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Bramicar HCT

EMS Sigma Pharma
Bramicar HCT

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Bula do Bramicar HCT

Bramicar® HCT é indicado para o tratamento da hipertensão arterial (pressão alta) em pacientes que não tiveram boa resposta com apenas uma das substâncias isoladas.

Bramicar® HCT contém a substância ativa telmisartana e a hidroclorotiazida. A telmisartana atua impedindo a ação da angiotensina II, substância presente no organismo que provoca aumento da pressão arterial, acarretando dessa forma a sua redução. A hidroclorotiazida provoca aumento da diurese (do volume de urina), reduzindo ainda mais a pressão arterial. O início do efeito diurético da hidroclorotiazida ocorre em 2 horas.

Bramicar® HCT, administrado uma vez ao dia, na faixa de doses terapêuticas, promove redução efetiva e gradativa na pressão arterial.

Você não deve usar Bramicar® HCT se:

  • Tiver alergia às substâncias ativas ou aos demais componentes da fórmula; se tiver condição hereditária rara que possa ser incompatível com algum componente da fórmula; tiver alergia a algum composto derivado de sulfonamida (como a hidroclorotiazida); apresentar obstrução ou mau funcionamento das vias biliares (canais que conduzem a bile); tiver problema grave de funcionamento do fígado, coma hepático, pré-coma hepático; tiver problema grave de funcionamento dos rins (taxa de filtração glomerular < 30 mL/min ou creatinina sérica > 1,8 mg/100 mL), anúria (sem diurese) ou glomerulonefrite aguda (inflamação da parte dos rins responsável pela filtração da urina); tiver níveis de potássio ou de sódio no sangue muito baixos que não melhoram com o tratamento; tiver excesso de cálcio no sangue; hipovolemia (diminuição do volume de sangue); hiperuricemia sintomática/gota (aumento do ácido úrico); se estiver usando o medicamento alisquireno e concomitantemente tiver diabetes mellitus ou problemas nos rins (taxa de filtração glomerular < 60 mL/min/1,73 m2).

Este medicamento é contraindicado durante a gravidez, especialmente no segundo e terceiro trimestres de gestação (de 4 a 9 meses) e durante a amamentação.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.

Bramicar® HCT deve ser administrado uma vez ao dia na dose prescrita pelo médico, com ou sem alimento.

O médico irá especificar a dose de Bramicar® HCT (40 mg + 12,5 mg, 80 mg + 12,5 mg ou 80 mg + 25 mg) adequada para o seu tratamento, podendo aumentar gradativamente a dose de telmisartana antes de substituí-la por Bramicar® HCT ou fazer a troca direta da monoterapia pelo Bramicar® HCT.

Bramicar® HCT pode ser administrado caso sua pressão arterial não esteja adequadamente controlada com telmisartana ou com hidroclorotiazida ou se sua pressão arterial já estava estabilizada com telmisartana e hidroclorotiazida administradas separadamente.

Quando o médico achar necessário, Bramicar® HCT pode ser administrado com outra droga anti-hipertensiva.

Em pacientes com hipertensão grave, o tratamento com telmisartana em doses de até 160 mg como monoterapia e em associação com 12,5 a 25 mg de hidroclorotiazida, diariamente, foi bem tolerado e eficaz.

O máximo efeito anti-hipertensivo é geralmente obtido após 4 a 8 semanas de tratamento.

Alterações do funcionamento dos rins

Não é necessário que seu médico ajuste a dose, mas recomenda-se monitoração periódica da função renal.

Alterações do funcionamento do fígado

Se você tiver disfunção do fígado de leve a moderada, não deve exceder a dose de 40 mg + 12,5 mg uma vez ao dia de Bramicar® HCT.

Idosos

Não é necessário ajuste da dose.

Crianças e adolescentes

Ainda não se estabeleceu a segurança e a eficácia de Bramicar® HCT em crianças e adolescentes de até 18 anos.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

Continue tomando as próximas doses regularmente no horário habitual.

Não duplique a dose na próxima tomada.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou de cirurgião-dentista.

Desidratação

Se tiver desidratação como consequência do uso de terapia diurética vigorosa, dieta com restrição de sódio (sal), diarreia ou vômitos, poderá ocorrer queda da pressão, especialmente após a primeira dose de Bramicar® HCT. Nesse caso, recomenda-se que estas condições sejam resolvidas antes de começar o tratamento com Bramicar® HCT. Casos isolados de diminuição do sódio no sangue (hiponatremia) acompanhada por sintomas neurológicos (náusea, desorientação progressiva, perda de interesse, entusiasmo ou indiferença pelo cotidiano) foram observadas com o uso de hidroclorotiazida.

Alterações do funcionamento do fígado

Bramicar® HCT deve ser administrado com precaução se você tiver funcionamento alterado do fígado ou doença hepática em progressão, uma vez que pequenas alterações do equilíbrio de líquidos e eletrólitos podem precipitar coma hepático. Não há experiência clínica com Bramicar® HCT em pacientes com funcionamento alterado do fígado.

Alterações do funcionamento dos rins

Se a sua pressão alta for causada por um estreitamento das artérias que levam sangue para os rins, há um risco aumentado de grave queda da pressão. Se tiver insuficiência renal leve à moderada (mau funcionamento dos rins leve a moderado), Bramicar® HCT poderá ser utilizado, mas recomenda-se que seu médico o monitore periodicamente. Com o mau funcionamento dos rins, poderá ocorrer azotemia (aumento de ureia e creatinina no sangue).

Se você passou recentemente por um transplante renal, não deve usar Bramicar® HCT.

Problemas endocrinológicos

Não se recomenda o uso de Bramicar® HCT em pacientes com excesso do hormônio aldosterona no sangue devido a problemas da glândula suprarrenal (hiperaldosteronismo primário), pois geralmente esses pacientes não respondem ao tratamento com medicamentos da classe do Bramicar® HCT.

