco de doador (alogênico). Estas complicações podem ser graves e levar à morte. Elas pode ocorrer se você fez este tipo de transplante no passado ou se fizer no futuro. Seu médico irá monitorar os seus sinais e sintomas, que podem incluir erupção cutânea, inflamação no fígado, dores abdominais e diarreia.
Sinais e sintomas de reações relacionadas à infusão intravenosa
- Falta de ar;
- Coceira ou erupção cutânea;
- Tontura;
- Febre.
Gravidez
- Se você está grávida, suspeita estar grávida ou está planejando engravidar, informe ao seu médico.
- Keytruda® pode causar dano ou morte ao feto.
- Você deverá usar um método anticoncepcional efetivo enquanto estiver sendo tratada com Keytruda® e por pelo menos 4 meses após a última dose de Keytruda® caso você tenha a possibilidade de engravidar.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Amamentação
- Se você está amamentando, informe ao seu médico.
- Não amamente enquanto estiver recebendo Keytruda®.
- Não se sabe se Keytruda® passa para o leite humano.
Crianças
- Keytruda® pode ser usado em crianças com linfoma de Hodgkin clássico (com idade igual ou superior a 3 anos), crianças com melanoma (com idade igual ou superior a 12 anos), crianças com Linfoma de Grandes Células B Primário do Mediastino ou câncer TMB-H.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
- Keytruda® tem um efeito leve na sua capacidade de dirigir ou usar máquinas. Sentir-se tonto, cansado ou fraco são possíveis efeitos colaterais do Keytruda®. Não dirija ou opere máquinas após ter recebido Keytruda®, a menos que tenha certeza que esteja se sentindo bem.
Atenção, diabéticos: contém açúcar.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Keytruda?
Assim como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos colaterais, embora nem todos os apresentem.
Ao receber Keytruda®, você poderá ter alguns efeitos colaterais graves.
Os seguintes efeitos colaterais foram relatados nos estudos clínicos com pembrolizumabe sozinho:
Muito comuns (podem afetar mais de 10% dos pacientes)
- Redução do número de glóbulos vermelhos.
- Redução da atividade da glândula tireoide.
- Apetite reduzido.
- Dor de cabeça.
- Falta de ar; tosse.
- Diarreia; dor de estômago; náusea; vômitos; constipação.
- Coceira; erupção cutânea (vermelhidão na pele).
- Dor nos músculos e ossos; dor nas articulações.
- Sensação de cansaço; cansaço ou fraqueza incomum; inchaço; febre.
Comuns (podem afetar entre 1% e 10% pacientes)
- Infecção no pulmão.
- Redução do número de plaquetas (hematomas ou hemorragias ocorrendo mais facilmente); redução do número de glóbulos brancos (neutrófilos, linfócitos).
- Reação relacionada à infusão do medicamento.
- Atividade excessiva da glândula tireoide; fogacho.
- Redução do sódio, potássio ou cálcio no sangue.
- Problemas para dormir.
- Tontura; inflamação dos nervos causando dormência; fraqueza; formigamento ou sensação de queimação nos braços e pernas; falta de energia; alterações no paladar.
- Olhos secos.
- Ritmo anormal do coração.
- Pressão alta.
- Inflamação dos pulmões.
- Inflamação dos intestinos; boca seca.
- Inflamação do fígado.
- Erupção vermelha elevada, às vezes com bolhas; inflamação da pele; perda de cor em partes da pele; pele seca com coceira; perda de cabelo; problema de pele tipo acne.
- Dor ou sensibilidade muscular; dor nos braços ou pernas; dor nas articulações com inchaço.
- Doença tipo gripe; calafrios.
- Aumento dos níveis de enzimas do fígado no sangue; aumento de cálcio no sangue; teste de função renal anormal.
Incomuns (podem afetar entre 1% e 0,1% dos pacientes)
- Redução do número de glóbulos brancos (leucócitos); resposta inflamatória contra plaquetas; aumento do número de células brancas do sangue (eosinófilos).
- Uma desordem imunológica que pode afetar os pulmões, pele, olhos e/ou linfonodos (sarcoidose).
- Diminuição da secreção de hormônios produzidos pelas glândulas suprarrenais; inflamação da glândula pituitária situada na base do cérebro; inflamação da tireoide.
- Diabetes tipo 1, incluindo cetoacidose diabética.
- Uma condição na qual os músculos se tornam fracos e cansam facilmente; convulsão.
- Inflamação nos olhos; dor, irritação, coceira ou vermelhidão nos olhos; sensibilidade desconfortável à luz; visualização de manchas.
- Inflamação do músculo do coração, que pode apresentar falta de ar, batimentos cardíacos irregulares; sensação de cansaço ou dores no peito; acúmulo de fluido ao redor do coração; inflamação da cobertura do coração.
- Inflamação do pâncreas; inflamação do estômago; ferida que se desenvolve no interior do revestimento de seu estômago ou na parte superior do seu intestino delgado.
- Crescimento de pele espessa, algumas vezes escamosa; pequenas elevações, caroços ou feridas na pele; alteração na coloração do cabelo.
- Inflamação da bainha que circunda os tendões.
- Inflamação dos rins.
- Aumento do nível de amilase, uma enzima que quebra o amido.
Raros (podem afetar entre 0,01 e 0,1% dos pacientes)
- Uma condição chamada de linfohistiocitose hemofagocítica, na qual o sistema imune produz em excesso células que combatem a infecção, chamadas de histiocitos e linfócitos, e que pode causar vários sintomas; resposta inflamatória contra glóbulos vermelhos; sensação de fraqueza, tontura, com falta de ar ou se a sua pele parece pálida (sinais de nível baixo de glóbulos vermelhos, possivelmente devido a um tipo de anemia chamada aplasia pura dos glóbulos vermelhos).
- Diminuição da função da glândula paratireóide, que pode incluir cãibras ou espasmos musculares, fadiga e fraqueza.
- Uma inflamação temporária dos nervos que causa dor, fraqueza e paralisia nas extremidades (Síndrome de Guilliain-Barré); inflamação do cérebro, que pode se apresentar como confusão, febre, problemas de memória ou convulsões (encefalite); dor, dormência, formigamento, ou fraqueza nos braços ou pernas, problema na bexiga ou no intestino incluindo a necessidade de urinar com mais frequência, incontinência urinária, dificuldade em urinar e constipação (mielite); inchaço do nervo óptico, o qual transmite a visão do olho para o cérebro, que pode resultar em perda de visão em um ou em ambos os olhos, dor ao movimentar o olho, e/ou perda de cor na visão (neurite óptica); inflamação da membrana ao redor da medula espinhal e do cérebro, que pode apresentar rigidez do pescoço, dor de cabeça, febre, sensibilidade dos olhos à luz, náusea ou vômito (meningite).
- Inflamação dos vasos sanguíneos.
- Perfuração no intestino delgado.
- Inflamação dos ductos biliares.
- Coceira, bolhas na pele, descamação ou feridas e/ou úlceras na boca ou na mucosa do nariz, garganta ou na área genital (síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise epidérmica tóxica); inchaços vermelhos e macios sob a pele.
- Doença em que o sistema imunológico ataca as glândulas que produzem líquidos para o corpo, como lágrimas e saliva (síndrome de Sjogren).
- Inflamação da bexiga, que pode se apresentar como micção frequente e/ou dor ao urinar, urgência para urinar, sangue na urina, dor ou pressão na parte inferior do abdômen.
Os efeitos colaterais mais comuns relatados em crianças nos ensaios clínicos em que pembrolizumabe é administrado sozinho são:
- Febre.
- Vômitos.
- Dores de cabeça.
- Dores na área do estômago (abdominal).
- Redução no número de glóbulos vermelhos do sangue.
- Tosse.
- Constipação.
