Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino é indicado em pacientes hipertensos não controlados adequadamente pelo tratamento anterior ou em pacientes hipertensos de alto risco cardiovascular.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Um comprimido revestido de Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino por dia em tomada única, preferencialmente na parte da manhã e antes da refeição. Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino não é adequado para a terapia inicial em hipertensão.
O tratamento com Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino deve ser iniciado, preferencialmente, com Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino 5mg + 1,25mg + 5mg, um comprimido por dia.
Se uma mudança na posologia é necessária, reajuste a dose para Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino 5mg + 1,25mg + 10mg ou 10mg + 2,5mg + 5mg, sempre um comprimido por dia.
Se ainda não houver controle terapêutico adequado, reajuste a dose para Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino 10mg + 2,5mg + 10mg.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
MedDRA Classes de sistemas de órgãos | Reações adversas | Frequência | ||
Perindopril | Indapamida | Anlodipino | ||
Infecções e infestações | Rinite | Muito rara | - | Incomum |
Distúrbios do Sangue e Sistema Linfático | Eosinofilia | Incomum * | - | - |
Agranulocitose | Muito rara | Muito rara | - | |
Anemia aplástica | - | Muito rara | - | |
Pancitopenia | Muito rara | - | - | |
Leucopenia | Muito rara | Muito rara | Muito rara | |
Neutropenia | Muito rara | - | - | |
Anemia hemolítica | Muito rara | Muito rara | - | |
Trombocitopenia | Muito rara | Muito rara | Muito rara | |
Doenças do Sistema Imunológico | Hipersensibilidade | - | Incomum | Muito rara |
Doenças do Metabolismo e da Nutrição | Hipoglicemia (ver seções | Incomum * | - | - |
Hipercalemia reversível com descontinuação | Incomum * | - | - | |
Hiponatremia | Incomum * | Desconhecido | - | |
Hiperglicemia | - | - | Muito rara | |
Hipercalcemia | - | Muito rara | - | |
Depleção de potássio com hipocalemia, particularmente grave em certas populações de alto risco | - | Desconhecido | - | |
Distúrbios psiquiátricas | Insônia | - | - | Incomum |
Alterações de humor (incluindo ansiedade) | Incomum | - | Incomum | |
Depressão | - | - | Incomum | |
Perturbações do sono | Incomum | - | - | |
Estado de confusão | Muito rara | - | Rara | |
Doenças do Sistema Nervoso | Tonturas | Comum | - | Comum |
Dor de cabeça | Comum | Rara | Comum | |
Parestesia | Comum | Rara | Incomum | |
Sonolência | Incomum* | - | Comum | |
Hipoestesia | - | - | Incomum | |
Disgeusia | Comum | - | Incomum | |
Tremor | - | - | Incomum | |
Síncope | Incomum* | Desconhecido | Incomum | |
Hipertonia | - | - | Muito rara | |
Neuropatia periférica | - | - | Muito rara | |
Alterações extrapiramidais (síndrome extrapiramidal) | - | - | Desconhecido | |
AVC possivelmente secundário à hipotensão excessiva em pacientes de alto risco | Muito rara | - | - | |
Possibilidade de aparecimento de encefalopatia hepática em caso de insuficiência hepática | - | Desconhecido | - | |
Alterações oculares | Alterações visuais | Comum | Desconhecido | Comum |
Diplopia | - | - | Comum | |
Miopia | - | Desconhecido | - | |
Visão borrada | - | Desconhecido | - | |
Alterações do ouvido e do labirinto | Zumbidos | Comum | - | Incomum |
Vertigem | Comum | Rara | - | |
Cardiopatias | Palpitações | Incomum* | - | Comum |
Taquicardia | Incomum* | - | - | |
Angina de peito | Muito rara | - | - | |
Arritmia (incluindo bradicardia, taquicardia ventricular e fibrilação atrial) | Muito rara | Muito rara | Incomum | |
Infarto do miocárdio, possivelmente secundário a hipotensão excessiva em pacientes de alto risco | Muito rara | - | Muito rara | |
Torsade de pointes (potencialmente fatal) | - | Desconhecido | - | |
Alterações Vasculares | Rubor | - | - | Comum |
Hipotensão (e efeitos relacionados com hipotensão) | Comum | Muito rara | Incomum | |
Vasculite | Incomum* | - | Muito rara | |
Fenômeno de Raynaud’s | Desconhecido | - | - | |
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino | Tosse | Comum | - | Incomum |
Dispneia | Comum | - | Comum | |
Broncoespasmo | Incomum | - | - | |
Pneumonia eosinofílica | Muito rara | - | - | |
Alterações gastrointestinais | Dor abdominal | Comum | - | Comum |
Constipação | Comum | - | Comum | |
Diarreia | Comum | Rara | Comum | |
Dispepsia | Comum | - | Comum | |
Náuseas | Comum | Rara | Comum | |
Vômitos | Comum | Incomum | Incomum | |
Boca seca | Incomum | Rara | Incomum | |
Alteração dos hábitos intestinais | - | - | Comum | |
Hiperplasia gengival | - | - | Muito rara | |
Pancreatite | Muito rara | Muito rara | Muito rara | |
Gastrite | - | - | Muito rara | |
Alterações hepato biliares | Hepatite | Muito rara | Desconhecido | Muito rara |
Icterícia | - | - | Muito rara | |
Função hepática anormal | - | Muito rara | - | |
Alterações dos tecidos cutâneos e subcutâneos | Prurido | Comum | - | Incomum |
Erupção cutânea | Comum | - | Incomum | |
Erupção maculopapular | - | Comum | - | |
Urticária | Incomum | Muito rara | Incomum | |
Angioedema | Incomum | Muito rara | Muito rara | |
Alopecia | - | - | Incomum | |
Púrpura | - | Incomum | Incomum | |
Descoloração cutânea | - | - | Incomum | |
Hiperidrose | Incomum | - | Incomum | |
Exantema | - | - | Incomum | |
Fotossensibilidade | Incomum * | Desconhecido | Muito rara | |
Agravamento da psoríase | Rara | - | - | |
Penfigóide | Incomum * | - | - | |
Eritema multiforme | Muito rara | - | Muito rara | |
Síndrome de StevensJohnson | - | Muito rara | Muito rara | |
Dermatite esfoliativa | - | - | Muito rara | |
Edema de Quincke | - | - | Muito rara | |
Necrólise epidermal tóxica | - | Muito rara | Desconhecida | |
Afeções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos | Cãibras musculares | Comum | - | Comum |
Inchaço dos tornozelos | - | - | Comum | |
Artralgia | Incomum * | - | Incomum | |
Mialgia | Incomum * | - | Incomum | |
Dor nas costas | - | - | Incomum | |
Possível piora de Lúpus eritematoso disseminado agudo pré-existente | - | Desconhecido | - | |
Doenças renais e urinárias | Alterações na micção | - | - | Incomum |
Noctúria | - | - | Incomum | |
Poliaquiúria | - | - | Incomum | |
Insuficiência renal aguda | Muito rara | - | - | |
Insuficiência renal | Incomum | Muito rara | - | |
Alterações do sistema reprodutor e da mama | Disfunção erétil | Incomum | - | Incomum |
Ginecomastia | - | - | Incomum | |
Alterações gerais e alterações no local de administração | Astenia | Comum | - | Comum |
Fadiga | - | Rara | Comum | |
Edema | - | - | Muito comum | |
Dor no peito | Incomum * | - | Incomum | |
Dor | - | - | Incomum | |
Mal-estar | Incomum * | - | Incomum | |
Edema periférico | Incomum * | - | - | |
Pirexia | Incomum * | - | - | |
Investigações | Alteração de peso (aumento ou diminuição) | - | - | Incomum |
Aumento da ureia no sangue | Incomum * | - | - | |
Aumento da creatinina no sangue | Incomum * | - | - | |
Aumento da bilirrubina no sangue | - | - | - | |
Aumento das enzimas hepáticas | Rara | Desconhecido | Muito rara | |
Diminuição da hemoglobina e hematócrito | Muito rara | - | - | |
Eletrocardiograma com QT prolongado | - | Desconhecido | - | |
Aumento da glicemia | - | Desconhecido | - | |
Aumento do ácido úrico | - | Desconhecido | - | |
Danos, intoxicação e complicações de procedimentos | Quedas | Incomum * | - | - |
*Frequência calculada a partir de ensaios clínicos para os eventos adversos reportados espontaneamente.
