Bula do Triplixam
Princípio Ativo: Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino
Classe Terapêutica: Inibidores da ECA Associados a Antagonistas do Cálcio (C8)
Triplixam, para o que é indicado e para o que serve?
Triplixam® é indicado em pacientes hipertensos não controlados adequadamente pelo tratamento anterior ou em pacientes hipertensos de alto risco cardiovascular.
Como o Triplixam funciona?
Cada uma das substâncias ativas reduz a pressão arterial e atuam em conjunto para controlar a sua pressão arterial:
- O perindopril pertence a uma classe de medicamentos chamados inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA). Atua dilatando os vasos sanguíneos, fazendo com que o seu coração bombeie mais facilmente o sangue através deles.
- A indapamida é um diurético (que pertence a uma classe de medicamentos chamados derivados das sulfonamidas com um anel indólico). Os diuréticos aumentam a quantidade de urina produzida pelos rins. Contudo, a indapamida é diferente dos outros diuréticos, pois só provoca um ligeiro aumento da quantidade de urina produzida.
- O anlodipino é um bloqueador dos canais de cálcio (que pertence a uma classe de medicamentos chamado dihidropiridinas). Atua relaxando os vasos sanguíneos, permitindo um melhor fluxo sanguíneo.
Quais as contraindicações do Triplixam?
Triplixam® não deve ser utilizado nas seguintes situações:
- Se você é alérgico ao perindopril ou a qualquer outro IECA, à indapamida ou outras sulfonamidas, ao anlodipino ou outra dihidropiridina, ou qualquer outro componente deste medicamento;
- Se você já teve sintomas, tais como chiado na respiração, inchaço da face ou língua, coceira intensa ou reações cutâneas graves com tratamento prévio com um IECA ou se você ou algum membro da sua família já tiveram estes sintomas em qualquer outra circunstância (uma condição chamada angioedema);
- Se você tem uma doença grave do fígado ou sofre de uma condição chamada encefalopatia hepática (doença do cérebro causada por doença hepática);
- Se você tiver suspeita de ter insuficiência cardíaca descompensada não tratada (retenção de líquidos severa, dificuldade em respirar);
- Se você toma medicamentos não antiarrítmicos que causem batimentos cardíacos irregulares que colocam a vida em risco (torsades de pointes);
- Se você tem estreitamento da válvula aórtica (estenose aórtica) ou choque cardiogênico (uma condição em que o coração é incapaz de fornecer sangue suficiente ao corpo);
- Se você sofre de insuficiência cardíaca após um ataque cardíaco;
- Se você tem pressão sanguínea baixa acentuada (hipotensão);
- Se você tem níveis baixos de potássio no sangue;
- Se você tem problemas renais graves, onde o suprimento de sangue para os seus rins é reduzido (estenose da artéria renal);
- Se você está fazendo diálise ou qualquer outro tipo de filtração do sangue. Dependendo da máquina que é usada, Triplixam® pode não ser adequado para você;
- Se você tem problemas renais moderados (para concentrações de Triplixam® contendo 10mg/2,5mg/5mg e 10mg/2,5mg/10mg);
- Se você tiver mais de 3 meses de gravidez (também é melhor evitar Triplixam® no início da gravidez);
- Se você está amamentando;
- Se você tem diabetes ou insuficiência renal e está se tratando com um medicamento para baixar a pressão arterial que contenha alisquireno;
- Se você está fazendo tratamento com sacubitril/valsartana, um medicamento para insuficiência cardíaca, devido ao risco aumentado de angioedema (inchaço rápido sob a pele em uma área como a garganta).
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Como usar o Triplixam?
Sempre tome seu medicamento exatamente como o seu médico prescreveu. Consulte seu médico ou farmacêutico em caso de dúvidas.
Engula seu comprimido com um copo de água preferencialmente na parte da manhã e antes da refeição. Seu médico vai decidir a dosagem correta para você.
O tratamento com o Triplixam® deve ser iniciado, preferencialmente, com Triplixam® 5mg+1,25mg+5mg, um comprimido por dia. Se uma mudança na posologia for necessária, seu médico pode reajustar a dose para Triplixam® 5mg+1,25mg+10mg ou 10mg+2,5mg+5mg, sempre um comprimido por dia. Se uma nova mudança na posologia é necessária, seu médico pode ainda reajustar a dose para Triplixam® 10mg+2,5mg+10mg, um comprimido por dia.
Para maior comodidade, os pacientes que tomam perindopril, indapamida e anlodipino como componentes individuais, podem mudar para Triplixam® na mesma dosagem correspondente.
Siga a orientação de ser médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O que devo fazer quando me esquecer de usar o Triplixam?
É importante tomar seu medicamento todo dia, uma vez que o tratamento regular funciona melhor. No entanto, se você esquecer de tomar Triplixam®, tome a próxima dose no horário receitado pelo seu médico. Não dobre a dose para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Quais cuidados devo ter ao usar o Triplixam?