Os seguintes efeitos colaterais foram relatados nos estudos clínicos com pembrolizumabe em combinação com quimioterapia:
Muito comuns (podem afetar mais de 10% dos pacientes)
- Redução do número de glóbulos brancos (neutrófilos, leucócitos); diminuição do número de glóbulos vermelhos; redução do número de plaquetas (hematomas ou hemorragias ocorrendo mais facilmente).
- Redução da atividade da glândula tireoide.
- Redução de sódio ou potássio no sangue; apetite reduzido.
- Problemas para dormir.
- Inflamação dos nervos causando dormência, fraqueza, formigamento ou sensação de queimação nos braços e pernas; dor de cabeça; tonturas.
- Falta de ar; tosse.
- Diarreia; náusea; vômitos; dor de estômago; constipação.
- Perda de cabelo; erupção cutânea; coceira.
- Dor nas articulações; dor nos músculos e ossos; dor ou sensibilidade muscular.
- Sensação de cansaço; cansaço ou fraqueza incomuns; febre.
- Aumento nos níveis sanguíneos de uma enzima do fígado conhecida como alanina aminotransferase; aumento dos níveis sanguíneos de uma enzima do fígado conhecida como aspartato aminotransferase.
Comuns (podem afetar entre 1% e 10% pacientes)
- Infecção no pulmão.
- Redução do número de glóbulos brancos (neutrófilos) com febre; redução do número de glóbulos brancos (linfócitos).
- Reação relacionada à infusão do medicamento.
- Diminuição da secreção de hormônios produzidos pelas glândulas suprarrenais; inflamação da tireoide; aumento da atividade da glândula tireoide.
- Redução de sódio ou cálcio no sangue.
- Sensação de cansaço; alterações no paladar.
- Olhos secos.
- Ritmo anormal do coração.
- Pressão alta.
- Inflamação dos pulmões.
- Inflamação dos intestinos; inflamação do estômago; boca seca.
- Inflamação no fígado.
- Erupção vermelha elevada, às vezes com bolhas; pele seca, com coceira; problemas de pele parecidos com acne; inflamação da pele.
- Dor nos braços ou nas pernas; dor nas articulações com inchaço.
- Danos súbitos nos rins.
- Inchaço; doença tipo gripe; calafrios.
- Teste de função renal anormal; aumento dos níveis sanguíneos de uma enzima do fígado conhecida como fosfatase alcalina; aumento de bilirrubina no sangue; aumento de cálcio no sangue.
Incomuns (podem afetar entre 1% e 0,1% dos pacientes)
- Aumento do número de células brancas do sangue (eosinófilos).
- Inflamação da glândula pituitária situada na base do cérebro.
- Diabetes tipo 1, incluindo cetoacidose diabética.
- Inflamação do cérebro, que pode apresentar confusão, febre, problemas de memória ou convulsões (encefalite); convulsão.
- Inflamação dos olhos; dor, irritação, coceira ou vermelhidão nos olhos; sensibilidade desconfortável à luz; visualização de manchas.
- Inflamação do músculo do coração, que pode apresentar falta de ar, batimentos cardíacos irregulares; sensação de cansaço ou dores no peito; acúmulo de líquido ao redor do coração; inflamação da cobertura do coração.
- Inflamação dos vasos sanguíneos.
- Inflamação do pâncreas; uma ferida que se desenvolve no revestimento interno do estômago ou na parte superior do intestino delgado.
- Crescimento de pele espessa, algumas vezes escamosa; perda de cor em partes da pele; pequenas elevações, caroços ou feridas na pele.
- Inflamação da bainha que envolve os tendões.
- Inflamação dos rins; inflamação da bexiga, que pode apresentar micção frequente e/ou dolorosa; urgência em urinar, sangue na urina, dor ou pressão na parte inferior do abdômen.
- Aumento dos níveis da amilase, uma enzima que quebra o amido.
Raras (podem afetar entre 0,01% e 0,1% dos pacientes)
- Resposta inflamatória contra as células vermelhas ou plaquetas.
- Uma desordem imune que pode afetar os pulmões, pele, olhos e/ou linfonodos (sarcoidose).
- Diminuição da função da glândula paratireóide, que pode incluir cãibras ou espasmos musculares, fadiga e fraqueza.
- Uma inflamação temporária dos nervos que causa dor, fraqueza e paralisia nas extremidades (síndrome de Guillain-Barré); uma condição em que os músculos se tornam fracos e cansados facilmente.
- Inflamação nos olhos; dor, irritação, coceira ou vermelhidão nos olhos; sensibilidade desconfortável à luz; visualização de manchas.
- Um orifício no intestino delgado.
- Inflamação e cicatrização dos ductos biliares, que pode incluir dor na parte superior direita do estômago, inchaço do fígado ou baço, fadiga, coceira ou amarelamento da pele ou da parte branca dos olhos (colangite esclerosante).
- Coceira, bolhas na pele, descamação ou feridas e/ou úlceras na boca ou na mucosa do nariz, garganta ou área genital (síndrome de Stevens-Johnson); inchaços vermelhos sensíveis sob a pele; alterações na cor dos cabelos.
- Doença em que o sistema imunológico ataca as glândulas que produzem líquidos para o corpo, como lágrimas e saliva (síndrome de Sjogren).
Os seguintes efeitos colaterais foram relatados nos estudos clínicos com pembrolizumabe em combinação com axitinibe ou lenvatinibe:
Muito comuns (podem afetar mais de 1 em 10 pacientes)
- Infecções urinárias (aumento da frequência e dor ao urinar).
- Diminuição do número de glóbulos vermelhos.
- Diminuição na atividade da glândula tireoide.
- Redução do apetite.
- Dor de cabeça; alterações no paladar.
- Pressão alta.
- Falta de ar; tosse.
- Diarreia; dor de estômago; náusea; vômitos; constipação.
- Erupção cutânea; coceira.
- Dor nas articulações; dor nos músculos e ossos; dor muscular, dores ou sensibilidade, dor nos braços ou pernas.
- Cansaço; sensação de cansaço incomum ou fraqueza; inchaço; febre.
- Aumento dos níveis de lipase, uma enzima que quebra gorduras; aumento dos níveis de enzimas do fígado no sangue; teste de função renal anormal.
Comuns (podem afetar até 1 em 10 pacientes)
- Infecção no pulmão.
- Redução do número de glóbulos brancos (neutrófilos, linfócitos, leucócitos); redução do número de plaquetas (hematomas ou hemorragias ocorrendo mais facilmente).
- Reação relacionada à infusão do medicamento.
- Diminuição da secreção de hormônios produzidos pelas glândulas suprarrenais; aumento da atividade da glândula tireoide; inflamação da tireoide.
- Redução de potássio, sódio ou cálcio no sangue.
- Problemas para dormir.
- Tontura; inflamação dos nervos causando dormência; fraqueza; formigamento ou sensação de queimação nos braços e pernas; falta de energia.
- Olhos secos.
- Ritmo anormal do coração.
- Inflamação dos pulmões.
- Inflamação dos intestinos; inflamação do pâncreas; inflamação do estômago; boca seca.
- Inflamação do fígado.
- Erupção cutânea vermelha elevada, às vezes com bolhas; inflamação da pele; pele seca; problema de pele tipo acne; perda de cabelo.
- Dor nas articulações com inchaço.
- Inflamação dos rins.
- Doença tipo gripe; calafrios.
- Aumento do nível de amilase, uma enzima que decompõe o amido; aumento dos níveis de bilirrubina no sangue; aumento dos níveis sanguíneos de uma enzima conhecida como fosfatase alcalina; aumento do cálcio no sangue.
Incomuns (podem afetar até 1 em 100 pacientes)
- Aumento no número de glóbulos brancos (eosinófilos).
- Inflamação da glândula pituitária situada na base do cérebro.