Problemas cardiológicos

Se apresentar estenose (estreitamento) da válvula aórtica ou da válvula mitral, ou cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (doenças das válvulas ou do músculo do coração que levam a obstrução do fluxo de sangue através das cavidades cardíacas), deve-se ter precaução especial ao usar Bramicar® HCT, assim como outros medicamentos vasodilatadores.

Desequilíbrio eletrolítico

Deve-se realizar a monitoração periódica dos níveis de eletrólitos no sangue (sódio, potássio, magnésio e fósforo, por exemplo) em intervalos regulares. O uso de hidroclorotiazida pode causar desequilíbrio dos níveis de eletrólitos e de líquidos no sangue. Os sintomas da falta dessas substâncias incluem boca seca, sede, fraqueza, sensação de corpo pesado e indisposição, sonolência, inquietação, dores ou câimbras musculares, fadiga muscular, queda da pressão, diminuição da quantidade de urina, taquicardia e alterações digestivas como enjoos e vômitos.

Diabetes mellitus

Sempre informe ao seu médico se você tem diabetes, pois ele precisará avaliar os vasos do seu coração (coronárias) antes de iniciar o tratamento com Bramicar® HCT. É importante que problemas cardiovasculares (doença arterial coronária) sejam diagnosticados e tratados, mesmo quando você não tiver nenhuma queixa ou sintoma, pois sem o diagnóstico e tratamento, o risco de sofrer um infarto ou morte inesperada pode aumentar. Com uso de Bramicar® HCT poderá ser necessário ajustar seus medicamentos para controle do diabetes. Além disto, se você tem diabetes latente (a doença já existe, mas ainda não se manifestou), o uso de diuréticos como a hidroclorotiazida pode levar à manifestação da doença.

Pode ocorrer aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos (gordura no sangue) com o uso de hidroclorotiazida, porém foram relatados poucos efeitos com a dose de 12,5 mg presente em Bramicar® HCT. Também pode ocorrer aumento do ácido úrico no sangue e desencadeamento de crises de gota (dor e inflamação da articulação por excesso de ácido úrico).

Lactose

A dose diária máxima de Bramicar® HCT contém 309,460 mg de lactose na concentração de 80 mg + 25 mg, 321,96 mg na concentração de 80 mg + 12,5 mg e 201,960 mg na concentração de 40 mg + 12,5 mg. Se tiver intolerância à galactose (por exemplo: galactosemia), não deverá tomar Bramicar® HCT.

Sódio

Cada comprimido de Bramicar® HCT 40 mg + 12,5 mg, 80 mg + 12,5 mg e 80 mg + 25 mg contém menos de 1 mmol de sódio (23 mg) e pode ser considerado praticamente livre de sódio.

Doença cardiovascular isquêmica

A diminuição excessiva da pressão arterial pode causar infarto do miocárdio ou derrame cerebral em pessoas com problemas de falta de circulação para o coração e o cérebro.

Geral

Se você tem histórico de alergia ou asma, tem maior probabilidade de ter reações alérgicas à hidroclorotiazida. Foram relatados casos de sensibilidade anormal à luz do sol (fotossensibilidade) durante o uso de medicamentos como a hidroclorotiazida. Se você tiver essa reação durante o tratamento, o seu médico deve ser informado e a interrupção do tratamento é recomendada. Se o uso do medicamento for essencial, você deve proteger a pele exposta ao sol ou a raios UVA artificiais.

Doenças reumatológicas

A hidroclorotiazida pode levar a uma piora da doença reumatológica chamada lúpus eritematoso sistêmico.

Alterações oculares

A hidroclorotiazida pode ocasionar efusão coroidal (sangramento atrás da retina), miopia temporária e aumento da pressão interna do olho (o risco é maior se você é alérgico a medicamentos como sulfonamidas ou penicilina). Assim, sempre informe seu médico se você sentir diminuição da visão ou dor nos olhos após usar Bramicar® HCT, pois ele poderá interromper seu tratamento.

Câncer de pele não-melanoma

Foi observado um risco aumentado de câncer de pele não-melanoma (que pode ser do tipo carcinoma basocelular e carcinoma de células escamosas), com o aumento da dose cumulativa de exposição à hidroclorotiazida. Portanto, verifique regularmente sua pele quanto ao aparecimento de qualquer lesão suspeita e, caso ocorra, informe imediatamente seu médico.

É importante que você tenha exposição limitada ao sol e aos raios UV e, em caso de exposição, deverá utilizar proteção solar adequada para diminuir o risco de câncer de pele. Se você já teve anteriormente câncer de pele não-melanoma, o seu médico precisa ser informado, pois ele pode decidir não utilizar a hidroclorotiazida.

Toxicidade respiratória aguda

Após o uso de hidroclorotiazida, foram relatados casos graves muito raros de toxicidade respiratória aguda, incluindo síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Se houver suspeita de diagnóstico de SDRA, o seu médico deve ser informado para que o uso de Micardis HCT seja interrompido e o tratamento adequado seja iniciado. Caso você tenha tido SDRA anteriormente após usar hidroclorotiazida, avise seu médico, pois a hidroclorotiazida não poderá ser usada.

Efeitos na capacidade de dirigir e operar máquinas

Este medicamento pode prejudicar a habilidade de dirigir ou de trabalhar sem a adequada proteção. Você deve ter cautela ao dirigir veículos ou operar máquinas, pois poderá sentir tontura ou sonolência durante o tratamento.

Este medicamento pode causar doping.

Gravidez e amamentação

Se planeja engravidar, converse com seu médico, pois poderá ser necessário substituir Bramicar® HCT por outro medicamento. Você só deverá usar Bramicar® HCT durante a gravidez se o médico considerar absolutamente necessário. Se engravidar durante o uso de Bramicar® HCT interrompa o tratamento e procure seu médico imediatamente. O recém-nascido precisará ser monitorado de perto para verificar a função dos rins, ossos do crânio e a pressão arterial. Estudos demonstraram que o uso da telmisartana no segundo e terceiro trimestres da gestação pode causar diminuição da função dos rins, redução do líquido amniótico, atraso na formação dos ossos do crânio no feto, bem como falência renal, pressão arterial baixa e aumento do cálcio do sangue do recém-nascido. Sabe-se que a hidroclorotiazida pode comprometer a troca de sangue entre o feto e a placenta, causando efeitos como icterícia (coloração amarelada da pele), alteração nos eletrólitos (sais) do sangue e diminuição de plaquetas (células do sangue responsáveis pela coagulação do sangue).