Casos de Síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH) tem sido reportados com outros inibidores da ECA. SIADH pode ser considerada como muito rara mas de possível complicação associada ao tratamento com os inibidores da ECA, incluindo perindopril.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
Não há informação de superdose com Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino.
As primeiras medidas a serem tomadas consistem em eliminar rapidamente o produto(s) ingeridos através de lavagem gástrica e/ou administração de carvão ativado, e em seguida restabelecer os fluidos e equilíbrio eletrolítico até regresso ao normal num centro especializado.
Se ocorrer hipotensão acentuada, esta pode ser tratada colocando o paciente em posição supino com a cabeça baixa.
Se necessário pode ser administrada por infusão intravenosa uma solução salina isotônica, ou pode ser usado qualquer outro método de expansão volêmica.
O perindoprilato, a forma ativa do perindopril, pode ser dialisado.
A hipotensão clinicamente importante, devida a superdose com anlodipino, requer suporte cardiovascular ativo incluindo monitoramento frequente da função cardíaca e respiratória, elevação das extremidades, e vigilância do volume líquido circulante e do débito urinário.
Um vasoconstritor pode ajudar a restabelecer o tônus vascular e a pressão arterial, desde que não haja contraindicação à sua utilização. O gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na reversão dos efeitos do bloqueio dos canais de cálcio.
A lavagem gástrica poderá ser útil em alguns casos. Em voluntários saudáveis, a administração de carvão ativado até 2 horas após a ingestão de 10 mg de anlodipino demonstrou diminuir significativamente a taxa de absorção do anlodipino. Dada a elevada ligação do anlodipino às proteínas do sangue é provável que a diálise não seja benéfica.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Estudos clínicos demonstraram que o bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) através do uso combinado dos IECAS, bloqueadores dos receptores de angiotensina II ou alisquireno é associado a uma frequência maior de reações adversas tais como hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparada ao uso de um único agente de ação no SRAA.
A combinação destes medicamentos aumenta o risco de hipercalemia.
Nos pacientes diabéticos ou com insuficiência renal, risco de hipercalemia, piora da função renal e aumento da morbilidade e mortalidade cardiovascular.
Tratamentos extracorporais que promovam o contato de sangue com superfícies carregadas negativamente, como diálise ou hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (p. ex. membranas de poliacrilonitrilo) e aférese de lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano, devido ao aumento do risco de reações anafiláticas graves. Se tal tratamento for necessário, deve-se considerar o uso de um tipo diferente de membrana de diálise ou de uma classe diferente de agente anti-hipertensivo.
O uso concomitante de perindopril com sacubitril/valsartana é contraindicado, pois a inibição concomitante da neprilisina e da ECA pode aumentar o risco de angioedema. O tratamento com sacubitril/valsartana não deve ser iniciado antes de 36h após a última dose da terapia com perindopril. A terapia com perindopril não deve ser iniciada antes de 36h após a última dose de sacubitril/valsartana.
Componente | Interação conhecida com o seguinte produto | Interação com outro medicamento |
Perindopril / indapamida | Lítio | Aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e toxicidade foram reportados durante a administração concomitante de lítio com IECAs. O uso de perindopril associado à indapamida e lítio não é recomendado, mas no caso da associação ser necessária, deve ser feita uma cuidadosa monitoração dos níveis séricos do lítio |
Perindopril | Alisquireno | Em pacientes que não os diabéticos ou insuficientes renais, risco de hipercalemia, piora da função renal e aumento da morbidade e mortalidade cardiovascular |
Terapêutica concomitante com IECAs e bloqueador dos recetores da angiotensina | Foi reportado na literatura que pacientes com doença aterosclerótica estabelecida, insuficiência cardíaca, ou com diabetes com lesão nos orgãos-alvo, uma terapêutica concomitante com um IECA e um bloqueador dos recetores da angiotensina está associada a uma maior frequência de hipotensão, síncope, hipercalemia e piora da função renal (incluindo insuficiência renal aguda) comparativamente à utilização de um único fármaco de ação no sistema renina-angiotensina-aldosterona. Duplo bloqueio (p. ex. combinando um IECA com um antagonista dos recetores da angiotensina II) deve ser limitado a casos individuais com monitoração cuidadosa da função renal, níveis de potássio e pressão arterial | |
Estramustina | Risco de aumento de efeitos adversos tais como edema angioneurótico (angioedema) | |
Fármacos poupadores de potássio (p. ex. triantereno, amilorida,…), potássio (sais) | Hipercalemia (potencialmente fatal), especialmente em adição a insuficiência renal (efeitos hipercalêmicos aditivos). A combinação do perindopril com os fármacos acima mencionados não é recomendada. No entanto se o uso concomitante for indicado, devem ser usados com cuidado e com frequente monitorização do potássio sérico. Para o uso de espironolactona na insuficiência cardíaca, ver “Uso concomitante que requer cuidados especiais” | |
Cotrimoxazol (sulfametoxazol/trimetoprima) | Pacientes em uso concomitante com Cotrimoxazol (sulfametoxazol/trimetoprima) podem apresentar aumento no risco de hipercalemia | |
Anlodipino | Dantroleno (infusão) | Foram observados em animais, fibrilação ventricular letal e colapso cardiovascular em associação com hipercalemia após administração de verapamil e dantroleno intravenoso. Devido ao risco de hipercalemia, é recomendado que a co-administração de bloqueadores dos canais de cálcio tais como anlodipino sejam evitados em pacientes susceptíveis a hipertermia maligna, e durante o tratamento de hipertermia maligna |
Toranja ou suco de toranja | A biodisponibilidade pode ser aumentada em alguns pacientes resultando no aumento dos efeitos de redução da pressão arterial |
Componente | Interação conhecida com o seguinte medicamento | Interação com outro medicamento |
Perindopril / indapamida | Baclofeno | Efeito anti-hipertensivo aumentado. Monitorar a pressão arterial e se necessário adaptar a dose anti-hipertensiva |