- Diabetes tipo 1, incluindo cetoacidose diabética.
- Uma condição na qual os músculos se tornam fracos e cansam facilmente; inflamação do cérebro, que pode se manifestar como confusão, febre, problemas de memória ou convulsões (encefalite).
- Inflamação dos olhos; dor, irritação, coceira ou vermelhidão nos olhos; sensibilidade desconfortável à luz; visualização de manchas.
- Inflamação do músculo do coração, que pode incluir falta de ar, batimentos cardíacos irregulares; sensação de cansaço ou dores no peito; acúmulo de líquido ao redor do coração.
- Inflamação dos vasos sanguíneos.
- Ferida que se desenvolve no interior do revestimento de seu estômago ou na parte superior do seu intestino delgado.
- Pele seca com coceira; crescimento de pele espessa, algumas vezes escamosa; manchas de pele que perderam a cor; pequenas elevações, caroços ou feridas na pele; alteração na coloração do cabelo.
- Inflamação da bainha que envolve os tendões.
Raros (podem afetar entre 0,01% e 0,1% dos pacientes)
- Diminuição da função da glândula paratireoide, que pode incluir cãibras ou espasmos musculares, fadiga e fraqueza.
- Inchaço do nervo óptico, o qual transmite a visão do olho para o cérebro, que pode resultar em perda de visão em um ou em ambos os olhos, dor ao movimentar o olho, e/ou perda de cor na visão (neurite óptica).
- Um orifício no intestino delgado.
- Coceira, formação de bolhas na pele, descamação ou feridas e/ou úlceras na boca ou na mucosa do nariz, garganta ou área genital (necrólise tóxica epidermal ou síndrome de Stevens-Johnson).
- Doença em que o sistema imunológico ataca as glândulas que produzem líquidos para o corpo, como lágrimas e saliva (síndrome de Sjogren).
- Inflamação da bexiga, que pode se apresentar como micção frequente e/ou dolorosa, urgência para urinar, sangue na urina, dor ou pressão na parte inferior do abdome.
O seguinte efeito colateral foi relatado nos estudos clínicos com pembrolizumabe em combinação com enformumabe vedotina:
Muito comuns (podem afetar até 1 em 10 pacientes)
- Erupção cutânea.
Efeitos colaterais menos comuns podem acontecer.
O seu médico também poderá solicitar exames de sangue para verificar os efeitos colaterais.
Keytruda® pode causar outros efeitos colaterais que não estão listados acima. Para mais informações, consulte o seu médico.
Se você apresentar algum efeito colateral que lhe incomode ou seja constante, informe ao seu médico.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
Apresentações do Keytruda
Solução injetável 100 mg / 4mL
Embalagem com 1 frasco-ampola com 4 mL de solução (25 mg/mL).
Via intravenosa.
Uso adulto e pediátrico.
Qual a composição do Keytruda?
Cada frasco-ampola contém:
100 mg de pembrolizumabe em 4 mL de solução (25 mg/mL).
Excipientes: histidina, cloridrato de histidina monoidratado, sacarose, polissorbato 80 e água para injetáveis.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Keytruda maior do que a recomendada?
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Keytruda com outros remédios?
Posso receber Keytruda® com outros medicamentos, suplementos dietéticos, produtos fitoterápicos ou alimentos?
Informe ao seu médico:
- Todos os medicamentos que você toma, incluindo os medicamentos de venda sob prescrição e os isentos de prescrição, suplementos de vitaminas e fitoterápicos.
- Se você toma outros medicamentos que enfraquecem o seu sistema imunológico, por exemplo, esteroides como a prednisona. Esses medicamentos podem interferir no efeito de Keytruda®. Entretanto, uma vez que você esteja sendo tratado com Keytruda®, seu médico pode lhe prescrever corticosteroides para reduzir os efeitos colaterais que você possa apresentar devido a Keytruda®.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Keytruda?
Resultados de Eficácia
Eficácia e segurança clínica
Melanoma
KEYNOTE-006:
Estudo controlado em pacientes com melanoma sem tratamento prévio com ipilimumabe.
A segurança e a eficácia de Pembrolizumabe foram avaliadas no KEYNOTE-006, um estudo de Fase III, multicêntrico e controlado do tratamento de melanoma metastático ou irressecável em pacientes sem tratamento prévio com ipilimumabe e que haviam recebido uma ou nenhuma terapia sistêmica prévia. Os pacientes foram distribuídos de forma randômica (1:1:1) para receber Pembrolizumabe, na dose de 10 mg/kg a cada duas (n = 279) ou três (n = 277) semanas, ou ipilimumabe (n = 278). A randomização foi estratificada por linha de terapia, ECOG performance status (PS) e status de expressão de PD-L1. O estudo excluiu pacientes com doença autoimune ou que recebiam imunossupressores; com hipersensibilidade grave prévia a outros anticorpos monoclonais; e com infecção por HIV, hepatite B ou hepatite C. Não se exigiu que os pacientes com melanoma com mutação BRAF V600E tivessem recebido terapia anterior com um inibidor de BRAF.
Os pacientes foram tratados com Pembrolizumabe até que houvesse progressão da doença ou toxicidade inaceitável. Pacientes clinicamente estáveis com evidência inicial de progressão da doença foram autorizados a permanecer sob tratamento até que a progressão da doença fosse confirmada. A avaliação do status do tumor foi realizada em 12 semanas, depois a cada 6 semanas até a semana 48, e, a partir de então, a cada 12 semanas.
Dos 834 pacientes no KEYNOTE-006, 60% eram homens, 44% tinham ≥ 65 anos (a mediana de idade foi de 62 anos [faixa de 18 a 89]) e 98% eram brancos. Sessenta e seis por cento não tinham recebido terapias sistêmicas prévias e, portanto, receberam a terapia do estudo como tratamento de primeira linha, enquanto 34% haviam recebido uma terapia prévia e, portanto, receberam a terapia do estudo como tratamento de segunda linha. Trinta e um por cento tinham um ECOG PS de 1 e 69% tinham um ECOG PS de 0. Oitenta por cento dos pacientes tiveram resultado positivo para PD-L1 (expressão de PD-L1 de membrana por ≥ 1% das células tumorais, conforme avaliado prospectivamente por um ensaio de pesquisa para imuno-histoquímica com o anticorpo anti-PD-L1 22C3) e 18% tiveram resultado negativo para PD-L1. Sessenta e cinco por cento dos pacientes eram estadio M1c, 32% apresentavam LDH elevada e 9% tinham metástases cerebrais. As mutações do BRAF foram relatadas em 302 (36%) dos pacientes. Entre os pacientes com tumor com mutação BRAF, 139 (46%) haviam sido tratados previamente com um inibidor de BRAF. As características basais foram bem equilibradas entre os braços de tratamento.
As medidas do desfecho primário de eficácia foram sobrevida global (SG) e sobrevida livre de progressão (SLP; conforme avaliado por revisão da Integrated Radiology and Oncology Assessment (IRO) utilizando o Response Evaluation Criteria in Solid Tumor [RECIST 1.1]). As medidas do desfecho secundário de eficácia foram taxa de resposta objetiva (TRO) e duração da resposta. A Tabela 1 resume as principais medidas de eficácia.
Tabela 1: Resposta a Pembrolizumabe 10 mg/kg a cada duas ou três semanas em pacientes com melanoma avançado sem tratamento prévio com Pembrolizumabe no KEYNOTE-006
* Baseada em uma segunda análise interina.
† Taxa de risco (Pembrolizumabe comparado ao ipilimumabe) baseada no modelo de riscos proporcionais de Cox estratificado.
‡ Baseado no teste log-rank estratificado.
§ Baseada em uma primeira análise interina.
¶ IRO = radiologia independente e revisão de um oncologista utilizando o RECIST 1.1.