Bramicar® HCT não deve ser usado para tratar edema (inchaço) ou pressão sanguínea alta causados pela gravidez, ou para pré-eclâmpsia (transtorno da gravidez caracterizado pelo aumento da pressão arterial, inchaço generalizado e liberação de proteínas na urina), pois pode expor o feto a riscos.

Bramicar® HCT é contraindicado durante a amamentação, uma vez que não se sabe se a telmisartana é excretada no leite materno em humanos. Estudos em animais mostraram a presença de telmisartana no leite. A hidroclorotiazida (HCT) é excretada no leite humano e pode inibir a lactação (produção de leite).

Este medicamento não deve ser utilizado no primeiro trimestre de gravidez (de 1 a 3 meses).

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Resumo das reações adversas 

- Reações adversas Frequência
Infecções e infestações Sepse (infecção generalizada, incluindo desfecho fatal - óbito)² Rara²
Bronquite (inflamação dos brônquios)¹ Rara¹
Faringite (inflamação da parte inferior da garganta)¹ Rara¹
Sinusite (inflamação dos seios nasais)¹ Rara¹
Infecção do trato respiratório superior² Incomum²
Infecção do trato urinário² Incomum²
Cistite (infecção urinária localizada na bexiga)² Incomum²
Sialadenite (inflamação da glândula salivar)³ Desconhecida³
Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incluindo cistos e pólipos) Carcinoma basocelular³ Desconhecida³
Carcinoma de células escamosas do lábio³ Desconhecida³
Carcinoma de células escamosas da pele³ Desconhecida³
Distúrbios do sangue e do sistema linfático Anemia² Incomum²
Trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue)²,³ Rara²,³
Púrpura trombocitopênica (diminuição do número de plaquetas no sangue com púrpura, que são manchas vermelhas na pele)³ Desconhecida³
Eosinofilia (aumento do número de eosinófilos no sangue)² Rara²
Anemia aplástica (diminuição de todos os tipos de células do sangue)³ Desconhecida³
Anemia hemolítica (quebra anormal de hemácias nos vasos sanguíneos)³ Desconhecida³
Insuficiência da medula óssea (órgão que produz as células do sangue)3 Desconhecida³
Leucopenia (redução no número de leucócitos, que são células de defesa do sangue)³ Desconhecida³
Agranulocitose (diminuição dos leucócitos granulócitos – neutrófilos, basófilos e eosinófilos – tipos de células brancas do sangue)³ Desconhecida³
Neutropenia (diminuição do número de neutrófilos – células brancas do sangue responsáveis pela defesa contra infecções)³ Desconhecida
Distúrbios do sistema imunológico Reações anafiláticas (reação alérgica grave)²,³ Rara², deconhecida³
Hipersensibilidade (alergia)²,3 Rara², deconhecida³
Distúrbios do metabolismo e nutrição Hipocalemia (diminuição do potássio no sangue)¹, ³ Incomum¹, Muito comum³
Hiponatremia (diminuição do sódio no sangue)¹, ² , ³ Rara¹ , ² ,Comum³
Hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue) ¹, ³ Rara¹, Comum³
Hipercalemia (aumento do potássio no sangue)² Incomum²
Hipoglicemia em pacientes diabéticos (diminuição da glicose no sangue) ² Rara²
Hipovolemia (diminuição do volume de sangue)³ Desconhecida
Desequilíbrio eletrolítico (alteração dos eletrólitos no sangue – sódio e potássio, por exemplo)³ Desconhecida
Anorexia (perda do apetite)³ Desconhecida
Diminuição do apetite³ Desconhecida³
Hiperglicemia (aumento da glicose no sangue)³ Desconhecida³
Hiperlipidemia (aumento de gordura no sangue)³ Desconhecida³
Hipomagnesemia (diminuição do magnésio no sangue)³ Desconhecida³
Hipercalcemia (aumento de cálcio no sangue)³ Desconhecida³
Alcalose hipoclorêmica (deficiência ou perda extrema de cloreto)³ Desconhecida³
Controle inadequado da diabetes mellitus³ Desconhecida³
Distúrbios psiquiátricos Ansiedade¹,² Incomum¹, Rara²
Depressão¹,²,³ Rara¹,³, Incomum²
Inquietação³ Desconhecida
Insonia¹,² Rara¹, Incomum²
Distúrbios do sistema nervoso Tontura¹,³ Comum¹, Rara³
Sincope (desmaio) ¹,² Incomum¹ , ²
Parestesia (dormência/formigamento)¹,³ Incomum¹, Rara³
Alterações do sono¹,³ Rara¹,³
Cefaleia (dor de cabeça)³ Rara³
Distúrbios da visão Deficiência visual¹,²,³ Rara¹,²,³
Visão turva¹ Rara¹
Glaucoma de ângulo fechado (alteração da pressão intraocular)³ Desconhecida³
Efusão coroidal (sangramento atrás da retina)³ Desconhecida³
Xantopsia (alteração visual na qual todos os objetos parecem ter a cor amarela)³ Desconhecida
Miopia aguda Desconhecida
Distúrbios do ouvido e labirinto Vertigem (tonturas rotatórias)¹,² Incomum¹,²
Distúrbios cardíacos Arritmia (alterações do ritmo do coração)¹,³ Incomum¹, Rara³
Taquicardia (frequência de batimentos cardíacos aumentada)¹,² Incomum², Rara²
Bradicardia (diminuição dos batimentos do coração)² Incomum²
Distúrbios vasculares Hipotensão (queda da pressão)¹,² Incomum¹,²,
Hipotensão ortostática (queda da pressão ao se levantar)¹,²,³ Incomum¹,², Comum³
Vasculite Necrosante³ Muito rara³
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais Dispneia (falta de ar,² Incomum¹ , ²
