Bula do Nitrendipino Biosintética - Aché
Princípio Ativo: Nitrendipino
Classe Terapêutica: Antagonistas do Cálcio Puros
Nitrendipino Biosintética - Aché, para o que é indicado e para o que serve?
Este medicamento é destinado ao tratamento da hipertensão arterial (pressão alta) e da angina crônica estável (dor no peito causada por alteração no fluxo sanguíneo das artérias do coração).
Como o Nitrendipino Biosintética - Aché funciona?
A ação deste medicamento se dá pelo bloqueio dos canais de cálcio, o que leva à inibição da contração das células musculares dos vasos periféricos, causando sua dilatação. Por esse mecanismo, nitrendipino atua reduzindo a pressão arterial e diminuindo a resistência oferecida ao trabalho cardíaco pelo estado de constrição (estreitamento) dos vasos arteriais.
Nitrendipino manifesta efeito máximo dentro de quatro horas.
Quais as contraindicações do Nitrendipino Biosintética - Aché?
Este medicamento não deve ser usado por pessoas alérgicas ao nitrendipino ou a qualquer dos componentes de sua fórmula.
Este medicamento é contraindicado se você sofre de distúrbios da válvula aórtica (válvula do coração) que causam redução de sua abertura e prejudicam seu funcionamento (estenose aórtica grave).
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.
Como usar o Nitrendipino Biosintética - Aché?
A dosagem será orientada de acordo com a gravidade da doença em cada caso individualmente. Em geral, iniciase o tratamento com 10 ou 20 mg pela manhã, após o desjejum. Se o efeito anti-hipertensivo não for satisfatório, a dose poderá ser aumentada para até 40 mg, divididos em duas tomadas, pela manhã e à noite.
Crianças
Não há até o momento experiência pediátrica com nitrendipino e, por este motivo, não se recomenda a sua administração a crianças.
Idosos
Pacientes idosos podem responder a doses menores de nitrendipino (5 a 10 mg).
Insuficiência renal
Recomenda-se cautela e, se necessário, ajuste de dose nos casos de insuficiência renal crônica.
Insuficiência hepática
Devido ao extenso metabolismo hepático, deve-se iniciar com a menor dose efetiva (5 ou 10 mg/dia).
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Nitrendipino Biosintética - Aché?
Caso você esqueça-se de tomar a dose do medicamento prevista para o horário, aguarde o próximo horário para tomar o comprimido previsto. Em nenhuma hipótese devem ser tomados dois comprimidos simultaneamente em razão de esquecimento de tomada de uma das doses.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Nitrendipino Biosintética - Aché?
Não dirija veículos ou opere máquinas durante o tratamento com nitrendipino, pois sua habilidade e atenção podem ser prejudicadas. A ingestão concomitante de bebidas alcoólicas pode comprometer a capacidade de reação.
Pode ocorrer exacerbação da angina pectoris (dor no peito) durante o início do tratamento, aumento de dosagem e durante a retirada gradual do medicamento. Caso isso aconteça, avise seu médico para que o mesmo estabeleça a conduta necessária.
É recomendável cautela ao se iniciar o tratamento anti-hipertensivo em pacientes idosos, podendo-se em casos selecionados, iniciar o tratamento com doses reduzidas.
Recomenda-se cuidado e, se necessário, ajuste de dose nos casos de insuficiência renal crônica.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Nitrendipino Biosintética - Aché?
- Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça, tontura e rubor facial.
- Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): inchaço (principalmente no tornozelo), inchaço local, taquicardia reflexa (o coração bate mais rápido para tentar elevar a pressão arterial), palpitações (batimentos cardíacos perceptíveis), erupção cutânea, hiperplasia gengival induzida por medicamento (aumento do volume da gengiva), anorexia (falta de apetite), náusea (enjoo), constipação (prisão de ventre), dor muscular, câimbras, alteração do sono, disfunção sexual masculina e feminina, dispneia (dificuldade de respirar), tosse.
- Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): isquemia periférica (redução da circulação nas extremidades), piora da dor de angina (dor no peito), desmaio, hipotensão postural (queda súbita da pressão arterial quando um indivíduo assume a postura ereta), eritema multiforme (inflamação que causa lesões avermelhadas na pele), dermatite esfoliativa (inflamação com descamação intensa), anemia, diminuição dos glóbulos brancos no sangue (células de defesa), aumento excessivo da quantidade de plaquetas no sangue (células de coagulação), aumento AST (aspartato aminotransferase) e ALT (alanina aminotransferase) (enzimas produzidas no fígado, importantes como indicadores de lesão), fosfatase alcalina (enzima produzida em vários órgãos e encontrada no sangue), albumina sérica (indicador nutricional).
- Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): alterações eletrolíticas do soro (distúrbios das concentrações de componentes que circulam no sangue, como por exemplo, sódio, potássio, magnésio e cloro), agranulocitose (diminuição dos granulócitos, células de defesa do organismo), psicose, isquemia cerebrovascular (deficiência na circulação de sangue no cérebro), sensação de fraqueza, visão anormal, dor no olho, conjuntivite, diplopia (visão dupla dos objetos), olhos secos, alteração na acomodação visual, aumento do volume e frequência urinária, e enurese (liberação involuntária de urina durante a noite), íleo paralisado (paralisação dos músculos intestinais), hipotensão ortostática (redução excessiva da pressão arterial ao adaptar-se a posição vertical).
A literatura cita ainda as seguintes reações adversas:
- Ginecomastia em idosos (crescimento das mamas em homens), depressão, ansiedade, tremor, tinnitus (zumbido no ouvido), sangramento vaginal intenso.
Relatos de casos isolados descreveram fibrose pulmonar e insuficiência respiratória aguda, assim como outras reações adversas raras com outros antagonistas dos canais de cálcio.
As reações adversas ocorrem predominantemente no início do tratamento e geralmente são leves e transitórias, sendo incomum a necessidade de interrupção do uso do produto.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Apresentações do Nitrendipino Biosintética - Aché
Comprimidos revestidos de 10 mg e 20 mg
Embalagem com 30 comprimidos.
Uso oral.
Uso adulto.
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
Qual a composição do Nitrendipino Biosintética - Aché?
Cada comprimido de 10 mg contém:
10 mg de nitrendipino.
Excipientes: celulose microcristalina, amido, dióxido de silício, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio e amarelo de quinolina laca de alumínio (corante).
Cada comprimido de 20 mg contém:
20 mg de nitrendipino.
Excipientes: celulose microcristalina, amido, dióxido de silício, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, dióxido de titânio e amarelo de quinolina laca de alumínio (corante).
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Nitrendipino Biosintética - Aché maior do que a recomendada?
Os sintomas em caso de superdosagem ainda não são conhecidos. Podem ocorrer hipotensão grave (queda acentuada da pressão arterial) e taquicardia (aceleração das pulsações do coração).
Você não deve tomar qualquer tipo de substância para aliviar os sintomas sem procurar socorro médico. Em caso de superdose você deve procurar socorro médico o mais rápido possível e levar a embalagem com a bula do medicamento.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Nitrendipino Biosintética - Aché com outros remédios?
Interação medicamento-medicamento
Gravidade: Maior
Medicamento |
Efeito da interação |
Amiodarona |
Bradicardia (diminuição do ritmo de batimentos cardíacos), bloqueio atrioventricular e/ou parada sinusal |
Hipotensão grave durante anestesia |
|
Aumento das concentrações séricas de digoxina e toxicidade (náuseas, vômitos e arritmias) e aumento do risco de bloqueio cardíaco completo |
Gravidade: Moderada
Medicamentos |
Efeito da interação |
Acebutolol, alprenolol, atenolol, carvedilol, esmolol, labetalol, metoprolol, nadolol, nebivolol, oxprenolol, pindolol, propranolol, sotalol, timolol |
Aumento dos efeitos sobre o coração causando pressão baixa e bradicardia (lentificação dos batimentos cardíacos) |
Dalfopristina, quinupristina, saquinavir |
Aumenta o risco de toxicidade do nitrendipino, como: tontura, dor de cabeça, rubor na face, edema periférico (inchaço local) |
Delavirdina, indinavir, posaconazol |
Aumenta a concentração de nitrendipino no sangue |
Rifapentina |
Reduz a efetividade dos bloqueadores dos canais de cálcio |
Gravidade: Menor
Medicamento |
Efeito da interação |
Epirrubicina |
Aumento do risco de insuficiência cardíaca. É necessário monitoramento cauteloso da função cardíaca durante todo o tratamento concomitante de epirrubicina e bloqueadores de canais de cálcio |
Dexcetoprofeno, diclofenaco, diflunisal, dipirona, droxicam, ibuprofeno, indometacina, indoprofeno, cetoprofeno, cetorolaco, lornoxicam, meloxicam, naproxeno, nimesulida, piroxicam, tenoxicam |
Aumenta o risco de hemorragia gastrintestinal e/ou impede o efeito hipotensivo (baixar a pressão arterial) |
Aumenta a concentração de nitrendipino com possível toxicidade sobre o coração |
A literatura cita ainda que o uso associado de bloqueadores de canais de cálcio e betabloqueadores, durante anestesia com fentanila, deve ser utilizado com cuidado, pois pode ocorrer queda acentuada da pressão arterial.