Fale com seu médico ou farmacêutico antes de tomar Triplixam®:
- Se você tem cardiomiopatia hipertrófica (doença do músculo cardíaco) ou estenose da artéria renal (estreitamento da artéria que fornece sangue aos rins);
- Se você tem insuficiência cardíaca ou qualquer outro problema cardíaco;
- Se você tiver aumento acentuado da pressão arterial (crise hipertensiva);
- Se você tiver problemas de fígado;
- Se você tem doença do colágeno (doença que afeta um tecido da pele), como lúpus eritematoso sistêmico ou esclerodermia;
- Se você tem aterosclerose (endurecimento das artérias);
- Se você tem que realizar um teste para verificar o funcionamento das glândulas paratireoides;
- Se você sofre de gota;
- Se você tem diabetes;
- Se você tem uma dieta de restrição de sal ou usa um substituto de sal que contenha potássio (um nível balanceado de potássio no sangue é essencial);
- Se você toma lítio ou diurético poupador de potássio (espironolactona, triantereno) uma vez que o uso concomitante com Triplixam® deve ser evitado;
- Se você é idoso e a dosagem necessita ser aumentada;
- Se você teve reação de fotossensibilidade;
- Se você é negro pode ter uma incidência maior de angioedema (inchaço da face, boca, língua ou garganta que pode causar dificuldade para engolir ou respirar) e uma menor efetividade para reduzir a pressão arterial;
- Se você é paciente em hemodiálise sendo dialisado com membrana de alto fluxo;
- Se você tem problemas renais ou se você está fazendo diálise;
- Se você apresentou uma redução da visão ou dor nos olhos. Estes podem ser sintomas de acúmulo de fluidos na camada vascular do olho (efusão coroidal) ou um aumento da pressão ocular e pode ocorrer dentro de horas a semanas após a administração de Triplixam®. Isso pode levar a perda permanente da visão, se não tratada. Se você já teve alergia a penicilina ou sulfonamida, você pode ter um risco maior de desenvolver tais efeitos;
- Se você têm problemas musculares, incluindo dor muscular, sensibilidade, fraqueza ou cãibras;
- Se você tem níveis anormalmente aumentados de um hormônio chamado aldosterona (aldosteronismo primário);
- Se você tiver excesso de acidez no sangue, o que pode causar um aumento da frequência respiratória;
- Se você tem insuficiência circulatória cerebral (pressão sanguínea baixa no cérebro);
- Se você tem inchaço da face, boca, língua ou garganta que pode causar dificuldade para engolir ou respirar (angioedema), que pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento, pare o tratamento imediatamente e informe o seu médico;
- Se você está tomando algum dos medicamentos abaixo, pode aumentar o risco de angioedema:
- Racecadotril (usado para tratar diarreia);
- Sirolimo, everolimo, tensirolimo e outros medicamentos pertencentes à classe dos chamados inibidores de mTOR (utilizados para evitar a rejeição de órgãos transplantados e para câncer);
- Sacubitril (disponível na forma de associação com a valsartana), usado para tratar a insuficiência cardíaca de longo prazo;
- Linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, vildagliptina e outras drogas pertencentes à classe das gliptinas (usadas para tratar diabetes).
- Se você está tomando algum dos medicamentos abaixo para tratar hipertensão:
- Um bloqueador do receptor de angiotensina II (BRAs) (também conhecidos como sartanas - por exemplo valsartana, telmisartana, irbesartana), em particular se você tiver problemas renais relacionados ao diabetes;
- Alisquireno.
Seu médico pode verificar sua função renal, pressão arterial, e níveis de eletrólitos (ex: potássio) em seu sangue em intervalos regulares.
O seu médico pode prescrever exames de sangue para verificar níveis de sódio ou potássio baixos ou níveis de cálcio elevados.
Você deve comunicar ao seu médico se tem suspeita que está (ou deseja engravidar). Triplixam® não é recomendado no início da gravidez, e também não deve ser usado se você estiver com mais de 3 meses de gravidez, podendo causar sérios problemas para seu bebê se utilizado nesse estágio.
Durante o tratamento com Triplixam®, você deve informar seu médico ou equipe médica, se você:
- Tiver que tomar uma anestesia geral e/ou fazer uma cirurgia;
- Recentemente teve diarreia ou vômito ou está desidratado;
- Tiver que passar por uma diálise ou aférese de LDL (remoção de colesterol do sangue por uma máquina);
- Vai passar por um tratamento de dessensibilização para reduzir os efeitos de uma alergia a picadas de abelha ou vespa;
- Se vai fazer exames médicos que requerem injeção de um contraste iodado (uma substância que torna órgãos como rins e estômago visíveis ao raio X).
Uso em crianças e adolescentes
Triplixam® não deve ser utilizado em crianças e adolescentes.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Gravidez
Comunique seu médico caso esteja grávida ou pretenda engravidar. Seu médico deverá aconselhá-la a parar de tomar Triplixam® antes de você engravidar ou assim que você souber que está grávida, e irá aconselhá-la a tomar outro medicamento ao invés de Triplixam®. Triplixam® não é recomendado no início da gravidez, e não deve ser usado quando estiver com mais de 3 meses de gravidez, pois pode causar sérios problemas para o seu bebê se usado após o terceiro mês de gravidez.
Lactação
Foi demonstrado que o anlodipino passa em pequenas quantidades através do leite materno. Se você está amamentando ou vai começar a amamentar fale com seu médico. Triplixam® não é recomendado para mães que estejam amamentando e o seu médico poderá escolher outro tratamento se você desejar amamentar, especialmente se o bebê for recém-nascido ou prematuro.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Condução de veículos e operação de máquinas
Triplixam® pode afetar sua habilidade de condução de veículos e operação de máquinas. Caso se sinta doente, com tonturas, cansaço ou dor de cabeça, não conduza ou utilize máquinas e contate seu médico imediatamente.
Atletas
Atletas devem estar cientes que Triplixam® contém a substância ativa indapamida que pode causar uma reação positiva nos testes antidoping.
Sódio
Triplixam® contém menos que 1 mmol de sódio (23mg) por comprimido, isto é, essencialmente livre de sódio.
Este medicamento pode causar doping.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do Triplixam?
Assim como todos os medicamentos, Triplixam® pode causar eventos adversos, embora nem todos os pacientes irão apresentá-los.
Interrompa o tratamento com Triplixam® e vá ao médico imediatamente se você tiver qualquer um dos eventos adversos listados abaixo:
- Tonturas súbitas, dor no peito, falta de ar ou dificuldade em respirar (Reação incomum - ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Inchaço das pálpebras, face ou lábios (Reação incomum - ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Inchaço da boca, língua e garganta, que causa grande dificuldade em respirar (Reação incomum- ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Reações cutâneas graves incluindo erupção cutânea intensa, urticária, vermelhidão da pele ao longo de todo o seu corpo, comichão grave, bolhas, descamação e inchaço da pele, inflamação das membranas mucosas (Síndrome Stevens Johnson, necrólise epidermal tóxica) ou outras reações alérgicas (Reação muito rara - ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Tonturas graves ou desmaio (Reação comum - ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Ataque cardíaco (Reação muito rara - ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento), batimentos cardíacos irregulares potencialmente fatais (Desconhecido);
- Pâncreas inflamado que pode causar severas dores abdominais e das costas acompanhado da sensação de mal-estar (Reação muito rara - ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
- Fraqueza muscular, cãibras, sensibilidade ou dor e, em particular, se ao mesmo tempo, você não se sentir bem ou tiver febre alta, isso pode ser causado por uma ruptura muscular anormal (desconhecido).