# Baseada nos pacientes com uma melhor resposta global, como resposta parcial ou completa confirmada na análise final.
Þ Baseada em estimativas de Kaplan-Meier.
ND = não disponível.
A análise final foi realizada após todos os pacientes terem concluído, pelo menos, 21 meses de acompanhamento. A análise final da SG foi realizada após a ocorrência de eventos com 383 pacientes, sendo 119 no grupo de Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 3 semanas, 122 no de Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 2 semanas, e 142 no do ipilimumabe. A TR da SG, versus a com o ipilimumabe, foi de 0,68 (IC 95%: 0,53, 0,86; p < 0,001) entre os pacientes tratados com Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 3 semanas, e de 0,68 (IC 95%: 0,53, 0,87; p < 0,001) entre os tratados com Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 2 semanas. As taxas de SG em 18 e 24 meses foram de 62% e 55%, respectivamente, com Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 3 semanas; de 60% e 55%, respectivamente, com Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 2 semanas, e de 47% e 43%, respectivamente, com o ipilimumabe. Na análise final, realizou-se uma avaliação de longa duração da SLP a partir de eventos com 566 pacientes, sendo 183 no grupo de Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 3 semanas, 181 no de Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 2 semanas, e 202 no do ipilimumabe). A TR da SLP, versus a com o ipilimumabe, foi de 0,61 (IC 95%: 0,50, 0,75) entre os pacientes tratados com Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 3 semanas, e de 0,61 (IC 95%: 0,50, 0,75) entre os tratados com Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 2 semanas (veja as figuras 1 e 2). A porcentagem de respondedores com duração da resposta em 18 meses foi de 68% no grupo de Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 3 semanas, de 71% no de Pembrolizumabe 10 mg/kg, a cada 2 semanas, e de 70% no do ipilimumabe.
Figura 1: Curva de Kaplan-Meier para sobrevida global por braço de tratamento no KEYNOTE-006 (população intenção de tratar)
Figura 2: Curva de Kaplan-Meier para sobrevida livre de progressão (baseada no IRO) por braço de tratamento no KEYNOTE-006 (população intenção de tratar)
Análise de subpopulação por status de mutação BRAF:
Realizou-se uma análise de subgrupo como parte da análise final do KEYNOTE-006 enter os pacientes com BRAF do tipo selvagem, os com mutação BRAF sem tratamento prévio com um inibidor de BRAF e os com mutação BRAF e tratamento prévio com um inibidor de BRAF. As taxas de risco (TRs) de SLP (Pembrolizumabe agrupado [10 mg/kg a cada duas ou três semanas] versus ipilimumabe) foram de 0,61 (IC 95%: 0,49; 0,76) para BRAF do tipo selvagem, 0,52 (IC 95%: 0,35; 0,78) para mutação BRAF sem tratamento prévio com inibidor de BRAF e 0,76 (IC 95%: 0,51; 1,14) para mutação BRAF com tratamento prévio com um inibidor de BRAF. As TRs de SG com Pembrolizumabe agrupado versus ipilimumabe foram de 0,68 (0,52; 0,88) para BRAF do tipo selvagem, 0,70 (IC 95%: 0,40; 1,22) para mutação BRAF sem tratamento prévio com inibidor de BRAF e 0,66 (IC 95%: 0,41; 1,04) para mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF. A TRO com Pembrolizumabe agrupado versus ipilimumabe foi de 38% versus 14% para BRAF do tipo selvagem, 41% versus 15% para mutação BRAF sem tratamento prévio com inibidor de BRAF e 24% versus 10% para mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF.
Análise de subpopulação por status PD-L1:
Realizou-se uma análise de subgrupo como parte da análise final do KEYNOTE-006 em pacientes que eram PD-L1 positivo versus pacientes que eram PD-L1 negativo. As TRs de SLP (Pembrolizumabe agrupado [10 mg/kg a cada duas ou três semanas] versus ipilimumabe) foram de 0,53 (IC 95%: 0,44; 0,65) para pacientes que eram PD-L1 positivo e 0,87 (IC 95%: 0,58; 1,30) para pacientes que eram PD-L1 negativo. As TRs de SG com Pembrolizumabe agrupado versus ipilimumabe foram de 0,63 (IC 95%: 0,50; 0,80) para pacientes que eram PD-L1 positivo e 0,76 (IC 95%: 0,48; 1,19) para pacientes que eram PD-L1 negativo.
KEYNOTE-002:
Estudo controlado de pacientes com melanoma previamente tratados com ipilimumabe.
A segurança e a eficácia de Pembrolizumabe foram analisadas no KEYNOTE-002, um estudo multicêntrico e controlado do tratamento de melanoma metastático ou irressecável em pacientes previamente tratados com ipilimumabe e, se houvesse mutação BRAF V600 positiva, com um inibidor de BRAF ou MEK. Os pacientes foram distribuídos de forma randômica (1:1:1) para receber Pembrolizumabe na dose de 2 mg/kg (n = 180) ou 10 mg/kg (n = 181) a cada três semanas ou quimioterapia (n = 179; incluindo dacarbazina, temozolomida, carboplatina, paclitaxel ou carboplatina + paclitaxel). O estudo excluiu pacientes com doença autoimune ou que recebiam imunossupressores; pacientes com histórico de reações adversas imunomediadas graves ou com risco de morte com o tratamento com ipilimumabe, definido como qualquer toxicidade Grau 4 ou Grau 3 que requeira tratamento com corticosteroide (dose superior a 10 mg/dia de prednisona ou equivalente) por mais de 12 semanas; hipersensibilidade grave prévia a outros anticorpos monoclonais; histórico de pneumonia ou doença pulmonar intersticial; infecção por HIV, hepatite B ou hepatite C.
Os pacientes foram tratados com Pembrolizumabe até que houvesse progressão da doença ou toxicidade inaceitável. Pacientes clinicamente estáveis com evidência inicial de progressão da doença foram autorizados a permanecer sob tratamento até que a progressão da doença fosse confirmada. A avaliação do status do tumor foi realizada em 12 semanas, depois a cada 6 semanas até a semana 48, e, a partir de então, a cada 12 semanas. Pacientes em quimioterapia que tiveram progressão da doença verificada independentemente após a primeira avaliação agendada estavam aptos para participar da análise cruzada e receber 2 mg/kg ou 10 mg/kg de Pembrolizumabe a cada 3 semanas de forma duplo-cega.
Dos 540 pacientes no KEYNOTE-002, 61% eram homens, 43% tinham ≥ 65 anos (a mediana de idade foi de 62 anos [faixa de 15 a 89]) e 98% eram brancos. Oitenta e dois por cento dos pacientes eram estadio M1c, 73% tinham recebido, no mínimo, duas e 32% tinham recebido três ou mais terapias sistêmicas prévias para melanoma avançado. Quarenta e cinco por cento tinham um ECOG PS de 1, 40% apresentavam LDH elevada e 23% tinham um tumor com mutação BRAF. As características basais foram bem equilibradas entre os braços de tratamento.
As medidas do desfecho primário de eficácia foram SLP (conforme avaliado por revisão IRO utilizando RECIST 1.1) e SG. As medidas do desfecho secundário de eficácia foram SLP (de acordo com o avaliado pelo pesquisador utilizando RECIST 1.1), TRO e duração da resposta. A Tabela 2 resume as principais medidas de eficácia em pacientes previamente tratados com ipilimumabe, e a curva de Kaplan-Meier para SLP é mostrada na Figura 3. Não houve diferença estatisticamente significante entre Pembrolizumabe e a quimioterapia na análise final da SG, que não foi ajustada para potenciais efeitos de confusão da a análise cruzada. Dos pacientes distribuídos randomicamente para o braço de quimioterapia, 55% passaram por análise cruzada e receberam tratamento subsequente com Pembrolizumabe.