Anti-inflamatórios não-esteroidais e produtos medicinais (incluindo ácido acetilsalicílico em doses elevadas) | Quando os IECAs são administrados simultaneamente com anti-inflamatórios não esteroidais (p. ex. acido acetilsalicílico na dosagem de anti-inflamatório, inibidores COX-2 e AINES não seletivos), pode ocorrer atenuação do efeito anti-hipertensivo. Uso concomitante de inibidores da ECA e AINES podem conduzir a um risco aumentado de piora da função renal, incluindo possível insuficiência renal aguda, e um aumento do potássio sérico, especialmente em pacientes com uma função renal deficiente pré-existente. A associação deve ser administrada com cuidado, especialmente nos idosos. Os pacientes devem ser adequadamente hidratados e deve ser considerada a monitoração da função renal após o início da terapêutica concomitante, e a partir daí, periodicamente | |
Perindopril | Antidiabéticos (insulina, antidiabéticos orais) | Estudos epidemiológicos sugeriram que a administração concomitante de IECAs e antidiabéticos (insulinas, antidiabéticos orais) podem causar um aumento do efeito da redução da glicose no sangue com risco de hipoglicemia. Este fenômeno parece ocorrer com maior frequência durante as primeiras semanas do tratamento combinado em pacientes com insuficiência renal |
Diuréticos não poupadores de potássio | Pacientes tratados com diuréticos, e especialmente aqueles que provoquem depleção de volume e/ou sal, podem experimentar uma redução excessiva na pressão arterial após o início da terapêutica com um IECA. A possibilidade de efeitos hipotensivos pode ser reduzida através da descontinuação do diurético, através do aumento do volume ou da ingestão de sal antes de iniciar a terapêutica com doses baixas e progressivas de perindopril | |
Na hipertensão arterial, quando a terapêutica anterior com diurético pode ter causado depleção de sal/volume, ou o diurético deve ser descontinuado antes de iniciar o tratamento com o IECA, caso em que um diurético não poupador do potássio pode ser então reintroduzido ou o IECA deve ser iniciado com uma dose mais baixa e progressivamente aumentado | ||
No tratamento da insuficiência cardíaca congestiva com diurético, o IECA deve ser iniciado numa dose muito baixa, possivelmente após redução da dose do diurético não poupador de potássio associado | ||
Em todos os casos, a função renal (níveis de creatinina) deve ser monitorada durante as primeiras semanas de terapêutica com IECA | ||
Diuréticos poupadores de potássio (eplerenona, espironolactona) | Com eplerenona ou espironolactona em doses entre 12,5 mg a 50 mg por dia e com doses baixas de IECAs: No tratamento da insuficiência cardíaca classe II-IV (NYHA) com uma fração de ejeção <40%, e previamente tratados com IECAs e diuréticos de alça, risco de hipercalemia, potencialmente fatal, especialmente no caso da não observância das recomendações de prescrição desta combinação. Antes de iniciar a associação, verificar a ausência de hipercalemia e insuficiência renal. É recomendada uma monitoração frequente da calemia e da creatinemia uma vez por semana no primeiro mês de tratamento, no início e depois mensalmente | |
Racecadotril | Inibidores da ECA (p.ex. perindopril) são conhecidos por causar angioedema. Este risco pode ser elevado quando utilizado concomitantemente com racecadotril (medicamento usado contra diarreia aguda) | |
Inibidores da mTOR (p. ex. Sirolimo, everolimo, temsirolimo) | Pacientes que fazem uso concomitante com inibidores da mTOR podem aumentar o risco de angioedema | |
Indapamida | Medicamentos que induzem “Torsades de pointes” |
Devido ao risco de hipocalemia, a indapamida deve ser administrada com precaução quando associada a outros medicamentos que induzem “torsades de pointes” como:
|
Anfotericina B (via IV), glicocorticoides e mineralocorticoides (via sistêmica), tetracosídeo, laxantes estimulantes | Risco aumentado de níveis baixos de potássio (efeito aditivo). Monitoramento dos níveis de potássio, e correção caso seja necessário, consideração particular requerida em casos de tratamento com glicosídeos cardíacos. Devem ser usados laxantes não estimulantes | |
Glicosídeos cardíacos | Níveis baixos de potássio favorecem os efeitos tóxicos dos glicosídeos cardíacos. Os níveis de potássio e o ECG devem ser monitorados e o tratamento reconsiderado se necessário | |
Alopurinol | Tratamento concomitante com indapamida pode aumentar a incidência das reações de hipersensibilidade a alopurinol | |
Anlodipino | Indutores CYP3A4 | Na administração concomitante de indutores conhecidos do CYP3A4, a concentração plasmática de anlodipino pode variar. Portanto, a pressão arterial deve ser monitorada e a regulação da dose deve ser considerada durante e após a medicação concomitante, particularmente com indutores fortes do CYP3A4 (por exemplo, rifampicina, hypericum perforatum) |
Inibidores CYP3A4 | O uso concomitante do anlodipino com inibidores fortes ou moderados do CYP3A4 (inibidores da protease, antifúngicos azóis, macrolídeos como a eritromicina ou a claritromicina, verapamil ou diltiazem) podem conduzir a um aumento significativo da exposição ao anlodipino. A tradução clínica destas variações farmacocinéticas pode ser mais pronunciada nos idosos. Monitoração clínica e ajuste de dose poderão assim, ser necessário. Existe um aumento no risco de hipotensão em pacientes administrando claritromicina e anlodipino. Recomenda-se monitoramento de perto dos pacientes quando anlodipino é administrado com claritromicina |
Componente | Interação conhecida com o seguinte medicamento | Interação com outro medicamento |
Perindopril / indapamida / anlodipino | Antidepressivos tipo imipramínicos (tricíclicos), neurolépticos | Efeito anti-hipertensivo aumentado e risco de hipotensão ortostática aumentado (efeito aditivo) |
Outros agentes antihipertensivos | O uso de outros medicamentos anti-hipertensivos pode resultar num efeito adicional de redução da pressão arterial | |
Corticosteroides, tetracosactido | Redução no efeito anti-hipertensivo (retenção de água e sal devido aos corticosteroides) | |
Perindopril | Agentes antihipertensivos e vasodilatadores | O uso concomitante com nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatares pode reduzir ainda mais a pressão arterial |
Alopurinol, fármacos imunossupressores ou citostáticos, corticosteroides sistêmicos ou procainamida | A administração concomitante com IECAs pode conduzir a um risco aumentado de leucopenia | |
Fármacos anestésicos | Os IECAs podem aumentar os efeitos hipotensores de certos fármacos anestésicos | |
Diuréticos (tiazídicos ou diuréticos de alça) | O tratamento anterior com diuréticos em alta dosagem pode resultar em depleção de volume e no risco de hipotensão quando iniciada a terapêutica com perindopril | |
Gliptinas (linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, vildagliptina) | Risco aumentado de angioedema devido a redução da atividade da dipeptidil peptidase IV (DPP-IV) pela gliptina, em pacientes tratados simultaneamente com um IECA | |
Simpatomiméticos | Os simpatomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensivos dos IECAs | |