Em ordem decrescente de frequência, os efeitos adversos podem incluir:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Inchaço (retenção de fluido)
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Baixo potássio no sangue, dor de cabeça, tonturas, palpitações (consciência do seu batimento cardíaco), rubor, vertigem, sensação de formigamento, alterações da visão, visão dupla, zumbidos (sensação de barulho nos ouvidos), sensação de cabeça vazia devido à pressão arterial baixa, tosse, encurtamento da respiração (falta de ar), alterações gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal, alterações do paladar, dispepsia ou dificuldade de digestão, diarreia, constipação, mudança de hábito intestinal), reações alérgicas (tais como erupção na pele, comichão), cãibras musculares, sensação de cansaço, fraqueza, sonolência, inchaço dos tornozelos.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Alterações do humor, ansiedade, depressão, alterações do sono, tremores, urticária, desmaio, perda de sensação à dor, batimentos cardíacos irregulares e/ou rápidos, rinite (obstrução ou coriza nasal), queda de cabelo, púrpura (pontos vermelhos na pele), descoloração cutânea, comichão, transpiração, dor no peito, dores musculares e nas articulações, dores nas costas, dor, mal-estar, problemas renais, alterações na passagem de urina, aumento da necessidade de urinar à noite, aumento do número de vezes na passagem de urina, impotência (dificuldade em obter ou manter a ereção), febre ou temperatura alta, desconforto ou aumento do peito nos homens, aumento ou perda de peso, aumento do número de alguns glóbulos brancos, níveis elevados de potássio no sangue, hipoglicemia (nível de açúcar no sangue muito baixo), níveis baixos de sódio no sangue que podem levar a desidratação e pressão arterial baixa, vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), reações de fotossensibilidade (alteração na aparência da pele) após exposição solar ou UVA artificial, conjuntos de bolhas na pele, inchaço das mãos ou pés, aumento da creatinina e da ureia no sangue, queda, boca seca.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Estado de confusão, alterações nos parâmetros laboratoriais: baixo teor de cloreto no sangue, baixo teor de magnésio no sangue, aumento do nível das enzimas hepáticas, valores elevados de bilirrubina sérica e piora da psoríase, diminuição ou ausência de produção de urina, insuficiência renal aguda.
- Urina escura, mal-estar (náuseas) ou enjoo (vômitos), cãibras musculares, confusão e convulsões. Estes podem ser sintomas de uma condição chamada secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento)
- Diminuição do número dos glóbulos brancos, diminuição no número de plaquetas (que causam facilidade no aparecimento de manchas roxas e sangramento nasal), anemia (diminuição dos glóbulos vermelhos), angina pectoris (dor no peito, maxilar e costas, provocado por esforço físico, e devido a problemas com o fluxo sanguíneo para o coração), pneumonia eosinofílica (um tipo raro de pneumonia), inchaço das gengivas, reações cutâneas graves incluindo erupção intensa na pele, vermelhidão da pele ao longo de todo o seu corpo, comichão grave, bolhas, descamação e inchaço da pele, eritema multiforme (uma erupção na pele que muitas vezes começa com manchas vermelhas que dão comichão na face, braços ou pernas), sangramento, gengivas sensíveis ou aumentadas, alteração na função hepática, inflamação do fígado (hepatite), alterações renais graves, pele amarelada (icterícia), inchaço abdominal (gastrite), alterações nervosas que podem causar fraqueza, dormência e formigamento, aumento da tensão muscular, hiperglicemia (nível de glicose sanguínea alto), nível aumentado de cálcio no sangue, acidente vascular cerebral possivelmente secundário a pressão arterial excessivamente baixa.
Desconhecido (a frequência não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)
- Encefalopatia hepática (doença cerebral causada por doença do fígado), traçado anormal do ECG, se sofre de lúpus eritematoso sistêmico (um tipo de doença do colágeno), este pode piorar.
- Visão curta (miopia), visão turva, visão prejudicada, diminuição da visão ou dor nos olhos devido à pressão alta (possíveis sinais de acúmulo de fluidos na camada vascular do olho (efusão coroidal) ou glaucoma agudo de ângulo fechado).
- Tremor, postura rígida, rosto de máscara, movimentos lentos e andar arrastado e desequilibrado.
- Descoloração, dormência e dor nos dedos das mãos ou dos pés (Fenômeno de Raynaud).
Alterações nos parâmetros laboratoriais (exames de sangue) podem ocorrer. Seu médico pode solicitar exames sanguíneos para monitorar sua condição.
Se você tiver qualquer evento adverso, incluindo possíveis eventos adversos não indicados nesta bula, fale com seu médico ou farmacêutico. Ao relatar efeitos adversos, você pode ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança do medicamento.
Atenção: este produto é uma nova associação no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico ou cirurgião-dentista.
Apresentações do Triplixam
Comprimidos revestidos
Embalagens contendo 30 comprimidos revestidos nas concentrações de 5mg/1,25mg/5mg, 5mg/1,25mg/10mg, 10mg/2,5mg/5mg e 10mg/2,5mg/10mg de perindopril arginina/indapamida/anlodipino.
Uso oral.
Uso adulto.
Qual a composição do Triplixam?