Dificuldade respiratória (falta de ar severa)¹,³ Muito rara¹,³
Pneumonia (inflamação dos pulmões)¹,³ Muito rara¹,³
Edema pulmonar (aumento de líquidos nos pulmões)¹,³ Muito rara¹,³
Síndrome do desconforto respiratório agudo (doença na qual os pulmões não conseguem funcionar adequadamente, impedindo que o corpo receba oxigênio adequadamente, podendo levar à morte)3 Muito rara3
Distúrbios gastrointestinais Diarreia¹,²,³ Incomum¹,², Rara³
Boca seca¹,² Incomum¹, Rara²
Flatulência (gases,² Incomum¹,²
Dor abdominal¹,² Rara¹, Incomum²
Constipação (prisão de ventre)¹,³ Rara¹ , ³
Dispepsia (dores no estômago)¹,² Rara¹, Incomum²
Vômito¹,²,³ Rara¹, Incomum², Comum³
Gastrite¹ Rara¹
Desconforto abdominal²,³ Rara² , Rara3
Pancreatite (inflamação no pâncreas)³ Muito rara³
Náusea (enjoo Comum³
Distúrbios hepatobiliares Função hepática anormal/ distúrbio do fígado (alterações da função do fígado)¹,² Maioria dos casos de função hepática anormal/ distúrbio do fígado da experiência póscomercialização com telmisartana ocorreu em pacientes no Japão, que são mais propensos a apresentar estas reações adversas Rara¹,²
Icterícia (cor amarelada da pele e no branco dos olhos causada por problemas no fígado)³ Rara³
Colestase ³ Rara³
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo Angioedema (inchaço do rosto, lábios, língua e garganta, com desfecho fatal – risco de morte) ¹,² Rara¹,²
Eritema (manchas vermelhas na pele)¹, ² Rara¹,²
Prurido (coceira,² Rara¹, Incomum²
Rash (manchas na pele)¹,²,³ Rara¹, Incomum², Comum³
Hiperidrose (aumento do suor)¹,² Rara¹,², Incomum²
Urticaria (placas elevadas na pele com ou sem coceira)¹,² ,³ Rara¹ , ², Comum³
Eczema (manchas na pele avermelhadas e/ou esbranquiçadas com descamação e coceira)² Rara ²
Farmacodermia (lesões avermelhadas na pele causadas por alergia a medicamentos ou por toxicidade do medicamento)² Rara²
Erupção cutânea tóxica (doença grave com alterações na pele)² Rara²
Necrólise epidérmica tóxica (lesões graves na pele com formação de bolhas e necrose)³ Muito rara³
Síndrome semelhante ao lúpus3 Muito rara³
Lúpus eritematoso cutâneo³ Muito rara³
Vasculite cutânea (inflamação dos vasos sanguíneos da pele)3 Desconhecida³
Reação de fotossensibilidade (sensibilidade à luz)³ Rara³
Eritema multiforme ( lesões avermelhadas na pele causadas por reação alérgica ou imunológica geralmente devido a medicamentos)³ Desconhecida³
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conectivo Dor nas costas¹,² Incomum¹,²
Espasmos musculares (câimbras nas pernas, contração dos músculos) ¹,² ,³ Incomum¹ , ² , Desconhecida³
Mialgia (dor muscular)¹ , ² Incomum¹,²
Artralgia (dores nas articulações)¹,² Rara¹,²
Dor nas extremidades (dor nas pernas) ¹,² Rara¹,²
Artrose (enrijecimento das articulações)² Rara
Dor no tendão (sintomas similares à tendinite - inflamação nos tendões)² Rara²
Fraqueza³ Desconhecida
Lúpus eritematoso sistêmico (doença reumatológica)¹ Baseado em experiência pós-comercialização. Rara¹
Distúrbios renais e urinários Insuficiência renal (incluindo lesão renal aguda) ¹,² ,³ Incomum¹ , ², Desconhecida³(insuficiência renal), Incomum3 (lesão renal aguda)
Nefrite intersticial (inflamação nos rins)³ Desconhecida
Disfunção renal³ Desconhecida
Glicosúria (açúcar na urina)³ Rara³
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas Disfunção erétil¹,³ Incomum¹, Comum³
Distúrbios gerais e condições do local de administração Dor no peito¹ , ² Incomum¹ , ²
Doença similar à gripe¹ , ² Rara ¹ , ²
Dor¹ Rara ¹
Astenia (fraqueza, cansaço/desânimo) ²,³ Incomum²,³
Pirexia (febre Desconhecida³
Investigações Aumento do ácido úrico no sangue¹,² Incomum¹, Rara²
Aumento da creatinina no sangue¹,² Rara¹, Incomum²
Aumento das enzimas hepáticas (do fígado)¹,² Rara ¹,²
Aumento da creatina fosfoquinase no sangue (enzima muscular)¹,² Rara ¹,²
Diminuição da hemoglobina¹,² Rara ¹,²
Aumento dos triglicerídeos no sangue³ Desconhecida

 1 Reações adversas da combinação de dose fixa de telmisartana + hidroclorotiazida.
2 Reações adversas da telmisartana como monoterapia na indicação para hipertensão ou em pacientes com 50 anos ou mais com alto risco de eventos cardiovasculares.
3 Reações adversas da hidroclorotiazida como monoterapia.

  • Reações comuns: ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento.
  • Reações incomuns: ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento.
  • Reações raras: ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento.
  • Reações muito raras: ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes.
  • Reações com frequências desconhecidas: não foi possível calcular a frequência com base nos dados disponíveis.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

Comprimido 40 mg + 12,5 mg, 80 mg + 12,5 mg e 80 mg + 25 mg

Embalagem contendo 10, 20, 30, 60, 90*, 100** ou 200** unidades.

*Embalagem fracionável.
**Embalagem hospitalar.

Uso oral.

Uso adulto.