Tabela 2: Resposta a Pembrolizumabe 2 mg/kg ou 10 mg/kg a cada três semanas em pacientes com melanoma metastático ou irressecável no KEYNOTE-002
*Baseada na análise final.
† Taxa de risco (Pembrolizumabe comparado à quimioterapia) baseada no modelo de riscos proporcionais de Cox estratificado.
‡ Baseada no teste log-rank estratificado.
§ Baseada na segunda análise interina ¶ IRO = radiologia independente e revisão de um oncologista utilizando o RECIST 1.1. # Tempo médio de sobrevida livre de progressão restrito com base no acompanhamento de 12 meses.
Þ INV = avaliação do pesquisador utilizando o RECIST 1.1.
ß Baseada nos pacientes com uma melhor resposta global, como resposta parcial ou completa confirmada na análise final.
à Baseado nas estimativas de Kaplan-Meier.
è Estatisticamente insignificante após o ajuste para multiplicidade
ð O tempo máximo de acompanhamento dos pacientes que seguiam em tratamento no braço da quimioterapia foi de 11,3 meses; Esses pacientes continuam sob acompanhamento.
Na análise final, realizou-se uma avaliação de longa duração da SLP a partir de 466 eventos, sendo (150 com Pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas, 144 com Pembrolizumabe 10 mg/kg a cada 3 semanas e 172 com a quimioterapia). A TR da SLP, versus quimioterapia, foi de 0,58 (IC 95%: 0,46, 0,73) entre os pacientes tratados com Pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas e 0,47 (IC 95%: 0,37, 0,60) para pacientes tratados com Pembrolizumabe 10 mg/kg a cada 3 semanas (Figura 3).
Figura 3: Curva de Kaplan-Meier para sobrevida livre de progressão (baseada no IRO) por braço de tratamento no KEYNOTE-002 (população intenção de tratar)
Status de mutação BRAF:
Realizou-se uma análise de subgrupo do KEYNOTE-002 em pacientes com BRAF do tipo selvagem (n = 415; 77%) ou mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF (n = 125; 23%). As taxas de risco (TRs) de SLP (pembrolizumabe agrupado [2 mg/kg ou 10 mg/kg a cada três semanas] versus quimioterapia) foram de 0,51 (IC 95%: 0,41; 0,65) para BRAF do tipo selvagem e de 0,56 (IC 95%: 0,37; 0,85) para mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF. As TRs de SLP para pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas versus quimioterapia foram de 0,51 (IC 95%: 0,39; 0,67) para BRAF do tipo selvagem e 0,74 (IC 95%: 0,46; 1,18) para mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF. As TRs de SG para pembrolizumabe agrupado versus quimioterapia foram de 0,83 (IC 95%: 0,60; 1,15) para BRAF do tipo selvagem e 0,82 (IC 95%: 0,47; 1,43) para mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF. As TRs de SG para pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas versus quimioterapia foram de 0,80 (IC 95%: 0,55; 1,18) para BRAF do tipo selvagem e 1,03 (IC 95%: 0,55; 1,91) para mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF. A TRO para pembrolizumabe agrupado e pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas versus quimioterapia foi de 27% e 25% versus 6% para BRAF do tipo selvagem e 12% e 9% versus 0% para mutação BRAF com tratamento prévio com inibidor de BRAF.
Status de PD-L1:
Realizou-se uma análise de subgrupo do KEYNOTE-002 em pacientes que eram PD-L1 positivo (escore de proporção Allred ≥ 2, representando expressão de membrana de PD-L1 em ≥ 1% das células tumorais) versus pacientes que eram PD-L1 negativo (escore de proporção Allred de 0 ou 1). A expressão de PD-L1 foi testada retrospectivamente por ensaio de pesquisa imuno-histoquímica com o anticorpo 22C3 anti-PD-L1. Entre os pacientes que eram avaliáveis para expressão de PD-L1 (78%), 69% (n = 291) eram PD-L1 positivo e 31% (n = 130) eram PD-L1 negativo. As TRs de SLP (pembrolizumabe agrupado [2 mg/kg ou 10 mg/kg a cada 3 semanas] versus quimioterapia) foram de 0,52 (IC 95%: 0,39; 0,68) para pacientes PD-L1 positivo e 0,60 (IC 95%: 0,38; 0,94) para pacientes PD-L1 negativo. As TRs de SLP para pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas versus quimioterapia foram de 0,54 (IC 95%: 0,39; 0,75) para pacientes PD-L1 positivo e 0,89 (IC 95%: 0,53; 1,50) para pacientes PD-L1 negativo. As TRs de SG para pembrolizumabe agrupado versus quimioterapia foram de 0,82 (IC 95%: 0,55; 1,23) para pacientes PD-L1 positivo e 0,77 (IC 95%: 0,43; 1,37) para pacientes PD-L1 negativo. As TRs de SG para pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas versus quimioterapia foram de 0,93 (IC 95%: 0,58; 1,49) para pacientes PD-L1 positivo e 1,19 (IC 95%: 0,58; 2,46) para pacientes PD-L1 negativo. As TRGs para pembrolizumabe agrupado e para pembrolizumabe 2 mg/kg a cada 3 semanas versus quimioterapia foram de 26% e 23% versus 4% para pacientes PD-L1 positivo e 15% e 11% versus 8% para pacientes PD-L1 negativo.
KEYNOTE-001: Estudo aberto em pacientes com melanoma
A segurança e a eficácia de Pembrolizumabe foram também avaliadas em um estudo aberto não controlado do tratamento de melanoma metastático ou irressecável. A eficácia foi avaliada em 276 pacientes de duas coortes definidas do KEYNOTE-001, uma das quais incluiu pacientes previamente tratados com ipilimumabe (e, se houvesse mutação BRAF V600 positiva, com um inibidor de BRAF ou de MEK) e a outra que incluiu pacientes sem tratamento prévio com ipilimumabe. Os pacientes foram distribuídos de forma randômica para receber Pembrolizumabe na dose de 2 mg/kg a cada três semanas ou 10 mg/kg a cada três semanas. Os pacientes foram tratados com Pembrolizumabe até que houvesse progressão da doença ou toxicidade inaceitável. Pacientes clinicamente estáveis com evidência inicial de progressão da doença foram autorizados a permanecer sob tratamento até que a progressão da doença fosse confirmada. Os critérios de exclusão foram semelhantes aos do KEYNOTE-002.
Dos 89 pacientes recebendo 2 mg/kg de Pembrolizumabe que haviam sido previamente tratados com ipilimumabe, 53% eram homens e 33% tinham ≥ 65 anos de idade. A mediana de idade foi de 59 anos (faixa de 18 a 88). Todos, com exceção de dois pacientes, eram brancos. Oitenta e quatro por cento dos pacientes eram estadio M1c e 8% tinham histórico de metástases cerebrais. Setenta e oito por cento dos pacientes haviam recebido, no mínimo, duas e 35% haviam recebido três ou mais terapias sistêmicas prévia para melanoma avançado. As mutações do BRAF foram relatadas em 13% da população do estudo.
Dos 51 pacientes recebendo 2 mg/kg de Pembrolizumabe sem tratamento prévio com ipilimumabe, 63% eram homens e 35% tinham ≥ 65 anos de idade. A mediana de idade foi de 60 anos (faixa de 35 a 80). Todos, com exceção de um paciente, eram brancos. Sessenta e três por cento dos pacientes eram estadio M1c e 2% tinham histórico de metástases cerebrais. Quarenta e cinco por cento não haviam recebido terapias anteriores para melanoma avançado. As mutações do BRAF foram relatadas em 39% da população do estudo.