Cada comprimido revestido de Triplixam® 5mg/1,25mg/5mg contém:
Perindopril arginina | 5mg correspondente a 3,395mg de perindopril |
Indapamida | 1,25 mg de indapamida (semi-hidratada) correspondente a 1,22 mg de indapamida anidra |
Besilato de anlodipino | 6,935mg correspondente a 5mg de anlodipino |
Excipientes q.s.p. | 1 comprimido revestido |
Cada comprimido revestido de Triplixam® 5mg/1,25mg/10mg contém:
Perindopril arginina | 5mg correspondente a 3,395mg de perindopril |
Indapamida | 1,25 mg de indapamida (semi-hidratada) correspondente a 1,22 mg de indapamida anidra |
Besilato de anlodipino | 13,87mg correspondente a 10mg de anlodipino |
Excipientes q.s.p. | 1 comprimido revestido |
Cada comprimido revestido de Triplixam® 10mg/2,5mg/5mg contém:
Perindopril arginina | 10 mg correspondente a 6,79mg de perindopril |
Indapamida | 2,5 mg de indapamida (semi-hidratada) correspondente a 2,44 mg de indapamida anidra |
Besilato de anlodipino | 6,935mg correspondente a 5mg de anlodipino |
Excipientes q.s.p. | 1 comprimido revestido |
Cada comprimido revestido de Triplixam® 10mg/2,5mg/10mg contém:
Perindopril arginina | 10 mg correspondente a 6,79 mg de perindopril) |
Indapamida | 2,5 mg de indapamida (semi-hidratada) correspondente a 2,44 mg de indapamida anidra |
Besilato de anlodipino | 13,87 mg correspondente a 10 mg de anlodipino |
Excipientes q.s.p. | 1 comprimido revestido |
Excipientes: carbonato de cálcio, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, sílica coloidal anidra, amido pré-gelatinizado, glicerol, hipromelose, macrogol e dióxido de titânio.
O dessecante está presente na tampa do frasco.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do Triplixam maior do que a recomendada?
Tomar muitos comprimidos pode fazer com que a sua pressão arterial fique baixa ou que se torne perigosamente baixa associada algumas vezes a náuseas, vômitos, cãibras, tonturas, sonolência, confusão mental, oligúrias (menos urina que o normal), anúria (ausência de produção ou passagem de urina). Você pode sentir uma sensação de cabeça vazia, desmaio ou fraqueza. Se a queda da pressão arterial for grave pode ocorrer choque. A sua pele pode ficar fria e úmida e você pode perder consciência.
O excesso de líquidos pode acumular em seus pulmões (edema pulmonar) causando falta de ar, que pode se desenvolver até 24 a 48 horas após a ingestão.
Contate imediatamente o médico se tomar muitos comprimidos de Triplixam®.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Triplixam com outros remédios?
Informe seu médico ou farmacêutico se você está fazendo uso, se utilizou recentemente ou se vier a tomar outros medicamentos.
Não tome medicamentos que contenham alisquireno (usado para o tratamento de hipertensão) se você é diabético ou tem problemas renais.
Você deve evitar Triplixam® com:
- Lítio (usado no tratamento de doenças psiquiátricas como mania, doença maníaca depressiva e depressão recorrente);
- Medicamentos poupadores de potássio (p. ex: triantereno, amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio, outros medicamentos que podem aumentar o potássio no seu corpo (como a heparina, um medicamento usado para tornar o sangue mais fino para prevenir coágulos; trimetroprima e cotrimoxazol, também conhecido como sulfametoxazol/trimetoprima para tratar infecções causadas por bactérias);
- Dantrolene (infusão) para tratar a hipertermia maligna durante a anestesia (sintomas incluindo febre muito alta e rigidez muscular);
- Estramustina (usado na terapia de câncer);
- Medicamentos que são mais frequentemente utilizados para tratar diarreia (racecadotrila) ou evitar rejeição de órgãos transplantados (sirolimo, everolimo, tensirolimo e outros medicamentos pertencentes à classe dos chamados inibidores da mTOR).
- Sacubitril/valsartana (usado no tratamento de longo prazo da insuficiência cardíaca);
- Outros medicamentos utilizados para tratar hipertensão: inibidores da enzima conversora de angiotensina e bloqueador dos receptores de angiotensina.
O tratamento com Triplixam® pode ser afetado por outros medicamentos. Seu médico pode necessitar alterar sua dosagem e/ou tomar outras precauções.
Certifique-se de informar o seu médico se estiver tomando algum dos seguintes medicamentos, pois cuidados especiais podem ser necessários:
- Outros medicamentos para tratar hipertensão, incluindo bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA), alisquireno ou diuréticos (medicamentos que aumentam a quantidade de urina produzida pelos rins);
- Medicamentos poupadores de potássio usados no tratamento de insuficiência cardíaca: eplerenona e espironolactona com doses entre 12,5 mg e 50 mg por dia;
- Medicamentos anestésicos;
- Agentes de contraste iodados;
- Bepridil (usado para tratar a angina pectoris);
- Metadona (usado para tratar dependência);
- Medicamentos usados para tratar problemas no ritmo cardíaco (por exemplo: dofetilida, ibutilida, bretilio, cisaprida, difemamil, procainamida, quinidina, hidroquinidina, disopiramida, amiodarona, sotalol);
- Verapamil, diltiazem (medicamentos para o coração);
- Digoxina ou outros glicosídeos cardíacos (para o tratamento de problemas cardíacos);
- Alguns antibióticos usados para tratar infecções causadas por bactérias (por exemplo: rifampicina, eritromicina, claritromicina, esparfloxacino, moxifloxacino);
- Medicamentos antifúngicos (por exemplo: itraconazol, cetoconazol, anfotericina B injetável);
- Alopurinol (para o tratamento da gota);
- Antihistamínicos usados para tratar reações alérgicas, tais como febre do feno (por exemplo: mizolastina, terfenadina ou astemizol);
- Corticosteroides usados para tratar várias condições incluindo asma grave e artrite reumatoide, e medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (por exemplo: ibuprofeno) ou salicilatos em alta dose (por exemplo: ácido acetilsalicílico, uma substância presente em muitos medicamentos usados para aliviar a dor e baixar a febre, bem como para prevenir coágulos no sangue);
- Medicamentos imunossupressores usados para o tratamento de alterações autoimunes ou na sequência de uma cirurgia de transplante para prevenir rejeição (por exemplo: ciclosporina, tacrolimo);
- Tetracosactido (para tratar a doença de Crohn);
- Sais de ouro, especialmente com administração intravenosa (usado para tratar sintomas de artrite reumatoide);
- Halofantrina (usada para tratar certos tipos de malária);
- Baclofeno usado para tratar a rigidez muscular em doenças como a esclerose múltipla;
- Medicamentos para tratar diabetes tais como insulina ou metformina;
- Cálcio, incluindo suplementos de cálcio;
- Laxantes estimulantes (p. ex. sene);
- Medicamentos para o tratamento de câncer;
- Vincamina (usado para tratar alterações cognitivas sintomáticas no idoso, incluindo perda de memória);
- Medicamentos usados para tratar alterações mentais, tais como depressão, ansiedade, esquizofrenia, entre outros (por exemplo: antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, antidepressivos tipo imipramina, neurolépticos (tais como amissulprida, sulpirida, sultoprida, tiaprida, haloperidol, droperidol));
- Pentamidina (usada para tratar pneumonia);
- Ritonavir, indinavir, nelfinavir (também chamados inibidores da protease, usados para tratar o HIV);
- Hypericum perforatum (Erva de São João);
- Trimetoprim (para o tratamento de infecções);
- Medicamentos usados no tratamento de pressão arterial baixa, choque ou asma (p. ex. efedrina, noradrenalina ou adrenalina);
- Nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores que podem promover a redução da pressão arterial.
