Defina sua localização
Preços, ofertas e disponibilidade podem variar de acordo com a sua localização.
C1 Branca 2 vias (Venda Sob Prescrição Médica - Este medicamento pode causar Dependência Física ou Psíquica)
Temperatura ambiente
Não pode ser partido
Em adultos, Hemifumarato de Quetiapina é indicado para o tratamento da esquizofrenia, como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar, dos episódios de depressão associados ao transtorno afetivo bipolar, no tratamento de manutenção do transtorno afetivo bipolar I (episódios maníaco, misto ou depressivo) em combinação com os estabilizadores de humor lítio ou valproato, e como monoterapia no tratamento de manutenção no transtorno afetivo bipolar (episódios de mania, mistos e depressivos).
Em adolescentes (13 a 17 anos), Hemifumarato de Quetiapina é indicado para o tratamento da esquizofrenia.
Em crianças e adolescentes (10 a 17 anos), Hemifumarato de Quetiapina é indicado como monoterapia ou adjuvante no tratamento dos episódios de mania associados ao transtorno afetivo bipolar.
O Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada é indicado para:
Hemifumarato de Quetiapina é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente de sua fórmula.
Hemifumarato de Quetiapina deve ser administrado por via oral, com ou sem alimentos.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
Hemifumarato de Quetiapina deve ser administrado duas vezes ao dia. No entanto, Hemifumarato de Quetiapina pode ser administrado três vezes ao dia em crianças e adolescentes dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.
Hemifumarato de Quetiapina deve ser administrado duas vezes ao dia.
Hemifumarato de Quetiapina deve ser administrado à noite, em dose única diária.
A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3), 300 mg (dia 4) e 400 mg (dia 5). Após o 5º dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 800 mg/dia dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose devem ser em incrementos não maiores que 100 mg/dia.
A segurança e eficácia de Hemifumarato de Quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 13 anos de idade com esquizofrenia.
A dose total diária para os quatro dias iniciais do tratamento é de 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3) e 300 mg (dia 4). Após o 4º dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa considerada eficaz de 300 a 450 mg/dia. Entretanto, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, a dose pode ser ajustada na faixa de dose de 150 a 750 mg/dia.
A dose total diária para os cinco dias iniciais do tratamento é de 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3), 300 mg (dia 4) e 400 mg (dia 5). Após o 5º dia de tratamento, a dose deve ser ajustada até atingir a faixa de dose considerada eficaz de 400 a 600 mg/dia dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Ajustes de dose podem ser em incrementos não maiores que 100 mg/dia.
A segurança e eficácia de Hemifumarato de Quetiapina não foram estabelecidas em crianças com idade inferior a 10 anos de idade com mania bipolar.
A dose total diária para os quatro primeiros dias do tratamento é de 100 mg (dia 1), 200 mg (dia 2), 300 mg (dia 3) e 400 mg (dia 4). Outros ajustes de dose de até 800 mg/dia no 6° dia não devem ser maiores que 200 mg/dia. A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente, dentro do intervalo de dose de 200 a 800 mg/dia. A dose usual efetiva está na faixa de dose de 400 a 800 mg/dia.
A dose deve ser titulada como descrito a seguir: 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3) e 300 mg (dia 4). Hemifumarato de Quetiapina pode ser titulado até 400 mg no dia 5 e até 600 mg no dia 8.
A eficácia antidepressiva foi demonstrada com Hemifumarato de Quetiapina com 300 mg e 600 mg, entretanto benefícios adicionais não foram observados no grupo 600 mg durante tratamento de curto prazo.
Os pacientes que responderam ao Hemifumarato de Quetiapina na terapia combinada a um estabilizador de humor (lítio ou valproato) para o tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar com a terapia de Hemifumarato de Quetiapina na mesma dose.
A dose pode ser ajustada dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade individual de cada paciente. A eficácia foi demonstrada com Hemifumarato de Quetiapina (administrado duas vezes ao dia totalizando 400 a 800 mg/dia) como terapia de combinação a estabilizador de humor (lítio ou valproato).
Pacientes que respondem a Hemifumarato de Quetiapina para tratamento agudo de transtorno bipolar devem continuar o tratamento na mesma dose, sendo que esta pode ser re-ajustada dependendo da resposta clínica e tolerabilidade individual de cada paciente, entre a faixa de 300 mg a 800 mg/ dia.
Se o paciente esquecer de tomar o comprimido de Hemifumarato de Quetiapina, deve tomá-lo assim que se lembrar. Deverá tomar a próxima dose no horário habitual e não tomar uma dose dobrada.
A segurança e a eficácia de Hemifumarato de Quetiapina não foram avaliadas em crianças e adolescentes com depressão bipolar e no tratamento de manutenção do transtorno bipolar.
A quetiapina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Portanto, Hemifumarato de Quetiapina deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática conhecida, especialmente durante o período inicial.
Pacientes com insuficiência hepática devem iniciar o tratamento com 25 mg/dia. A dose pode ser aumentada em incrementos de 25 a 50 mg até atingir a dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.
Não é necessário ajuste de dose.
Assim como com outros antipsicóticos, Hemifumarato de Quetiapina deve ser usado com cautela em pacientes idosos, especialmente durante o período inicial. Pode ser necessário ajustar a dose de Hemifumarato de Quetiapina lentamente e a dose terapêutica diária pode ser menor do que a usada por pacientes jovens, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. A depuração plasmática média da quetiapina foi reduzida de 30% a 50% em pacientes idosos quando comparada a pacientes jovens. O tratamento deve ser iniciado com 25 mg/dia de Hemifumarato de Quetiapina, aumentando a dose diariamente em incrementos de 25 a 50 mg até atingir a dose eficaz, que provavelmente será menor que a dose para pacientes mais jovens.
A dose total diária para o início do tratamento é de 300 mg no dia 1, 600 mg no dia 2 e até 800 mg após o dia 2.
A dose deve ser ajustada até atingir a faixa considerada eficaz de 400 mg a 800 mg/dia, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente. Para a terapia de manutenção em esquizofrenia não é necessário ajuste de dose.
A dose total diária para o início do tratamento é de 300 mg no dia 1, 600 mg no dia 2 e até 800 mg após o dia 2.