Cada comprimido de 40 mg + 12,5 mg contém:

Telmisartana 40 mg
Hidroclorotiazida 12,5 mg
Excipiente q.s.p.* 1 comprimido 

Excipiente: lactose monoidratada, meglumina, povidona, hidróxido de sódio, crospovidona, celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, óxido de ferro vermelho e amido.

Cada comprimido de 80 mg + 12,5 mg contém:

Telmisartana 80 mg
Hidroclorotiazida 12,5 mg
Excipiente q.s.p.* 1 comprimido 

Excipiente: lactose monoidratada, meglumina, povidona, hidróxido de sódio, crospovidona, celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, óxido de ferro vermelho e amido.

Cada comprimido de 80 mg + 25 mg contém:

Telmisartana 80 mg
Hidroclorotiazida 25 mg
Excipiente q.s.p. 1 comprimido 

Excipiente: lactose monoidratada, meglumina, povidona, hidróxido de sódio, crospovidona, celulose microcristalina, dióxido de silício, estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, óxido de ferro amarelo e amido.

Os principais sinais e sintomas de dose excessiva são queda da pressão, taquicardia ou bradicardia (aceleração ou diminuição dos batimentos do coração), desidratação devido ao excesso de diurese, além de enjoos e sonolência.

O tratamento deve ser sintomático e de manutenção, dependendo de quando ocorreu a ingestão e da gravidade dos sintomas. Eletrólitos séricos e creatinina (exames de sangue) devem ser monitorados frequentemente. Se ocorrer queda de pressão, o paciente deve ser colocado deitado de costas e receber reposições de sal e líquido rapidamente.

Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. 

A telmisartana pode aumentar o efeito de outros medicamentos que diminuem a pressão arterial.

Se você usa lítio (para tratamento de depressão ou outros problemas psiquiátricos), pode ocorrer aumento da concentração de lítio no sangue e aumento do potencial de toxicidade.

A administração concomitante de medicamentos anti-inflamatórios (ácido salicílico, diclofenaco potássico), sem hidratação adequada, pode aumentar o risco de lesão nos rins, e pode reduzir o efeito diurético da hidroclorotiazida.

Medicações como:

  • Outros diuréticos, laxantes (como picossulfato de sódio, bisacodil), corticosteroides (como prednisona, hidrocortisona), anfotericina, penicilina G sódica, ácido salicílico e anti-inflamatórios (como diclofenaco potássico) podem aumentar o efeito da perda de potássio. Já outros diuréticos (por exemplo espironolactona), substitutos do sal contendo potássio, suplementação de potássio e outros medicamentos como a heparina sódica podem aumentar os níveis desta substância.

Uma série de substâncias podem interagir com a hidroclorotiazida, tais como:

  • Álcool, metformina, outros antidiabéticos orais e insulina, colestiramina e colestipol (interceptadores de sais biliares), glicosídeos digitálicos (por exemplo digoxina), aminas simpaticomiméticas (por exemplo noradrenalina), relaxantes musculares esqueléticos não despolarizantes (utilizados para anestesia geral, como por exemplo tubocurarina), medicamentos que tratam gota (por exemplo: alopurinol), suplementos de cálcio, betabloqueadores (por exemplo, atenolol, propranolol), agentes anticolinérgicos (por exemplo, atropina, biperideno), amantadina, drogas citotóxicas (por exemplo, ciclofosfamida, metotrexato).

Caso você esteja desidratado devido ao uso de diuréticos (medicamentos como a hidroclorotiazida), o risco de insuficiência renal aguda é aumentado, principalmente durante o uso de contrastes iodados. Portanto, antes de usar produtos que contenham iodo, é necessário estar bem hidratado.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

Resultados de Eficácia


Em humanos, uma dose de 80 mg de telmisartana inibiu quase completamente os aumentos de pressão arterial induzidos pela angiotensina II. Este efeito inibidor mantém-se durante 24 horas e pode ser detectado após 48 horas.

Telmisartana + hidroclorotiazida (HCT)

Os efeitos da terapia combinada telmisartana e HCT foram avaliados em três estudos que incluíram pacientes com hipertensão leve a moderada. Os resultados demonstraram de forma consistente que a associação produziu maiores respostas na pressão arterial que o uso de cada um dos agentes isolados. Além disso, a eficácia pôde ser alcançada com baixas doses de HCT, minimizando o potencial para eventos adversos, associados aos tiazídicos.

Em um estudo de dose única diária de telmisartana 80 mg/HCT 12,5 mg, por 8 semanas, ocorreu redução de ambas, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) de modo significativamente maior que com cada um dos componentes isolados (p < 0,01 vs. cada componente isolado). A telmisartana 40 mg/HCT 12,5 mg também reduziu significativamente a PA comparado com os componentes isolados, mas de forma menos intensa2 .

Neste estudo de 8 semanas, duplo-cego, de grupos paralelos, placebo controlado, com dose fixa, com um desenho fatorial 4x5 (20 diferentes grupos de tratamento), um total de 818 pacientes receberam:

Placebo, telmisartana 20, 40, 80 ou 160 mg isolado ou em combinação com HCT 6,25, 12,5 ou 25 mg. A alteração, ajustada, na PAS e PAD para cada grupo de tratamento após 8 semanas de tratamento telmisartana 80 mg/HCT 12,5 mg foi significativamente melhor que os componentes isolados na redução da PAS e da PAD (p<0,01). Para esta combinação, a redução observada na média das PAS e PAD em posição supina foi de 23,9 e 14,9 mmHg, respectivamente. Em contraste, as alterações observadas na média das PAS e PAD foram de –15,4 e –11,5 mmHg, respectivamente, com telmisartana 80 mg, de -6,9 e -4,6 mmHg, respectivamente, com HCT 12,5 mg e de -2,9 e –3,8 mmHg, respectivamente, com placebo. O tratamento com telmisartana 80 mg/HCT 12,5 mg foi equivalente para um benefício de 8,5 e 3,4 mmHg na pressão arterial, respectivamente, sobre o uso de telmisartana 80 mg isolado e de 17 e 7,6 mmHg, respectivamente, sobre o uso da HCT 12,5 mg isolada. De modo semelhante, a mais alta taxa de resposta foi alcançada com a combinação telmisartana 80 mg/HCT 12,5 mg com 79% de taxa de resposta da PAD (definida como PAD supina ≤ 90 mmHg ou uma redução ≥ 10 mmHg, com relação ao basal) e uma taxa de resposta de 85% da PAS (definida como uma redução ≥ 10 mmHg em relação ao basal). Para os pacientes recebendo placebo a taxa de resposta da PAD e da PAS foi de 29% para ambas2 .