A medida do desfecho primário de eficácia foi TRO, conforme avaliada por revisão independente que utilizou respostas confirmadas e o RECIST 1.1. As medidas do desfecho secundário de eficácia foram taxa de controle de doença (TCD; incluindo resposta completa, resposta parcial e doença estável), duração da resposta, SLP e SG. A resposta tumoral foi avaliada em intervalos de 12 semanas. A Tabela 3 resume as principais medidas de eficácia em pacientes previamente tratados ou sem tratamento prévio com ipilimumabe que receberam Pembrolizumabe na dose recomendada com base em um período mínimo de acompanhamento de 30 meses para todos os pacientes.
Tabela 3: Resposta a Pembrolizumabe 2 mg/kg a cada três semanas em pacientes com melanoma metastático ou irressecável no KEYNOTE-001
* Inclui pacientes sem doença mensurável por radiologia independente no período basal.
† IRO = radiologia independente e revisão de um oncologista utilizando o RECIST 1.1
‡ Baseada na melhor resposta da doença estável ou em uma resposta superior.
§ Baseada em pacientes com uma resposta confirmada pela revisão independente a partir da data em que houve o primeiro registro de resposta; n = 23 para pacientes previamente tratados com ipilimumabe; n = 18 para pacientes sem tratamento prévio com ipilimumabe.
¶ Baseado na estimativa de Kaplan-Meier.
Os resultados para os pacientes previamente tratados com ipilimumabe (n = 84) e os sem tratamento prévio com ipilimumabe (n = 52) que receberam 10 mg/kg de Pembrolizumabe a cada três semanas foram semelhantes aos observados em pacientes que receberam 2 mg/kg de Pembrolizumabe a cada três semanas.
Melanoma ocular:
Existem dados limitados sobre a segurança e a eficácia de Pembrolizumabe em pacientes com melanoma ocular. Em 20 indivíduos com melanoma ocular incluídos no KEYNOTE-001, não foram relatadas respostas objetivas; doença estável foi relatada em 6 pacientes.
Câncer de pulmão de células não pequenas
KEYNOTE-010:
Estudo controlado em pacientes com CPCNP tratados previamente com quimioterapia.
A eficácia de Pembrolizumabe foi avaliada no estudo KEYNOTE-010, um estudo multicêntrico, randômico e controlado. Os principais critérios de eligibilidade foram CPCNP avançado com progressão após quimioterapia à base de platina e, se adequado, tratamento direcionado para mutações ALK e EGFR, além de pontuação proporcional do tumor (PPT) – (tumor proportion score) de 1% ou mais, conforme kit de ensaio clínico PD-L1 IHC 22C3 pharmDx™,. Pacientes com doença autoimune; uma condição clínica com necessidade de imunossupressão; ou aqueles que haviam recebido mais que 30 Gy de radiação torácica nas 26 semanas anteriores não eram elegíveis para participar do estudo. Os pacientes foram distribuídos de forma randômica (1:1:1) para receber 2 mg/kg (n = 344) ou 10 mg/kg (n = 346) de Pembrolizumabe a cada três semanas ou 75 mg/m2 de docetaxel a cada três semanas (n = 343). Os pacientes foram tratados com Pembrolizumabe até progressão da doença ou toxicidade inaceitável. A avaliação de status do tumor foi realizada a cada 9 semanas.
Dentre os 1.033 pacientes no KEYNOTE-010, as características basais eram: idade mediana de 63 anos (42% com 65 anos ou mais); 61% do sexo masculino; 72% de caucasianos e 21% de asiáticos; e 34% e 66% com status ECOG 0 e 1, respectivamente. As características da doença eram: escamosa (21%) e não escamosa (70%); M1 (91%); metástases cerebrais (15%); e a incidência de alterações genômicas era EGFR (8%) ou ALK (1%). O tratamento prévio incluiu esquema duplo à base de platina (100%); pacientes tratados com uma (69%), ou duas ou mais (29%) terapias prévias.
As medidas de resultado primário de eficácia foram SG e SLP, conforme avaliado por um comitê independente de revisão, com utilização de RECIST 1.1. As medidas de resultado secundário de eficácia foram TRO e duração da resposta. A Tabela 4 resume as principais medidas de eficácia de toda a população intenção de tratar (PPT ≥ 1%) e do subgrupo de pacientes com PPT ≥ 50%. As curvas de Kaplan-Meier de SG (PPT ≥ 1% e PPT ≥ 50%) são mostradas nas Figuras 4 e 5.
Tabela 4: Resposta a Pembrolizumabe 2 ou 10 mg/kg a cada 3 semanas em pacientes com CPCNP tratados anteriormente no KEYNOTE-010
* Taxa de risco (Pembrolizumabe em comparação ao docetaxel) baseado no modelo de riscos proporcionais de Cox estratificado.
† Baseado no teste log-rank estratificado.
‡ Avaliado por BICR com uso de RECIST 1.1.
§ Todas as respostas foram parciais.
¶ Com base em pacientes com a melhor resposta global, conforme confirmação de resposta parcial ou completa.
# Inclui 30, 31, e 2 pacientes com respostas em andamento de 6 meses ou mais nos grupos de Pembrolizumabe 2 mg/kg, Pembrolizumabe 10 mg/kg, e docetaxel, respectivamente.
# Inclui 22, 24, e 1 pacientes com respostas em andamento de 6 meses ou mais nos grupos de Pembrolizumabe 2 mg/kg, Pembrolizumabe 10 mg/kg, e docetaxel, respectivamente.
Os resultados de eficácia foram semelhantes nos braços de tratamento com 2 mg/kg e 10 mg/kg de Pembrolizumabe. Os resultados de eficácia para SG foram consistentes, independentemente da idade do espécime de tumor (novo versus de arquivo).
KEYNOTE-001:
Estudo aberto em pacientes com CPCNP tratados previamente com quimioterapia.
A eficácia de Pembrolizumabe também foi avaliada em um estudo multicêntrico, aberto, randômico, com coorte de comparação de dose do estudo KEYNOTE-001. Os pacientes tinham CPCNP avançado e eram positivos para PD-L1, com progressão da doença após tratamento quimioterápico contendo platina. Pacientes com alterações genômicas de tumor EGFR ou ALK tinham progressão da doença durante o tratamento aprovado para essas alterações antes de receber Pembrolizumabe. O estudo excluiu pacientes com doença autoimune; uma condição clínica com necessidade de imunossupressão; ou aqueles que receberam mais que 30 Gy de radiação torácica nas 26 semanas anteriores. Os pacientes foram distribuídos de forma randômica para receber 10 mg/kg de Pembrolizumabe a cada 2 (n = 69) ou 3 (n = 87) semanas, até que ocorresse progressão da doença ou toxicidade inaceitável. A avaliação do status do tumor foi realizada a cada 9 semanas. As medidas de resultado de eficácia principal foram TRO (de acordo com RECIST 1.1, conforme avaliação de revisão central independente e cego) e duração da resposta.
A prevalência de pacientes com PPT de expressão de PD-L1 maior ou igual a 50%, dentre os pacientes recrutados com CPCNP, conforme apurado de forma retrospectiva pelo teste diagnóstico auxiliar realizado com o kit PD-L1 IHC 22C3 pharmDx™, foi de 26%. Dentre os pacientes com amostras de tumor avaliáveis quanto à expressão de PD-L1 distribuídos de forma randômica, 61 tinham PPT maior ou igual a 50%. As características dessa população incluíam: idade mediana de 60 anos (34% com 65 anos ou mais); 61% homens; 79% caucasianos; e 34% e 64% com status ECOG 0 e 1, respectivamente. As características da doença eram: escamosa e não escamosa (21% e 75%, respectivamente); M1 (98%); metástases cerebrais (11%); e uma (25%), duas (31%), ou três ou mais (44%) terapias prévias. O status de mutação entre pacientes era EGFR (10%), ALK (0%), ou Kras (16%).