Triplixam® com alimento e bebida
Suco de toranja e toranja (grapefruit) não devem ser consumidos por pessoas que estão tomando Triplixam®. O motivo é que a toranja e o suco de toranja podem conduzir a um aumento nos níveis sanguíneos do ingrediente ativo anlodipino, que pode causar um aumento imprevisível no efeito de redução da pressão arterial do Triplixam®.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista, se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Qual a ação da substância do Triplixam?
Resultados de Eficácia
Resultados de Perindopril/Indapamida/Anlodipino como associação em dose fixa
A eficácia da associação em dose fixa foi estudada em dois estudos internacionais de fase III, randomizados e multicêntricos.
O primeiro estudo foi realizado em 148 pacientes com hipertensão não controlada em seu tratamento anti-hipertensivo em andamento e randomizados entre os dois grupos de dose fixa de perindopril 5 mg /indapamida 1,25 mg/anlodipino 5mg (Per/Ind/Anl) versus perindopril 5mg/indapamida 1,25mg e anlodipino 5mg (Per/Ind+Anl) administrados separadamente. Após 12 semanas de tratamento, a diminuição média da PAS/PAD foi semelhante nos dois grupos com -21,6/-15,3mmHg com Per/Ind/Anl e -20,0/-14,8mmHg em Per/Ind+Anl), resultando em mais de 80 % de pacientes controlados. O efeito total foi obtido desde o final do primeiro mês e mantido até o final do estudo.
O segundo estudo foi realizado em pacientes com hipertensão essencial não controlada após 1 mês de tratamento com Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: associação em dose fixa de Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg/Anlodipino 5mg (Per/Ind/Anl) versus Perindopril 5mg/Indapamida 1,25mg (Per/Ind). Após o primeiro mês, a titulação condicional, com base no controle da pressão arterial, até Perindopril 10mg/Indapamida 2,5mg/Anlodipino 10mg poderia ser realizada. A duração do estudo foi de 4 meses.
No geral, 454 pacientes (valores médios: idade 55 anos, IMC 27 kg/m2, supino PAS/PAD 162/101 mmHg, duração da hipertensão 6,5 anos) foram randomizados no estudo.
Após 1 mês de tratamento, supino PAS/PAD no consultório diminuiu em relação à linha de base em ambos os grupos de tratamento em favor da triterapia, levando a uma diferença entre grupos de -3,1 ± 1,3mmHg (p=0.021) para PAS e -3,2±0,9mmHg (p<0.001) para a PAD. Isto foi associado a uma melhor eficácia em termos de taxas de resposta: 72% respondedores em Per/Ind/Anl versus 53% em Per/Ind (p <0.0001).
Durante todo o estudo, foram avaliadas todas as dosagens da triterapia. Cada titulação para a dose seguinte proporcionou uma redução significativa da PAS/PAD dentro de cada grupo levando a um controle da PA em mais de 80% dos pacientes ao final do estudo.
Além disso, o monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA) 24 horas e o monitoramento domiciliar da pressão arterial confirmaram a superioridade de Per5/Ind 1.25/Anl5 sobre Per5/Ind1.25 sobre M0-M1 e o efeito de redução da pressão arterial das titulações.
Nos dois estudos, não surgiram preocupações relacionadas à segurança e o perfil de segurança foi semelhante independentemente da dose.
Resultados de estudos de morbidade e mortalidade
O benefício da associação tripla de perindopril / indapamida + BCC foi estudada no estudo Advance de morbidade e mortalidade.
O estudo Advance foi um estudo multicêntrico, internacional, randomizado, 2x2 desenho fatorial, destinado a determinar os benefícios da redução da pressão arterial com a associação em dose fixa de perindopril/indapamida versus placebo em comparação com a terapia padrão atual (comparação duplo cego) e de gliclazida MR baseado na estratégia de intensivo controle da glicose (Alvo de HbA1c de 6,5% ou menos) versus o controle de glicose padrão em eventos macrovasculares e microvasculares maiores em pacientes diabéticos tipo 2. A duração do seguimento foi de 4,3 anos.