Além disso, a alta taxa vale-pico confirmou que o efeito anti-hipertensivo da terapia combinada foi mantida ao longo das 24 horas do intervalo de dose. Desta forma, a terapia combinada telmisartana/HCT pôde proporcionar proteção contra a elevação da PA matinal, quando a incidência de eventos cardiovasculares é maior. A combinação telmisartana 40 mg/HCT 12,5 mg foi significativamente melhor que cada um desses componentes isolados na redução da média da PAS (p < 0,01 para cada comparação, exceto vs. telmisartana 40 mg para PAD). Com a terapia combinada, a redução observada da média das PAS e PAD supinas foram de 18,8 e 12,6 mmHg, respectivamente. Isto se comparou com um benefício de 6,6 e 1,9 mmHg na pressão arterial, respectivamente, sobre a telmisartana 40 mg (em monoterapia) e 11,9 e 5,3 mmHg, respectivamente sobre a HCT 12,5 mg isolada. A magnitude desta resposta foi menos intensa que a resposta da combinação telmisartana 80 mg/HCT 12,5 mg. Todos os regimes de tratamento foram bem tolerados e a adição da telmisartana à HCT tendeu a melhorar as reduções relacionadas com a dose, no potássio sérico, o que está associado com a HCT em monoterapia2 .

Prevenção de mortalidade e lesão cardiovascular

O estudo ONTARGET1 comparou os efeitos da telmisartana, ramipril e da combinação de telmisartana e ramipril sobre os desfechos cardiovasculares em 25.620 pacientes com idade igual ou superior a 55 anos, com história de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica ou diabetes mellitus associada à evidências de danos a órgãos-alvo (por exemplo, retinopatia, hipertrofia ventricular esquerda, macro ou microalbuminúria), que representam uma grande parte dos pacientes com alto risco cardiovascular.

Os pacientes foram randomizados para um dos três seguintes grupos de tratamento:

  • Telmisartana 80 mg (n = 8.542), ramipril 10 mg (n = 8.576), ou combinação de telmisartana 80 mg e ramipril 10 mg (n = 8.502), seguidos de um tempo médio de observação de 4,5 anos. A população estudada era 73% masculina, 74% caucasiana, 14% asiática e 43% tinham idade igual ou superior a 65 anos. Cerca de 83% dos pacientes randomizados apresentavam hipertensão: 69% tinham história de hipertensão na randomização e mais 14% tinham leituras reais de pressão arterial acima de 140/90 mmHg. No início, 38% do total de pacientes tinham história médica de diabetes e mais 3% apresentavam glicemia de jejum elevada. A terapia de base incluía ácido acetilsalicílico (76%), estatinas (62%), betabloqueadores (57%), bloqueadores dos canais de cálcio (34%), nitratos (29%) e diuréticos (28%).

O desfecho primário foi uma composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio, acidente vascular cerebral não-fatal ou hospitalização por insuficiência cardíaca congestiva.

A adesão ao tratamento foi melhor para telmisartana do que para ramipril ou para a combinação de telmisartana e ramipril, embora a população do estudo tenha sido pré-selecionada para tolerância ao tratamento com um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA). A análise dos eventos adversos que levaram à descontinuação permanente do tratamento e dos eventos adversos graves mostrou que tosse e angioedema foram menos frequentemente relatados em pacientes tratados com telmisartana do que com ramipril, enquanto que hipotensão foi mais frequentemente relatada com telmisartana.

A telmisartana teve eficácia similar ao ramipril na redução do desfecho primário, com ocorrências similares nos braços com telmisartana (16,7%), ramipril (16,5%) e com a combinação de telmisartana e ramipril (16,3%). A razão de risco (HR) para telmisartana vs. ramipril foi de 1,01 [IC 97,5% 0,93-1,10, p (não-inferioridade) = 0,0019]. Verificou-se que o efeito do tratamento persiste após correções para diferenças na pressão arterial sistólica no basal e ao longo do tempo. Não houve diferença nos resultados do desfecho primário com base na idade, sexo, raça, terapia basal ou doença subjacente.

A telmisartana mostrou-se também similarmente eficaz ao ramipril em vários desfechos secundários pré-especificados, incluindo uma composição de morte cardiovascular, infarto não-fatal do miocárdio e acidente vascular cerebral não-fatal, desfecho primário no estudo de referência HOPE, que havia investigado o efeito do ramipril vs. placebo3 . A razão de risco (HR) da telmisartana vs. ramipril para este desfecho no ONTARGET foi de 0,99 [IC 97,5% 0,90-1,08, p (não-inferioridade) = 0.0004].

A combinação de telmisartana e ramipril não acrescentou benefício sobre a monoterapia com ramipril ou telmisartana. Além disso, houve uma incidência significativamente maior de hipercalemia, insuficiência renal, hipotensão e síncope no grupo da combinação.1 Portanto, o uso da combinação de telmisartana e ramipril não é recomendado nesta população.