Os resultados de eficácia de pacientes com CPCNP tratados com 10 mg/kg a cada 2 ou 3 semanas no estudo KEYNOTE-001 são resumidos na Tabela 5.
Tabela 5: Resposta a Pembrolizumabe 10 mg/kg a cada 2 ou 3 semanas em pacientes com CPCNP previamente tratados, com expressão de PD-L1 PPT ≥ 50% (n = 61)
Desfecho |
|
Melhor resposta global* |
|
TRO %, (IC 95%) |
43% (30, 56) |
Resposta completa |
2% |
Resposta parcial |
41% |
Duração da resposta† |
|
Mediana em meses (variação) |
Não atingida (2,1+, 13,4+) |
% em andamento |
65%‡ |
Tempo até a resposta† |
|
Mediana em meses (variação) |
2,1 (1,4; 6,2) |
SLP§ |
|
Mediana em meses (IC 95%) |
6,3 (2,1; 10,7) |
Taxa de SLP em 6 meses |
53% |
SG§ |
|
Taxa de SG em 12 meses |
60% |
* Com base em todos os pacientes tratados (n = 61), com avaliação de revisão independente e RECIST 1.1.
† Com base em pacientes (n = 26) com resposta confirmada por revisão independente.
‡ Inclui 17 pacientes com respostas em andamento de 6 meses ou mais.
§ Com base em todos os pacientes tratados (n = 61).
NA = não disponível.
Resultados semelhantes de TRO foram observados em outro grupo de pacientes (n = 25) com PPT maior ou igual a 50% tratado com Pembrolizumabe na dose de 2 mg/kg a cada três semanas no estudo KEYNOTE-001.
KEYNOTE-024:
Estudo controlado em pacientes com CPCNP sem tratamento prévio.
A eficácia de Pembrolizumabe foi avaliada no estudo KEYNOTE-024, um estudo multicêntrico, randomizado e controlado. Os principais critérios de eligibilidade foram CPCNP metastático, expressão de PD-L1 com pontuação de proporção de tumor (PPT) de 50% ou mais, conforme kit de ensaio clínico PD-L1 IHC 22C3 pharmDx™ e sem tratamento prévio para CPCNP metastático. Não foram elegíveis para participar do estudo pacientes com: alterações genômicas tumorais EGFR ou ALK; doença autoimune que requeria terapia sistêmica dentro de 2 anos de tratamento; alguma condição clínica com necessidade de imunossupressão; ou aqueles que haviam recebido mais que 30 Gy de radiação torácica nas 26 semanas anteriores. Os pacientes foram distribuídos de forma randômica (1:1) para receber 200 mg (n=154) de Pembrolizumabe a cada três semanas ou a quimioterapia a base de platina escolhida pelo investigador (n=151; incluindo pemetrexede + carboplatina, pemetrexede + cisplatina, gencitabina + cisplatina, gencitabina + carbopltina, ou paclitaxel + carboplatina. Pacientes com histologia não escamosa poderiam receber doses de manutenção de pemetrexede). Os pacientes foram tratados com Pembrolizumabe até progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
O tratamento poderia continuar além da progressão da doença caso o paciente se encontrasse clinicamente estável e se o investigador considerasse que o mesmo estava obtendo benefício clínico. Pacientes sem progressão da doença podem ser tratados por até 24 meses. A avaliação da resposta tumoral foi realizada a cada 9 semanas. À pacientes em quimioterapia que apresentaram progressão da doença, verificada de forma independente, foi permitida a troca para receber Pembrolizumabe.
Dentre os 305 pacientes no KEYNOTE-024, as características basais eram: idade mediana de 65 anos (54% com 65 anos ou mais); 61% do sexo masculino; 82% de caucasianos e 15% de asiáticos; e 35% e 65% com status ECOG 0 e 1, respectivamente. As características da doença eram: escamosa (18%) e não escamosa (82%); M1 (99%); metástases cerebrais (9%).
As medidas de resultado primário de eficácia foram SLP, conforme avaliado por um comitê independente de revisão (BICR – Blinded Independent Central Review), com utilização de RECIST 1.1. As medidas de resultado secundário de eficácia foram SG e TRO (conforme avaliado pelo BICR com utilização do RECIST 1.1). A Tabela 6 resume as principais medidas de eficácia de toda a população intenção de tratar:
Tabela 6: Resultados de Eficácia do KEYNOTE-024
Desfecho |
Pembrolizumabe 200 mg a cada 3 semanas n = 154 |
Quimioterapia n = 151 |
SLP* |
||
Número (%) de pacientes com evento |
73 (47%) |
116 (77%) |
Taxa de risco† (IC 95%) |
0.50 (0.37, 0.68) |
--- |
Valor de p‡ |
<0.001 |
--- |
Mediana em meses (IC 95%) |
10.3 (6.7, NA) |
6.0 (4.2, 6.2) |
SG |
||
Número (%) de pacientes com evento |
44 (29%) |
64 (42%) |
Taxa de risco† (IC 95%) |
0.60 (0.41, 0.89) |
--- |
Valor de p‡ |
0.005 |
--- |
Mediana em meses (IC 95%) |
Não alcançado (NA, NA) |
Não alcançado |
Taxa de resposta objetiva* |
||
TRO % (95% IC) |
45% (37, 53) |
28% (21, 36) |
Resposta completa % |
4% |
1% |
Resposta parcial % |
41% |
27% |
Duração de Resposta§ |
||
Mediana em meses (variação) |
Não alcançado (1.9+, 14.5+) |
6.3 |
% com duração ≥ 6 meses |
88%¶ |
59%# |
* Avaliado por BICR usando RECIST 1.1.
† Taxa de risco (Pembrolizumabe comparado com quimioterapia) baseado no modelo de riscos proporcionais de Cox estratificado.
‡ Baseado no teste Log-Rank estratificado.
§ Baseado em pacientes com uma melhor resposta global confirmada como resposta completa or parcial.
¶ Baseado em estimativas Kaplan-Meier; inclui 43 pacientes com respostas de 6 meses ou mais.
# Baseado em estimativas Kaplan-Meier; inclui 16 pacientes com respostas de 6 meses ou mais.
NA = não disponível.
Figura 6: Curva de Kaplan-Meier para sobrevida livre de progressão por braço de tratamento no KEYNOTE-024 (população intenção de tratar)
Figura 7: Curva de Kaplan-Meier para sobrevida livre de progressão por braço de tratamento no KEYNOTE-024 (população intenção de tratar)
O benefício de melhora conforme avaliado pela SLP, SG, TRO, e a duração de resposta de Pembrolizumabe quando comparado à quimiotrapia na população estudada foi associado a melhoras na qualidade de vida relacionada à saúde (HRQoL). A mudança do basal para a Semana 15 mostrou uma melhora significativa no Questionário de Qualidade de Vida da Organização Européia para Pesquisa e Tratamento do Câncer (EORTC QLQ - European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire) pontuação C30 no status de saúde global/QoL para pacientes que receberam Pembrolizumabe comparados à quimioterapia (diferença em LS significa = 7,82; 95% IC; two sided p=0,002). O tempo para deterioração no EORTC QLQ-LC13 desfecho composto de tosse, dipnéia, e dores no peito foi prolongado para pacientes recebendo Pembrolizumabe comparado a quimioterapia (TR = 0.66; 95% IC: 0.44, 0.97; two-sided p=0.029), onde a deterioração é definida como dimunição confirmada de 10 pontos ou mais em relação ao basal em qualquer um desdes três sintomas.