A dose deve ser ajustada até atingir a faixa considerada eficaz de 400 mg a 800 mg/dia, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.
o Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada deve ser administrado à noite, em dose única diária. o Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada deve ser titulado como descrito a seguir: 50 mg (dia 1), 100 mg (dia 2), 200 mg (dia 3) e 300 mg (dia 4). o Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada pode ser titulado até 400 mg no dia 5 e até 600 mg no dia 8.
A eficácia antidepressiva foi demonstrada com o Hemifumarato de Quetiapina comprimido revestido 300 mg e 600 mg, entretanto, não foram vistos benefícios adicionais no grupo de 600 mg durante tratamento de curto prazo.
O Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada deve ser administrado à noite. A dose diária no início do tratamento é de 50 mg nos dias 1 e 2, e 150 mg nos dias 3 e 4. O efeito antidepressivo foi observado nas doses de 150 e 300 mg/dia em estudos em adjuvância de curta duração (com amitriptilina, bupropiona, citalopram, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, paroxetina, sertralina e venlafaxina). Existe um risco aumentado de eventos adversos com doses maiores. Os médicos devem, portanto, garantir que a menor dose eficaz seja usada para o tratamento, começando com 50 mg/dia. A necessidade de aumentar a dose de 150 para 300 mg/dia deve ser baseada na avaliação individual do paciente.
Se o paciente esquecer de tomar o comprimido do Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada, deverá tomá-lo assim que se lembrar.
Deve tomar a próxima dose no horário habitual e não deve tomar dose dobrada.
Assim como com outros antipsicóticos, o Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada deve ser usado com cautela no paciente idoso, especialmente durante o período inicial. Pode ser necessário ajustar a dose do Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada lentamente e a dose terapêutica diária pode ser menor do que a usada por pacientes jovens. A depuração plasmática média de Hemifumarato de Quetiapina foi reduzida em 30% a 50% em pacientes idosos quando comparada a pacientes jovens. Pacientes idosos devem iniciar o tratamento com 50 mg/dia. A dose pode ser aumentada em incrementos de 50 mg/dia até atingir a dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.
Em pacientes idosos com episódios de depressão maior a administração deve iniciar com 50 mg/dia nos dias 1 a 3, aumentando para 100 mg/dia no dia 4 e 150 mg/dia no dia 8. A menor dose efetiva, a partir de 50 mg/dia deve ser usada. Com base na avaliação individual do paciente, se for necessário aumentar a dose para 300 mg/dia, isso não deve ser antes do dia 22 do tratamento.
A segurança e a eficácia do Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada não foram estabelecidas para crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade).
Não é necessário ajuste de dose.
O Hemifumarato de Quetiapina é extensivamente metabolizada pelo fígado. Portanto, o Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada deve ser usado com cautela em pacientes com insuficiência hepática conhecida, especialmente durante o período inicial. Pacientes com insuficiência hepática devem iniciar o tratamento com 50 mg/dia. A dose pode ser aumentada em incrementos de 50 mg/dia até atingir a dose eficaz, dependendo da resposta clínica e da tolerabilidade de cada paciente.
A depressão está associada a aumento de risco de ideação suicida, auto-mutilação e comportamento suicida. Este risco persiste até ocorrer uma remissão significativa. Como a melhora clinica pode não ocorrer nas primeiras semanas de tratamento, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados até que a melhora ocorra. A experiência clínica demonstra que o risco de suicídio pode aumentar nos primeiros estágios da recuperação.
Outros transtornos psiquiátricos para os quais o Hemifumarato de Quetiapina é prescrita também podem estar associados ao aumento do risco de comportamento suicida.*
*Exclusivo Comprimido de Liberação Prolongada: Além disso, essas condições podem ser associadas a episódios de depressão maior. As mesmas precauções observadas no tratamento de pacientes com episódios de depressão maior devem ser tomadas durante o tratamento de pacientes com outros transtornos psiquiátricos.
Pacientes com histórico de comportamento suicida ou aqueles que apresentavam um grau significativo de ideação suicida antes do início do tratamento são conhecidos por apresentar altos riscos de pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio e devem ser cuidadosamente monitorados durante o tratamento. Uma metanálise da FDA de estudos clínicos placebo-controlados com fármacos antidepressivos em aproximadamente 4400 crianças e adolescentes e 77000 pacientes adultos com transtornos psiquiátricos mostrou um aumento de risco de comportamento suicida com antidepressivos em comparação com o placebo em crianças, adolescentes e jovens com menos de 25 anos de idade. Esta metanálise não incluiu estudos envolvendo o Hemifumarato de Quetiapina.
Neutropenia grave (<0,5 x 109 /L) sem infecção foi raramente relatada nos estudos clínicos de curto prazo placebo controlados em monoterapia com Hemifumarato de Quetiapina. Há relatos de agranulocitose (neutropenia grave com infecção) entre todos os pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina nos ensaios clínicos (rara) assim como no período pós-comercialização (incluindo casos fatais). A maioria desses casos de neutropenia grave ocorreram dentro dos primeiros dois meses do início de tratamento com Hemifumarato de Quetiapina. Aparentemente não houve relação com a dose. Os possíveis fatores de risco para neutropenia incluem a baixa contagem de leucócitos preexistente e histórico de neutropenia induzida por fármacos. O Hemifumarato de Quetiapina deve ser descontinuada em pacientes com contagem de neutrófilos <1,0 x 109 /L. Esses pacientes devem ser observados quanto aos sinais e sintomas de infecção e contagem de neutrófilos (até 1,5 x 109 /L).
Houve casos de agranulocitose em pacientes sem fatores de risco preexistentes. A neutropenia deve ser considerada em pacientes com infecção, especialmente na ausência de fatores de predisposição óbvios, ou em pacientes com febre inexplicável, e devem ser tratadas de modo clinicamente apropriado.
Aumentos de glicose no sangue e hiperglicemia, e relatos ocasionais de diabetes foram observados nos estudos clínicos com Hemifumarato de Quetiapina. Embora uma relação causal com o diabetes não tenha sido estabelecida, pacientes que apresentem risco para desenvolver diabetes são aconselhados a fazer monitoramento clínico apropriado. Do mesmo modo, pacientes diabéticos devem ser monitorados para possível exacerbação.