Interação medicamento-substância química
Gravidade: Menor
Substância química |
Efeito da interação |
Ácido flufenâmico, ácido mefenâmico, ácido niflúmico, ácido tiaprofênico, zomepiraco |
Aumenta o risco de hemorragia gastrintestinal e/ou impede o efeito hipotensivo |
Interação medicamento-planta medicinal
Gravidade: Moderada
Planta medicinal |
Efeito da interação |
Ephedra (Ma Huang - planta originária da China) |
Reduz o efeito hipotensivo (redutor da pressão) dos bloqueadores dos canais de cálcio |
Óleo de menta ou mentol, ioimbina |
Reduz a efetividade dos bloqueadores dos canais de cálcio |
Erva de São João (Hypericum perforatum) |
Reduz a biodisponibilidade (quantidade e velocidade de absorção do fármaco) dos bloqueadores dos canais de cálcio |
Interação medicamento-alimento
Gravidade: Menor
Alimento |
Efeito da interação |
Suco de grapefruit (toranja) |
Aumenta a biodisponibilidade do nitrendipino (quantidade e velocidade de absorção do fármaco) |
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Interação Alimentícia: posso usar o Nitrendipino Biosintética - Aché com alimentos?
Interação medicamento-alimento
Gravidade: Menor
Efeito da interação | Alimento |
Aumenta a biodisponibilidade do nitrendipino | Suco de grapefruit (toranja) |
Qual a ação da substância do Nitrendipino Biosintética - Aché?
Resultados de Eficácia
Idosos com Hipertensão Sistólica Isolada
Em estudo clínico realizado para investigar se o tratamento anti-hipertensivo reduzia as complicações cardiovasculares em pacientes idosos com hipertensão sistólica isolada, pacientes (> 60 anos) foram aleatoriamente designados para o tratamento ativo (n=2398) com nitrendipino e uma possível adição de enalapril e hidroclorotiazida ou designados ao grupo comparativo com placebo (n=2297). Na análise da intenção de tratar, a diferença na pressão arterial entre os dois grupos elevou-se para 10.5/4.5 mmHg (P< 0.001). O grupo ativo reduziu o total de incidência de AVC (desfecho primário) em 42% (P = 0.003), de todos os desfechos cardíacos em 26% (P = 0.03), e de todos os desfechos cardiovasculares combinados em 31% (P < 0.001). A mortalidade cardiovascular foi ligeiramente menor no grupo com tratamento ativo (- 27%; P = 0.07), entretanto todas as causas de mortalidade não foram influenciadas (-14%; P = 0.22). Para a mortalidade total (P = 0.009) e para a mortalidade cardiovascular (P = 0.09) o benefício do tratamento anti-hipertensivo reduziu-se com o avanço da idade, no entanto, análises similares mostraram que o efeito do tratamento na mortalidade total foi mais acentuado com uma maior pressão arterial sistólica inicial (P = 0.05). Porém, este não foi o caso para os desfechos combinados. Outras análises realizadas também demonstraram benefício para os pacientes que estavam tomando nitrendipino como monoterapia. Pode-se concluir que o tratamento gradual com droga anti-hipertensiva que começa com um bloqueador de canal de cálcio di-hidropiridínico, como o nitrendipino, melhora o prognóstico de pacientes idosos com hipertensão sistólica isolada.