Estudos epidemiológicos demonstraram que o tratamento a longo prazo com hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e morbidade cardiovasculares.4

Referências bibliográficas:

1. Yusuf S, Svaerd R, Rohr K, Hoesl C, Schumacher H. ONgoing Telmisartan Alone and in Combination with Ramipril Global Endpoint Trial (ONTARGET).
2. Mcgill JB, Reilly PA. Telmisartan plus hydrochlorothiazide versus telmisartan or hydrochlorothiazide monotherapy in patients with mild to moderate hypertension: a multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel-group trial. Clin Ther. 2001; 23(6):833-50.
3. Yusuf S, Sleight P, Pogue J, Bosch J, Davies R, Dagenais G, et al. Effects of an angiotensin-converting-enzyme inhibitor, ramipril, on cardiovascular events in high-risk patients.N Engl J Med 2000;342(3):145-53.
4. Chen P, Chaugai S, Zhao F, Wang DW. Cardioprotective Effect of Thiazide-Like Diuretics: A Meta-Analysis. Am J Hypertens. 2015; 28(12):1453-63.

Características Farmacológicas


Modo de ação

Telmisartana + Hidroclorotiazida é uma combinação de um BRA (bloqueador do receptor de angiotensina II - telmisartana) e um diurético tiazídico (hidroclorotiazida). A combinação desses princípios ativos exerce um efeito anti-hipertensivo adicional reduzindo a pressão sanguínea para um melhor nível do que o obtido com cada componente isolado.

Telmisartana + Hidroclorotiazida, administrado uma vez ao dia, na faixa de doses terapêuticas, promove redução efetiva e gradativa na pressão arterial.

Telmisartana

É um bloqueador específico dos receptores da angiotensina II (tipo AT1), eficaz por via oral. A telmisartana desloca, com afinidade muito elevada, a angiotensina II de seus sítios de ligação no receptor AT1, o qual é responsável pelas ações conhecidas da angiotensina II. A telmisartana não apresenta qualquer atividade agonista parcial no receptor AT1 e liga-se seletivamente a esses receptores. Esta ligação é de longa duração.

A telmisartana não apresenta afinidade por outros receptores, incluindo o AT2 e outros receptores AT menos caracterizados. A função destes receptores não é conhecida, nem os efeitos da possível superestimulação pela angiotensina II, cujos níveis são aumentados pela telmisartana. Os níveis de aldosterona plasmática são diminuídos pela telmisartana. A telmisartana não inibe a renina plasmática humana nem bloqueia canais iônicos. A telmisartana não possui efeito inibitório sobre a ECA (quininase II), que também degrada a bradicinina. Portanto não se espera uma potencialização de efeitos adversos mediados pela bradicinina.

Hidroclorotiazida

É um diurético tiazídico. O mecanismo do efeito anti-hipertensivo dos diuréticos tiazídicos não está totalmente elucidado. A tiazida tem influência sobre os mecanismos tubulares renais de reabsorção de eletrólitos, aumentando diretamente a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. A ação diurética da hidroclorotiazida reduz o volume plasmático, aumenta a atividade da renina plasmática, aumenta a secreção de aldosterona, com consequentes aumentos na perda de potássio e bicarbonato através da urina e diminuição de potássio sérico. Supõe-se que através do bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona, a coadministração de telmisartana tende a reverter a perda de potássio associada a esses diuréticos. Com hidroclorotiazida, o início da diurese ocorre em 2 horas e o efeito máximo ocorre em cerca de 4 horas, enquanto a ação persiste por aproximadamente 6 a 12 horas.

São atualmente desconhecidos os efeitos da combinação de doses fixas de telmisartana/HCT na mortalidade e morbidade cardiovascular.

Farmacodinâmica

Telmisartana

Após a administração da primeira dose de telmisartana, o início da atividade anti-hipertensiva gradualmente se torna evidente dentro de 3 horas. A redução máxima da pressão arterial é normalmente obtida 4 semanas após o início da terapêutica, mantendo-se durante o tratamento de longa duração.

O efeito anti-hipertensivo permanece constante durante 24 horas após a administração, incluindo as últimas 4 horas antes da próxima dose, como foi demonstrado por medições ambulatoriais de pressão arterial. Este fato é confirmado pelas relações vale-pico consistentemente acima de 80%, verificadas após doses de 40 e 80 mg de telmisartana em estudos clínicos controlados com placebo. Em pacientes hipertensos, a telmisartana reduz a pressão arterial diastólica e sistólica, sem afetar a frequência cardíaca. A eficácia anti-hipertensiva de telmisartana foi comparada a fármacos representantes de outras classes de anti-hipertensivos (em estudos clínicos comparando telmisartana com fármaco tais como anlodipino, atenolol, enalapril, hidroclorotiazida, losartana, lisinopril, ramipril e valsartana).

Após a interrupção abrupta da administração de telmisartana, a pressão arterial retorna gradualmente aos valores anteriores ao tratamento, ao fim de vários dias, sem evidências de efeito-rebote.

A incidência de tosse seca foi significativamente menor em pacientes tratados com telmisartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA em estudos clínicos comparando diretamente os dois tratamentos anti-hipertensivos.

Farmacocinética

A administração concomitante de hidroclorotiazida e telmisartana não interfere na farmacocinética de cada fármaco.

Telmisartana

Absorção

O pico de concentração de telmisartana é atingido em 0,5 a 1,5 horas após administração oral. A biodisponibilidade absoluta de 40 mg e 160 mg de telmisartana foi de 42% e 58%, respectivamente. A administração concomitante com alimentos reduz levemente a biodisponibilidade de telmisartana com a redução da área sob a curva de concentração plasmática x tempo (AUC) de cerca de 6% com o comprimido de 40 mg e cerca de 19% após a dose de 160 mg. Três horas após a administração, as concentrações plasmáticas são semelhantes, quer a telmisartana seja tomada em jejum, quer com alimentos.

Não é de se esperar que a pequena redução na AUC cause uma redução na eficácia terapêutica.

Distribuição

Telmisartana liga-se predominantemente às proteínas plasmáticas (> 99,5%), principalmente à albumina e à glicoproteína ácida alfa-1. O volume aparente de distribuição de telmisartana é de cerca de 500 L indicando ligação tecidual adicional.