Ouro | Foram reportadas raramente reações nitritoides (sintomas que incluem rubor facial, náuseas, vômitos e hipotensão) em pacientes utilizando ouro injetável (aurotiomalato de sódio) e IECA, incluindo perindopril | |
Indapamida | Metformina | Acidose láctica devido a metformina, causada por possível insuficiência renal funcional ligada a diuréticos e em particular a diuréticos da alça. Não usar metformina quando os níveis de creatinina plasmática excedem 15 mg/l (135 micromol/l) nos homens e 12 mg/l (110 micromol/l) nas mulheres |
Contraste iodados | Em casos de desidratação causada por diuréticos, existe um risco aumentado de insuficiência renal aguda, em particular quando são usadas doses elevadas de contraste iodados. A re-hidratação deve ser feita antes do composto iodado ser administrado | |
Cálcio (sais) | Risco de aumento de níveis de cálcio devido a eliminação reduzida do cálcio na urina | |
Ciclosporina | Risco de aumento de níveis de creatinina sem alteração nos níveis circulantes de ciclosporina, mesmo quando não há depleção de sal e água | |
Anlodipino | Atorvastatina, digoxina ou varfarina | Nos estudos clínicos de interação, o anlodipino não afetou a farmacocinética da atorvastatina, digoxina ou varfarina |
Tacrolimus | Existe um risco de aumento dos níveis sanguíneos do tacrolimo quando administrado concomitantemente com anlodipino. Para evitar a toxicidade do tacrolimo, a administração do anlodipino em um paciente tratado com tacrolimo requer monitoramento dos níveis sanguíneos do tacrolimo e ajuste da dose do mesmo quando apropriado | |
Inibidores do mecanismo alvo da rapamicina (mTOR) | Inibitores da mTOR, tais como, sirolimo, everolimo e tensirolimo são substratos da CYP3A. Anlodipino é um inibidor fraco do CYP3A. O uso concomitante de inibidores da mTOR com o anlodipino pode aumentar a exposição dos inibidores da mTOR | |
Ciclosporina | Não foram realizados estudos de interação medicamentosa com ciclosporina e anlodipino em voluntários saudáveis ou outras populações, com exceção de pacientes com transplante renal, onde foi observado um aumento da concentração variável (média de 0% a 40%) de ciclosporina. Deve-se considerar o monitoramento dos níveis de ciclosporina em pacientes com transplante renal que fazem uso de anlodipino, e a redução da dose de ciclosporina deve ser feita, se necessário | |
Sinvastatina | Coadministração de doses múltiplas de 10 mg de anlodipino com 80 mg de sinvastatina resultaram num aumento de 77% de exposição à sinvastatina comparativamente à sinvastatina em monoterapia. Limitar a dose de sinvastatina em pacientes tratados com anlodipino a 20 mg por dia |
Os diuréticos tiazídicos e diuréticos tiazídicos relacionados podem reduzir a excreção urinária de cálcio e causar um aumento ligeiro e transitório dos níveis plasmáticos de cálcio. Níveis de cálcio marcadamente aumentados podem estar relacionados com hiperparatiroidismo não diagnosticado. Nestes casos, o tratamento deve ser interrompido antes da investigação da função da paratireoide.
O tratamento para a hipertensão renovascular é a revascularização. Ainda assim, os inibidores da enzima de conversão da angiotensina podem ser benéficos em pacientes que apresentem hipertensão renovascular que aguardam cirurgia corretiva ou quando essa cirurgia não for possível.
Se Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino for prescrito a pacientes com estenose da artéria renal conhecida ou suspeita, o tratamento deve ser iniciado em meio hospitalar com uma dose baixa e a função renal e níveis de potássio devem ser monitorados, uma vez que alguns pacientes desenvolveram uma insuficiência renal funcional que foi revertida quando o tratamento foi interrompido.
Uma tosse seca com o uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina foi reportada. Esta é caracterizada pela sua persistência e pelo seu desaparecimento quando o tratamento é interrompido. Na presença deste sintoma deve ser considerada uma etiologia iatrogênica. Se ainda for preferida a prescrição de um inibidor da enzima de conversão da angiotensina, pode ser considerada a continuação do tratamento.
O risco de hipotensão existe em todos os pacientes, mas deve ser dada uma atenção especial aos pacientes com doença cardíaca isquêmica ou insuficiência circulatória cerebral, com o tratamento a ser iniciado com uma dose baixa.
A segurança e eficácia do anlodipino na crise hipertensiva não foram estabelecidas.
Os pacientes com insuficiência cardíaca devem ser tratados com precaução.
Num estudo de longa duração controlado com placebo em pacientes com insuficiência cardíaca grave (classe NYHA III e IV), a incidência de edema pulmonar reportada foi mais elevada no grupo tratado com anlodipino do que no grupo placebo. Os bloqueadores dos canais de cálcio, incluindo anlodipino, devem ser usados com precaução em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, uma vez que podem aumentar o risco de futuros eventos cardiovasculares e mortalidade.
Em pacientes com insuficiência cardíaca grave (grau IV) o tratamento deve iniciar-se sob vigilância médica e com uma dose inicial reduzida.
Os IECAs devem ser usados com precaução em pacientes com uma obstrução no fluxo de saída do ventrículo esquerdo.
Em pacientes com diabetes mellitus insulino dependentes (tendência espontânea para níveis aumentados de potássio), o tratamento deve ser iniciado sob supervisão médica e com uma dose inicial reduzida.
Os níveis de glicemia devem ser cuidadosamente controlados em diabéticos previamente tratados com antidiabéticos orais ou insulina, nomeadamente durante o primeiro mês de tratamento com um IECA.
Monitoramento da glicemia é importante em pacientes diabéticos, em particular quando os níveis de potássio são baixos.
Tal como com outros inibidores da enzima de conversão da angiotensina, o perindopril é aparentemente menos eficaz na redução da pressão arterial em indivíduos negros do que em não negros, possivelmente devido a uma maior prevalência de estados de baixa renina na população hipertensa negra.
Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina podem causar hipotensão em casos de anestesia, especialmente quando o anestésico administrado é um fármaco com potencial hipotensivo.
É portanto recomendado que o tratamento com inibidores da enzima de conversão da angiotensina de longa duração, tal como o Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino seja descontinuado, quando possível, um dia antes da cirurgia.
Raramente, os IECAs foram associados a uma síndrome que começa com icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (alguma vezes) morte. O mecanismo desta síndrome não é conhecido. Pacientes tratados com IECAs que desenvolvem icterícia ou aumento acentuado de enzimas hepáticas devem descontinuar os IECAs e receber o acompanhamento médico apropriado.