No subgrupo de 3427 pacientes que receberam bloqueadores de canal de cálcio (BCC) no início do estudo, os 1669 pacientes aos quais se adicionou perindopril/indapamida apresentaram uma diminuição no risco relativo de morte de 28% (IC 95%: 10%, 43%) e uma redução não significativa de eventos cardiovasculares maiores (infarto do miocárdio não fatal, AVC não fatal e morte cardiovascular) de 12% (IC:95%: -8%; 28%), sem eventos adversos detectáveis.
População pediátrica
Não existem dados disponíveis com Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino em crianças.
Referências Bibliográficas
1 - Mourad, JJ.; Amodeo, C.; De Champvallins, M.; Brzozowska-Villate, R.; Asmar, R. Blood pressurelowering efficacy and safety of perindopril/indapamide/amlodipine single-pill combination in patients with uncontrolled essential hypertension: a multicenter, randomized, double-blind, controlled trial. Journal of Hypertension, 1-15, 2017.
2 - Chalmers J, Arima H, Woodward M, Mancia G, Poulter N, Hirakawa Y e cols. Effects of combination of perindopril, indapamide, and calcium channel blockers in patients with type 2 diabetes mellitus: results from the Action In Diabetes and Vascular Disease: Preterax and Diamicron Controlled Evaluation (ADVANCE) trial. Hypertension. 2014;63 (2): 259-64.
Características Farmacológicas
Grupo terapêutico: inibidores da ECA, combinações. Inibidores da ECA, bloqueadores do canal de cálcio e diuréticos.
Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino é uma associação de três anti-hipertensivos com mecanismos complementares para controlar a pressão arterial em pacientes com hipertensão. O sal de perindopril arginina é um inibidor da enzima conversora de angiotensina, a indapamida, um diurético clorosulfamoilado e anlodipino, um inibidor do fluxo dos íons de cálcio do grupo dihidropiridina.
As propriedades farmacológicas do Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino derivam de cada um dos componentes administrados separadamente.
Em adição, a associação perindopril/indapamida produz uma sinergia aditiva dos efeitos anti-hipertensivos dos dois componentes.
Mecanismo de ação
Perindopril
Perindopril é um inibidor da enzima que converte a angiotensina I (IECA) em angiotensina II, uma substância vasoconstritora; além disso, a enzima estimula a secreção de aldosterona pelo córtex adrenal e estimula a degradação da bradicinina, uma substância vasodilatadora, em heptapeptídeos inativos.
Isto resulta em:
- Uma redução na secreção de aldosterona;
- Um aumento da atividade da renina plasmática, uma vez que a aldosterona já não exerce feedback negativo;
- Uma redução na resistência periférica total com uma ação preferencial no leito vascular no músculo e no rim, sem retenção de sal e hídrica ou taquicardia reflexa, com tratamento crônico.
A ação anti-hipertensiva do perindopril também ocorre em pacientes com concentrações baixas ou normais de renina.
O perindopril atua através do seu metabólito ativo, perindoprilato. Os outros metabólitos são inativos.
O perindopril reduz o trabalho do coração:
- Através de um efeito vasodilatador nas veias, provavelmente causado por alterações no metabolismo das prostaglandinas: redução em pré-carga;
- Através da redução da resistência periférica total: redução pós-carga.
Estudos realizados em pacientes com insuficiência cardíaca demonstraram:
- Uma redução nas pressões de enchimento ventricular esquerdo e direito;
- Uma redução na resistência vascular periférica total;
- Um aumento no débito cardíaco e uma melhoria do índice cardíaco;
- Um aumento do débito sanguíneo regional no músculo.
Os testes de esforço também demonstraram melhora.
Indapamida
Indapamida é um derivado sulfonamídico com anel indólico, farmacologicamente relacionada ao grupo dos diuréticos tiazídicos. A indapamida inibe a reabsorção do sódio ao nível do segmento cortical de diluição. Aumenta a excreção urinária do sódio e dos cloretos e, em menor grau, a excreção do potássio e do magnésio, aumentando deste modo a diurese e exercendo uma ação anti-hipertensiva.
Anlodipino
O anlodipino é um inibidor do fluxo iônico do cálcio do grupo dihidropiridina (bloqueador lento dos canais de cálcio ou antagonista do íon cálcio) e inibe o influxo transmembranar dos íons cálcio para as células cardíacas e da musculatura lisa vascular.
Propriedades farmacodinâmicas
Perindopril/indapamida
Em pacientes hipertensos, independentemente da idade, a associação perindopril/indapamida exerce um efeito antihipertensivo dose-dependente na pressão arterial diastólica e sistólica na posição supina ou de pé. Durante estudos clínicos, a administração concomitante de perindopril e indapamida produziram efeitos anti-hipertensivos de natureza sinérgica em relação a cada um dos produtos administrados separadamente.
Perindopril
Perindopril é ativo em todos os graus de hipertensão: leve a moderada ou grave. Observa-se uma redução das pressões arteriais sistólica e diastólica, em supino e de pé.
A atividade anti-hipertensiva, após uma tomada única, é máxima entre 4 e 6 h e mantem-se durante 24h.
Existe um elevado bloqueio residual da enzima conversora de angiotensina em 24h, de aproximadamente 80%. Em pacientes que respondem, a normalização da pressão sanguínea é obtida ao fim de um mês de tratamento e mantémse sem taquifilaxia.
A interrupção do tratamento não é acompanhada de efeito rebote na hipertensão.
Perindopril tem propriedades vasodilatadoras e restaura a elasticidade dos grandes troncos arteriais, corrige alterações histomorfométricas na resistência das artérias e produz uma redução na hipertrofia ventricular esquerda.
Se necessário, a adição de um diurético tiazídico provoca uma sinergia aditiva.
A associação de um inibidor da enzima conversora de angiotensina com um diurético tiazídico diminui o risco de hipocalemia associada ao diurético isolado.
Indapamida
A indapamida em monoterapia, tem um efeito anti-hipertensivo que se prolonga por 24h. Este efeito manifesta-se com doses em que as propriedades diuréticas são mínimas.
A sua atividade anti-hipertensiva é proporcional a uma melhora da complacência arterial e a uma redução das resistências periféricas totais e arteriolares.