Biotransformação

Após administração intravenosa ou oral de telmisartana marcada com C14, a maior parte da dose de telmisartana administrada (> 97%) foi eliminada nas fezes via excreção biliar. Encontraram-se somente ínfimas quantidades na urina. A telmisartana é metabolizada por conjugação para a forma farmacologicamente inativa acilglucuronídeo. O glucuronídeo do composto de origem foi o único metabólito identificado em humanos. Após dose única de telmisartana marcada com C14, o glucuronídeo representa aproximadamente 11% da radioatividade medida no plasma. As isoenzimas do citocromo P450 não estão envolvidas no metabolismo de telmisartana.

Eliminação

A depuração plasmática total de telmisartana após administração oral é > 1.500 mL/min. A meia-vida de eliminação terminal foi > 20 horas.

Linearidade

A farmacocinética de telmisartana administrada por via oral não é linear na faixa de doses situada entre 20 e 160 mg, apresentando aumentos das concentrações plasmáticas (Cmáx e AUC) maiores que os proporcionais com o aumento das doses. A telmisartana não se acumula significativamente no plasma após doses repetidas.

Hidroclorotiazida

Absorção

Após administração oral de Telmisartana + Hidroclorotiazida, os picos de concentração de hidroclorotiazida são alcançados em aproximadamente 1,0 a 3,0 horas após a administração. Baseada na excreção renal acumulativa de hidroclorotiazida, a biodisponibilidade absoluta foi cerca de 60%.

Distribuição

A porcentagem de ligação proteica de hidroclorotiazida no plasma é de 64% e seu volume aparente de distribuição é de 0,8 ± 0,3 L/kg.

Biotransformação

A hidroclorotiazida não é metabolizada em humanos e é excretada quase totalmente na forma inalterada pela urina.

Eliminação

Cerca de 60% da dose oral é eliminada como droga inalterada dentro de 48 horas. A depuração renal é cerca de 250 a 300 mL/min. A meia-vida de eliminação terminal de hidroclorotiazida situa-se entre 10 e 15 horas.

Diferença entre gêneros

As concentrações plasmáticas de telmisartana são geralmente 2 a 3 vezes maiores em mulheres do que em homens. Contudo, nos estudos clínicos, não ocorreram aumentos significativos na resposta de pressão sanguínea ou na incidência de hipotensão ortostática em mulheres. Não são necessários ajustes de doses. Houve uma tendência, sem relevância clínica, das concentrações plasmáticas de hidroclorotiazida serem maiores em mulheres do que em homens.

Pacientes idosos

A farmacocinética de telmisartana não difere entre pacientes idosos e aqueles com menos de 65 anos de idade.

Insuficiência renal

A excreção renal não contribui na depuração de telmisartana. Baseada na limitada experiência com pacientes portadores de insuficiência renal leve a moderada (depuração de creatinina de 30 a 60 mL/min, média de aproximadamente 50 mL/min), não são necessários ajustes de doses em pacientes com diminuição da função renal.

Em pacientes com função renal prejudicada, a taxa de eliminação de hidroclorotiazida é reduzida.

Em um estudo realizado em pacientes com depuração média de creatinina de 90 mL/min, a meia-vida de eliminação da hidroclorotiazida aumentou.

Em pacientes funcionalmente anéfricos, a meia-vida de eliminação é de cerca de 34 horas.

Insuficiência hepática

Em estudos farmacocinéticos em pacientes com insuficiência hepática, verificou-se um aumento na biodisponibilidade absoluta de até quase 100%. A meia-vida de eliminação não se alterou em pacientes com insuficiência hepática.

Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto do medicamento

  • Bramicar® HCT 40 mg + 12,5 mg e 80 mg + 12,5 mg: comprimido de dupla camada, sendo uma camada na cor branca a levemente amarelada e outra na cor rosa, circular, biconvexo e liso.
  • Bramicar® HCT 80 mg + 25 mg: comprimido de dupla camada, sendo uma camada na cor branca a levemente amarelada e outra na cor amarela, circular, biconvexo e liso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

MS-1.3569.0729

Farm. Resp.:
Dr. Adriano Pinheiro Coelho
CRF-SP nº. 22.883

Registrado por:
EMS Sigma Pharma Ltda.
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08
Bairro Chácara Assay
Hortolândia/SP - CEP: 13186-901
CNPJ: 00.923.140/0001-31
Indústria Brasileira.

Fabricado e embalado por:
EMS S/A.
​​​​​​​Hortolândia/SP

Venda sob prescrição médica.


Especificações sobre o Bramicar HCT

Caracteristicas Principais

Fabricante:

EMS Sigma Pharma

Necessita de Receita:

Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

Categoria do Medicamento:

Especialidades:

Cardiologia

Doenças Relacionadas:

Bula do Paciente:

BRAMICAR HCT É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE UM MÉDICO OU UM FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. MEDICAMENTOS PODEM CAUSAR EFEITOS INDESEJADOS. EVITE A AUTOMEDICAÇÃO: INFORME-SE COM SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO.

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Dose

Ajuda

40mg + 12.5mg

40mg + 12.5mg

80mg + 12.5mg

80mg + 12.5mg

80mg + 12.5mg

80mg + 25mg

Forma Farmacêutica

Ajuda

Comprimido

Comprimido

Comprimido

Comprimido

Comprimido

Comprimido

Quantidade na embalagem

Ajuda

10 Unidades

30 Unidades

10 Unidades

30 Unidades

60 Unidades

30 Unidades

Modo de uso

Uso oral

Uso oral

Uso oral

Uso oral

Uso oral

Uso oral

Substância ativa

Telmisartana + HidroclorotiazidaTelmisartana + HidroclorotiazidaTelmisartana + HidroclorotiazidaTelmisartana + HidroclorotiazidaTelmisartana + HidroclorotiazidaTelmisartana + Hidroclorotiazida

Preço Máximo ao Consumidor/SP

R$ 73,99

R$ 221,91

R$ 78,98

R$ 247,76

R$ 473,85

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Preço de Fábrica/SP

R$ 53,52

R$ 160,52

R$ 57,13

R$ 179,22

R$ 342,76

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Branca Comum (Venda Sob Prescrição Médica)

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