Aumentos de triglicérides e colesterol e diminuição de HDL foram observados nos estudos clínicos com Hemifumarato de Quetiapina. Mudanças no perfil lipídico devem ser clinicamente controladas.
Em alguns pacientes observou-se nos estudos clínicos o agravamento de mais de um dos fatores metabólicos de peso, glicemia e lipídeos. Alterações nesses parâmetros devem ser clinicamente controladas.
Hemifumarato de Quetiapina deve ser usado com precaução em pacientes com doença cardiovascular conhecida, doença vascular cerebral ou outras condições que predisponham à hipotensão.
Hemifumarato de Quetiapina pode induzir hipotensão ortostática, especialmente durante o período inicial de titulação da dose.
Em pacientes com histórico ou em risco para apneia do sono e que estão recebendo concomitantemente depressivos do sistema nervoso central (SNC), Hemifumarato de Quetiapina deve ser utilizado com cautela.
Disfagia e aspiração têm sido relatadas com Hemifumarato de Quetiapina. Embora uma relação causal com pneumonia por aspiração não tenha sido estabelecida, Hemifumarato de Quetiapina deve ser usado com cautela em pacientes com risco de pneumonia por aspiração.
Em estudos clínicos placebo-controlados em esquizofrenia e mania bipolar, a incidência de EPS não foi diferente do placebo em toda a faixa de doses recomendada. Isto é um fator preditivo de que a quetiapina tenha menor potencial de induzir discinesia tardia em pacientes portadores de esquizofrenia e mania bipolar em comparação com agentes antipsicóticos típicos. Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo em depressão bipolar, a incidência de EPS foi maior em pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina do que nos pacientes tratados com placebo.
Um complexo de sintomas potencialmente fatal, por vezes referido como SNM – Síndrome Neuroléptica Maligna tem sido relatada em associação com a administração de fármacos antipsicóticos, incluindo Hemifumarato de Quetiapina. Casos raros de SNM já foram relatados com Hemifumarato de Quetiapina. As manifestações clínicas da SNM são hiperpirexia, rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade autonôma (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese e arritmia cardíaca). Sinais adicionais podem incluir aumento da creatina fosfoquinase, mioglobinúria (rabdomiólise) e insuficiência renal aguda.
A avaliação diagnóstica dos pacientes com esta síndrome é complicada. Para chegar a um diagnóstico, é importante excluir os casos em que quadro clínico inclua tanto doença médica grave (por exemplo, pneumonia, infecção sistêmica, etc.) e não tratada ou sinais e sintomas extrapiramidais (EPS) inadequadamente tratados. Outras considerações importantes no diagnóstico diferencial incluem a toxicidade centro anticolinérgico, insolação, febre medicamentosa e patologia primária do Sistema Nervoso Central (SNC).
Não existe um acordo geral sobre os regimes de tratamento farmacológicos específicos para SNM.
Se um paciente requerer tratamento com droga antipsicótica após recuperação de SNM, a reintrodução da terapia medicamentosa deve ser cuidadosamente considerada. O paciente deve ser cuidadosamente monitorado quando o reaparecimento de SNM for relatado.
Uma síndrome de movimentos discinéticos involuntários potencialmente irreversível pode se desenvolver em pacientes tratados com medicamentos antipsicóticos, incluindo Hemifumarato de Quetiapina. Embora a prevalência da síndrome pareça ser maior entre idosos, especialmente mulheres idosas, não é possível confiar em estimativas de prevalência para prever, no início do tratamento antipsicótico, quais pacientes são propensos a desenvolver a síndrome. É desconhecido, se medicamentos antipsicóticos diferem quanto ao potencial de causar discinesia tardia.
Acredita-se que o risco de desenvolver discinesia tardia e a probabilidade de que ele se torne irreversível aumentam à medida que a duração do tratamento e da dose cumulativa total de medicamentos antipsicóticos administrados ao paciente aumenta. No entanto, a síndrome pode se desenvolver, embora muito menos frequente, após períodos de tratamento relativamente curtos em doses baixas ou podem mesmo surgir, após a interrupção do tratamento.
Não há nenhum tratamento conhecido para casos estabelecidos de discinesia tardia, embora a síndrome possa diminuir, parcial ou totalmente, se o tratamento antipsicótico for retirado. O tratamento antipsicótico, em si, no entanto, pode suprimir (ou parcialmente suprimir) os sinais e sintomas da síndrome e, assim, pode mascarar o processo subjacente. O efeito que a supressão sintomática tem sobre o efeito de longo prazo da síndrome é desconhecido.
Tendo em conta estas considerações, Hemifumarato de Quetiapina deve ser prescrito de maneira a minimizar uma possível ocorrência de discinesia tardia. O tratamento crônico de antipsicótico geralmente deve ser reservado para pacientes que parecem sofrer de uma doença crónica que responde a antipsicóticos, e, para quem os tratamentos alternativos, igualmente eficazes, mas potencialmente menos prejudiciais não estão disponíveis ou adequados. Deve-se buscar a menor dose e a duração mais curta de tratamento que produza uma resposta clínica satisfatória em pacientes que necessitam de tratamento crônico. A necessidade de tratamento contínuo deve ser reavaliada periodicamente.
Se os sinais e sintomas de discinesia tardia se apresentarem em um paciente em tratamento com Hemifumarato de Quetiapina, a descontinuação do medicamento deve ser considerada. No entanto, alguns pacientes podem necessitar do tratamento com Hemifumarato de Quetiapina, apesar da presença da síndrome.
Durante os ensaios clínicos, convulsões ocorreram em 0,5% (20/3490) dos pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina em comparação com 0,2% (2/954) no grupo placebo e 0,7% (4/527) no grupo controle com medicamento ativo. Tal como acontece com outros antipsicóticos, Hemifumarato de Quetiapina deve ser usado com precaução em pacientes com histórico de convulsões ou com condições que potencialmente diminuam o limiar convulsivo, por exemplo, Alzheimer. As condições que diminuem o limiar convulsivo podem ser mais prevalentes na população de 65 anos ou mais.