A meia vida do anlodipino é prolongada e os valores da AUC são mais elevados em pacientes com insuficiência da função hepática; não foram estabelecidas recomendações de dosagem. O anlodipino deve, portanto, ser iniciado com as doses mais baixas e com precaução, tanto no início do tratamento como quando a dose é aumentada. Pode ser necessário titular lentamente a dose e deve ser feita uma avaliação cuidadosa em pacientes com insuficiência hepática grave.
O efeito da associação em dose fixa de Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino não foi testado na disfunção hepática. Levando em consideração o efeito de cada um dos componentes individuais desta associação, Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino está contraindicado em pacientes com comprometimento hepático grave e deve ser usado com precaução em pacientes com insuficiência hepática leve a moderada.
Tendência para ataques de gota pode estar aumentada em pacientes hiperuricêmicos.
A função renal e os níveis de potássio devem ser testados antes do início do tratamento. A dose inicial é subsequentemente ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial, especialmente em casos de depleção de água e eletrólitos, de forma a evitar o aparecimento súbito de hipotensão.
Nos idosos o aumento da dose de anlodipino deve ser implementado com cuidado.
Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino contém menos que 1 mmol de sódio (23 mg) por comprimido, isto é, essencialmente livre de sódio.
Devido aos efeitos dos componentes individuais desta associação sobre a gravidez e lactação, Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino não é recomendado durante o primeiro trimestre de gravidez. Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino é contraindicado durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez.
Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino é contraindicado durante a lactação. Uma decisão dever ser tomada, se irá interromper a amamentação ou descontinuar o Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino , levando em consideração a importância da terapia para a mãe.
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos IECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva; contudo, não é possível excluir um ligeiro aumento do risco. A não ser que a manutenção do tratamento com IECA seja considerada essencial, nos pacientes que planejam engravidar, a medicação deve ser substituída por terapêuticas anti-hipertensivas alternativas cujo perfil de segurança durante a gravidez esteja estabelecido. Quando é diagnosticada a gravidez, o tratamento com IECA deve ser interrompido imediatamente e, se apropriado, deverá ser iniciada terapêutica alternativa.
A exposição ao IECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição da função renal, oligohidrâmnio, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercalemia).
No caso da exposição ao IECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez, recomenda-se a monitorização ultrassonográfica da função renal e dos ossos do crânio.
Recém-nascidos cujas mães estiveram expostas a IECA devem ser cuidadosamente observados no sentido de diagnosticar hipotensão.
Não há ou existe quantidade limitada de dados (menos que 300 resultados de gravidez) do uso de indapamida em mulheres grávidas. A exposição prolongada à tiazida durante o terceiro trimestre da gravidez pode reduzir o volume de plasma materno bem como o fluxo sanguíneo uteroplacentário, que pode causar isquemia feto-placentária e atraso de crescimento. Além disso, foram notificados casos raros de hipoglicemia e trombocitopenia em recém-nascidos expostos no final da gravidez.
Estudos em animais não indicam efeitos nocivos direta ou indiretamente no que diz respeito a toxidade reprodutiva.
A segurança do anlodipino na gravidez humana não foi estabelecida.
Em estudos com animais, a toxicidade reprodutiva foi observada com doses elevadas
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino é contraindicado durante a lactação.
Uma vez que não se encontra disponível informação sobre a utilização de perindopril durante o aleitamento, a terapia com perindopril não é recomendada e tratamentos alternativos cujo perfil de segurança durante o aleitamento esteja estabelecido são preferíveis, particularmente em recém-nascidos e prematuros.
A informação sobre a excreção de indapamida e metabólitos no leite materno é insuficiente. Hipersensibilidades aos derivados das sulfonamidas e hipocalemia podem ocorrer. Um risco para recém-nascido/lactentes não pode ser excluído. A indapamida está estreitamente relacionada com os diuréticos tiazídicos que estão associados, durante o aleitamento, com a redução ou mesmo supressão de leite materno.
Anlodipino é excretado no leite materno. A proporção da dose materna recebida pela criança foi estimada com um intervalo interquartil de 3-7%, com um máximo de 15%. O efeito do anlodipino em crianças é desconhecido.
Estudos de toxicidade reprodutiva mostraram ausência de efeito na fertilidade em ratos do sexo feminino e masculino. Nenhum efeito na fertilidade humana é antecipado.
Alterações bioquímicas reversíveis na cabeça dos espermatozoides têm sido relatadas em alguns pacientes tratados por bloqueadores dos canais de cálcio. Os dados clínicos são insuficientes em relação ao potencial efeito do anlodipino na fertilidade. Em um estudo em ratos, foram encontrados efeitos adversos sobre a fertilidade masculina.
Nenhum estudo sobre os efeitos do Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino quanto à capacidade de conduzir e utilizar máquinas foram realizados.
O perindopril e a indapamida não tem influência na capacidade de conduzir e utilizar máquinas, mas podem ocorrer em alguns pacientes reações individuais relacionadas com a redução da pressão arterial.
O anlodipino pode ter uma influência ligeira a moderada na capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Se os pacientes sentirem tonturas, dor de cabeça, fadiga ou náuseas, a capacidade de reação pode estar comprometida.
Como resultado, a capacidade para conduzir e operar máquinas pode estar comprometida. É recomendada precaução especialmente no início do tratamento.
Este medicamento pode causar doping.
Todas as advertências relacionadas a cada componente individualmente, vide listagem abaixo, também devem ser aplicadas ao Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino.
A combinação de lítio e a associação perindopril/indapamida geralmente não é recomendada.
Existe evidência que o uso concomitante de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores de angiotensina II ou alisquireno aumentam o risco de hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo falência renal aguda). O duplo bloqueio do SRAA por meio da associação de um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) com um bloqueador dos receptores da angiotensina II ou alisquireno, portanto não é recomendado.
Se a terapia com duplo bloqueio for considerada absolutamente necessária, esta deve apenas ocorrer sob a supervisão de um especialista e o paciente deve ter sua função renal, eletrólitos e pressão arterial frequentemente monitorados de perto. Inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores de angiotensina II não devem ser usados concomitantemente em pacientes com nefropatia diabética.
A associação de perindopril e medicamentos poupadores do potássio, suplementos do potássio ou substitutos do sal contendo potássio não são normalmente recomendados.
Neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia foram reportados em pacientes que receberam inibidores da ECA. Em pacientes com função renal normal e nenhum outro fator de complicação, raramente ocorre neutropenia. Perindopril deve ser usado com extrema atenção em pacientes com doença vascular do colágeno, terapia imunossupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida, ou uma combinação desses fatores de complicação, especialmente se houver comprometimento da função renal pré-existente. Alguns desses pacientes desenvolveram sérias infecções, que em poucos casos não responderam à terapia intensiva com antibiótico. Se perindopril é usado em tais pacientes, um monitoramento periódico da contagem das células brancas do sangue é aconselhável e os pacientes devem ser instruídos a relatar qualquer sinal de infecção (ex: garganta inflamada, febre).