Indapamida reduz a hipertrofia ventricular esquerda.
Quando a dose do diurético tiazídico e diurético tiazídico relacionado é excedida, o efeito anti-hipertensivo permanece num platô, ao passo que os efeitos adversos continuam a aumentar. Se o tratamento não for efetivo, a dose não deve ser aumentada.
Além disso, foi demonstrado, a curto, médio e longo prazo em pacientes hipertensos, que a indapamida:
- Não tem efeito sobre o metabolismo lipídico: triglicerídeos, colesterol LDL e colesterol HDL;
- Não tem efeito sobre o metabolismo dos carboidratos, mesmo em pacientes diabéticos hipertensos.
Anlodipino
O mecanismo da ação anti-hipertensiva do anlodipino é devido a um efeito relaxante direto sobre a musculatura lisa vascular.
Não está completamente esclarecido o mecanismo segundo o qual o anlodipino alivia a angina, mas sabe-se que o anlodipino reduz a carga isquêmica total pelas duas ações seguintes:
- O anlodipino dilata as arteríolas periféricas e reduz assim a resistência periférica total (pós-carga) contra a qual se processa o trabalho cardíaco. Como a frequência cardíaca permanece estável, o consumo energético e as necessidades de oxigênio do miocárdio são reduzidas;
- O mecanismo de ação do anlodipino envolve provavelmente a dilatação das principais artérias e arteríolas coronarianas, tanto nas regiões normais como nas regiões isquêmicas. Esta dilatação aumenta a quantidade de oxigênio dispensada ao miocárdio nos pacientes com espasmo das artérias coronarianas (angina de Prinzmetal ou angina variante).
Nos pacientes com hipertensão, a tomada única diária proporciona reduções clinicamente significativas da pressão arterial tanto na posição de supino como na de pé ao longo das 24 horas. Em virtude da ação se manifestar lentamente, a hipotensão aguda não é uma característica da administração do anlodipino.
O anlodipino não tem sido associado a efeitos metabólicos adversos nem a alterações nos lipídios plasmáticos, sendo adequado o seu uso em pacientes com asma, diabetes e gota.
Propriedades farmacocinéticas
Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino
A coadministração de perindopril/indapamida e anlodipino não altera as suas propriedades farmacocinéticas em comparação com a administração separada.
Perindopril
Absorção e biodisponibilidade
Após administração oral, a absorção do perindopril é rápida e o pico de concentração é atingido em 1 hora (perindopril é um pró-fármaco e o perindoprilato o metabólito ativo). A meia vida plasmática do perindopril é de 1 hora. Uma vez que a ingestão de alimentos diminui a transformação em perindoprilato, e em consequência a sua biodisponibilidade, perindopril arginina deve ser administrado por via oral, numa tomada diária única, antes da refeição.
Distribuição
O volume de distribuição é de aproximadamente 0.2 L/kg para perindoprilato não ligado. A ligação das proteínas do perindoprilato às proteínas plasmáticas é de 20%, principalmente à enzima conversora de angiotensina, mas é dose dependente.
Biotransformação
O perindopril é um pró-farmaco. Vinte e sete por cento da dose de perindopril administrada atinge a circulação sanguínea como o metabólito ativo perindoprilato. Além do perindoprilato ativo, o perindopril produz 5 metabólitos, todos inativos. O pico de concentração plasmática do perindoprilato é atingido entre 3 a 4 horas.
Eliminação
O perindoprilato é eliminado na urina e a meia vida terminal da fração livre é de aproximadamente 17 horas, resultando num estado de equilíbrio em 4 dias.
Linearidade/não linearidade
Foi demonstrada uma relação linear entre a dose de perindopril e a sua exposição plasmática.
Populações especiais
- Idosos: a eliminação do perindoprilato é reduzida nos idosos, e também em pacientes com insuficiência cardíaca ou renal;
- Pacientes com insuficiência renal: dependendo do grau de comprometimento (depuração de creatinina), é desejável um ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal;
- Em caso de diálise: a depuração do perindoprilato é igual a 70 mL/min;
- Em pacientes com cirrose: A farmacocinética do perindopril é modificada, a depuração hepática da molécula é reduzida para metade. Contudo, a quantidade de perindoprilato formada não é reduzida e consequentemente não são necessários ajustes de dosagem.
Indapamida
Absorção
A indapamida é rápida e totalmente absorvida pelo trato digestivo. O pico plasmático máximo é atingido em humanos aproximadamente uma hora após a administração oral do produto.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é 79%.
Metabolismo e Eliminação
A meia vida de eliminação está compreendida entre 14 e 24 h (média de 18h). As administrações repetidas não provocam acúmulo.
A eliminação é essencialmente urinária (70% da dose) e fecal (22%) sob forma de metabólitos inativos.
Populações especiais
A farmacocinética não é alterada em pacientes com insuficiência renal.
Anlodipino
Absorção e Biodisponibilidade
Após administração oral de doses terapêuticas, o anlodipino é bem absorvido com picos séricos entre 6-12 horas pósdose. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64 e 80%.
A biodisponibilidade do anlodipino não é afetada pela ingestão de alimentos.
Distribuição
O volume de distribuição é aproximadamente de 21 L/kg. Estudos in vitro mostraram que aproximadamente 97,5% do anlodipino circulante liga-se às proteínas plasmáticas.
Metabolismo
O anlodipino é extensivamente metabolizado pelo fígado em metabólitos inativos sendo excretados na urina 10% do composto parental e 60% dos metabólitos.
Eliminação
A meia vida de eliminação plasmática terminal é cerca de 35-50 horas e é consistente com a dose de uma tomada única diária.