Em estudos clínicos, o Hemifumarato de Quetiapina não foi associada a aumento persistente no intervalo QT absoluto. Entretanto, na experiência pós-comercialização houve casos relatados de prolongamento do intervalo QT com superdose (ver item Superdose). Assim como com outros antipsicóticos, o Hemifumarato de Quetiapina deve ser prescrita com cautela a pacientes com distúrbios cardiovasculares ou histórico familiar de prolongamento de intervalo QT. O Hemifumarato de Quetiapina também deve ser prescrita com cautela tanto com medicamentos conhecidos por aumentar o intervalo QT como em concomitância com neurolépticos, especialmente para pacientes com risco aumentado de prolongamento do intervalo QT, como pacientes idosos, pacientes com síndrome congênita de intervalo QT longo, insuficiência cardíaca congestiva, hipertrofia cardíaca, hipocalemia ou hipomagnesemia.
Cardiomiopatias e miocardites foram reportadas em estudos clínicos e na experiência póscomercialização, entretanto a relação causal com o Hemifumarato de Quetiapina não foi estabelecia. O tratamento com Hemifumarato de Quetiapina, para pacientes com suspeita de cardiomiopatia ou miocardites, deve ser reavaliado.
Reações Adversas Cutâneas Graves (SCARs), incluindo síndrome de Stevens-Johnsons (SJS), Necrólise Epidérmica Tóxica (TEN) e reações ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) são reações adversas potencialmente fatais que foram reportadas durante a exposição ao Hemifumarato de Quetiapina. SCARs normalmente são apresentadas como uma combinação dos seguintes sintomas: erupção cutânea extensa ou dermatite esfoliativa, febre, linfadenopatia e possível eosinofilia. Descontinue o uso de Hemifumarato de Quetiapina caso ocorram Reações Adversas Cutâneas Graves.
Sintomas de abstinência por descontinuação aguda como insônia, náusea e vômito têm sido descritos após interrupção abrupta do tratamento com fármacos antipsicóticos como o Hemifumarato de Quetiapina. É aconselhada a descontinuação gradual por um período de pelo menos uma a duas semanas.
Casos de uso indevido e abuso têm sido reportados. É necessário cuidado ao prescrever Hemifumarato de Quetiapina para pacientes com histórico de abuso de drogas ou álcool.
A norquetiapina, um metabólito ativo do Hemifumarato de Quetiapina, tem afinidade moderada à alta por vários subtipos de receptores muscarínicos. Isto contribui para as reações adversas a medicamentos (ADRs) que refletem os efeitos anticolinérgico, quando Hemifumarato de Quetiapina é utilizado nas doses recomendadas, concomitantemente a outras medicações com efeito anticolinérgico e quando estabelecida uma superdose.
Hemifumarato de Quetiapina deve ser utilizado com cautela por pacientes recebendo medicamentos que apresentam efeitos anticolinérgicos (muscarínicos).
Hemifumarato de Quetiapina deve ser utilizado com cautela em pacientes com diagnóstico atual ou histórico de retenção urinária, hipertrofia prostática clinicamente significativa, obstrução intestinal ou condições relacionadas, pressão intraocular elevada ou glaucoma de ângulo fechado.
O uso concomitante de Hemifumarato de Quetiapina com indutores de enzimas hepáticas, como carbamazepina, pode diminuir substancialmente a exposição sistêmica ao Hemifumarato de Quetiapina. Dependendo da resposta clínica, altas doses de Hemifumarato de Quetiapina podem ser consideradas, se usado concomitantemente com indutores de enzimas hepáticas.
Durante a administração concomitante de fármacos inibidores potentes da CYP3A4 (como antifúngicos azóis, antibióticos macrolídeos e inibidores da protease), as concentrações plasmáticas desses podem estar significativamente aumentadas, conforme observado em pacientes nos estudos clínicos. Como consequência, doses reduzidas de Hemifumarato de Quetiapina devem ser usadas. Considerações especiais devem ser feitas em idosos e pacientes debilitados. A relação risco/benefício precisa ser considerada como base individual em todos os pacientes.
Hemifumarato de Quetiapina não está aprovado para o tratamento de pacientes idosos com psicose relacionada à demência.
Embora nem todas as reações adversas identificadas em pacientes adultos tenham sido observadas nos estudos clínicos com Hemifumarato de Quetiapina em crianças e adolescentes, as mesmas precauções e advertências mencionadas para adultos devem ser consideradas para crianças e adolescentes. Além disso, alterações na pressão arterial, testes de função tireoidiana, ganho de peso e elevação dos níveis de prolactina foram observados e devem ser clinicamente monitorados.
Dados de segurança de longo prazo, por mais de 26 semanas de tratamento com Hemifumarato de Quetiapina, incluindo crescimento, maturação e desenvolvimento comportamental, não estão disponíveis para crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade).
Em dois estudos clínicos agudos placebo-controlados em pacientes pediátricos (de 10 a 17 anos), a incidência de pacientes que apresentaram níveis de prolactina normais na inclusão e que foi alterado para um valor clinicamente importante em qualquer momento do estudo foi 11,3% (13,4% em meninos e 8,7% em meninas) no grupo Hemifumarato de Quetiapina e 2,63% (4,0% em meninos e 0,0% em meninas) no grupo placebo.
As consequências clínicas do aumento dos níveis de prolactina podem incluir amenorréia, galactorréia e ginecomastia.
Devido ao seu efeito primário no SNC, o Hemifumarato de Quetiapina pode interferir em atividades que requeiram um maior alerta mental. Portanto, pacientes devem ser orientados a não dirigir veículos ou operar máquinas até que a suscetibilidade individual seja conhecida.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
A segurança e a eficácia de Hemifumarato de Quetiapina durante a gestação humana não foram estabelecidas. Foram relatados sintomas de abstinência neonatal após algumas gravidezes durante as quais o Hemifumarato de Quetiapina foi usada. Portanto, Hemifumarato de Quetiapina só deve ser usado durante a gravidez se os benefícios justificarem os riscos potenciais.