Imunogenicidade
Nos estudos clínicos em pacientes tratados com pembrolizumabe em uma dose de 2 mg/kg a cada três semanas, 200 mg a cada três semanas, ou de 10 mg/kg a cada duas ou três semanas, 26 (2,0%) dos 1.289 pacientes avaliáveis teve resultado positivo em exame para anticorpos emergentes contra pembrolizumabe durante o tratamento com Pembrolizumabe. Não houve evidências de alteração no perfil de farmacocinética ou de segurança com o desenvolvimento de anticorpos anti pembrolizumabe.
Características Farmacológicas
Pembrolizumabe é um anticorpo monoclonal humanizado seletivo desenhado para bloquear a interação entre a PD-1 e os seus ligantes, PD-L1 e PD-L2. O pembrolizumabe é uma imunoglobulina kappa IgG4 com um peso molecular aproximado de 149 kDa.
Farmacologia clínica
Classe terapêutica: Pembrolizumabe (pembrolizumabe) é um agente antineoplásico, um anticorpo monoclonal.
Mecanismo de ação
O PD-1 é um checkpoint (receptor) imunológico que limita a atividade das células (linfócitos) T nos tecidos periféricos. A via PD-1 é um checkpoint de controle imunológico que pode ser acoplado pelas células tumorais para inibir a vigilância imunológica da célula T ativa. Pembrolizumabe é um anticorpo de alta afinidade contra a PD-1, que exerce bloqueio ligante duplo da via PD-1, inclusive dos PD-L1 e PD-L2, no antígeno existente ou nas células tumorais. Ao bloquear a ligação entre PD-1 e seus ligantes, Pembrolizumabe reativa os linfócitos T citotóxicos específicos do tumor no microambiente tumoral e a imunidade antitumoral.
No sangue periférico de pacientes que receberam Pembrolizumabe 2 mg/kg a cada três semanas ou 10 mg/kg a cada duas ou três semanas, uma percentagem aumentada de células T CD4+ e CD8+ ativadas (por exemplo, HLA-DR+) foi observada após tratamento com todas as doses e em todos os cronogramas, sem aumento no número de linfócitos T circulantes.
Farmacocinética
A farmacocinética do pembrolizumabe foi estudada em 2.188 pacientes com melanoma irressecável ou metastático, CPCNP (câncer de pulmão de células não pequenas) ou outros carcinomas, que receberam doses na faixa de 1 a 10 mg/kg a cada duas ou três semanas.
Absorção
Pembrolizumabe é administrado por via intravenosa e, portanto, é biodisponível imediata e completamente.
Distribuição
O volume de distribuição de pembrolizumabe no estado de equilíbrio é pequeno (~7,5 L; coeficiente de variação [CV]: 21%), o que é consistente com uma distribuição extravascular limitada. Como esperado de um anticorpo, o pembrolizumabe não se liga às proteínas plasmáticas de modo específico.
Metabolismo
O pembrolizumabe é catabolizado por vias não específicas; o metabolismo não contribui para a sua depuração.
Eliminação
A depuração sistêmica do pembrolizumabe é de ~0,2 L/dia (CV: 37%) e a meia-vida terminal (t1/2) é de ~26 dias (CV: 39%).
A exposição ao pembrolizumabe tal como expressada pelo pico de concentração (Cmáx) ou pela área sob a curva (AUC) de tempo de concentração plasmática aumentou proporcionalmente a dosagem dentro da faixa de dose para eficácia. Em dosagem repetida, a depuração do pembrolizumabe foi considerada independente do tempo, e o acúmulo sistêmico foi de aproximadamente 2,2 vezes quando pembrolizumabe foi administrado a cada três semanas. Concentrações de pembrolizumabe próximas ao estado de equilíbrio foram alcançadas em 18 semanas; a Cmin média em 18 semanas foi de aproximadamente 22,8 mcg/mL na dose de 2 mg/kg a cada três semanas.
Populações especiais
Os efeitos de várias covariáveis na farmacocinética do pembrolizumabe foram avaliados em análises de farmacocinética populacional. A depuração do pembrolizumabe elevou com o aumento do peso corpóreo; diferenças na exposição resultante são tratadas pela administração na base de mg/kg. Os seguintes fatores não tiveram efeito clinicamente importante na depuração do pembrolizumabe: idade (faixa de 15 a 94 anos), sexo, raça, insuficiência renal leve ou moderada, insuficiência hepática leve e carga tumoral.
Insuficiência renal
O efeito da insuficiência renal na depuração do pembrolizumabe foi avaliado pela análise de farmacocinética populacional em pacientes com insuficiência renal leve (TFG < 90 e ≥ 60 mL/min/1,73 m2) ou moderada (TFG < 60 e ≥ 30 mL/min/1,73 m2) comparados a pacientes com função renal normal (TFG ≥ 90 mL/min/1,73 m2). Diferenças não clinicamente importantes na depuração do pembrolizumabe foram identificadas entre pacientes com insuficiência renal leve ou moderada e pacientes com função renal normal. Pembrolizumabe não foi estudado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG < 30 e ≥ 15 mL/min/1,73 m2).
Insuficiência hepática
O efeito da insuficiência hepática na depuração do pembrolizumabe foi avaliado pela análise de farmacocinética populacional em pacientes com insuficiência hepática leve (bilirrubina total (BT) 1,0 a 1,5 x LSN ou AST > LSN conforme definido usando o critério de disfunção hepática do National Cancer Institute) comparados a pacientes com função hepática normal (BT e AST ≤ LSN). Diferenças não clinicamente importantes na depuração do pembrolizumabe foram identificadas entre pacientes com insuficiência hepática leve e função hepática normal. Pembrolizumabe não foi estudado em pacientes com insuficiência hepática moderada (BT > 1,5 a 3 x LSN e qualquer AST) ou grave (BT > 3 x LSN e qualquer AST).
Toxicologia animal
Toxicidade crônica
A segurança do pembrolizumabe foi avaliada em um estudo de toxicidade de dose repetida de 1 mês e em um de 6 meses em macacos Cynomolgus, com doses de 6, 40 ou 200 mg/kg administradas por via IV, uma vez por semana, no estudo de um mês, e uma vez a cada duas semanas no estudo de 6 meses, seguidas por um período de 4 meses sem tratamento. Não foram observados achados de significância toxicológica e o nível de efeito adverso não observado (No Observed Adverse Effect Level – NOAEL) em ambos os estudos foi de ≥ 200 mg/kg, o que é 19 vezes a exposição em humanos na dose mais alta testada clinicamente (10 mg/kg) e 94 vezes a exposição em humanos na dose recomendada (2 mg/kg).
Carcinogênese
O potencial carcinogênico do pembrolizumabe não foi avaliado em estudos animais de longa duração.
Mutagênese
A potencial genotoxicidade do pembrolizumabe não foi avaliada.
Reprodução
Estudos de reprodução animal não foram conduzidos com Pembrolizumabe. A função central da via anti PD-1/PD-L1 é preservar a gravidez pela manutenção da tolerância imunológica ao feto. O bloqueio da sinalização do PD-L1 demonstrou interromper a tolerância ao feto e resultar no aumento de perda fetal em modelos murídeos de gravidez. Esses resultados indicam um risco potencial de que a administração de Pembrolizumabe durante a gravidez possa causar danos fetais, incluindo aumento nas taxas de aborto ou de natimorto.
Desenvolvimento
Estudos de toxicidade do desenvolvimento não foram conduzidos com o pembrolizumabe. Com base em estudos de toxicidade com doses repetidas de 1 mês e 6 meses em macacos, não houve efeitos notáveis em órgãos reprodutivos masculinos e femininos.
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Conservar sob refrigeração (entre 2 e 8°C).
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Keytruda® apresenta-se na forma de solução límpida a levemente opalescente e incolor a levemente amarela.
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Venda sob prescrição médica.
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Consulta também a Bula do Pembrolizumabe
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 7 de Dezembro de 2024.
Keytruda 25mg/mL, caixa com 1 frasco-ampola com 4mL de solução de uso intravenoso
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