Numa população chinesa com 60 anos ou mais, foi realizado um estudo, onde inicialmente os pacientes começaram recebendo um mascaramento de placebo. Após este período, foram administrados alternadamente aos pacientes (n=1253) nitrendipino de 10-40 mg ao dia, com a adição de captopril 12,5-50,0 mg ao dia, ou hidroclorotiazida 12,5-50,0 mg ao dia, ou ambos, se uma queda suficiente da pressão arterial não fosse obtida. No restante dos pacientes (n = 1141) foi administrado similarmente placebo.
No início, a média da pressão arterial sistólica sentada era de 170,5 mmHg e a diastólica de 86,0 mmHg. A média de idade dos pacientes era de 66,5 anos, os quais apresentavam um colesterol sérico total de 5,1 mmol/l. Depois de 2 anos de acompanhamento, a pressão arterial sistólica e diastólica diminuíram para 10,9 mmHg e 1,9 mmHg no grupo placebo e para 20,0 mmHg e 5,0 mmHg no grupo com tratamento ativo. A diferença entre os grupos foi de 9,1 mmHg sistólica (IC 95% 7,6-10,7 mmHg) e 3,2 mmHg diastólica (IC 95% 2,4-4,0). O tratamento ativo reduziu o AVC total em 38% (de 28,4 para 17,4 desfechos por 1000 pacientes-ano, P = 0.003), a mortalidade cardiovascular em 39% (de 15,2 para 9,4 desfechos por 1000 pacientes-ano, P = 0.03), a mortalidade por AVC em 58% (de 6,9 para 2,9 desfechos por 1000 pacientes-ano, P = 0.02), e o desfecho cardiovascular fatal e neofatal em 37% (de 33,3 para 21,4 desfechos por 1000 pacientes-ano, P = 0.004). Concluiu-se que, o tratamento anti-hipertensivo previne o AVC e outras complicações cardiovasculares em pacientes chineses idosos com hipertensão sistólica isolada. O tratamento de 1000 pacientes chineses por 5 anos preveniu 55 mortes, 39 AVCs e 59 desfechos cardiovasculares maiores.
Outro estudo foi realizado para demonstrar que nitrendipino reduz a morbimortalidade em pacientes idosos com hipertensão sistólica isolada, onde foram divididos em 2 grupos: 1) pacientes diabéticos do tipo 2; e 2) pacientes não diabéticos.
Nesse estudo, pode-se observar que o nitrendipino como tratamento de primeira linha forneceu uma proteção maior contra eventos cardiovasculares fatal e não fatal, comparado com placebo. A redução do risco para a mortalidade cardiovascular foi de 70% (IC 95%: -89/- 18; P = 0.01), para eventos cardiovasculares fatal e não fatal foi de 61% (IC 95%: -79/-29; P = 0.001), para AVC fatal e não fatal foi de 65% (IC 95%: -86/-10; P = 0.02) e para eventos cardíacos fatal e não fatal foi de 61% (IC 95%: -83/-11; P = 0.02). Além disso, o nitrendipino como tratamento de primeira linha, reduz significativamente a mortalidade cardiovascular, os eventos cardiovasculares, AVCs e eventos cardíacos (P = 0.02; P = 0.007; P = 0.009; P = 0.04, respectivamente) no grupo dos diabéticos em comparação ao grupo dos não diabéticos, com uma grande tendência na mortalidade total (P = 0.07). Portanto, os resultados mostraram os benefícios do nitrendipino, como um tratamento de primeira linha, em pacientes hipertensivos com diabetes tipo 2.