Foram publicados relatos sobre a excreção de Hemifumarato de Quetiapina durante a amamentação, no entanto, o nível de excreção não foi consistente. As mulheres que estiverem amamentando devem ser aconselhadas a evitar a amamentação enquanto fazem uso de Hemifumarato de Quetiapina.
Este medicamento contém lactose (19,00 mg/comprimido de 25 mg; 20,70 mg/comprimido de 100 mg; 41,40 mg/comprimido de 200 mg), portanto, deve ser usado com cautela por pacientes com intolerância a lactose.
As reações adversas a medicamentos (ADRs) mais comumente relatadas com o Hemifumarato de Quetiapina (>10%) são: sonolência, tontura, boca seca, sintomas de abstinência por descontinuação, elevação nos níveis séricos de triglicérides, elevação no colesterol total (predominantemente no LDL) redução do colesterol HDL, aumento de peso, redução da hemoglobina, de sintomas extrapiramidais.
A incidência das ADRs associadas com o Hemifumarato de Quetiapina está descrita na tabela a seguir:
Frequência | Sistemas | Reações Adversas |
Muito comum (≥10%) |
Alterações gastrointestinais |
Boca seca |
Alterações gerais |
Sintomas de abstinência por descontinuaçãoa,j |
|
Investigações |
Elevações dos níveis de triglicérides séricosa,k; Elevações do colesterol total (predominantemente LDLcolesterol)a,l; Diminuição de HDL colesterola,r; Ganho de pesoc ; Diminuição da hemoglobinas |
|
Alterações do sistema nervoso |
Tonturaa,e,q ; Sonolênciab,q; Sintomas extrapiramidaisa,p |
|
Comum (≥1% - < 10%) |
Alterações do sangue e sistema linfático |
Leucopeniaa, x |
Alterações cardíacas |
Taquicardiaa,e; Palpitaçõest |
|
Alterações visuais |
Visão borrada |
|
Alterações gastrointestinais |
Constipação; Dispepsia; Vômitov |
|
Alterações gerais |
Astenia leve; Edema periférico; Irritabilidade; Pirexia |
|
Investigações |
Elevações das alaninas aminotransaminases séricas (ALT)d ; Elevações nos níveis de gama GTd ; Redução da contagem de neutrófilosa, g ; Aumento de eosinófilosw; Aumento da glicose no sangue para níveis hiperglicêmicosa, h; Elevações da prolactina séricao ; Diminuição do T4 totalu ; Diminuição do T4 livreu ; Diminuição do T3 totalu ; Aumento do TSHu |
|
Alterações do sistema nervoso |
Disartria |
|
Alterações do metabolismo e nutrição |
Aumento do apetite |
|
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino | ||
Alterações vasculares |
Hipotensão ortostáticaa,e,q |
|
Alterações psiquiátricas |
Sonhos anormais e pesadelos |
|
Incomum (≥0,1% - < 1%) |
Alterações cardíacas | |
Alterações gastrointestinais |
Disfagiaa, i |
|
Alterações do sistema imune |
Hipersensibilidade |
|
Investigações |
Elevações da aspartato aminotransferase sérica (AST)d ; Diminuição da contagem de plaquetasn ; Diminuição do T3 livreu |
|
Alterações do sistema nervoso |
Convulsãoa ; Síndrome das pernas inquietas; Discinesia tardiaa ; Síncopea,e,q |
|
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino |
Rinite |
|
Alterações renais e urinárias |
Retenção urinária |
|
Rara (≥0,01% - < 0,1%) |
Alterações gerais |
Síndrome neuroléptica malignaa ; Hipotermia |
Distúrbios hepatobiliares |
Hepatite (com ou sem icterícia) |
|
Investigações |
Elevação dos níveis de creatino fosfoquinase no sanguem; Agranulocitosez |
|
Alterações psiquiátricas |
Sonambulismo e outros eventos relacionados |
|
Alterações do sistema reprodutor e mamas |
Priapismo; Galactorréia |
|
Alterações gastrointestinais |
Obstrução intestinal / Íleo |
|
Muito rara (<0,01%) |
Alterações do sistema imune |
Reações anafiláticasf |
Desconhecida |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
Abstinência neonatalaa |
Distúrbios cutâneos e subcutâneos |
Reação ao medicamento com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) |
|
Distúrbios gastrointestinais (exclusivo comprimido de liberação prolongada) |
Bezoarab |
a) Ver item "Quais cuidados devo ter ao usar o Hemifumarato de Quetiapina?".
b) Pode ocorrer sonolência, normalmente durante as duas primeiras semanas de tratamento, e que geralmente é resolvida com a continuação da administração do Hemifumarato de Quetiapina.
c) Baseado no aumento de ≥ 7% do peso corporal a partir do basal. Ocorre predominantemente durante as primeiras semanas de tratamento, em adultos.
d) Foram observadas elevações assintomáticas (mudança de normal a ≥ 3 x ULN a qualquer momento) dos níveis das transaminases séricas (ALT – alanina aminotransferase, AST – aspartato aminotransferase) ou dos níveis de gama-GT em alguns pacientes recebendo Hemifumarato de Quetiapina. Geralmente, esses aumentos foram reversíveis no decorrer do tratamento com Hemifumarato de Quetiapina.
e) Assim como com outros antipsicóticos com atividade bloqueadora alfa1-adrenérgica, o Hemifumarato de Quetiapina pode induzir hipotensão ortostática associada à tontura, taquicardia e síncope em alguns pacientes, especialmente durante a fase inicial de titulação da dose.
f) A inclusão da reação anafilática é baseada em relatos pós-comercialização.
g) Em todos os estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de curta duração entre pacientes com contagem de neutrófilos basal ≥ 1,5 x 109 /L, a incidência de pelo menos uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 1,5 x 109 /L foi de 1,9% em pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina em comparação com 1,5% dos pacientes tratados com placebo. A incidência ≥ 0,5 a < 1,0 x 109 /L foi 0,2% em pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina e 0,2% em pacientes tratados com placebo. Em estudos clínicos conduzidos antes do aditamento ao protocolo para a descontinuação de pacientes com contagem de neutrófilos <1,0 x 109 /L devido ao tratamento, entre pacientes com contagem de neutrófilos basal ≥ 1,5 x 109 /L, a incidência de pelo menos uma ocorrência da contagem de neutrófilos < 0,5 x 109 /L foi de 0,21% em pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina e 0% em pacientes tratados com placebo.