Existe risco aumentado de hipotensão e insuficiência renal quando pacientes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria em um rim funcional único são tratados com inibidores da ECA. O tratamento com diuréticos pode ser um fator contribuinte. A perda da função renal pode ocorrer apenas com pequenas alterações na creatinina sérica até mesmo em pacientes com estenose unilateral da artéria renal.
Angioedema da face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe foram raramente reportados em pacientes tratados com inibidores de ECA, incluindo perindopril. Isso pode ocorrer a qualquer momento durante a terapia. Nesses casos, perindopril deve ser imediatamente interrompido e um monitoramento apropriado deve ser iniciado e continuado até a resolução completa dos sintomas antes da alta do paciente. Nos casos em que o inchaço foi confinado à face e lábios, a condição geralmente é resolvida sem tratamento, embora os anti-histamínicos tenham sido úteis no alívio dos sintomas.
Angioedema associado a edema de laringe pode ser fatal. Onde há envolvimento da língua, glote ou laringe, susceptíveis de causar obstrução das vias aéreas, a terapia apropriada, que pode incluir administração de epinefrina subcutânea solução 1:1000 (0.3 mL ou 0.5 mL) e/ou medidas para assegurar a manutenção das vias aéreas deve ser administrada imediatamente.
Os inibidores da ECA causam uma maior taxa de angioedema em negros do que em pacientes não negros.
Pacientes com antecedentes de angioedema não associado à terapêutica com um IECA, podem apresentar um risco aumentado de angioedema durante o tratamento com um IECA.
Angioedema intestinal foi raramente reportado em pacientes tratados com inibidores de ECA. Esses pacientes apresentaram dor abdominal (com ou sem náusea ou vômito). Em alguns casos não houve angioedema facial prévio e os níveis de estearase C-1 estavam normais. O angioedema foi diagnosticado por processos incluindo tomografia abdominal, ou ultrassonografia ou em cirurgia e os sintomas foram resolvidos após a interrupção do inibidor de ECA.
Angioedema intestinal deve ser incluído no diagnóstico diferencial de pacientes em tratamento com inibidores da ECA que apresentam dor abdominal.
A combinação de perindopril com sacubitril/valsartana é contraindicada devido ao aumento do risco de angioedema. Sacubitril/valsartana não deve ser iniciado antes de 36h após administração da última dose da terapia com perindopril. Se o tratamento com sacubitril/valsartana for interrompido, a terapia com perindopril não deve ser iniciada antes de 36h após a última dose de sacubitril/valsartana. O uso concomitante de outros inibidores da neprisilina (p. ex. racecadotril) e inibidores da ECA também pode aumentar o risco de angioedema. Portanto, é necessária uma avaliação de risco-benefício cuidadosa antes de iniciar o tratamento com inibidores da neprisilina (p. ex. racecadotril) nos pacientes em uso de perindopril.
Os pacientes que fazem uso concomitante com inibidores da mTOR (ex: sirolimo, everolimo, tensirolimo) podem aumentar o risco de angioedema (ex: inchaço das vias aéreas ou língua, com ou sem comprometimento respiratório).
Foram reportados casos isolados de pacientes com reações anafilactóides prolongadas que colocam a vida em risco, enquanto tomavam IECAs, durante o tratamento da dessensibilização com veneno de himenópteros (abelhas, vespas).
Os IECAs devem ser usados com precaução em pacientes alérgicos tratados com dessensibilização, e evitado nos pacientes tratados com uma imunoterapia com aquele veneno. Contudo, estas reações podem ser evitadas com a suspensão temporária do IECA pelo menos 24 horas antes do tratamento, em pacientes que precisem de ambos, IECAs e dessensibilização.
Pacientes que recebem IECAs durante a aférese com lipoproteína de baixa densidade (LDL), com sulfato de dextrano, raramente experimentaram reações anafilactóides, com risco de vida. Estas reações foram evitadas com a interrupção temporária do tratamento com IECA antes de cada aférese.
Reações anafilactóides têm sido notificadas em pacientes hemodialisados com membranas de alto fluxo (por exemplo AN 69®) e tratados concomitantemente com um IECA. Nestes pacientes deve ser considerada a possibilidade de se utilizar um outro tipo de membrana de diálise ou outra classe de agente anti-hipertensivo.
Pacientes com hiperaldosteronismo primário geralmente não responderão aos medicamentos anti-hipertensivos que atuam através da inibição do sistema renina-angiotensina. Portanto, o uso deste medicamento não é recomendado.
Inibidores da ECA não devem ser iniciados durante a gravidez. Ao menos que a terapia com inibidor da ECA seja considerada essencial, as pacientes que planejam engravidar devem mudar para um tratamento anti-hipertensivo alternativo que tenha um perfil de segurança estabelecido para uso na gravidez. Quando for diagnosticada a gravidez, o tratamento com o inibidor da ECA deve ser interrompido imediatamente, e se apropriado, uma terapia alternativa deve ser iniciada.
Quando a função hepática está comprometida, os diuréticos tiazídicos e diuréticos tiazídicos relacionados podem causar encefalopatia hepática. Se isto ocorrer, a administração do diurético deve ser imediatamente interrompida.
Foram notificados casos de reações de fotossensibilidade com tiazidas e diuréticos tiazídicos relacionados. Se a reação de fotossensibilidade ocorrer durante o tratamento, recomenda-se a interrupção do tratamento. No caso de ser considerada necessária a readministração do diurético, é recomendado proteger as áreas expostas ao sol ou aos raios UVA artificiais.
A eficácia da associação em dose fixa foi estudada em dois estudos internacionais de fase III, randomizados e multicêntricos.
O primeiro estudo foi realizado em 148 pacientes com hipertensão não controlada em seu tratamento anti-hipertensivo em andamento e randomizados entre os dois grupos de dose fixa de perindopril 5 mg /indapamida 1,25 mg/anlodipino 5mg (Per/Ind/Anl) versus perindopril 5mg/indapamida 1,25mg e anlodipino 5mg (Per/Ind+Anl) administrados separadamente. Após 12 semanas de tratamento, a diminuição média da PAS/PAD foi semelhante nos dois grupos com -21,6/-15,3mmHg com Per/Ind/Anl e -20,0/-14,8mmHg em Per/Ind+Anl), resultando em mais de 80 % de pacientes controlados. O efeito total foi obtido desde o final do primeiro mês e mantido até o final do estudo.
O segundo estudo foi realizado em pacientes com hipertensão essencial não controlada após 1 mês de tratamento com Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: associação em dose fixa de Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg/Anlodipino 5mg (Per/Ind/Anl) versus Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg (Per/Ind). Após o primeiro mês, a titulação condicional, com base no controle da pressão arterial, até Perindopril 10mg/Indapamida 2,5mg/Anlodipino 10mg poderia ser realizada. A duração do estudo foi de 4 meses.
No geral, 454 pacientes (valores médios: idade 55 anos, IMC 27 kg/m2, supino PAS/PAD 162/101 mmHg, duração da hipertensão 6,5 anos) foram randomizados no estudo.