Nitrendipino versus Captopril
Um estudo teve como objetivo avaliar a eficácia e a tolerabilidade do nitrendipino, em comparação com o captopril, em pacientes diabéticos hipertensivos com hipertrofia ventricular esquerda. Um total de 75 pacientes com diabetes tipo 2 estável (não tratados com insulina), com hipertensão de leve a moderada e com massa ventricular esquerda > 75 g/m2 foi incluído neste estudo. Após um período de 4 semanas de washout, 38 pacientes receberam tratamento com captopril e 37 pacientes receberam nitrendipino. A duração do tratamento foi de 36 semanas. Os resultados demonstraram que os dois grupos foram similares no que diz respeito à duração da diabetes e hipertensão, pressão arterial diastólica e sistólica em repouso, grau de hipertrofia ventricular esquerda, controle metabólico e taxa de excreção de albumina. As duas drogas também foram igualmente efetivas na redução da pressão arterial sistólica e diastólica (captopril: de 165 + 13/100 + 4 para 140 + 11/87 + 4 mmHg; nitrendipino: de 167 + 17/100 + 5 para 143 + 9/86 + 4 mmHg; P < 0.05) e na reversão de hipertrofia ventricular esquerda (nitrendipino: de 87 + 2 para 81 + 1 g/m2 ; captopril: de 89 + 2 para 85 + 2 g/m2 ; P = 0.0001). Nem o índice do volume ventricular esquerdo diastólico final, nem a fração de ejeção ventricular esquerda mudaram significativamente durante o período de tratamento. Concluiu-se que o nitrendipino é tão efetivo quanto o captopril na redução da pressão arterial diastólica e sistólica e na reversão da hipertrofia ventricular esquerda. Nenhuma das drogas mostrou apresentar eventos adversos em jejum, nos níveis de glicose e hemoglobina glicosilada, e mostraram manter constante a taxa de excreção de albumina.
Eficácia anti-hipertensiva
Um estudo duplo-cego, com 90 dias de duração, dividiu-se vinte indivíduos com hipertensão de leve a moderada em dois grupos: 1) grupo ativo com nitrendipino 20 mg por 30 dias; 2) grupo controle com uso de placebo por 30 dias. Após 15 dias de washout os grupos foram cruzados. O estudo demonstrou que a pressão arterial sistólica média nas 24 horas, da fase com nitrendipino, foi significativamente (p < 0.0001) menor (127,7 + 8 mmHg). A pressão diastólica média de 24 horas também se mostrou significativamente (P < 0.0001) menor com nitrendipino (84,5 + 4 mmHg) do que com placebo (90,7 + 5 mmHg). As demais médias de 24 horas não diferiram significativamente entre si. Conclui-se, então, que o nitrendipino mostrou ser um anti-hipertensivo seguro e eficaz durante as 24 horas. A droga reduz as cifras tensionais mantendo o ritmo circadiano da pressão arterial, sem produzir períodos de hipertensão arterial.
Eficácia antianginosa
Os efeitos clínicos do nitrendipino foram avaliados em um estudo simples-cego com 21 pacientes com angina pectoris variante. A eficácia do nitrendipino foi avaliada com base na frequência de ataques anginosos e nos achados eletrocardiográficos de Holter, durante diferentes períodos de tratamento com doses de 10 mg uma vez por dia (período I) e 20 mg uma vez ao dia (período II). O número de ataques anginosos diminuiu significativamente de um nível de pré-tratamento de 2,1 ± 0,3 por dia para 0,7 ± 0,2 por dia no período de tratamento I e 0,3 ± 0,1 por dia no período de tratamento II (p<0,01 e p<0,001, respectivamente). A necessidade de uso de nitroglicerina sublingual diminuiu significativamente nos dois períodos de tratamento em comparação com o período de observação antes do tratamento (p <0,01, p <0,001, respectivamente). Em 20 pacientes com monitorização contínua de ECG, a frequência de elevação do segmento ST foi de 4,5 ± 1,0 por dia durante o período de pré-tratamento e diminuiu significativamente para 0,9 ± 0,6 por dia no período de tratamento I e 0,5 ± 0,3 por dia no período de tratamento II (p<0,01, p<0,001, respectivamente). A duração e a magnitude máxima da elevação do segmento ST também melhoraram significativamente em ambos os períodos de tratamento. Estes resultados demonstram a eficácia do nitrendipino no tratamento da angina variante numa dose única diária de 10 mg.
Estudo cruzado, randomizado e duplo-cego realizado para avaliar a eficácia anti-hipertensiva, em particular, com respeito à duração da ação, bem como a eficácia anti-isquêmica em 13 pacientes com doença coronária angiograficamente documentada e pressão arterial elevada em repouso e/ou durante o exercício, em dois dias separados por um período de washout de três dias, avaliando os efeitos de 20 mg de nitrendipino, em comparação com o placebo. A pressão arterial sistólica e diastólica, bem como a frequência cardíaca foram registradas antes, duas, cinco, oito e doze horas após a medicação e a pressão arterial somente às 24 horas. A pressão arterial e a frequência cardíaca foram avaliadas durante a permanência ativa às duas horas, inclinação passiva às 2,5 horas e, juntamente com a análise dos segmentos ST, antes e durante a ergometria da bicicleta semisupina realizada às três horas após a administração do comprimido.