h) Glicemia de jejum ≥ 126mg/dL ou glicemia sem jejum ≥ 200mg/dL em pelo menos uma ocasião.
i) Aumento da taxa de disfagia com Hemifumarato de Quetiapina versus placebo foi observado apenas nos estudos clínicos de depressão bipolar.
j) Em estudos clínicos de monoterapia placebo-controlados de fase aguda, que avaliaram os sintomas de abstinência por descontinuação, a incidência agregada desses sintomas após a interrupção abrupta foi de 12,1% para Hemifumarato de Quetiapina e 6,7% para o placebo. A incidência agregada dos eventos adversos individuais (ex.: insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômitos, tontura e irritabilidade) não excedeu 5,3% em qualquer grupo de tratamento e geralmente foi resolvida após 1 semana da descontinuação.
k) Triglicérides ≥ 200 mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 150 mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo menos uma ocasião.
l) Colesterol ≥ 240 mg/dL (em pacientes com idade ≥ 18 anos) ou ≥ 200 mg/dL (em pacientes com idade < 18 anos) em pelo menos uma ocasião.
m) Baseado em relatórios de eventos adversos em estudos clínicos, o aumento de creatino fosfoquinase no sangue não está associado à síndrome neuroléptica maligna.
n) Plaquetas ≤ 100 x 109 /L em pelo menos uma ocasião.
o) Níveis de prolactina (pacientes com idade ≥ 18 anos): > 20µg/L em homens; > 30µg/L em mulheres a qualquer momento.
p) Ver texto descrito a seguir.
q) Pode levar a quedas.
r) HDL colesterol: < 40 mg/dL em homens; < 50 mg/dL em mulheres a qualquer momento.
s) Ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13 g/dL em homens e ≤ 12 g/dL em mulheres em pelo menos uma ocasião em 11% dos pacientes tomando Hemifumarato de Quetiapina em todos os estudos, incluindo extensões abertas. Em estudos de curto prazo placebo-controlados, ocorreu diminuição de hemoglobina para ≤ 13 g/dL em homens e ≤12 g/dL em mulheres em pelo menos uma ocasião em 8,3% dos pacientes tomando Hemifumarato de Quetiapina em comparação com 6,2% dos pacientes tomando placebo.
t) Esses relatos ocorreram frequentemente na presença de taquicardia, tonturas, hipotensão ortostática e/ou doença cardíaca/respiratória subjacente.
u) Baseado em mudanças a partir da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base para todos os ensaios clínicos. Mudanças no T4 total, T4 livre, T3 total e T3 livre são definidas como < 0,8 x LLN (pmol / L) e mudança de TSH é > 5 mUI/L em qualquer momento.
v) Baseado no aumento da taxa de vômito em pacientes idosos (≥ 65 anos de idade).
w) Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos eosinófilos são definidas como ≥ 1 x 109 células/L em qualquer momento.
x) Baseado em mudanças da linha de base normal até o valor potencial clinicamente importante em qualquer momento após a linha de base em todos os ensaios clínicos. Alterações nos glóbulos brancos são definidas como ≤ 3 x 109 células/L em qualquer momento.
y) Pode ocorrer no tratamento ou perto do início do tratamento e estar associada a hipotensão e/ou síncope. Frequência baseada em relatos de eventos adversos de bradicardia e em eventos relacionados em todos os ensaios clínicos com Hemifumarato de Quetiapina.
z) Com base na freqüência de pacientes com neutropenia grave (<0.5 x 109/L) e infecções durante todos os estudos clínicos de Hemifumarato de Quetiapina.
aa) Ver item "Quais cuidados devo ter ao usar o Hemifumarato de Quetiapina?".
ab) Reação adversa observada apenas em casos de superdose.
Os seguintes estudos clínicos (monoterapia e terapia combinada) incluem o tratamento com Hemifumarato de Quetiapina comprimido revestido e Hemifumarato de Quetiapina comprimido de liberação prolongada.
Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo em esquizofrenia e mania bipolar, a incidência agregada de EPS foi similar ao placebo (esquizofrenia: 7,8% para Hemifumarato de Quetiapina e 8% para o placebo; mania bipolar: 11,2% para Hemifumarato de Quetiapina e 11,4% para o placebo). Em estudos clínicos placebocontrolados de curto prazo em depressão bipolar, a incidência agregada de EPS foi de 8,9% para Hemifumarato de Quetiapina em comparação com 3,8% para o placebo, embora a incidência de eventos adversos individuais (ex.: acatisia, alterações extrapiramidais, tremor, discinesia, distonia, inquietação, contração muscular involuntária, hiperatividade psicomotora e rigidez muscular) ter sido geralmente baixa e não ter excedido 4% em qualquer grupo de tratamento.
Em estudos clínicos de longo prazo de esquizofrenia e transtornos afetivos bipolares, a incidência ajustada da exposição agregada de EPS devido ao tratamento foi similar entre o Hemifumarato de Quetiapina e o placebo.
O tratamento com o Hemifumarato de Quetiapina foi associado com diminuições relacionadas à dose dos níveis de hormônios da tireoide. Em estudos clínicos placebo-controlados de curto prazo, a incidência de alterações potenciais e clinicamente significativas dos níveis de hormônios da tireoide foram: T4 total: 3,4% para o Hemifumarato de Quetiapina versus 0,6% para o placebo; T4 livre: 0,7% para o Hemifumarato de Quetiapina versus 0,1% para o placebo; T3 total: 0,54% para o Hemifumarato de Quetiapina versus 0,0% para o placebo e T3 livre: 0,2% para o Hemifumarato de Quetiapina versus 0,0% para o placebo. A incidência de alterações no TSH foi de 3,2% para o Hemifumarato de Quetiapina versus 2,7% para o placebo. Em estudos de monoterapia placebo-controlados de curto prazo, a incidência de alterações de reciprocidade, potencial e clinicamente significativas no T3 e no TSH foi de 0,0% tanto para o Hemifumarato de Quetiapina e quanto para o placebo e 0,1% para o Hemifumarato de Quetiapina versus 0,0% para o placebo para as alterações no T4 e no TSH. A redução do T4 total e livre foi máxima nas primeiras seis semanas de tratamento com o Hemifumarato de Quetiapina, sem redução adicional durante o tratamento de longo prazo. Em quase todos os casos, a interrupção do tratamento com o Hemifumarato de Quetiapina foi associada com a reversão dos efeitos sobre T4 total e livre, independentemente da duração do tratamento. Em oito pacientes, onde foi medida a TBG, os níveis de TBG não foram alterados.