Após 1 mês de tratamento, supino PAS/PAD no consultório diminuiu em relação à linha de base em ambos os grupos de tratamento em favor da triterapia, levando a uma diferença entre grupos de -3,1 ± 1,3mmHg (p=0.021) para PAS e -3,2±0,9mmHg (p<0.001) para a PAD. Isto foi associado a uma melhor eficácia em termos de taxas de resposta: 72% respondedores em Per/Ind/Anl versus 53% em Per/Ind (p <0.0001).
Durante todo o estudo, foram avaliadas todas as dosagens da triterapia. Cada titulação para a dose seguinte proporcionou uma redução significativa da PAS/PAD dentro de cada grupo levando a um controle da PA em mais de 80% dos pacientes ao final do estudo.
Além disso, o monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA) 24 horas e o monitoramento domiciliar da pressão arterial confirmaram a superioridade de Per5/Ind 1.25/Anl5 sobre Per5/Ind1.25 sobre M0-M1 e o efeito de redução da pressão arterial das titulações.
Nos dois estudos, não surgiram preocupações relacionadas à segurança e o perfil de segurança foi semelhante independentemente da dose.
O benefício da associação tripla de perindopril / indapamida + BCC foi estudada no estudo Advance de morbidade e mortalidade.
O estudo Advance foi um estudo multicêntrico, internacional, randomizado, 2x2 desenho fatorial, destinado a determinar os benefícios da redução da pressão arterial com a associação em dose fixa de perindopril/indapamida versus placebo em comparação com a terapia padrão atual (comparação duplo cego) e de gliclazida MR baseado na estratégia de intensivo controle da glicose (Alvo de HbA1c de 6,5% ou menos) versus o controle de glicose padrão em eventos macrovasculares e microvasculares maiores em pacientes diabéticos tipo 2. A duração do seguimento foi de 4,3 anos.
No subgrupo de 3427 pacientes que receberam bloqueadores de canal de cálcio (BCC) no início do estudo, os 1669 pacientes aos quais se adicionou perindopril/indapamida apresentaram uma diminuição no risco relativo de morte de 28% (IC 95%: 10%, 43%) e uma redução não significativa de eventos cardiovasculares maiores (infarto do miocárdio não fatal, AVC não fatal e morte cardiovascular) de 12% (IC:95%: -8%; 28%), sem eventos adversos detectáveis.
Não existem dados disponíveis com Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino em crianças.
Referências Bibliográficas
1 - Mourad, JJ.; Amodeo, C.; De Champvallins, M.; Brzozowska-Villate, R.; Asmar, R. Blood pressurelowering efficacy and safety of perindopril/indapamide/amlodipine single-pill combination in patients with uncontrolled essential hypertension: a multicenter, randomized, double-blind, controlled trial. Journal of Hypertension, 1-15, 2017.
2 - Chalmers J, Arima H, Woodward M, Mancia G, Poulter N, Hirakawa Y e cols. Effects of combination of perindopril, indapamide, and calcium channel blockers in patients with type 2 diabetes mellitus: results from the Action In Diabetes and Vascular Disease: Preterax and Diamicron Controlled Evaluation (ADVANCE) trial. Hypertension. 2014;63 (2): 259-64.
Grupo terapêutico: inibidores da ECA, combinações. Inibidores da ECA, bloqueadores do canal de cálcio e diuréticos.
Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino é uma associação de três anti-hipertensivos com mecanismos complementares para controlar a pressão arterial em pacientes com hipertensão. O sal de perindopril arginina é um inibidor da enzima conversora de angiotensina, a indapamida, um diurético clorosulfamoilado e anlodipino, um inibidor do fluxo dos íons de cálcio do grupo dihidropiridina.
As propriedades farmacológicas do Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino derivam de cada um dos componentes administrados separadamente.
Em adição, a associação perindopril/indapamida produz uma sinergia aditiva dos efeitos anti-hipertensivos dos dois componentes.
Perindopril é um inibidor da enzima que converte a angiotensina I (IECA) em angiotensina II, uma substância vasoconstritora; além disso, a enzima estimula a secreção de aldosterona pelo córtex adrenal e estimula a degradação da bradicinina, uma substância vasodilatadora, em heptapeptídeos inativos.
A ação anti-hipertensiva do perindopril também ocorre em pacientes com concentrações baixas ou normais de renina.
O perindopril atua através do seu metabólito ativo, perindoprilato. Os outros metabólitos são inativos.
Os testes de esforço também demonstraram melhora.
Indapamida é um derivado sulfonamídico com anel indólico, farmacologicamente relacionada ao grupo dos diuréticos tiazídicos. A indapamida inibe a reabsorção do sódio ao nível do segmento cortical de diluição. Aumenta a excreção urinária do sódio e dos cloretos e, em menor grau, a excreção do potássio e do magnésio, aumentando deste modo a diurese e exercendo uma ação anti-hipertensiva.
O anlodipino é um inibidor do fluxo iônico do cálcio do grupo dihidropiridina (bloqueador lento dos canais de cálcio ou antagonista do íon cálcio) e inibe o influxo transmembranar dos íons cálcio para as células cardíacas e da musculatura lisa vascular.
Em pacientes hipertensos, independentemente da idade, a associação perindopril/indapamida exerce um efeito antihipertensivo dose-dependente na pressão arterial diastólica e sistólica na posição supina ou de pé. Durante estudos clínicos, a administração concomitante de perindopril e indapamida produziram efeitos anti-hipertensivos de natureza sinérgica em relação a cada um dos produtos administrados separadamente.
Perindopril é ativo em todos os graus de hipertensão: leve a moderada ou grave. Observa-se uma redução das pressões arteriais sistólica e diastólica, em supino e de pé.
A atividade anti-hipertensiva, após uma tomada única, é máxima entre 4 e 6 h e mantem-se durante 24h.
Existe um elevado bloqueio residual da enzima conversora de angiotensina em 24h, de aproximadamente 80%. Em pacientes que respondem, a normalização da pressão sanguínea é obtida ao fim de um mês de tratamento e mantémse sem taquifilaxia.
A interrupção do tratamento não é acompanhada de efeito rebote na hipertensão.
Perindopril tem propriedades vasodilatadoras e restaura a elasticidade dos grandes troncos arteriais, corrige alterações histomorfométricas na resistência das artérias e produz uma redução na hipertrofia ventricular esquerda.
Se necessário, a adição de um diurético tiazídico provoca uma sinergia aditiva.
A associação de um inibidor da enzima conversora de angiotensina com um diurético tiazídico diminui o risco de hipocalemia associada ao diurético isolado.
A indapamida em monoterapia, tem um efeito anti-hipertensivo que se prolonga por 24h. Este efeito manifesta-se com doses em que as propriedades diuréticas são mínimas.
A sua atividade anti-hipertensiva é proporcional a uma melhora da complacência arterial e a uma redução das resistências periféricas totais e arteriolares.
Indapamida reduz a hipertrofia ventricular esquerda.