Populações especiais
- Utilização em idosos: o tempo necessário para atingir o pico sérico de anlodipino é idêntico nos idosos e nos pacientes mais jovens. Nos pacientes idosos a depuração do anlodipino tende a ser mais reduzida com o consequente aumento da AUC e da meia vida de eliminação. Os aumentos na AUC e na meia vida de eliminação nos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva são iguais aos esperados para o grupo etário estudado;
- Utilização em pacientes com função hepática comprometida: A informação clínica disponível sobre a administração do anlodipino em pacientes com função hepática comprometida é muito limitada. Pacientes com insuficiência hepática diminuíram a depuração do anlodipino com um consequente prolongamento da meia vida e aumento da AUC em aproximadamente 40-60%.
Dados de segurança pré-clínica
Perindopril
No estudo crônico de toxicidade oral (ratos e macacos), o órgão alvo é o fígado, com danos reversíveis.
Nenhuma mutação gênica foi observada nos estudos in vitro e in vivo.
Estudos toxicológicos de reprodução (ratos, camundongos, coelhos e macacos) não mostraram nenhum sinal de embriotoxicidade ou teratogenicidade.
Contudo, foi demonstrado que inibidores da enzima conversora da angiotensina, como uma classe, provocam efeitos adversos no desenvolvimento fetal tardio, resultando em morte fetal e efeitos congênitos em roedores e coelhos:
- Lesões renais, aumento na mortalidade peri e pós-natal foram observados.
A fertilidade não foi prejudicada tanto em ratos machos quanto em fêmeas. Nenhuma carcinogenicidade foi observada em estudos em longo prazo em ratos e camundongos.
Indapamida
As doses mais altas administradas oralmente em diferentes espécies animais (40 a 8000 vezes a dose terapêutica) demonstraram uma exacerbação das propriedades diuréticas da indapamida. Os principais sintomas da intoxicação durante estudos de toxicidade aguda com indapamida administrada por via intravenosa ou intraperitoneal foram relacionados com a ação farmacológica da indapamida, ou seja, bradipneia e vasodilatação periférica.
A indapamida demonstrou não possuir propriedades mutagênicas e cancerígenas.
Estudos de toxicidade reprodutiva não demonstraram nenhum efeito de embriotoxicidade ou teratogenicidade em camundongos, ratos ou coelhos.
A fertilidade não foi afetada em ratos macho ou fêmea.
Perindopril/indapamida
A associação perindopril/indapamida tem uma toxicidade ligeiramente mais elevada que a dos seus componentes. As manifestações renais não parecem ser potencializadas em ratos. Contudo, a associação provoca uma toxicidade gastrointestinal em cão e os efeitos tóxicos na mãe parecem estar aumentados nos ratos (comparativamente ao perindopril).
Apesar disso, estes efeitos adversos aparecem em doses correspondendo a uma grande margem de segurança comparativamente às doses terapêuticas utilizadas.
Os estudos pré-clínicos realizados separadamente com perindopril e indapamida não mostraram potencial genotóxico, carcinogênico ou teratogênico.
Anlodipino
Estudos de reprodução em ratos e camundongos mostraram retardo na data do parto, duração prolongada do trabalho de parto e diminuição da sobrevivência das crias em doses aproximadamente 50 vezes maiores do que a dose máxima recomendada para humanos com base em mg/kg.
Não foi apresentado nenhum efeito na fertilidade de ratos tratados com anlodipino (machos por 64 dias e fêmeas por 14 dias antes do acasalamento) com doses de até 10 mg/kg por dia (8 vezes* a dose máxima recomendada em humanos de 10 mg com base em mg/m2). Em um estudo no qual ratos machos foram tratados com besilato de anlodipino por 30 dias numa dose comparável com a dose de humanos, baseado em mg/kg, foram encontradas diminuição da testosterona e do hormônio folículo-estimulante plasmáticos, bem como diminuição da densidade do esperma e do número de espermátides maduros e células de Sertoli.
Ratos e camundongos tratados com anlodipino na dieta por 2 anos, em concentrações calculadas para proporcionar os níveis de dosagem diárias de 0,5, 1,25 e 2,5 mg/kg, não mostraram nenhuma evidência de carcinogênese. A dose mais elevada (semelhante para camundongos, e duas vezes* a dose máxima clínica de 10 mg com base em mg/m², recomendados para ratos), foi próximo da dose máxima tolerada por camundongos, mas não para ratos.
Estudos de mutagenicidade não revelaram efeitos relacionados com a droga em níveis tanto no gene ou no cromossomo.
*Baseado em um paciente com peso de 50 kg.
Como devo armazenar o Triplixam?
Triplixam® deve ser guardado na sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 36 (trinta e seis) meses, a partir da data de fabricação.
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Embalagens contendo 30 comprimidos: Após aberto, válido por 30 dias.
Características físicas e organolépticas
- Triplixam® 5/1.25/5 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 9.75 mm de comprimento e 5.16 mm largura, gravado com em uma face e na outra face.
- Triplixam® 5/1.25/10 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 10.7 mm de comprimento e 5.66 mm de largura, gravado com em uma face e na outra face.
- Triplixam® 10/2.5/5 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 11.5 mm de comprimento e 6.09 mm de largura, gravado com em uma face e na outra face.
- Triplixam® 10/2.5/10 mg: branco, oblongo, comprimido revestido, 12.2 mm de comprimento e 6.46 mm de largura, gravado com em uma face e na outra face.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Dizeres Legais do Triplixam
MS N° 1.1278.0084
Farm. Responsável:
Patrícia Kasesky de Avellar
CRF-RJ n.º 6350
Fabricado por:
Servier (Ireland) Industries Ltd.
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Importado e registrado por:
Laboratórios Servier do Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, n.º 4211 - Jacarepaguá - 22775-113
Rio de Janeiro - RJ
C.N.P.J. 42.374.207 / 0001 – 76
Indústria Brasileira
SAC
0800–7033431
Venda sob prescrição médica.
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Consulta também a Bula do Perindopril Arginina + Indapamida + Besilato de Anlodipino
O conteúdo desta bula foi extraído manualmente da bula original, sob supervisão técnica do(a) farmacêutica responsável: Karime Halmenschlager Sleiman (CRF-PR 39421). Última atualização: 6 de Novembro de 2024.
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