Pancreatite foi relatada nos estudos clínicos e durante a experiência pós-comercialização, no entanto, não foi estabelecida uma relação causal. Entre os relatos pós-comercialização, muitos pacientes apresentaram fatores conhecidos por estarem associados à pancreatite, tais como aumento das triglicérides, cálculos biliares e o consumo de álcool.
A constipação representa um fator de risco para a obstrução intestinal. Foram relatadas constipação e obstrução intestinal com o uso da quetiapina. Isto inclui relatos fatais em pacientes com alto risco de obstrução intestinal, incluindo aqueles que estavam recebendo múltiplas medicações concomitantes que reduzem a motilidade intestinal e/ou que podem não ter relatado sintomas de constipação.
Outros possíveis eventos foram observados em ensaios clínicos com Hemifumarato de Quetiapina; porém, uma relação causal não foi estabelecida: agitação, ansiedade, faringite, prurido, dor abdominal, hipotensão postural, dor nas costas, febre, gastroenterite, hipertonia, espasmos, depressão, ambliopia, distúrbio da fala, hipotensão, corpo pesado, hipertensão, falta de coordenação, pensamentos anormais, ataxia, sinusite, sudorese, infecção do trato urinário, fadiga, letargia, congestão nasal, artralgia, parestesia, tosse, hipersonia, congestão nasal, doença do refluxo gastroesofágico, dor nas extremidades, perturbações do equilíbrio, hipoestesia, parkinsonismo, anorexia, abscesso no dente, epistaxe, agressão, rigidez musculoesquelética, superdosagem acidental, acne, palidez, desconforto no estômago, dor de ouvido, parestesia e sede.
As seguintes reações adversas foram identificadas durante a comercialização de Hemifumarato de Quetiapina. Como estas reações são relatadas voluntariamente por população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar com segurança a sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao medicamento.
As reações adversas relatadas desde a introdução no mercado, que foram temporalmente relacionados à terapia com Hemifumarato de Quetiapina, incluem: reação anafilática, cardiomiopatia, reação medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (HID), hiponatremia, miocardite, enurese noturna, pancreatite, amnésia retrógrada, rabdomiólise, síndrome de secreção inadequada de hormônio antidiurético (SIADH), síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), e necrólise epidérmica tóxica (NET).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
As mesmas reações adversas acima descritas para adultos devem ser consideradas para crianças e adolescentes.
A tabela a seguir resume as reações adversas que ocorrem em maior frequência em crianças e adolescentes do que em adultos ou reações adversas que não foram identificadas em pacientes adultos.
Frequência | Sistêmas | Reações adversas |
Muito comum (≥10%) |
Alterações no metabolismo e nutricional |
Aumento do apetite |
Investigações |
Elevações da prolactina séricaa ; Aumento na pressão arterialb |
|
Alterações gastrointestinais |
Vômito |
|
Comum (≥1% - <10%) |
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino |
Rinite |
Alterações do sistema nervoso |
Síncope |
(a) Níveis de prolactina (pacientes < 18 anos de idade): > 20µg/L em homens; > 26µg/L em mulheres a qualquer momento. Menos de 1% dos pacientes tiveram um aumento do nível de prolactina > 100µg/L.
(b) Baseado nos dados lineares clinicamente significativos (adaptados a partir dos critérios do National Institutes of Health) ou aumentos > 20 mmHg para pressão arterial sistólica ou > 10 mmHg para pressão arterial diastólica, a qualquer momento, em dois estudos agudos placebo-controlados (3-6 semanas) em crianças e adolescentes.
Em um estudo clínico placebo-controlado de 6 semanas em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos de idade), a média de aumento no peso corporal foi 2,0 Kg no grupo Hemifumarato de Quetiapina e 0,4 Kg no grupo placebo. 21% dos pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina e 7% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal.
Em um estudo clínico placebo-controlado de 3 semanas em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a média de aumento no peso corporal foi 1,7 Kg no grupo Hemifumarato de Quetiapina e 0,4 Kg no grupo placebo. 12% dos pacientes tratados com Hemifumarato de Quetiapina e 0% dos pacientes tratados com placebo adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal.
Em um estudo clínico aberto que envolveu pacientes dos dois estudos citados anteriormente, 63% dos pacientes (241/380) completaram 26 semanas de terapia com Hemifumarato de Quetiapina. Após 26 semanas de tratamento, a média de aumento no peso corporal foi 4,4 Kg. 45% dos pacientes adquiriram ≥ 7% do seu peso corporal, não ajustado ao crescimento normal. A fim de ajustar para o crescimento normal, após 26 semanas, um aumento de pelo menos 0,5 no desvio padrão do basal no IMC foi utilizado como uma medida de uma mudança clinicamente significativa; 18,3% dos pacientes com Hemifumarato de Quetiapina preencheram este critério após 26 semanas de tratamento.
Em um estudo clínico de monoterapia placebo-controlado de curto prazo em esquizofrenia com pacientes adolescentes (13 a 17 anos de idade), a incidência agregada de EPS foi 12,9% para Hemifumarato de Quetiapina e 5,3% para o placebo, embora a incidência dos eventos adversos individuais (ex.: acatisia, tremor, alterações extrapiramidais, hipocinesia, inquietação, hiperatividade psicomotora, rigidez muscular, discinesia) foi geralmente baixa e não excedeu 4,1% em nenhum grupo de tratamento. Em um estudo clínico de monoterapia placebo-controlado de curto prazo em mania bipolar com crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade), a incidência agregada de EPS foi 3,6% para Hemifumarato de Quetiapina e 1,1% para o placebo.