Quando a dose do diurético tiazídico e diurético tiazídico relacionado é excedida, o efeito anti-hipertensivo permanece num platô, ao passo que os efeitos adversos continuam a aumentar. Se o tratamento não for efetivo, a dose não deve ser aumentada.
O mecanismo da ação anti-hipertensiva do anlodipino é devido a um efeito relaxante direto sobre a musculatura lisa vascular.
Nos pacientes com hipertensão, a tomada única diária proporciona reduções clinicamente significativas da pressão arterial tanto na posição de supino como na de pé ao longo das 24 horas. Em virtude da ação se manifestar lentamente, a hipotensão aguda não é uma característica da administração do anlodipino.
O anlodipino não tem sido associado a efeitos metabólicos adversos nem a alterações nos lipídios plasmáticos, sendo adequado o seu uso em pacientes com asma, diabetes e gota.
A coadministração de perindopril/indapamida e anlodipino não altera as suas propriedades farmacocinéticas em comparação com a administração separada.
Após administração oral, a absorção do perindopril é rápida e o pico de concentração é atingido em 1 hora (perindopril é um pró-fármaco e o perindoprilato o metabólito ativo). A meia vida plasmática do perindopril é de 1 hora. Uma vez que a ingestão de alimentos diminui a transformação em perindoprilato, e em consequência a sua biodisponibilidade, perindopril arginina deve ser administrado por via oral, numa tomada diária única, antes da refeição.
O volume de distribuição é de aproximadamente 0.2 L/kg para perindoprilato não ligado. A ligação das proteínas do perindoprilato às proteínas plasmáticas é de 20%, principalmente à enzima conversora de angiotensina, mas é dose dependente.
O perindopril é um pró-farmaco. Vinte e sete por cento da dose de perindopril administrada atinge a circulação sanguínea como o metabólito ativo perindoprilato. Além do perindoprilato ativo, o perindopril produz 5 metabólitos, todos inativos. O pico de concentração plasmática do perindoprilato é atingido entre 3 a 4 horas.
O perindoprilato é eliminado na urina e a meia vida terminal da fração livre é de aproximadamente 17 horas, resultando num estado de equilíbrio em 4 dias.
Foi demonstrada uma relação linear entre a dose de perindopril e a sua exposição plasmática.
A indapamida é rápida e totalmente absorvida pelo trato digestivo. O pico plasmático máximo é atingido em humanos aproximadamente uma hora após a administração oral do produto.
A ligação às proteínas plasmáticas é 79%.
A meia vida de eliminação está compreendida entre 14 e 24 h (média de 18h). As administrações repetidas não provocam acúmulo.
A eliminação é essencialmente urinária (70% da dose) e fecal (22%) sob forma de metabólitos inativos.
A farmacocinética não é alterada em pacientes com insuficiência renal.
Após administração oral de doses terapêuticas, o anlodipino é bem absorvido com picos séricos entre 6-12 horas pósdose. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64 e 80%.
A biodisponibilidade do anlodipino não é afetada pela ingestão de alimentos.
O volume de distribuição é aproximadamente de 21 L/kg. Estudos in vitro mostraram que aproximadamente 97,5% do anlodipino circulante liga-se às proteínas plasmáticas.
O anlodipino é extensivamente metabolizado pelo fígado em metabólitos inativos sendo excretados na urina 10% do composto parental e 60% dos metabólitos.
A meia vida de eliminação plasmática terminal é cerca de 35-50 horas e é consistente com a dose de uma tomada única diária.
No estudo crônico de toxicidade oral (ratos e macacos), o órgão alvo é o fígado, com danos reversíveis.
Nenhuma mutação gênica foi observada nos estudos in vitro e in vivo.
Estudos toxicológicos de reprodução (ratos, camundongos, coelhos e macacos) não mostraram nenhum sinal de embriotoxicidade ou teratogenicidade.
A fertilidade não foi prejudicada tanto em ratos machos quanto em fêmeas. Nenhuma carcinogenicidade foi observada em estudos em longo prazo em ratos e camundongos.
As doses mais altas administradas oralmente em diferentes espécies animais (40 a 8000 vezes a dose terapêutica) demonstraram uma exacerbação das propriedades diuréticas da indapamida. Os principais sintomas da intoxicação durante estudos de toxicidade aguda com indapamida administrada por via intravenosa ou intraperitoneal foram relacionados com a ação farmacológica da indapamida, ou seja, bradipneia e vasodilatação periférica.
A indapamida demonstrou não possuir propriedades mutagênicas e cancerígenas.
Estudos de toxicidade reprodutiva não demonstraram nenhum efeito de embriotoxicidade ou teratogenicidade em camundongos, ratos ou coelhos.
A fertilidade não foi afetada em ratos macho ou fêmea.
A associação perindopril/indapamida tem uma toxicidade ligeiramente mais elevada que a dos seus componentes. As manifestações renais não parecem ser potencializadas em ratos. Contudo, a associação provoca uma toxicidade gastrointestinal em cão e os efeitos tóxicos na mãe parecem estar aumentados nos ratos (comparativamente ao perindopril).
Apesar disso, estes efeitos adversos aparecem em doses correspondendo a uma grande margem de segurança comparativamente às doses terapêuticas utilizadas.
Os estudos pré-clínicos realizados separadamente com perindopril e indapamida não mostraram potencial genotóxico, carcinogênico ou teratogênico.
Estudos de reprodução em ratos e camundongos mostraram retardo na data do parto, duração prolongada do trabalho de parto e diminuição da sobrevivência das crias em doses aproximadamente 50 vezes maiores do que a dose máxima recomendada para humanos com base em mg/kg.
Não foi apresentado nenhum efeito na fertilidade de ratos tratados com anlodipino (machos por 64 dias e fêmeas por 14 dias antes do acasalamento) com doses de até 10 mg/kg por dia (8 vezes* a dose máxima recomendada em humanos de 10 mg com base em mg/m2). Em um estudo no qual ratos machos foram tratados com besilato de anlodipino por 30 dias numa dose comparável com a dose de humanos, baseado em mg/kg, foram encontradas diminuição da testosterona e do hormônio folículo-estimulante plasmáticos, bem como diminuição da densidade do esperma e do número de espermátides maduros e células de Sertoli.
Ratos e camundongos tratados com anlodipino na dieta por 2 anos, em concentrações calculadas para proporcionar os níveis de dosagem diárias de 0,5, 1,25 e 2,5 mg/kg, não mostraram nenhuma evidência de carcinogênese. A dose mais elevada (semelhante para camundongos, e duas vezes* a dose máxima clínica de 10 mg com base em mg/m², recomendados para ratos), foi próximo da dose máxima tolerada por camundongos, mas não para ratos.
Estudos de mutagenicidade não revelaram efeitos relacionados com a droga em níveis tanto no gene ou no cromossomo.
*Baseado em um paciente com peso de 50 kg.
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica da farmacêutica responsável: Rafaela Sarturi Sitiniki (CRF-PR 37364). Consulte a bula original. Última atualização: 16 de Dezembro de 2020
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