Referências:
STAESSEN, J.A. et al. Dihydropyridine calcium-channel blockers for antihypertensive treatment in older patients – evidence from the systolic hypertension in Europe trial. S. Afr. Med. J., v. 91, n. 12, p. 1060-1068, 2001.
SAFAR, M. et al. Benefits of nitrendipine in the type 2 diabetic hypertensive patients. Arch Mal Coeur, v. 96, p. 768-771. 2003. SCOGNAMIGLIO, R et al. Evaluation of the efficacy and tolerability of nitrendipine in reducing both pressure and left ventricular mass in hypertensive type 2 diabetic patients. Diabetes Care., v. 20, n. 8, p. 1290-1292,1997.
LIU, L. et al. Comparison of active treatment and placebo in older Chinese patients with isolated systolic hypertension. Journal of Hypertension., v. 16, p. 1823-1829. 1998.
TUOMILEHTO, J et al. Effects of calcium-channel blockade in older patients with diabetes and systolic hypertension. The New England Journal of Medicine., v. 340, n. 9, p. 677-684. 1999.
WANG, J.G. et al. Chinese trial on isolated systolic hypertension in the elderly. Arch Intern Med., v. 160, p. 211-220, 2000.
SPRITZER, N. et al. Eficácia anti-hipertensiva do nitrendipino por 24 horas. Arq. Bras. Cardiol., v. 5, n. 1, p. 71-74. 1990.
FOGARD, R.H.; STAESSEN, J.A. Treatment of isolated systolic hypertension in the elderly: The Syst-Eur Trial. Clin and Exper Hypert., v. 21, n. 5&6, p. 491-497, 1999.
KISHIDA, H et al. Clinical effects of nitrendipine on variant angina pectoris. Jpn Heart J., v. 32, n. 3, p. 297-305, 1991.
BRÜGMANN, U. et al. [Antihypertensive and anti-ischemic effect of nitrendipine. Double-blind, randomized, crossover and placebo controlled acute study]. Herz., v. 10, n. 1, p. 53-57, 1985 [abstract only].
Características Farmacológicas
Nitrendipino tem como princípio ativo o nitrendipino, um bloqueador dos canais de cálcio do grupo dos di-hidropiridínicos, com potente ação inibidora do influxo de cálcio nas membranas de células musculares lisas dos vasos periféricos, razão de sua importante atividade anti-hipertensiva e vasodilatadora.
Nitrendipino é bem absorvido por via oral (88%) e atinge concentração plasmática máxima dentro de uma a duas horas. Manifesta efeito máximo dentro de quatro horas. Liga-se fortemente (98%) às proteínas plasmáticas. Apresenta meia-vida entre 12 horas.
Devido ao metabolismo hepático de nitrendipino, a concentração plasmática e meia-vida de eliminação sofre aumento em portadores de doença hepática. Aproximadamente 80% de uma dose são excretados pela urina e 8% pelas fezes como metabólitos polares inativos; menos de 0,1% é eliminado na forma inalterada pela urina. A depuração é de 81 a 87 L/h.
Como devo armazenar o Nitrendipino Biosintética - Aché?
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
- Nitrendipino 10 mg é um comprimido revestido amarelo, de formato circular, biconvexo e liso em ambos os lados.
- Nitrendipino 20 mg é um comprimido revestido amarelo, de formato circular, biconvexo e liso em ambos os lados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Nitrendipino Biosintética - Aché
M.S.: 1.0573.0549
Farmacêutica Responsável:
Gabriela Mallmann
CRF-SP nº 30.138
Registrado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 – 20º andar
São Paulo – SP
CNPJ 60.659.463/0029-92
Indústria Brasileira
Fabricado por:
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.
Av. das Nações Unidas, 22.428
São Paulo - SP
A Biosintética é a marca de Genéricos do Aché.
Venda sob prescrição médica.
Quer saber mais?
Consulta também a Bula do Nitrendipino
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 7 de Novembro de 2024.
Nitrendipino Biosintética - Aché 20mg, caixa com 30 comprimidos revestidos
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