Devido aos efeitos primários do Hemifumarato de Quetiapina sobre o SNC, Hemifumarato de Quetiapina deve ser usado com cuidado em combinação com outros fármacos de ação central e com álcool.
O uso de Hemifumarato de Quetiapina concomitante com outros fármacos conhecidos por causar desequilíbrio eletrolítico ou por aumentar o intervalo QT deve ser feito com cautela.
Hemifumarato de Quetiapina deve ser utilizado com cautela em pacientes recebendo outras medicações com efeitos anticolinérgicos (muscarínicos).
A farmacocinética do lítio não foi alterada quando co-administrado com Hemifumarato de Quetiapina.
As farmacocinéticas de valproato de sódio e do Hemifumarato de Quetiapina não foram alteradas de forma clinicamente relevantes quando co-administrados.
A farmacocinética do Hemifumarato de Quetiapina não foi alterada de forma significativa após a co-administração com os antipsicóticos risperidona ou haloperidol. Entretanto, a co-administração de Hemifumarato de Quetiapina com tioridazina causou elevação do clearance do Hemifumarato de Quetiapina.
O Hemifumarato de Quetiapina não induziu os sistemas enzimáticos hepáticos envolvidos no metabolismo da antipirina. Entretanto, em um estudo de múltiplas doses em pacientes para avaliar a farmacocinética do Hemifumarato de Quetiapina administrada antes e durante tratamento com carbamazepina (um conhecido indutor de enzima hepática), a co-administração de carbamazepina aumentou significativamente a depuração do Hemifumarato de Quetiapina. Este aumento da depuração reduziu a exposição sistêmica ao Hemifumarato de Quetiapina (medida pela AUC) para uma média de 13% da exposição durante administração do o Hemifumarato de Quetiapina em monoterapia; embora um maior efeito tenha sido observado em muitos pacientes. Como consequência desta interação, pode ocorrer diminuição da concentração plasmática do Hemifumarato de Quetiapina e, consequentemente, um aumento da dose de Hemifumarato de Quetiapina deve ser considerado em cada paciente, dependendo da resposta clínica.
Tratamentos contínuos em altas doses devem ser considerados somente como resultado de considerações cuidadosas da avaliação do risco/benefício para cada paciente. A co-administração de Hemifumarato de Quetiapina e outro indutor de enzima microssomal, fenitoína, também causou aumentos na depuração do o Hemifumarato de Quetiapina.
Doses elevadas de Hemifumarato de Quetiapina podem ser necessárias para manter o controle dos sintomas psicóticos em pacientes que estejam recebendo concomitantemente Hemifumarato de Quetiapina e fenitoína ou outros indutores de enzimas hepáticas (por exemplo: barbituratos, rifampicina, etc.). Pode ser necessária a redução de dose de Hemifumarato de Quetiapina se a fenitoína, a carbamazepina ou outro indutor de enzimas hepáticas forem retirados e substituídos por um agente não indutor (por exemplo: valproato de sódio).
A CYP3A4 é a principal enzima responsável pelo metabolismo do o Hemifumarato de Quetiapina mediado pelo citocromo P450. A farmacocinética do o Hemifumarato de Quetiapina não foi alterada após co-administração com cimetidina, um conhecido inibidor da enzima P450. A farmacocinética do Hemifumarato de Quetiapina não foi significativamente alterada após co-administração com os antidepressivos imipramina (um conhecido inibidor da CYP2D6) ou fluoxetina (um conhecido inibidor da CYP3A4 e da CYP2D6). Em estudos de múltiplas doses em voluntários sadios para avaliar a farmacocinética do o Hemifumarato de Quetiapina antes da administração e durante o tratamento com cetoconazol, a co-administração do cetoconazol resultou em aumento na média da Cmáx e da AUC do o Hemifumarato de Quetiapina de 235% e 522%, respectivamente, correspondendo a uma diminuição da depuração oral média de 84%. A meia-vida média do o Hemifumarato de Quetiapina aumentou de 2,6 para 6,8 horas, mas o tmax médio ficou inalterado. Devido ao potencial para uma interação de magnitude semelhante em uso clínico, a dose de Hemifumarato de Quetiapina deve ser reduzida durante o uso concomitante do Hemifumarato de Quetiapina e potentes inibidores da CYP3A4 (como antifúngicos do tipo azóis, antibióticos macrolídeos e inibidores da protease).
Houve relatos de resultados falso-positivos em ensaios imunoenzimáticos para metadona e antidepressivos tricíclicos em pacientes que tenham tomado o Hemifumarato de Quetiapina. É recomendado que imunoensaios de varredura de resultado questionável sejam confirmados por técnica cromatográfica apropriada.
Fabricante | Pfizer |
Tipo do Medicamento | Genérico |
Necessita de Receita | C1 Branca 2 vias (Venda Sob Prescrição Médica - Este medicamento pode causar Dependência Física ou Psíquica) |
Princípio Ativo | Hemifumarato de Quetiapina |
Categoria do Medicamento | Antipsicótico |
Classe Terapêutica | Antipsicóticos Atípicos |
Especialidades | Psiquiatria |
Registro no Ministério da Saúde | 1211003060113 |
Código de Barras | 2291045018340 |
Temperatura de Armazenamento | Temperatura ambiente |
Produto Refrigerado | Este produto não precisa ser refrigerado |
Modo de Uso | Uso oral |
Pode partir | Esta apresentação não pode ser partida |
A história da Pfizer no Brasil vem sendo construída desde 1952. Com o objetivo de proporcionar saúde e bem-estar às pessoas em todos os momentos da vida, seus tratamentos carregam o selo da segurança, eficácia e qualidade.
Atualmente, é uma das empresas mais completas e diversificadas do setor farmacêutico, pois oferece mais de 150 opções terapêuticas para várias doenças.
Seu portfólio contempla desde vacinas para bebês e idosos até medicamentos para doenças como dor, câncer, tabagismo, Alzheimer etc.
Além do Brasil, está presente em mais de 150 países, investindo na descoberta de tratamentos para necessidades médicas que ainda não foram atendidas.
Fonte: https://www.pfizer.com.br/
Usamos cookies para melhorar sua experiência na CR. Consulte mais informações em nossaPolítica de Privacidade.